sábado, 8 de julho de 2017

QUAL A SUA MAIOR RIQUEZA?

E aconteceu que, nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe requereu: “Mestre, ordena a meu irmão que divida comigo a herança”. Porém Jesus lhe replicou: “Homem, quem me designou juiz ou negociador entre vós?” Em seguida lhes advertiu: “Tende cautela e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porquanto a vida de uma pessoa não se constitui do acúmulo de bens que possa conseguir”. 
A parábola do rico insensato.
E lhes propôs uma parábola: “As terras de certo homem rico produziram com abundância. E ele começou a pensar consigo mesmo: ‘Que farei agora, pois não tenho onde armazenar toda a minha colheita?’. Então lhe veio à mente: ‘Já sei! Derrubarei os meus celeiros e construirei outros ainda maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E assim direi à minha alma: tens grande quantidade de bens, depositados para muitos anos; agora tranquiliza-te, come, bebe e diverte-te! Contudo, Deus lhe afirmou: ‘Tolo! Esta mesma noite arrebatarei a tua alma. E todos os bens que tens entesourado para quem ficarão?’. Isso também acontece com quem poupa riquezas para si mesmo, mas não é rico para com Deus” (Lucas, 12.13-21).

Neste episódio, enquanto Jesus ensinava a multidão, um homem levanta a voz e diz: “Mestre, ordena a meu irmão que divida comigo a herança”. Jesus lhe replicou: “Homem, quem me designou juiz ou negociador entre vós?” Em seguida Ele advertiu acerca da avareza, e sobre a preocupação de se constituir bens materiais como prioridade. 
Jesus adverte acerca do hábito de colocar as coisas deste mundo em primeiro lugar, enquanto se despreza as espirituais e negamos aos outros solidariedade. Geralmente as pessoas estão preocupadas consigo mesmas, e nos seus interesses mesquinhos. Elas ficam aprisionadas às coisas deste mundo e firmam a sua visão nas coisas materiais. Essa visão falsa deve desaparecer para que possa reconhecer que Deus é a única fonte real e verdadeira que importa. 
Nesta parábola do rico insensato, Jesus não condenou a riqueza em si; mas o desejo compulsivo em possui-la, tendo-a como prioridade, sendo objeto de avareza. Jesus adverte sobre a avareza, sobre a insensatez de priorizar as coisas materiais em detrimento as espirituais. 
Podemos ser prósperos, bem sucedidos e financeiramente ricos, não há nada de errado nisto. Porém, não devemos permitir que as riquezas nos domine, a ponto de nos tornarmos avarentos. A Bíblia recomenda: Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração (Salmos, 62.10).
A questão não é ser rico ou pobre, o que a Bíblia condena é o amor ao dinheiro. 
O homem da parábola era prospero e acumulou riquezas, porém ele era avarento e amava o dinheiro. 
Está escrito: Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males ... (I Timóteo, 6.10).
O apóstolo Paulo pede para o pastor Timóteo exortar: Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna (I Timóteo, 6.17-19).

NADA TROUXEMOS E NADA LEVAREMOS.

Nesta parábola, o rico insensato decidiu edificar novos celeiros, e declarou que tinha bens para muitos anos. Ele disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros antigos, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. 
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? (Lucas, 12.18-20). Na morte não levamos nada, tudo fica, e nós partimos para prestar contas da nossa alma a Deus.
Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão (Ec.5.15).
Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele (ITm.6.7).

A morte é uma realidade incontestável, nenhum de nós podemos negar que ou mais cedo ou mais tarde havemos de morrer. A  morte vem para o rico e para o pobre, para o sábio e para o ignorante, para o branco e para o negro, para o que mora no palácio e para o que mora em palafita, para o que mora em uma mansão e para aquele que mora em casa de barro coberta de palha. Ela não respeita quem é feio ou quem é bonito, ela virá para o ateu e para o crente, enfim ela virá para todos.Tem pessoas que tem pavor da morte, não suporta ouvir alguém falar, até treme nas bases quando se fala da morte.

Na década de 70, o magnata grego sr. Onassis, foi considerado o homem mais rico do mundo, porém a sua fortuna não pôde impedir que a doença que o acometia, o levasse à morte. Nos relata a história, que ele contratou os melhores médicos da Grécia, e chegou a dizer: Eu dou metade da minha fortuna pela minha saúde, eu ainda quero viver pelo menos mais dez anos de vida, mas a sua situação foi irreversível, ele veio a falecer em 15 de março de 1975 aos 69 anos.Toda sua riqueza ficou, ele só levou a sua alma para prestar contas à Deus.

Perto de morrer, Alexandre fez três pedidos aos seus ministros:

1) Que seu caixão fosse carregado pelos melhores médicos da época.
2) Que os tesouros que tinha, fossem espalhados pelo caminho até seu túmulo.
3) Que suas mãos ficassem fora do caixão e a vista de todos.

*Os ministros surpresos perguntaram quais são os motivos?
*Ele respondeu:

1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm poder nenhum sobre a morte.
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.
3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e de mãos vazias voltamos.

Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele (I Timóteo. 6.7).

CONCLUSÃO:
Qual deve ser a nossa maior riqueza? Qual a riqueza que verdadeiramente nos importa? Que não sejamos avarentos como o rico insensato da parábola, mas que possamos priorizar as coisas espirituais e colocarmos Deus como a nossa fonte de esperança. Amém! 

quinta-feira, 6 de julho de 2017

A MENSAGEM DA CRUZ.

Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (I Coríntios, 1.18).

A mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos é o poder de Deus. 
A mensagem da cruz é a mais impactante e revolucionária de todos os tempos. Sem a cruz não haveria o Salvador, sem o Salvador não há salvação, e sem salvação, toda a humanidade estaria perdida e condenada para sempre.
Infelizmente este tipo de mensagem tem se tornado uma raridade nos púlpitos de nossas igrejas. A preferência é pela mensagem que trata das necessidades dos homens e como Deus pode satisfazê-las; é uma mensagem de autoajuda focada no homem e não na cruz de Cristo. A mensagem da cruz é a principal de todas as mensagens que um pregador possa extrair do texto sagrado.

A MENSAGEM DA CRUZ NOS FALA DE:

PROPICIAÇÃO.

Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (I João, 2.2).
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus (Romanos, 3.23-25).
Na propiciação a ira de Deus é aplacada e os nossos pecados absorvidos. A propiciação foi efetuada por Jesus, pelo seu sangue, ela acalmou a ira de Deus, e assim podemos chegar a presença Dele com confiança. 

PURIFICAÇÃO.

Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado (I João, 1.7).
Na purificação nós somos santificados e separados do pecado, para sermos exclusivo para Deus. O homem sem Deus é considerado impuro e depravado, a sua vida de pecados o leva a um estado de miséria espiritual. Porém, o sangue de Jesus Cristo derramado na cruz do calvário, tem poder para o purificar de toda a imundície. 

REMISSÃO.

Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça (Efésios, 1.7).
Remissão significa: Perdão; ação ou efeito de remir, de receber ou de alcançar o perdão, absolvição.
Na cruz os nossos pecados foram perdoados, a nossa dívida foi paga e a nossa pena foi absorvida.
Na remissão, nós também fomos reconciliados com Deus por intermédio da cruz de Cristo. Leia: II Coríntios, 5.17-19.
A nossa remissão foi efetuada por Jesus através da sua morte vicária na cruz do Calvário. Porém, este benefício só poderá ser alcançado quando o homem reconhece que é um pecador é aceita Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador.  

SALVAÇÃO.

E sendo Ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem (Hebreus, 5.9).
O homem no pecado está inteiramente perdido, sem Deus, sem paz e sem salvação. Mas Deus por sua graça nos enviou seu Filho, Jesus Cristo, para nos salvar. O nosso estado era deplorável e estávamos destinados a condenação eterna. Nada, nem ninguém podia nos salvar, a nossa justiça é como trapos de imundícies, e os nossos méritos sem valor algum (Isaías, 64.6,7). Mas a graça de Deus nos alcançou e nos proporcionou uma grande salvação. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie (Efésios, 2.8,9).

CONCLUSÃO:
A mensagem da cruz é a única mensagem que tem poder de transformar a vida do homem, de lhe perdoar e libertar de todo o mal. Portanto, não despreze a mensagem da cruz, mas aceite-a, viva-a e pregue-a. Há uma poesia de um hino que diz: "Se eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar, levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar". Amém! 

quarta-feira, 5 de julho de 2017

PASSANDO PELO GETSÊMANI.


Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar (Mateus, 26.36).

A palavra getsêmani significa “prensa de azeite”, ou seja, local onde a oliveira é esmagada para produção do azeite. Era um jardim situado no monte das Oliveiras em Jerusalém. Na hora mais difícil, após Jesus haver celebrado a páscoa com os seus discípulos, Ele cantou um hino, e saiu para o monte das Oliveiras (Mt.26.30). O monte das Oliveiras era um lugar especial que Jesus costumava ir (Lc.22.39). 
Jesus precisava passar pelo Getsêmani, Ele precisava conversar em secreto com o Pai, a sua alma estava aflita. Ele disse para os seus discípulos: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai (Mc.14.34). 
Jesus já sentia o pavor das trevas que estava prestes a se manifestar. No Getsêmani Ele entrou em uma batalha de oração para enfrentar as forças das trevas. Enquanto os discípulos descansavam e dormiam, Jesus orava ao Pai e agonizava diante da luta que teria de enfrentar. No Getsêmani todos nos abandonam e ficamos na solidão, a sois com Deus.

* GETSÊMANI, UM LUGAR ESPIRITUAL *

Getsêmani é o lugar de oração profunda, de estar a sois com Deus.
Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar (Mateus, 26.36).
E apartando-se deles... e pondo-se de joelhos, orava (Lc.22.41).
Sem oração não teremos forças para vencer as adversidades e o dia mal.

Getsêmani é o lugar de batalha espiritual. 
É o lugar da maior batalha espiritual que um crente pode enfrentar; porque confronta a "sua vontade", com a "perfeita vontade de Deus". 
É o lugar onde se adquire forças e coragem para enfrentar o Diabo, o seu reino, e o sistema pecaminoso e depravado deste mundo.

Getsêmani é o lugar de rogar a Deus com a alma. 
Pai, se possível, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc.22.42). É o lugar de submissão a vontade de Deus.

Getsêmani é o lugar da verdadeira entrega.
Onde a nossa vontade não prevalece, e sim a de Deus. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc.22.42). Lugar onde derramamos a nossa alma diante da presença de Deus.

Getsêmani é lugar de solidão. 
No Getsêmani todos nos abandonam e ficamos na solidão, a sois com Deus. Nem uma hora pudeste vigiar comigo? (Mt.26.40). 
Enquanto muitos se divertem, descansam e dormem; você está no Getsêmani de Deus. Mas, o teu Getsêmani (sofrimento), está acrescentando graça sobre graça em sua vida e Deus vai transformar em vitória. 

CONCLUSÃO:
Getsêmani é lugar de revelação, onde Deus revela a sua vontade. 
É lugar de rendição, onde nós nos rendemos diante da vontade de Deus. 
É lugar de preparação, onde somos adestrados para as grandes batalhas espirituais. 
É lugar de renovação, onde a alma aflita e angustiada é confortada e fortalecida por Deus. 
Getsêmani, é o lugar da nossa vitória. Passe pela prensa de JEOVÁ e seja encharcado de azeite do Espírito Santo, para enfrentar as adversidades e realizar a obra de Deus. Amém!

sábado, 1 de julho de 2017

INSPIRAÇÃO E AUTORIDADE DA BÍBLIA.

Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro, 1.21).

A Bíblia é a revelação de Deus para a humanidade. Ela é a fonte espiritual exclusiva que desedenta a sede da humanidade. Sua inspiração e autoridade Divina lhe confere a soberania como única regra de fé e pratica para a nossa vida.
A Bíblia está traduzida atualmente para 2.935 línguas, segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil. Todas as versões transmitem a mesma mensagem dos antigos escritores bíblicos. Os oráculos Divinos entregues a eles foram preservados e estão disponíveis para toda a humanidade. Sua inspiração e autoridade Divina fazem dela um livro ímpar.

A BÍBLIA ESTÁ FUNDAMENTADA SOBRE TRÊS BASES:

REVELAÇÃO.

Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas (Amós, 3.7).

A palavra revelação, no grego é apocalipsis, que significa o ato ou efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras essa palavra é muitas vezes usada em relação a Deus. A bíblia é a revelação de Deus para toda a humanidade.

Deus se revelou de forma tríplice:
Através da natureza. 
Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anunciam a obra das suas mãos (Salmos, 19.1).
Através da bíblia, a palavra escrita.
Então disse: Eis que venho; no rolo do livro está escrito de mim (Salmos, 40.7).
Através do próprio Jesus.
Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa ... (Hebreus, 1.1,3).

A revelação de Deus, das suas obras e da sua vontade, teve inicio no livro de Gênesis e terminou em apocalipse. Portanto, toda revelação extra-bíblica que não tenha respaldo bíblico é uma heresia.
As inúmeras profecias são exclusivas das Escrituras Sagradas e provas visíveis de sua inspiração e autenticidade. A Bíblia declara a si mesma como a infalível palavra de Deus: "A palavra de nosso Deus subsiste eternamente" (Isaías, 40.8). É o único livro que se apresenta como a revelação escrita do verdadeiro Deus e com um propósito definido: A redenção da humanidade.

INSPIRAÇÃO.

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra (II Timóteo, 3.16,17).

Toda Escritura divinamente inspirada se refere à Bíblia completa, aos 66 livros, 39 do A.T. e 27 do N.T.
A palavra grega, aqui traduzida por "inspirada por Deus" ou "divinamente inspirada", é theopneustos. Este termo só aparece uma única vez na bíblia, vinda de duas palavras grega: Theos, "Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso significa que o texto sagrado foi "soprado por Deus". A palavra teopneustia significa " inspiração divina da bíblia".

Cânon e Inspiração.

As palavras "cânon" e "inspiração", às vezes, significam a mesma coisa. O termo kanõn se origina do vocábulo hebraico qaneh, e significa "cana". Era usada como instrumento de medir (Ez.40.3,5; 41.8), e originalmente quer dizer "vara de medir". É também traduzido por medida, regra, norma, padrão.
Nos três primeiros séculos do cristianismo, o termo se referia ao conteúdo normativo, doutrinário e ético da fé cristã. A partir do quarto século, aplicaram as palavras "cânon" e "canônico" aos livros sagrados, para reconhecer sua autoridade como livros inspirados por Deus e instrumentos normativos para a vida e a conduta dos cristãos. Estes livros eram separados das outras literaturas, eles constituíram a partir de então uma lista de livros com autoridade Divina. O cânon é, assim, a lista de livros já definidos e reconhecidos com inspiração Divina para a vida do cristão, como regra de fé e pratica.

A FIXAÇÃO DO CÂNON.

De acordo com F. F. Bruce:
“Os primeiros passos no sentido da formação de um cânon de livros cristãos havidos como dotados de autoridade, dignos de figurar ao lado do cânon do Velho Testamento, a Bíblia do Senhor Jesus e Seus apóstolos, parecem haver sido tomados por volta do começo do segundo século, época em que há evidência da circulação de duas coleções de escritos cristãos na Igreja.” (Merece Confiança o Novo Testamento? p. 31).

O quarto século viu a fixação definitiva do cânon dentro dos limites a que estamos acostumados, tanto no setor Ocidental como no Oriental da cristandade. Apenas no quarto século é que o termo cânon passou a designar os escritos sagrados.

Numa carta de Atanásio, a trigésima nona, do ano 367, dirigida a seus bispos, está uma lista dos livros da Bíblia, a primeira a conter os 27 livros do Novo Testamento como os temos hoje. Destes ninguém deveria tirar, nem a eles acrescentar coisa alguma. Esta carta foi muito importante para as igrejas gregas no Oriente, quanto à aceitação do cânon, e sua influência logo se fez sentir na Igreja Latina, pois sabemos que as Igrejas do Oriente e do Ocidente divergiam quanto aos livros canônicos. Assim o Apocalipse de João era aceito no Ocidente, mas não no Oriente, Hebreus e Tiago eram aceitos no Oriente, mas não no Ocidente. Jerônimo e Agostinho acataram a orientação dada por Atanásio.

O cânon apresentado por Atanásio prevaleceu sobre o de Euzébio de 26 livros e obteve a vitória final daí por diante.
Os Concílios de Hipona (393) ao norte da África e o de Cartago (397), ratificaram este cânon, proibindo o uso de outros livros pelas igrejas, como Didaquê, Pastoral de Hermas e Epístola de Barnabé.
Foi a Igreja, que guiada por Deus, formou o cânon, determinando depois de longos debates que livros deveriam ser rejeitados e que livros deveriam ser recebidos.

A VERSÃO DOS SETENTA.

Durante o século II a.C., em Alexandria, onde se falava o idioma grego, vivia o reinado do rei egípcio Ptolomeu Filadelfo II (285-247 a.C.), que se orgulhava de possuir em sua rica biblioteca todos os 'livros do mundo'. Havia também em Alexandria uma importante colônia judaica. Informado o soberano por seu bibliotecário, Demétrio Falário de que não existia uma versão da Bíblia em grego, prontamente estabeleceu um projeto para tal.

Pediu às autoridades religiosas do templo de Jerusalém que fizessem uma tradução em grego do Pentateuco para a recém criada biblioteca de Alexandria. O sumo sacerdote Eleazário nomeou 72 eruditos judeus, 6 escribas por tribo de Israel (outra tradição diz que eram 70), que foram até o Egito e na Ilha de Faros realizaram a tradução em 72 dias, cada um fazendo a própria tradução dos 5 primeiros livros da Bíblia em salas separadas. No final dos trabalhos se reuniram e, comparando o trabalho feito, viram que todas as traduções eram idênticas. 
Somente o Pentateuco - Torá, foi traduzido nesta etapa, os demais livros, completando a Bíblia, foram traduzidos posteriormente, até o final do século II a.C. A bíblia em hebraico é composta somente do Velho Testamento. Primeira Aliança. O Novo Testamento, também em grego, não é acoplado à Septuaginta, somente existindo em separado.

A VERSÃO JERÔNIMO. 

Havia uma confusão em entender as Escrituras na sua linguagem original. Diante disso, Dâmaso, bispo de Roma, em 382 da era cristã, pediu a Jerônimo que fizesse uma revisão do texto dos Evangelho em latim, e Jerônimo terminou esse trabalho em apenas alguns anos. Depois, ele começou a revisar a tradução em latim de outros livros da Bíblia, o que resultou em todos os livros do cânon judaico, inclusive os apócrifos.
A tradução de Jerônimo, que mais tarde veio a ser chamada de Vulgata, era um texto com base em várias fontes. Jerônimo baseou sua tradução dos Salmos na Septuaginta, uma tradução grega das Escrituras Hebraicas terminada no segundo século AEC. Ele revisou os Evangelhos e também traduziu boa parte das Escrituras Hebraicas diretamente da língua original, o hebraico. É provável que o restante das Escrituras tenha sido revisado por outros. Algumas partes da Vetus Latina acabaram sendo incluídas na Vulgata de Jerônimo.
No início, o trabalho de Jerônimo não foi muito bem recebido. Até Agostinho criticou a obra. No entanto, ela foi se estabelecendo aos poucos como o padrão para Bíblias de um só volume. No oitavo e nono séculos, eruditos como Alcuíno e Theodulf começaram a corrigir erros lingüísticos e textuais que haviam sido introduzidos na versão de Jerônimo de tanto ser copiada. Outros dividiram o texto em capítulos, facilitando a consulta de textos bíblicos. Quando a impressão tipográfica foi inventada, a versão de Jerônimo foi a primeira Bíblia a ser impressa.

Foi no Concílio de Trento, em 1546, que pela primeira vez a Igreja Católica chamou a versão de Jerônimo de Vulgata. O concílio declarou essa Bíblia “autêntica”, fazendo dela uma obra de referência para o catolicismo. Ao mesmo tempo, o concílio ordenou que ela passasse por uma revisão. O trabalho seria supervisionado por comissões especiais, mas o Papa Sisto V, ansioso para ver o serviço terminado e pelo visto confiante demais na sua capacidade, decidiu ele mesmo finalizar a revisão. O papa morreu em 1590, quando a impressão da sua versão revisada mal tinha começado a sair. Os cardeais logo a rejeitaram, considerando-a uma obra cheia de erros, e a tiraram de circulação.
Uma nova versão publicada em 1592 na época do Papa Clemente VIII ficou mais tarde conhecida como edição Sixto-Clementina. Permaneceu como a versão oficial da Igreja Católica por um bom tempo. A Vulgata Sixto-Clementina também se tornou a base para traduções católicas para o vernáculo, como a tradução de Antonio Martini para o italiano, terminada em 1781.

A critica textual da vulgata. 

A crítica textual no século 20 revelou que a Vulgata, assim como outras traduções, precisava de revisão. Para isso, em 1965, a Igreja Católica formou uma Comissão para a Nova Vulgata, dando a ela a responsabilidade de revisar a tradução em latim com base em informações mais atualizadas. O novo texto seria usado nas liturgias católicas em latim.

A primeira parte da nova tradução ficou pronta em 1969, e, em 1979, o Papa João Paulo II aprovou a Nova Vulgata. A primeira edição continha o nome divino, Iahveh, em vários versículos, incluindo Êxodo 3:15 e 6:3. Depois, como disse um membro da comissão, a segunda edição oficial, publicada em 1986, “se arrependeu”, e “Dominus [‘Senhor’] foi colocado de volta no lugar de Iahveh”.
Assim como a Vulgata foi criticada séculos antes, a Nova Vulgata também foi alvo de críticas, até mesmo por eruditos católicos. Apesar de ser inicialmente apresentada como uma tradução com um forte caráter ecumênico, muitos a encaravam como obstáculo ao diálogo religioso, em especial porque foi proposta como o modelo que obrigatoriamente serviria de base para traduções nas línguas modernas. Na Alemanha, a Nova Vulgata foi centro de controvérsia entre protestantes e católicos por causa da revisão de uma tradução que servisse a ambos. Os protestantes acusaram os católicos de insistir que essa nova tradução seguisse de perto a Nova Vulgata.
 
Livros apócrifos.  

Os apócrifos é uma literatura extra-bíblica que não foi inserida como inspirados. Estes livros passaram pelo crivo e não foram reconhecidos como inspirados por Deus.

Etimologicamente, o termo “apócrifo” significa: “oculto”, “escondido”. É usado para designar os 14 ou 15 livros, ou partes de livros que, em algum tempo, foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamento. Eles aparecem anexados nas versões Septuaginta e Vulgata Latina. O vocábulo tem sido empregado de forma diferente por católicos e protestantes.

Para os protestantes “apócrifo” designa o conjunto de livros ou porções de livros que não fazia parte do cânon (lista de livros inspirados) hebraico.
Para os católicos “Apócrifo” se refere aos livros que os estudiosos protestantes chamam de pseudo-epígrafos. Os livros que os protestantes chamam de “apócrifos”, os católicos chamam de “Deuterocanônicos”.

Para os protestantes, os livros apócrifos não foram inspirados por Deus. São importantes fontes documentais para o conhecimento da história, cultura e religião dos Judeus. Também muito úteis para nossa compreensão dos acontecimentos intertestamentários (entre o Velho e o Novo Testamento). Mas não para estarem lado a lado com a literatura canônica (inspirada por Deus), pois ao compararmos uma literatura com a outra, logo percebemos profunda e radical diferença no estilo, na autoridade e até nos ensinamentos.

A igreja Católica incluiu os apócrifos no Cânon (lista de livros inspirados por Deus) em 15 de abril de 1546, no Concílio de Trento, impondo-os aos seus fiéis como livros inspirados. Quem não aceitasse a decisão da igreja, seria por ela amaldiçoado.
Por que rejeitamos os apócrifos? Se a mente divina inspirou a cada escritor, o produto destes diferentes autores deve estar em harmonia entre si. Portanto, os primeiros livros se constituem o critério para todos os demais livros que se consideram ou são chamados de inspirados. Mas os livros conhecidos como apócrifos, não se harmonizam em ensino e doutrina com Moisés e outros profetas canônicos; nem Jesus, nem os apóstolos citaram os livros apócrifos como fonte de autoridade.

Por que então, a Igreja Católica continua apegada aos livros apócrifos? Porque as doutrinas fictícias dos apócrifos confirmam falsos ensinos da igreja, como por exemplo: oração pelos santos, falsas curas, dar esmolas para libertar da morte e do pecado, e salvação pelas obras.

Eis alguns ensinos dos apócrifos:

1. Ensino da Arte Mágica – Tobias 6:5-8.
    Refutação bíblica: Marcos 16:17; Atos 16:18;

2. Dar Esmolas Purifica do Pecado – Tobias 12: 8 e 9; Eclesiático 3:33.
    Refutação bíblica: 1 Pedro 1:18 e 19; Judas 24;

3. Pecados Perdoados pela Oração – Eclesiástico 3:4.
    Refutação bíblica: Prov. 28:1; 1 João 1:9; 2:1 e 2;

4. Orações pelos Mortos – 2 Macabeus 12: 42-46.
    Refutação bíblica: Atos 2:34; Isaías 38:18; Lucas 16:26; Isaías 8:20;

5. Ensino do Purgatório – Sabedoria 3:1-4 (imortalidade da alma).
    Refutação bíblica: 1 João 1:7;

6. O Anjo Relata uma Falsidade – Tobias 5: 1-19.
    Refutação bíblica: Lucas 1:19;

7. Uma Mulher Jejuando toda Sua Vida – Judith 8: 5 e 6. Esta é uma história parecida com outras lendas católicas com respeito a seus santos canonizados. Uma mulher dificilmente jejuaria por toda sua vida. Jesus, mesmo sendo divino-humano, jejuou 40 dias, não pela vida toda.

8. Simeão e Levi mataram os habitantes de Siqueia por ordem de Deus – Judite 9:2. Refutação bíblica: Deus não tinha nada a ver com isto: Gênesis 34:30; 49: 5-7; Romanos 12: 19, 17

9. A Imaculada Conceição – Sabedoria 8:19 e 20. Este texto é usado pelos católicos para sustentar a doutrina de que Maria nascera sem pecados. Refutação bíblica: Lucas 1:30-35; Salmo 51:5; Romanos 3:23.

10. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo – Eclesiástico 12:6.
   Refutação bíblica: Provérbios 25:21,22; Romanos 12:20; João 6:5; Marcos 6:44-48.

Apócrifos do Antigo Testamento:

1. Tobias.
2. Judite.
3. Adições ao Livro de Ester (10.4 ao 16.22).
4. A Sabedoria de Salomão.
5. A Sabedoria de Jesus o filho de Sisaque, ou Eclesiástico.
6. Baruque.
7. A Carta de Jeremias.
8. A oração de Azarias e o Canto das Três Jovens.
9. Susana (acréscimo ao livro de Daniel, capítulo 13).
10. Bel e o Dragão (acréscimo ao livro de Daniel, capítulo 14).
11. A oração de Manasses.
12. 1º Livro de Macabeus.
13. 2º Livro de Macabeus.
14. 1º Esdras

Os apócrifos do Antigo Testamento podem ser facilmente identificados comparando os livros das Bíblias utilizadas pela maioria das “Sociedades Bíblicas” com uma Bíblia Católica. Na comparação abaixo, os livros em negrito constituem os apócrifos (chamados de Deuterocanônicos pelos Católicos). Aqueles não negritados são aceitos como canônicos por protestantes e Católicos:

♦ Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio;
♦ Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (com acréscimos), 1 Macabeus, 2 Macabeus.
♦ Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
♦ Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel (com acréscimo), Oséias, Joel, Amós, Abdias (Obadias), Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

Total: 46 Livros
39 Canônicos
+7 Deuterocanônicos ( = aqueles sublinhados).

Apócrifos do Novo Testamento

Os apócrifos do Novo Testamento não oferecem problema porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs. E não podia ser diferente. 
Observe o ensino, como por exemplo, do evangelho de São Tomé:
“Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse: Não continuarás tua carreira. Imediatamente o menino caiu morto. Seus pais correram a falar com José, este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível cegueira”. Tal relato não é compatível com a sublimidade dos ensinos de Cristo e é suficiente para provar que este evangelho é espúrio. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.” (Mateus 19:13-15).

Lista dos Apócrifos do Novo Testamento

1. Evangelhos: Evangelho Segundo Hebreus, Evangelho dos Egípcios; Evangelhos dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago, Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe, Evangelho de Gamaliel; Evangelho da Verdade.

2. Epístolas: Epístola de Clemente; as 7 Epístolas de Inácio; aos Efésios, aos Magnésios, aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios, aos Esmirnenses e a Policarpo; a Epístola de Policarpo aos Filipenses; Epístola de Barnabé.

3. Atos: Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de João, Atos de André, Atos de Tomé.

4. Apocalipses: Apocalipse de Pedro, o Pastor de Hermas, Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão.

5. Manuais de Instrução: Didaquê ou Ensino dos 12 Apóstolos, 2 de Clemente. Pregação de Pedro.
Total: 34 livros – são mais do que os Canônicos do Novo Testamento (que somam 27).
Muitos destes livros disputaram um lugar junto ao Cânon Bíblico, mas graças a Deus, foram rejeitados pela Igreja Cristã, assessorada pelo Espírito Santo. Se estes livros pertencessem à lista de livros inspirados por Deus, certamente manchariam a beleza da sã e pura Palavra de Deus.

Devemos, portanto, nos apegar apenas aos 66 livros como dignos de confiança em termos da revelação de Deus ao homem. Nestes livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, temos toda a revelação necessária para a salvação do homem. A Sociedade Bíblica do Brasil – com razão – adota estes 66 livros como padrão para as Bíblias que produz. 

Em suma: 

A Bíblia protestante é constituída por 66 livros, 39 dos quais formam o Antigo Testamento e 27 o Novo Testamento. Já a Bíblia católica possui, além desses 66 livros, outros sete livros completos (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico) e alguns acréscimos ao texto dos livros de Ester (10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Daniel (3:24-90; caps. 13 e 14). Esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos, pelos católicos, e de apócrifos, pelos protestantes.
Os apócrifos (ou deuterocanônicos) foram produzidos, em sua maioria, durante os dois últimos séculos a.C. Embora não fizessem parte da Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, eles foram incorporados à tradução da Bíblia ao latim (Vulgata Latina), que preservou e popularizou esses acréscimos durante a Idade Media. 
No Concílio de Trento em 8 de abril de 1546, a igreja católica decretou que aqueles que não reconhecessem os apócrifos da Vulgata Latina como genuinamente “sagrados e canônicos” deveriam ser anatematizados. Consequentemente, todas as versões católicas da Bíblia preservam até hoje esses escritos.
Os protestantes, por sua vez, reconhecem o valor histórico dos apócrifos, mas não os consideram como canônicos ou inspirados. Esta posição deriva do fato de tais escritos (1) não fazerem parte do cânon hebraico do Antigo Testamento; (2) não haverem sido citados por Cristo ou pelos apóstolos no Novo Testamento; e (3) apresentarem ensinamentos contraditórios ao restante das Escrituras. Entre esses ensinamentos encontram-se, por exemplo, as falsas teorias da existência do purgatório (Sabedoria 3:1-9; contrastar com Salmo 6:5; Eclesiastes 9:5, 10); das orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46; contrastar com Isaías 38:18 e 19); de que anjos bons mentem (Tobias 5:10-14; contrastar com Mateus 22:30; João 8:44); de que o fundo dos órgãos de um peixe, postos sobre brasas, espantam os demônios (Tobias 6:5-8; contrastar com Marcos 9:17-29); de que as esmolas expiam o pecado (Tobias 12:8 e 9; Eclesiástico 3:30; contrastar com I Pedro 1:18 e 19; I João 1:7-9). Isso nos impede de aceitar a inspiração e a canonicidade dos escritos apócrifos (ou deuterocanônicos).

Fonte: Equipe Bíblia.com.br
Professor Jorge Mário, Apostila de Estudo Teológico.

AUTORIDADE.

A autoridade da bíblia tem como base a sua inspiração, por ser ela a palavra de Deus. Isto lhe faz um livro ímpar, diferente de todas as obras literárias. A sua autoridade consiste no fato da sua infalibilidade em relação as suas profecias e promessas nela contida. Ela é conhecida como o Livro, o Livro de Deus, onde se encontra a fonte da água da vida para toda a humanidade.
A Bíblia é o único livro que a sua mensagem é infalível, imutável, verdadeira e eterna.

INFALÍVEL.

Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir (Jeremias, 1.11,12).
Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei (Isaías, 55.10,11).

IMUTÁVEL.

Eu não violarei minha aliança, tampouco modificarei qualquer das promessas dos meus lábios.
De uma vez para toda a eternidade jurei por minha santidade, e não faltarei com a minha palavra a Davi (Salmos, 89.34,35).
Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos (Malaquias, 3.6).

VERDADEIRA.

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (João. 17.17).
A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre (Sl.119.160).

ETERNA.

Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente (Isaías, 40.8).
Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu (Salmos, 119.89).

O TESTEMUNHO DOS SEUS ESCRITORES.

MOISÉS.

Vindo, pois, Moisés e contando ao povo todas as palavras do SENHOR e todos os estatutos, então, o povo respondeu a uma voz. E disseram: Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos. E Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR... E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo... (Êxodo, 24.3,4,7).

DAVI.

E estas são as últimas palavras de Davi. Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido de Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel: O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca (II Samuel, 23.1,2).

DANIEL.

No primeiro ano de Dario, filho de Assuero da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre todo o povo caldeu babilônio, no primeiro ano do seu governo real, eu, Daniel, compreendi mediante a leitura atenta das Sagradas Escrituras, de acordo com a Palavra do SENHOR, concedida ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos (Daniel, 9.1,2).

PAULO.

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra (II Timóteo, 3.16,17).
 
PEDRO.

Sabendo primeiramente isto; que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro, 1.20,21).

ESCRITOR ANÔNIMO.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus, 4.12).

O TESTEMUNHO DE JESUS.

Então, lhes admoestou Jesus: “Ó tolos de entendimento e lentos de coração para crer em tudo quanto os profetas já declararam a vós! Ora, não era imprescindível que o Cristo padecesse para que entrasse na sua glória?” Então, iniciando por Moisés e discorrendo sobre todos os profetas, explanou-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras (Lucas, 24.25-27).

CONCLUSÃO:
Cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, e a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade, e que a sua autoridade e inspiração divina é autentica e comprovada. Que todos possam receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a palavra de Deus em qualquer língua que vier a ser traduzida.

sábado, 24 de junho de 2017

JESUS CRISTO, O MODELO SUPREMO DE CARÁTER.

Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas, o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano (I Pedro, 2.21,22).
Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo.13.15).

Jesus é o maior e mais excelente personagem da história. Não é fácil descreve-lo, não por falta de informações, mas por causa de sua grandeza, de sua personalidade singular e de seu caráter inigualável. Jesus, o homem de caráter perfeito, foi o único que não cometeu pecado e na sua boca não se achou engano (I Pedro, 2.22). Seu caráter singular é modelo e referência para todos os homens em todos os tempos e lugares. A grandeza do seu caráter tem incomodado o inferno, e muitas  especulações acerca da sua pessoa, surgiram ao longo dos séculos e na atualidade, para tentar macular o seu caráter. Mas nada pode contradizer a sua personalidade, Ele é inigualável.

JESUS, O FILHO DO HOMEM.

Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gálatas, 4.4,5).
Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas, 19.10).

De todos os seus títulos, Filho do Homem é o que Jesus mais preferia usar a respeito de si mesmo. Esta expressão, é bastante explorada pelos escritores dos evangelhos sinóticos, e aparece 69 vezes.
O termo Filho do homem tem haver com a humanidade de Jesus, e indica simplesmente um membro da humanidade. Tal significado era conhecido no tempo de Jesus e remonta aos tempos dos livros de Ezequiel e Daniel, onde é empregada esta expressão de forma repetitiva.
Jesus como Filho do homem, demonstrou ter um caráter perfeito, suportando as fraquezas humanas, sem dar lugar ao pecado.

O CARÁTER EXEMPLAR DE JESUS.

O caráter de Jesus é revelado através do seu amor, da sua misericórdia e compaixão, da sua humildade e mansidão, e de seu espírito pacificador.

1. HUMILDADE E MANSIDÃO.

Para iniciar o seu ministério, Jesus foi até o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Este sentiu-se constrangido, dizendo que Jesus é que deveria batizá-lo. Mas Jesus insistiu com João para que o batizasse, a fim de cumprir toda justiça (Mateus, 3.13-15).

Jesus implantou a escola de mansidão e de humildade, convidando a todos para aprenderem com Ele (Mateus, 11.28-31).
Ele sendo Deus, Criador e Senhor, despojou-se de seus atributos divinos, tornando-se homem e servo, humilhando-se até à morte, e morte de cruz (Fp.2.6-8).
Com seu exemplo de humildade Jesus surpreendeu os seus discípulos quando fez um trabalho escravo, lavando os pés de todos eles (João, 13.3-5).
Mansidão e humildade são requisitos indispensáveis para quem quer seguir o modelo de caráter de Jesus.

2. MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO.

Ele teve compaixão das multidões que andavam desgarradas como ovelhas sem pastor (Mt.9.36).
Curou muitos que sofriam com várias enfermidades (Mateus, 14.14).
Ele se compadeceu das pessoas famintas (Mateus, 15.32).
Na parábola do bom samaritano, Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos religiosos que não tinham compaixão pelos menos favorecidos, caídos à beira do caminho (Lucas, 10.30-37).
Hoje, não é diferente, infelizmente, muitos que se dizem cristãos tem tido mais preocupação com riquezas, posições, status e prestígio pessoal, do que com as almas que estão sendo escravizadas pelo Maligno e sendo levadas para o inferno.

3. PAZ E AMOR.

Jesus também demonstrou um caráter pacificador. Ele conhecia bem a natureza humana, sujeita a desavenças e desentendimentos, mesmo entre os irmãos. Por isso exortou: Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta (Mt.5.23,24).

Na prática, Jesus demonstrou o seu imenso amor pelos pecadores. Os fariseus queriam matar a mulher adúltera. Mas Jesus a perdoou e ordemou que não pecasse mais (João,8.11).
Aos seus discípulos Ele ensinou: Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor (João, 15.9).
Ele declarou ao doutor da lei que o maior dos mandamentos é amar a Deus acima de tudo, e o segundo, é amar o próximo como a si mesmo (Mt.22.34-39).
O amor é a marca que identifica o cristão (João, 13.34,35).
A morte de Jesus é o maior exemplo do seu supremo amor. O significado de sua morte pode ser resumido no que Ele próprio disse a Nicodemos: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João, 3.16). Através da sua morte, Jesus, propiciou a reconciliação do homem com Deus (Hebreus, 2.17).
Na cruz, Ele revelou o auge de seu caráter amoroso e perdoador. Antes do último suspiro, clamou a Deus, dizendo: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lucas, 23.34).

CONCLUSÃO:
Jesus é o nosso paradigma, o nosso modelo a ser seguido. Que as pessoas possam olhar para nós e nos confundir com Jesus, por causa das nossas atitudes virtuosas. De nada adianta ser cristão e não se esforçar para ter o caráter de Cristo.
Está escrito: Aquele que diz que está Nele também deve andar como Ele andou (I João, 2.6). Amém!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

BALAÃO, UM PROFETA QUE AMOU O PRÊMIO DA INJUSTIÇA.

Ai deles! Porquanto trilharam o caminho de Caim, ávidos pelo lucro se jogaram no erro de Balaão, e foram tragados pela morte na rebelião de Corá (Judas, 11).
Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impedindo a loucura do profeta (II Pedro, 2.15,16).

Encontramos o registro da história de Balaão em Números 22-24. Israel, estando no deserto a caminho da terra prometida, acampou nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó (Números 22:1). Isto fez Balaque, rei de Moabe, ficar com muito medo e ele enviou mensageiros a Petor, um lugar na Mesopotâmia, várias centenas de quilômetros de distância para trazer Balaão a sua presença, para que ele amaldiçoasse a nação de Israel. Balaque temeu quando viu a numerosa nação de Israel acampada próximo as suas terras. Ele diz: “Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim. Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que quem você abençoa é abençoado, e quem você amaldiçoa é amaldiçoado”(Números, 22.5,6).

A Fama de Balaão foi que "aquele a quem ele abençoou foi abençoado e a quem aquele amaldiçoou foi amaldiçoado" (Números 22:06). Se você lê todo o registro de Números 22-24 vai descobrir que Balaão tinha inicialmente uma atitude piedosa. Quando os servos de Balaque se aproximaram dele, ele só prometeu-lhes que iria depois de verificar o seu pedido com Deus. Quando Deus lhe disse para não ir com eles, ele obedientemente os mandou embora. Isto é o que um homem que anda no caminho certo faria e foi isso que Balaão também fez. Ele ia, obviamente, andar nesse caminho. Porém, Balaque prosseguiu ainda em enviar mais príncipes, e mais honrados do que os que já tinha enviado. O quais vieram a Balaão, e chegaram em sua casa prometendo-lhe grande honra e riquezas se ele amaldiçoasse esse povo. Um homem cujo coração seguia a Deus 100% não iria vacilar; ele mandaria embora novamente os príncipes, como Deus já havia deixado claro que era para ele não ir com eles. Mas Balaão não fez isso. Em vez disso, ele disse que iria verificar com Deus novamente. Embora isso ainda sendo bom e certamente não tão ruim, quanto ir com eles sem verificar com Deus primeiro, na verdade mostra um tipo de quebra, uma instabilidade, uma intenção de não mandar embora os representantes de Balaque e este ficar insatisfeito.

Balaão queria ir com eles, os presentes foram muitos e a honra foi demais para ele negar. Por outro lado, ele não queria desobedecer a Deus! Ele ficaria feliz se ele fosse lá, amaldiçoar Israel, obter as recompensas e também ficar bem com Deus. Quase a mesma coisa, acontece conosco; às vezes nós queremos fazer a nossa vontade, pensando assim que Deus irá mudar a sua. Deus vendo Balaão nesta fase, disse-lhe para ir, mas somente fazer o que Ele orientar (Números, 22.20). Na manhã seguinte Balaão levantou-se, preparou o jumento e foi com os príncipes de Moabe, todavia a sua intenção era desobedecer a Deus. Como resultado, a ira de Deus foi despertada e Ele enviou o Seu anjo para ficar contra ele. Deus sabia que Balaão não estava buscando sinceramente a sua vontade. Balaão teve sua vida salva, por sua jumenta, pois quando ela viu o anjo tentou evitá-lo. O anjo disse a Balaão para ir, mas para apenas dizer a palavra que Deus iria falar com ele. Por que Deus disse a ele "somente a palavra que eu vou falar para você, é a que você vai falar" (Números 22:35)? Este foi um aviso a Balaão para não desviar da Sua palavra. Como veremos, ele não prestou atenção a isso totalmente. Balaão, portanto, foi e encontrou com Balaque. Apesar disso Balaque o levou a vários lugares que tornaria mais fácil para ele amaldiçoar Israel, Balaão se mantinha preso ao que Deus lhe havia dito e falou apenas a Sua palavra que foram apenas bênçãos para Israel. Balaque ficou muito chateado! Aqui está o que ele disse a Balaão depois, que pela 3ª vez, que ele abençoou Israel: "Eu te chamei para amaldiçoar os meus inimigos, e olha, você tem fartura e os abençoou três vezes! Agora, pois, fuja para o seu lugar. Eu disse que seria de grande honra para você, mas na verdade, o Senhor te privou desta honra.” (Números 24:10-11).

BALAÃO, UM EXEMPLO A SER EVITADO.

Ai deles! Porquanto trilharam o caminho de Caim, ávidos pelo lucro se jogaram no erro de Balaão, e foram tragados pela morte na rebelião de Corá (Judas, 11).
Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impedindo a loucura do profeta (II Pedro, 2.15,16).

Ao que parece, Balaão tomou a posição de Deus. Ele apenas falou Sua palavra e quando ele foi com os príncipes de Balaque ele só disse o que Deus queria que ele dissesse. Ele não se afastou Dele. Pode-se até perguntar por que II Pedro 2:15, bem como outras passagens que veremos depois irão apresentá-lo como um exemplo a ser evitado. Claro que ele queria ir para Balaque e talvez ele tinha seus olhos sobre os presentes. No entanto, parece que ele não diverge do que Deus disse a ele e, finalmente, ele deixou o local de mãos vazias. Ele obedeceu a Deus, apesar do fato de que isso significava a perda dos presentes e recompensas prometidas a ele. 
Balaão é mencionado como um exemplo a ser evitado em II Pedro, Judas e Apocalipse. Isto pode parecer injustificado pelos relatos que temos visto até agora, mas continuando, vamos descobrir o motivo.

“Agora, Israel permaneceu em Sitim, e o povo começara a cometer prostituição com mulheres moabitas. Elas [as mulheres de Moabe] convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses e o povo comeu e inclinou-se aos seus deuses. Assim Israel se juntou a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel. Então o Senhor disse a Moisés: "Toma todos os cabeças do povo e enforca os infratores perante o Senhor, diante do sol, e o ardor da ira do Senhor se retirará de Israel. Então Moisés disse aos juízes de Israel, "Cada um de vocês matem os seus homens que se juntaram a Baal-Peor...... E aqueles que morreram daquela praga foram 24.000." (Números, 25.1-9).

Como é que isto aconteceu, como que as mulheres de Moabe sabiam como seduzir os israelitas? Como é que aconteceu, para que viessem e os fizessem cometer prostituição com elas, convidou-os para os seus sacrifícios e os fez se curvar aos seus falsos deuses? Deus estava descontente, a sua ira foi despertada e 24,000 israelitas perderam a vida na praga que se seguiram. Quem realmente concebeu estes planos perversos que trouxe tanta destruição para Israel? Números 31:15-16 e Apocalipse 2:14 nos dá a resposta.
"E Moisés disse-lhes:" Deixaste viver todas as mulheres? Olha o que essas mulheres causaram aos filhos de Israel, por conselho de Balaão, a transgressão contra o Senhor no incidente de Peor, e houve a praga entre a congregação do Senhor "(Números, 31.15,16). 

Em Apocalipse 2:14, o Senhor Jesus está falando com o anjo da Igreja em Pérgamo.
"Mas eu tenho algumas coisas contra você, porque você tem lá os que seguem a doutrina de Balaão, que ensinou Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para comerem coisas sacrificadas aos ídolos, e se prostituírem."

CONCLUSÃO:
O professor que ensinou Moabe como fazer Israel tropeçar foi Balaão. Nós já vimos como ele estava inclinado para presentes e honra. 
Até o momento de Números 24 Balaão era um profeta de Deus, um porta-voz de Deus. Ele estava caminhando no caminho certo, mas não se manteve até o fim. Ele eventualmente deixou-o e extraviou-se, porque "ele amou o prêmio da injustiça". Ele começou bem, mas teve um fim terrível. O importante não é só começar no caminho certo, mas é manter-se nele até o fim. Balaão começou bem, mas não continuou assim. Ele finalmente foi morto pelos israelitas quando assumiu Midiã. No relato de sua morte (Josué 13:22), ele não é mais chamado de "profeta", mas "adivinho". Ele começou como um profeta, um porta-voz de Deus, mas terminou como adivinho, inimigo de Deus. 
Que os "profetas" da atualidade não sigam o mal exemplo de Balaaõ, que preferiu os presentes e honrarias do rei Balaque em detrimento da sua obediência a Deus. 
O verdadeiro profeta não aceita ser comprado por presentes e honrarias, porque ele tem um compromisso com Deus e com a sua palavra. 

quarta-feira, 21 de junho de 2017

VALORIZANDO A CASA DE DEUS.

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR! (Salmos, 122.1).
SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória (Salmos, 26.8).

A expressão, Casa do SENHOR, Casa de Deus, átrios do SENHOR, Tabernáculo, Santuário e outras similares, aparecem repetidas vezes no texto sagrado, principalmente no livro dos salmos.
Nestes salmos Davi revela a sua alegria e o seu amor pela Casa do SENHOR.
Davi era um homem que tinha poder, glórias, riquezas, sucesso e fama; mas o seu maior prazer estava no SENHOR. Ele podia frequentar os ambientes mais belos, conhecer os lugares mais exóticos e atraentes, mas o seu prazer era estar na Casa de Deus, na presença do SENHOR.
Davi tinha sede de Deus, ele amava Casa do SENHOR. Davi não amava uma visita passageira na Casa de Deus, mas amava a habitação da Casa de Deus. Ele desejava estar na Casa de Deus, mais do que qualquer outro lugar ou deleite da vida. Ele buscava isso com todas as forças de sua alma. A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo (Salmos, 84.2). Davi era um adorador por excelência, a sua vida era um retiro espiritual, ele tinha zelo pelas coisas de Deus, ele amava mais as coisas sagradas do que as seculares.

SETE IMPORTANTES VIRTUDES ENCONTRADAS NA CASA DE DEUS.

1. UM APRENDIZADO SEM IGUAL.

Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei; que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR e aprender no seu templo (Salmos, 27.4).

2. UM CRESCIMENTO SEM LIMITE.

Os justos florescerão como a palmeira, crescerão altaneiros como o cedro do Líbano; plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice, cheios de seiva e viço produzirão muitos frutos, para proclamar que o SENHOR é justo. Ele é a minha Rocha; nele não há injustiça! (Salmos, 92.12-15).

3. UM DIA INCOMPARÁVEL.

Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade (Salmos, 84.10).

4. UMA ALEGRIA IMENSURÁVEL.

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR! (Salmos, 122.1).
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava (Sl.42.4). 
 
5. UMA FELICIDADE SEM IGUAL.

Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para sua prole, junto dos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Felizes os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente (Salmos, 84.1-4).

6. UMA ADORAÇÃO VERDADEIRA.

Quanto a mim, graças à tua grande misericórdia, poderei entrar em tua casa; e me prostrarei em direção ao teu sagrado templo, com reverência e adoração (Sl.5.7).

7. UMA REVELAÇÃO SOBRENATURAL.

Todavia, quando busquei compreender tudo isso, reconheci que estava diante de uma tarefa muito acima das minhas forças; até que entrei na Casa de Deus, e então compreendi o destino dos ímpios (Salmos, 73.16,17).

CONCLUSÃO:
Algumas pessoas vão à Casa de Deus (à igreja), em busca de bênçãos. Outras vão por um mero costume; outras vão para encontrar e rever os amigos; e outras vão porque se sentem bem.
Tudo isso pode ser bom e aceitável, todavia a verdadeira motivação e prioridade de irmos à Casa de Deus, deve ser a nossa devoção sincera e um coração totalmente entregue a adoração. A Casa de Deus não deve ser usada como comercio, nem esconderijo de ladrões e hipócritas; a Casa do SENHOR, é lugar de reverência, temor (respeito), e adoração. 
Não despreze a Casa de Deus, nem abandone a sua congregação. O escritor aos hebreus nos exorta dizendo: Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia (Hebreus, 10.25).