quarta-feira, 25 de setembro de 2019

SAINDO DO CATIVEIRO COM ALEGRIA.

Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltavam a Sião, estávamos como os que sonham. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres. Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvidas, com alegria, trazendo consigo os seus molhos (Salmos, 126.1-6).

O salmo 126 faz parte do grupo dos salmos 120 a 134, conhecidos como cânticos de romagem, ou cântico dos degraus. Esses salmos eram cantados por peregrinos durante a caminhada rumo a Jerusalém, onde eram celebradas as festas.
Este salmo expressa a grande satisfação e alegria do povo de Deus quando retornaram do cativeiro babilônico. Devido a sua desobediência e ingratidão ao SENHOR, foi necessário que a nação de Israel estivesse cativa na Babilônia por um período de 70 anos. Eles ficaram sem pátria, sem Lei, sem templo, sem cidade e quase perderam a identidade. Na Babilônia, os cativos de Israel aprenderam lições nunca antes vistas nem aprendidas em outras épocas.
Jerusalém havia passado por muitas calamidades, qualquer que tenha sido as calamidades que sobreveio a Jerusalém, o povo estava tão sofrido e sem esperança, que chegaram a pensar que sua aflição não teria fim. Quando Deus agiu de forma repentina, eles ficaram atônitos. Pensaram estar sonhando (126.1). Parecia bom demais para ser verdade. Os israelitas não foram os únicos a se surpreenderem com essa reviravolta. Até as nações gentias ficaram pasmadas e diziam: Grandes coisas fez o SENHOR a estes (126.2). Os israelitas concordavam e diziam: Grandes coisas fez o Senhor por nós ... e acrescentavam: Por isso, estamos alegres (126.3).
Os incrédulos notam quando Deus faz algo extraordinário por seu povo. Nós, os cristãos também devemos reconhecer os grandes feitos do SENHOR. Uma das maneiras pelas quais podemos expressar nossa alegria é o cântico. Os israelitas cantavam este novo cântico, e nós também podemos entoar hinos como: "A Deus seja a glória".

AS TORRENTES DO NEGUEBE.

Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do sul (126.4).
O tempo jubiloso de restauração e alegria que esse salmo recorda ficou no passado, daí o povo pedir a Deus que continue a agir em favor deles e os restaure novamente. Eles desejam que a bênção ou a sorte de Jerusalém seja como as torrentes do Neguebe. O Neguebe é uma região desértica que fica ao sul de Israel, onde a terra é extremamente árida e o lugar inóspito para sobrevivência. Quando vêm as chuvas, o Neguebe se torna um manancial, as plantas florescem e a terra se cobre de verde; as plantações voltam a produzir alimentos para o povo, e a prosperidade chega. O salmista observou este ciclo da natureza e vê algo semelhante acontecer na vida da nação de Israel. Eles pedem que Deus volte a derramar suas bênçãos sem medida sobre a nação.
Assim como o deserto do Neguebe era transformado em um manancial, quando chegava o tempo da chuva; Deus também vai transformar este teu deserto em um manancial de bênçãos. Amém!

SEMEANDO EM LÁGRIMAS E COLHENDO COM JÚBILO.

Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvidas, com alegria, trazendo consigo os seus molhos (126.5,6).
A promessa de fartura é precedida por uma labuta de dor sofrimento e lágrimas. Os agricultores precisam limpar o terreno, arar o solo, remover as ervas daninhas, semear e cultivar as plantações. O SENHOR promete que colheremos os frutos de nosso trabalho e nos regozijaremos. Enquanto trabalhamos, somos encorajados pelas lembranças das grandes coisas que Deus fez no passado, certos de que Ele pode realiza-las novamente.
O tempo do cativeiro passou, e o tempo de cantar chegou. As harpas já não estão mais penduradas nos salgueiros (Sl.137.1,2). Agora os altos louvores de Deus estar em nossas gargantas, e a espada de dois fios em nossas mãos (Sl.149.6).
O cativeiro não dura para sempre, chegou o tempo que Deus vai virá o teu cativeiro e mudar a tua sorte. Crê somente!

Boa parte desta postagem foi articulada do Comentário Bíblico Africano, editora Mundo Cristão edição 2010.

domingo, 22 de setembro de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ.

Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá (Hc.2.4).

Esta é a única vez que aparece a palavra FÉ no Antigo Testamento. Este é o versículo principal do livro de Habacuque, onde Deus mostra a grande diferença entre o justo e o ímpio. No contexto histórico, a situação da nação de Judá era irreversível, os babilônicos estavam as vésperas de atacar Judá e leva-los cativos. O profeta estava preocupado e perturbado por causa do silêncio de Deus e porque Deus tardava em agir. Diante das indagações do profeta, Deus responde e manda que ele escreva com clareza e torne bem visível (Hc.2.2). Deus diz ao profeta que a aparente prosperidade do ímpio é breve e que ele será punido pelo seu orgulho e arrogância. Aqui nós entendemos que, o ímpio será punido pelas suas maldades, mas o justo sobreviverá pela sua fidelidade. O ímpio será destruído, mas o justo viverá da fé e será recompensado.

FÉ E FIDELIDADE.

São duas palavras diferentes com significados similares. A fidelidade é a outra face da fé, que expressa lealdade constante Aquele com quem estamos ligados. Enquanto a fé é abstrata, ou seja, não é palpável nem visível; a fidelidade é concreta, porque é expressa através de atos de total obediência e devoção a Deus.

Esta expressão "O JUSTO VIVERÁ DA FÉ" Se repete por três vezes no N.T.

* Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé (Rm.1.17).
* E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé (Gl.3.11).
* Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hb.10.38).

O ESTILO DE VIDA DO JUSTO.

Vive da FÉ (Rm.1.17).

Anda por FÉ (II Co.5.7).

Peleja pela FÉ (Judas, 3).

Obedece pela FÉ (Hb.11.8).

É salvo por meio da FÉ (Ef.2.8).

CONCLUSÃO:
O cristão verdadeiro vive pela fé, acreditando sempre no poder de Deus e dependendo da sua misericórdia. Viver pela fé significa obedecer a Deus e depender inteiramente Dele. Infelizmente, muitos cristãos estão vivendo uma fé artificial, de interesses, querendo barganhar com Deus, uma fé palpável, materializada, baseada naquilo que se vê. Muitos querem primeiro vê para depois crê. Onde Jesus disse ao contrario: "Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não me viram e creram!"(Jo.20.29). Que possamos viver pela fé, independentemente das circunstâncias, seja na bonança, seja na escassez, seja nas derrotas, seja nas vitórias, seja na adversidade ou na prosperidade. Que possamos repetir junto com Paulo: "Tudo posso Naquele que me fortalece"(Fp.4.13). Amém!

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

LEI & GRAÇA.

E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça.
Porque a Lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo (Jo.1.16,17).
De maneira que a Lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados (Gálatas, 3.24).

O que Paulo quer dizer em Gálatas 3.24 quando diz que “a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo”? A expressão "aio" no grego é traduzido como tutor (paidagogos), que significa literalmente ‘conduzir criança’. Designa o homem que acompanhava a criança à escola e no retorno dela. O tutor ou pedagogo entregava a criança ao instrutor. Era seu dever proteger a criança contra dano físico e moral. O pedagogo tinha também autoridade para disciplinar a criança e para instruí-la em questões da conduta. Às vezes, sua disciplina era bastante severa.
A Lei dada a Israel era muito semelhante a tal tutor. Servia para controlar a conduta dos israelitas, e, quando acatada, protegia-os contra dano físico e moral. Conforme Moisés disse ao povo: “Se escutares os mandamentos de Yahweh, teu Deus, que hoje te ordeno, de modo a amar a Yahweh, teu Deus, para andar nos seus caminhos e guardar seus mandamentos, e seus estatutos, e suas decisões judiciais, então forçosamente ficarás vivo e te multiplicarás, e Yahweh, teu Deus, terá de abençoar-te na terra à qual vais para tomar posse dela.” (Deu. 30:16) Além disso, a Lei mantinha os israelitas unidos como povo, apesar de serem conquistados e passarem a estar sob domínio estrangeiro. Preservava as condições necessárias para o aparecimento do Messias, protegia a Palavra de verdade de Deus e impedia que a adoração verdadeira fosse totalmente eclipsada e perdida de vista.
Mas, por causa da imperfeição dos israelitas, a Lei expunha suas transgressões e mostrava-lhes que estavam sob condenação. Os sacrifícios que tinham de oferecer, sob a Lei, eram um lembrete constante de sua pecaminosidade. (Sl. 3:10, 11, 19; Hb. 10:1-4). Ao salientar assim os erros dos israelitas, a Lei realmente os disciplinava e mostrava-lhes a necessidade de serem libertados da escravidão do pecado. Os que tiraram proveito desta disciplina puderam identificar a Jesus como sendo o prometido Messias ou Cristo. Assim, de fato, a Lei entregava’ os israelitas devidamente disciplinados a Jesus Cristo, o verdadeiro Instrutor.
A Lei, conforme diz Hebreus 10:1, tem uma sombra das boas coisas vindouras. Por isso precisava ceder diante da realidade que “pertence ao Cristo” (Col. 2:16, 17). A Lei, como sombra, dava uma ideia da forma geral ou do desenho da realidade, porque Jesus colocou as coisas prefiguradas pela Lei no domínio da verdade real. É por isso que João 1:17 declara: “A Lei foi dada por intermédio de Moisés, a graça (benignidade imerecida) e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.”

O AIO PASSOU E A FÉ CHEGOU.

Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio (Gálatas, 3.25).
A Lei foi como uma ponte que serviu para nos conduzir a Cristo. A Lei veio para revelar o pecado e colocar limites ao comportamento humano. Porque sem lei não há delito, e não havendo delito não há pecado. Estes fatos, portanto, mostram que seria inapropriado que os cristãos permanecessem debaixo da lei mosaica. Ela serviu bem ao seu objetivo como tutor. “Mas agora que chegou a fé, [isto é, a fé em Jesus Cristo,] não estamos mais debaixo dum tutor.” O Instrutor designado por Deus, Jesus Cristo, assumiu o controle. O comando agora é da graça. Aleluia!

* Este comentário foi adaptado pelo autor deste Blog da fonte: https://www.institutogamaliel.org/o-que-significa-a-lei-nos-serviu-de-aio/

ENSINOS DE JESUS SOBRE A LEI E A GRAÇA (Mateus, 5.17-48).

Não pensem que vim abolir a Lei ou os profetas; não vim abolir, mas cumprir (Mt.5.17).
Jesus foi o único homem que cumpriu toda a Lei sem tropeçar em um único mandamento.
O Mestre ensinando sobre a Lei, deixou claro que a graça é muito mais exigente do que a Lei. Na Lei a pessoa teria que consumar o ato para ser réu de juízo; na Graça mesmo sem consumar o ato, mas só em pensar ou planejar o mal no coração, já está reprovado e sujeito a juízo. 
A Lei declara: Ame o próximo e odeie seu inimigo. A Graça diz: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem (Mt.5.43-45).
A Lei não tolerava o erro e punia de imediato. A Graça perdoa o pecador, mas não tolera a pratica do pecado. A Lei apenas cobria os pecados através de sacrifícios de animais; a Graça removeu o pecado através do único sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário.
Na promulgação da Lei morreram quase três mil almas (Êxodo, 32.19-29). Na inauguração da dispensação da Graça, quase três mil almas foram salvas (Atos, 2.37-41).
Que possamos viver debaixo da Graça, sem abusar da Graça.
Os rituais e cerimoniais da Lei foi para os judeus e passou; mas a Lei dos mandamentos continuam, porém, na graça que recebemos de Cristo. Cristo é o fim da Lei e o começo de uma nova Aliança. Porque o fim da Lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê (Rm.10.4). Amém!

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

CONFORME A PROFECIA DE DANIEL 11.37 O ANTICRISTO SERÁ HOMOSSEXUAL?

Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano. E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será prospero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. E não terá respeito aos deuses de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá (Daniel:11.21,36,37).

Alguns estudiosos da Bíblia de forma equivocada, têm defendido a ideia de que o Anticristo será homossexual. Baseados na profecia de Daniel, segue o texto: "Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá" (Dn.11.37). É importante observar que o texto de Daniel 11.21-45 é uma profecia de dupla referência, que teve um cumprimento histórico parcial no rei grego Antíoco Epifânio no segundo século antes de Cristo. Porém essa profecia ainda terá um cumprimento futuro na pessoa do Anticristo durante o período da grande tribulação.

PARA ENTENDERMOS MELHOR SOBRE ESTA QUESTÃO VEJAMOS O QUE DIZ ALGUMAS TRADUÇÕES:

Bíblia Almeida: Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá.

Bíblia de Jerusalém: Sem consideração para com os deuses de seus pais, sem consideração para com o favorito das mulheres ou para com qualquer outro deus, é a si mesmo que ele exaltará acima de tudo.

Nova Tradução na Linguagem de Hoje: Esse rei não adorará os deuses que os seus antepassados adoravam, nem os deuses que as mulheres preferem, nem qualquer outro deus, pois ele acreditará que está acima de todos os deuses.

NVI: Ele não terá consideração pelos deuses dos seus antepassados nem pelo deus preferido das mulheres, nem por deus algum, mas se exaltará acima de todos.

Ao lermos o texto em conjunto com seus versículos anteriores e posteriores, observamos que o texto está falando sobre idolatria. Com a correta tradução, entendemos facilmente que o texto nos diz que o Anticristo no futuro (da mesma forma que Antíoco Epifânio no passado), não venerará nenhum deus, pois ele mesmo se considerará um deus. Por isso, ele terá respeito e consideração apenas pelo poder bélico e militar de seus exércitos e de suas armas, definidos por Daniel, como “deus das fortalezas”. Então o que seria o “deus preferido das mulheres” ou o “desejado das mulheres”? Basta analisarmos a cultura grega antiga para descobrirmos a resposta. Na época de Antíoco, havia um deus grego chamado Adonis, que era o deus da beleza e do desejo sexual. Este deus grego era conhecido como o desejado das mulheres. Então concluímos que Daniel 11.36-38 apenas nos afirma que o Anticristo não terá consideração por nenhum deus a não ser ele mesmo pois, ele próprio considerará a si mesmo um deus.
Outra interpretação, tem uma linha de pensamento diferenciada, e vê como desejo das mulheres de Israel de ser a mãe do Messias. Essa hipótese, aplicada ao texto, enfatizaria a rejeição por parte de Antíoco Epifânio, em relação a fé do povo de Israel, que esperava o Messias.
Quem vê nesse versículo uma ligação com o homossexualismo, pretende ler que o rei grego Antíoco Epifânio, a quem se refere o versículo, não se interessava pelo desejo sexual da mulher. ou seja, não interessava ter relações com as mulheres. Essa é uma interpretação muito machista, pois resume o desejo das mulheres em sexo. Além disso, o contexto, que fala claramente de idolatria, não dá nenhum respaldo a essa interpretação.

CONCLUSÃO:
Quando interpretamos o texto bíblico de forma equivocada, corremos um risco muito grande de tomar certas passagens da Bíblia para sublinhar e confirmar discriminações. Não devemos usar a Bíblia para descriminar e desmoralizar as pessoas. Sem dúvidas, ela nos dá regras morais para vivermos de forma correta; mas ela também respeita o livre arbítrio de cada pessoa, e que cada um é livre para viver a sua própria vida como lhe convém.

Esta postagem é uma articulação feita pelo autor deste Blog extraída da página, Só Escatologia: https://www.facebook.com/SoEscatologia/posts/647053918682532 e do site abíblia.org: http://www.abiblia.org/ver.php?id=4388

domingo, 15 de setembro de 2019

HABACUQUE - O PROFETA QUE QUESTIONOU A DEUS.

Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? (Hc.1.2).

Habacuque era um homem que buscava respostas. Perturbado pelo que observava, fazia perguntas difíceis e confrontava a Deus com seus questionamentos. Estas perguntas não eram meramente exercícios intelectual ou amargas reclamações. Habacuque viu um mundo agonizante e cheio de injustiças, e isto deixou o seu coração partido. Por que existe o mal no mundo? Por que os ímpios parecem ser vitoriosos? Por que Deus tarda em fazer justiça? O profeta, com grande confiança e coragem, levou suas reclamações diretamente a Deus. E o SENHOR lhe respondeu com uma avalanche de provas e predições, que convenceu o profeta.

INFORMAÇÕES SOBRE HABACUQUE.

Há poucas informações a respeito do profeta Habacuque, cujo nome significa "abraçar" e aparece apenas duas vezes no livro (1.1; 3.1) e não é mencionado em nenhum outro livro da Bíblia. Supõe-se que tenha sido levita em virtude de seu salmo litúrgico (cap.3), porém tal raciocínio não se mostra lógico, pois o mesmo ocorre com Davi, que escreveu muitos salmos litúrgicos mas não era levita. Habacuque é citado no Apócrifo do acréscimo do livro de Daniel, 14.28-42, no qual o profeta foi levado de Jerusalém para Babilônia, suspenso pelos cabelos por um anjo, para alimentar Daniel que estava na cova dos leões há seis dias sem se alimentar.

CONTEXTO HISTÓRICO.

Embora o livro não seja datado, a data mais provável seria 607 a.C. durante o reinado do iníquo rei Jeoaquim, antes de ser subjugado por Nabucodonosor. Habacuque viveu em Judá durante o reinado de Jeoaquim. Ele profetizou no período entre a queda do império da Assíria em 612 a.C. e a invasão da Babilônia a nação de Judá em 588 a.C. Na ocasião a Babilônia já havia derrotado o Egito em 605 em Carquemis e a Assíria em 612, e se tornava a maior potência mundial. Habacuque foi contemporâneo de Jeremias, e profetizou com ele em Judá, no reino do sul.

QUESTIONAMENTOS DO PROFETA E RESPOSTAS DE DEUS.

1- A primeira queixa de Habacuque.

Até quando, SENHOR, clamarei por socorro, sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti: Violência! sem que haja salvação? Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida (1.2-4).

Resposta do SENHOR.

Olhem as nações e contemplem-nas, fiquem atônitos e pasmem; pois nos vossos dias farei algo em que não creriam se lhes fosse contado. Estou trazendo os babilônios, nação cruel e impetuosa, que marcha por toda extensão da terra para apoderar-se de moradias que não lhe pertencem. É uma nação apavorante e terrível, que cria a sua própria justiça e promove a sua própria honra. Seus cavalos são mais velozes que os leopardos, mais ferozes que os lobos à tarde. Sua cavalaria vem de longe. Seus cavalos vêm a galope; vêm voando como ave de rapina que mergulha para devorar; todos vêm prontos para a violência. Suas multidões avançam como o vento do deserto, e fazendo tantos prisioneiros como a areia da praia. Menosprezam os reis e zombam dos governantes. Riem de todas as cidades fortificadas, pois constroem rampas de terra e por elas as conquistam. Depois passam como o vento e prosseguem; homens carregados de culpa, e que têm por deus a sua própria força (1.5-11).

2- A segunda queixa de Habacuque.

SENHOR, tu não és desde a eternidade? Meu Deus, meu Santo, tu não morrerás. SENHOR, tu designaste essa nação para executar juízo; ó Rocha, determinaste que ela aplicasse o castigo. Teus olhos são tão puros que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Então, por que toleras os perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles? Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados por ninguém. O inimigo puxa todos com anzóis, apanha-os em sua rede e nela os arrasta; então alegra-se e exulta. E por essa razão ele oferece sacrifício à sua rede e queima incenso em sua honra, pois, graças à sua rede, vive em grande conforto e desfruta iguarias. Mas, continuará ele esvaziando a sua rede, destruindo sem misericórdia as nações? (1.12-17).
Ficarei no meu posto de sentinela e tomarei posição sobre a muralha; aguardarei para ver o que o SENHOR me dirá e que resposta terei à minha queixa (2.1).

Resposta do SENHOR.

Então o SENHOR respondeu: Escreva claramente a visão em tábuas, para que se leia facilmente. Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda que demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará. Escreva: O ímpio está envaidecido; seus desejos não são bons; mas o justo viverá pela sua fidelidade (2.2-4).

Cinco "Ais" contra a nação ímpia dos caldeus (Babilônia).

De fato, a riqueza é ilusória, e o ímpio é arrogante e não descansa; ele é voraz como a sepultura e como a morte. Nunca se satisfaz; apanha para si todas as nações e ajunta para si todos os povos. Todos estes povos um dia rirão dele com canções de zombaria, e dirão:
(1) Ai daquele que amontoa bens roubados e enriquece mediante extorsão! (2.6)
(2) Ai daquele que obtêm lucros injustos para a sua casa, para pôr seu ninho no alto e escapar das garras do mal! (2.9).
(3). Ai daquele que edifica uma cidade com sangue e a estabelece com crime! (2.12).
(4). Ai daquele que dá bebida ao seu próximo, misturando-a com o seu furor, até que ele fique bêbado, para lhe contemplar a nudez (2.15).
(5). Ai daquele que diz à madeira: Desperte! Ou à pedra sem vida: Acorde! Poderá o ídolo dar orientação? Está coberto de ouro e prata, mas não respira (2.19).

A SOBERANIA DE DEUS.

O SENHOR é Soberano e diante Dele todos devem ficar em silêncio para ouvi-lo falar.
O SENHOR, porém, está em seu santo templo; diante dele fique em silêncio toda a terra (2.20).
A resposta de Deus para o profeta, revela a sua soberania sobre as nações. Deus deixa claro para Habacuque, que Ele está no comando e no controle de todas as coisas, e que nada passará impune. Ele tem uma agenda a ser cumprida ao seu tempo. Para a nação de Judá chegará o tempo de serem disciplinados pelo SENHOR, até que aprendam a lição no cativeiro babilônico. Porém, para Babilônia, o SENHOR fará justiça e a punirá por todos os seus malefícios, orgulho e arrogância. Deus é o SENHOR, a sua justiça tarda, mas não falha. Ele disse ao profeta: ... se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará (2.2). A última palavra é a de Deus, diante Dele todos devem ficar calados e submissos para ouvir a sua palavra. No mundo há muitas vozes, mas só uma nos basta, a voz de Deus.

SETE CURIOSIDADES NO LIVRO DO PROFETA HABACUQUE:

1- Habacuque é o único livro onde há um diálogo com Deus de perguntas e respostas.

2- Habacuque começa o seu livro se queixando e termina cantando.

3- Habacuque é o único profeta que faz menção a fé do justo (2.4).

4- Habacuque é o único livro que tem uma expressão que lembra um outdoor: Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa (2.2).

5- Habacuque é o único profeta que faz uma oração em forma de cântico (3.1).

6- Habacuque e Isaías são os únicos profetas que utilizam a expressão "Ai" em suas profecias.
Habacuque usa a expressão "Ai" cinco vezes: (2.6,9,12,15,19).
Isaías usa a expressão "Ai" sete vezes: (Is.5.8,11,18,20,21,22,23).

7- Habacuque é o único livro que termina com uma linda expressão de fé.
O profeta expressa sua fé dizendo: "Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação. JEOVÁ, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas (3.17-19).

CONCLUSÃO:
As perguntas do profeta e as respostas de Deus registradas neste livro, nos deixa impactados e confrontados com seus clamores: "Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? (1.2). De fato, quase todo o capítulo 1 é dedicado às suas questões. No início do capítulo 2, Habacuque declara que esperará para ouvir as respostas de Deus às suas reclamações. Então o SENHOR começa a falar e diz ao profeta que escreva sua resposta claramente para que todos tomem conhecimento e compreendam. Deus diz, que os ímpios "triunfam", mas no final serão julgados, e a justiça prevalecerá. O juízo pode não vir rapidamente, mas virá. As respostas de Deus no capítulo 2, traz consolo ao coração do profeta e satisfaz os seus questionamentos. Então, Habacuque conclui seu livro com uma oração de triunfo. Com suas perguntas respondidas e uma nova compreensão do poder e do amor de Deus, ele se regozija em Deus e faz sua oração expressando sua fé pela justiça e providência Divina.
Aqui nós aprendemos que Deus tem respostas para todas as perguntas, questionamentos e dilemas. Portanto, confie sempre no SENHOR; leve suas queixas, suas inquietudes e questionamentos ao SENHOR, só Ele tem respostas, solução e providência para sua vida. Habacuque louvou a Deus por ter respondido às suas perguntas. O mal não triunfará para sempre; o SENHOR está no controle, e podemos confiar que Ele defenderá aqueles que lhe são fiéis. Devemos sempre esperar pacientemente pelas suas providências. Amém!

Partes desta postagem foi extraída e articulada das seguintes fontes: Comentário Bíblico Africano; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal; Conheça melhor o Antigo Testamento (Stanley Ellisen). 

domingo, 8 de setembro de 2019

OS QUATRO GRANDES ANIMAIS E O PEQUENO CHIFRE.

No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisa. Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu combatiam no mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar (Dn.7.1-3).

O capitulo sete é uma ampliação do capítulo dois. Tanto o capítulo dois como o sete descrevem os reinos e as implicações e complicações religiosas, até o estabelecimento do reino de Deus.
Daniel recebeu este sonho profético quando Belsazar era o rei co-regente de Babilônia, quando nessa ocasião o pai dele, Nabonido, estava em Temã se recuperando de problemas com a saúde. A visão aconteceu no primeiro ano de Belsazar (Daniel 7:1). Sobre a visão de Daniel dos quatro animais que representam os quatro impérios mundiais, iremos entrar em detalhes sobre cada um deles.

IMPÉRIO BABILÔNICO.
O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem (Dn.7.4).
Vamos ver o que significa ou representa esse leão.
O leão é considerado o rei dos animais e a águia, a rainha das aves. Este animal é um leão que tem asas de águia, aparece com duas asas.
É sabido de todos que o nosso mundo foi dominado por quatro poderosos reinos.
O primeiro reino é representado por Babilônia. As asas que vemos neste animal representam rapidez nas conquistas, No reinado de Nabucodonosor a Babilônia rapidamente conquistou o mundo e seu reinado se estendeu do ano 606 ao ano 539aC.
O profeta Daniel diz que as asas foram arrancadas, isso quer dizer que Nabucodonosor perderia sua força.
O capítulo 4 de Daniel descreve que por causa de seu orgulho este rei por 7 anos estaria afastado do poderio de Babilônia, tomado por uma doença mental conhecida como licontropia, viveu ele como um animal durante 7 anos comendo inclusive pastagens com os animais. Seu pelos e unhas cresceram.
As asas seriam arrancadas isso quer dizer que o poder de Babilônia iria cair. Viriam outros líderes e enfraqueceria até que perdesse totalmente o seu poder.
Antes de analisarmos o primeiro animal e o que ele significa, vamos deixar que a própria Bíblia interprete os seus símbolos. Mar, água é igual a povos, multidões e nações (Apocalipse 17:15). Já ventos são símbolos de agitação política sobre a terra (Jeremias 4:12-13). Animais, em profecia, são símbolos de reis e reinos (Daniel 7:17). Asas representam agilidade, destreza, rapidez, força (Jeremias 48:40).Depois desse esclarecimento bíblico podemos com toda a certeza entender perfeitamente a profecia de Daniel, capítulo sete. É importante também lembrar que quando lemos ou falamos “animal” ou “besta”, em profecia, estamos falando de um governo, reino, um poder.
O primeiro animal era semelhante a um leão, com asas de águia; foi posto em pé e tinha um coração de homem. Sem dúvida nenhuma, o leão representa Babilônia, a potência que dominava o mundo daquela época.
O leão como rei das feras e a águia como a rainha das aves, representavam adequadamente o império Babilônico em seu apogeu e sua glória. O leão se destaca por sua força, entretanto a águia é famosa por seu vigor e no alcance dos seus vôos.
Este leão alado representava o período Neo-Babilônico, que sob Nabucodonosor, se tornou o maior e o mais forte império até aquela época. Daniel estava descrevendo de forma figurativa o que ele estava vendo. Em outras palavras, Daniel estava falando da força das conquistas de Nabucodonosor e a agilidade de suas ações. O leão alado representava força e agilidade. O poder de Nabucodonosor não foi somente sentido em Babilônia, mas desde o Mediterrâneo até o Golfo Pérsico, e desde a Ásia Menor até o Egito.
O profeta Habacuque comparou os Caldeus como águias. Note a descrição: “Suscito os caldeus, nação feroz e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra… Os seus cavaleiros espalham-se por toda a parte; os seus cavaleiros vêm de longe. Voam como águia que se apressa em devorar” (Habacuque 1:6 e 8).
Até agora analisamos o que Daniel estava vendo, mas a partir deste momento começaremos a estudar o que iria acontecer. Trata-se de uma profecia. Ela dizia que as asas seriam arrancadas (Daniel 7:4). Isto significava o contrário do que dissemos até este momento. Se as asas significavam agilidade de movimentos, perder essas asas queria dizer que os sucessores de Nabucodonosor ficariam sem o prestígio e o poder mundial.
A profecia diz ainda que o leão ficaria em pé (Daniel 7:4). Este é mais um símbolo profético. “Um leão, erguido sobre dois pés como homem, indica que ele perdeu suas qualidades distintivas de um leão”. Foi a decadência do império, com os sucessores de Nabucodonosor mais interessados em desfrutar das conquistas passadas do que fortalecer o reino.

O capítulo 5 do livro de Daniel relata que Belsazar fez um grande banquete e convidou todos os grandes do seu reino. Este banquete regado com muito vinho e concubinas, deixou o rei muito eufórico, até que ele já embriagado, mandou que trouxessem as taças sagradas de ouro que o seu para tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas. Por esta atitude profana, quando ele profanou o que era sagrado o fim do seu reinado foi iminente. A sua sentença apareceu na parede estucada do seu palácio, uma mão misteriosa escreveu uma escritura que ninguém conseguia decifra-la exceto Daniel. Daniel leu e interpretou a escritura que dizia: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM.

MENE - Contou Deus o teu reino e o acabou.

TEQUEL - Pesado foste na balança e foste achado em falta.

PARSIM - Divido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.

Diz o texto sagrado, que naquela mesma noite, os exércitos do rei Dario, o medo, invadiu a Babilônia, matou Belsazar rei dos caldeus e conquistou todo império da Babilônia.

IMPÉRIO MEDO-PERSA.
Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne (Dn.7.5).
O urso representa o segundo império mundial, o Império Medo Persa. Ouve uma união entre a média e a Persa, e assim eles conquistaram o mundo tirando o poder de Babilônia.
Seu domínio se deu do ano 539 a 331 aC.
Quando diz que um dos seus lados se levantou primeiro quer dizer que a Pérsia se destacou primeiramente e depois eles se uniram criaram mais força e dominaram o mundo. 
O que Deus queria transmitir ao profeta, quando fez esse tipo de revelação? Primeiramente, vamos conhecer um pouco da vida e hábitos de um urso. A Bíblia diz que é um animal astuto (Lamentações 3:10); o urso defende furiosamente suas crias (II Samuel 17:8); tem muita força em suas patas (I Samuel 17:37).
“Os ursos são classificados como carnívoros; mas na verdade eles se alimentam de outras coisas, incluindo plantas das mais variadas espécies, peixes e pequenos animais. Também comem formigas, abelhas e suas colmeias. Os ursos normalmente evitam o homem, mas no inverno e começo da primavera, após saírem da hibernação parcial, os ursos estão muito famintos e podem atacar rebanhos. Já as ursas só tem filhotes uma vez por ano, dando até quatro crias de cada vez… Um único golpe da pata de um urso pode esmagar a cabeça de um homem ou animal.” (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 6, p. 697).
Um outro fato que temos que lembrar é que, em profecias, a própria Bíblia diz que animal significa “reis e reinos”. Portanto, após a fase caracterizada pelo leão, surgiria um reino ou rei cujas ações seriam semelhantes as de um urso. E foi exatamente isto que aconteceu após o período babilônico. Astiages, rei dos Medos, teve uma filha que recebeu o nome de Mandana, e os oráculos diziam que ela seria forte, poderosa e destruiria o próprio pai. Astiages, com medo das profecias a respeito da filha, enviou-a para a Pérsia. Lá ela se casou com Cambises e desse casamento nasceu Ciro.
Calcula-se que Ciro nasceu perto do ano 600 antes de Cristo. Foi o fundador do império Persa e conquistador de Babilônia. Governou-a de 539 AC até morrer no ano 530. (Arqueologia Bíblica, p. 282). Ao se tornar rei da Pérsia propôs a Astiages, rei dos Medos – que era seu avô – uma união para criar um grande exército. Astiages, lembrando das profecias sobre Mandana, mãe de Ciro, não aceitou a aliança. Ciro enviou os seus embaixadores mais importantes para convencer o avô das vantagens dessa aliança. Astiages prendeu os embaixadores e lhes cortou a língua, dizendo: “Voltem e digam a Ciro qual é a minha resposta”.
Ciro, então, conquistou os Medos, mas não destruiu o avô. Dessa forma os dois povos foram unidos a força. Os Persas eram mais fortes.
E, foi na noite de 13 de outubro de 539 AC que a cidade de Babilônia caiu diante do exército dos Medos e Persas, liderados por Ciro (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 1, p. 752). Após a queda de Babilônia Ciro colocou Astiages como um dos líderes da cidade.
A profecia mencionava que o urso estaria com um lado levantado; andaria com um lado do corpo mais alto do que o outro. Isto quer dizer que a sociedade proposta por Ciro ao seu avô não funcionou de forma perfeita. Astiages aceitou a união porque não lhe restava outra alternativa. Os Medos e Persas não viviam uma sociedade equilibrada. Um lado era mais forte que o outro.
A profecia também afirmava que o urso tinha na boca três costelas. Interessante que as três conquistas mais importantes dos Medos e Persas foram a Lídia, em 546 AC,  Babilônia, em 539 e o Egito, em 525 AC. A profecia se cumpriu plenamente.

IMPÉRIO GREGO.
Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio (Dn.7.6).
Um leopardo com quatro cabeças e quatro asas.
Se o leão tinha duas asas representando a rapidez de suas conquistas o que não dizer do terceiro império. A rapidez de conquista do leopardo seria muito maior.
O terceiro império representa a Grécia, A Grécia teve o seu poder estendido do ano 31 ao ano 168 aC.
As quatro asas a rapidez das conquistas e as quatro cabeças, representam os quatro generais de Alexandre o Grande. Alexandre era o imperador, o grande estrategista militar, e ele possuía quatro grandes generais, pessoalmente envolvidos em seu governo, e por isso o leopardo tem quatro cabeças, representando os quatro generais gregos.
O nome desses generais são: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.
Perceba que este terceiro poder – terceiro reino – teria características de leopardo, porém com algumas anormalidades como asas nas costas e quatro cabeças.
“O leopardo é um grande felino, com manchas arredondadas pelo corpo e pertence a família do leão. É carnívoro e faz presa a qualquer animal que possa, incluindo antílopes, veados e animais menores, inclusive aves, mas a sua predileção é por cães. O leopardo é bem conhecido por causa de sua agilidade e velocidade”.
Essa profecia foi proferida aproximadamente no ano de 555 antes de Cristo. Deus estava dando uma visão a Daniel do futuro político, histórico e religioso do mundo. Nessa visão os grandes reinos foram apresentados de uma forma simbólica.
Os Medos e Persas – o urso da profecia – dominaram o mundo de 539 a 331 antes de Cristo. A História mostra que depois deles veio a Grécia, veio Alexandre, o Grande. Alexandre nasceu em 356 antes de Cristo e era filho de Filipe II. Em 336 AC herdou o trono da Macedônia. A sua primeira tarefa foi acalmar e reorganizar o seu próprio império. Depois que a ordem foi estabelecida na sua própria terra teve como alvo conquistar o império Persa, ambição que havia herdado do pai.
Com 35 mil homens invadiu o território Persa. Um ano depois conquistou a cidade de Tiro, depois a Palestina e o Egito. No ano 331 fundou a cidade de Alexandria, no Egito. Ali se declarou sucessor de Faraó e sua tropa o aclamou como Deus. Já em 323 AC estabeleceu a sua capital em Babilônia, cidade que ainda mantinha muito da beleza e glória dos tempos de Nabucodonosor. (S.D.A.B.C, vol. 5, p. 848).
O que chama a atenção de todos os que estudam a História universal é a idade de Alexandre. Com pouco mais de 20 anos estava conquistando o mundo. Impressiona também a influência que recebeu do pai. E aqui, amigo ouvinte, temos uma importante lição: a influência positiva ou negativa dos pais. A maneira como os pais envolvem seus filhos em outras atividades além dos estudos é fundamental para o crescimento intelectual, físico e moral das crianças.  É muito triste quando vemos pais nada preocupados com o preparo dos filhos para a vida. E, estes, menos ainda.
Alexandre com 25 anos já dominava o mundo. Era o leopardo com quatro asas nas costas. Não há símbolo melhor para descrever o jovem Alexandre e suas conquistas.  Era ágil e cheio de energia. E é assim que precisamos ser. É assim que o mundo precisa de homens e mulheres. Findou-se o tempo de homens e mulheres estáticos, parados, sem iniciativa. A profecia diz que o leopardo tinha quatro cabeças. O que este símbolo quer dizer? Os estudiosos da Bíblia acreditam que as quatro cabeças tem mais a ver com o que aconteceu depois da morte do jovem conquistador.
No ano 323 AC, após estabelecer Babilônia como sua capital, Alexandre se excedeu na bebida e caiu enfermo e morreu de “febre dos pântanos”, que se crê que era o nome usado naquela época para descrever a malária (S.D.A.B.C., vol. 5, p. 848). Ele estava com 33 anos e preparava uma expedição à Arábia. Morreu no dia 18 de junho de 323 AC.
Como a morte do líder foi repentina, não deu tempo de ser preparado um sucessor. Seus quatro principais generais disputavam o trono. Não houve consenso entre eles. Guerrearam entre si e na famosa batalha de Ipsos, em 301 AC, o grande império Grego acabou sendo dividido em quatro partes – as quatro cabeças do leopardo. “Formaram-se então quatro reinos: o da Macedônia e Grécia com Cassandro, que triunfara sobre seus rivais; o da Síria com Seleuco; o do Egito, com Ptolomeu; e o da Trácia e parte da Ásia Menor com Lisímaco.” (História Universal, Rocha Pombo, p. 68). Portanto, após o ano 301 AC o grande império formado por Alexandre foi dividido em quatro partes e permaneceu dessa forma até ser conquistado por Roma, no ano 168 AC.

IMPÉRIO ROMANO.
Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres (Dn.7.7).
Ele aparece com dez chifres, que representam, poder, reino e domínio.
Este reino teria a maior concentração de poder mundial, por isso ele tem dez chifres. Esse quarto animal identificado na visão de Daniel, como animal "terrível e espantoso", representa o quarto império mundial, Roma, e Roma foi o império de maior poderio territorial e também o que maior número de anos no poder.
Depois da Grécia, o império que mandou no mundo foi o romano. Os historiadores são unânimes em afirmar que essa transição foi muito lenta e é muito difícil encontrarmos uma data exata para queda dos gregos e a ascensão dos romanos.
“No ano 197 AC Roma derrotou a Macedônia e colocou os estados gregos sob sua proteção. Alguns anos mais tarde, em 190, derrotou o Antíoco III e tomou o território Selêucida. No ano 168 AC, na batalha de Pidna, Roma acabou com a monarquia da Macedônia, dividindo-a em quatro confederações.
Já no ano 146 AC Roma anexou a Macedônia como província e colocou a maior parte das cidades gregas sob o governador da Macedônia.” (S.D.A.B.C., vol 5, p. 852).
Este seria um pequeno resumo de como caíram os gregos e como os romanos passaram a dominar o mundo. Não há uma data específica. Foi uma sucessão de eventos e vitórias. Por isso, a data mais aceita como o início da soberania romana é 168 AC.
Foi em 22 de junho de 168 AC, ao meio-dia, que aconteceu a batalha mais importante contra os macedônios (História Universal de G. AncKem, vol. IV, p. 858). Daniel, quando viu o quarto animal, não pode compará-lo com algo conhecido. Descreveu-o como sendo terrível e espantoso. Além disso, ficou muito curioso para saber o que representava (Daniel 7:19).
E é assim que a Bíblia descreve o quarto reino. Forte e destruidor. Vamos ler Daniel 7:23?  “O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e pisará aos pés, e a fará em pedaços”.
Os historiadores contam que “Roma começou a se destacar de uma maneira muito rápida, até conquistar toda a península Itálica, parte da Europa, África e toda a Ásia civilizada, pondo fim aos restos do Império de Alexandre” (El Desenlace del drama Mundial, p. 154).

VAMOS ANALISAR AS CARACTERÍSTICAS DO IMPÉRIO ROMANO:

Primeira.
“Terrível, espantoso e muito forte”.  A potencialidade, a força militar, política e econômica de Roma não havia sido manifestada por nenhum outro povo. O caráter terrível e espantoso revela-se nas conquistas. “A península itálica, Cartago, Macedônia, Síria, África, Espanha, Egito, Ásia Menor, Palestina, foram caindo uma após a outra para formar a imensa órbita política de Roma” (El Desenlace del drama Mundial, p. 154).

Segunda.
“O qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços”. Na visão profética, o quarto animal – ou quarto reino – agiria de forma violenta e terrível para com aqueles que eram conquistados. “Roma fazia guerra não para conquistar e nem por necessidade de expansão, mas por idiossincrasia e prazer. O templo de Jano em Roma, devia ficar aberto durante todo tempo que houvesse guerra e ele esteve aberto permanentemente durante cinco séculos, salvo uma só vez e por poucos anos” (El Desenlace del drama Mundial, p. 155). Quando uma guerra era iniciada, os romanos saqueavam todo o país atacado. Os homens, mulheres e crianças eram vendidos como escravos e muitas vezes eram vítimas de castigos desumanos. Estabeleciam pesados tributos aos cativos. Os imperadores romanos eram implacáveis com seus inimigos.

Terceira.
“Pisava aos pés o que sobejava”. Essa figura de linguagem mostra uma fera que, após dominar sua vítima e já ter se alimentado da mesma, pisa em cima do que sobrou, de forma sádica.

Quarta.
“E tinha dez chifres” – Todos os que visitam Roma podem ver as ruínas do que foi esse grande império. Ninguém foi tão poderoso quanto eles. Os historiadores dizem que o sol não se punha no império romano. Ele abarcava desde a África, ao sul, até a Inglaterra, ao norte e desde a Pérsia ao leste e a Espanha ao oeste. Porém, não durou para sempre. Foi dividido em dez partes de onde surgiram as principais nações da Europa de hoje. Em 476 de nossa era se consumou a queda e a soberania romana.

O GOVERNO MUNDIAL DO ANTICRISTO.
Estando eu considerando os chifres, eis que entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos chifres primeiros foram arrancados; e eis que nesse chifre havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente (Dn.7.8).

Na visão de Daniel, no meio dos dez chifres surgiu um chifre pequeno, que subjugará três reis e na sequência os outros sete entregará o poder ao chifre pequeno. Este chifre pequeno, segundo as profecias, representa um homem super inteligente, o 666 que há de vir, o anticristo (Ap.13.1; 17.12).
O chifre pequeno que se destaca entre os dez, aparece com olhos humano e uma boca que falava com arrogância. Paulo na sua segunda carta aos tessalonicenses, faz referência a este personagem e o chama de homem do pecado, o filho da perdição: "Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade" (II Ts.2.3-12).

Sem querer entrar em detalhes escatológico sobre este personagem, a verdade é que ele atrairá a atenção dos povos para si e terá um governo mundial, quando firmará um pacto de sete anos e na metade será quebrado o pacto e ele revelará a sua verdadeira identidade. Nesse tempo os reis que entregaram o poder a este governante mundial, se rebelarão e irão fazer guerra contra ele, que dará comprimento a profecia de Apocalipse 16.16, onde ocorrerá a batalha do Armagedom.
Conforme a profecia de Apocalipse capítulo 19, Jesus, o Rei das nações, virá e destruirá o anticristo e o falso profeta. E todos os reinos da terra será governado pelo Senhor Jesus Cristo. Amém!

sábado, 7 de setembro de 2019

VIREI OUTRA VEZ.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (João, 14.1-3).

Os discípulos estavam tristes porque estava se aproximando a hora da separação do Mestre, quando ele seria traído, preso e crucificado. Eles estavam na expectativa da morte de Cristo e que eles não o veria mais; isto deixou os discípulos com o coração turbado.
A expressão "não se turbe o vosso coração", significa "não fiquem com o coração perturbado". Jesus disse essa frase quando estava dando as últimas instruções aos seus discípulos, antes da crucificação. Naquela ocasião eles estavam reunidos para a refeição da páscoa, na noite em que Jesus foi traído e preso. Ao dizer: "Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na Casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar". O Mestre estava transmitindo uma palavra de consolo e esperança para o coração dos seus discípulos.

VIREI OUTRA VEZ.

E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (Jo.14.3).
Temos aqui uma mensagem de consolo e esperança pronunciada pelos lábios do próprio Mestre. Esta é uma mensagem escatológica porque nos fala sobre acontecimento futuro, a vinda de Cristo, que em breve vai acontecer. A promessa da volta de Jesus, é a maior das promessas e a grande esperança da igreja. Os cristãos do primeiro século, viviam numa expectativa de que a volta de Jesus poderia acontecer a qualquer momento. Por causa da promessa da iminente volta de Jesus, eles passaram a usar um tipo de saudação diferenciada, eles ao se cumprimentarem, diziam: "Maranata".

MARANATA, é uma expressão aramaica que ocorre duas vezes na Bíblia. Primeiramente empregada pelo apóstolo Paulo na primeira epístola aos coríntios capítulo 16 versículo 22. "Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema; maranata!"  Aparece também pela segunda vez no livro de Apocalipse, no penúltimo versículo pelo apóstolo João: Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora vem Senhor Jesus! (Ap.22.20).
Este termo "Maranata" é a composição de duas palavras, Maran + Athá, que dão origem à palavra Maranata e que significa "O Senhor vem!" ou ainda "Nosso Senhor vem!". No desfecho final do livro do Apocalipse, esta expressão é utilizada como uma oração ou pedido, desta feita na língua grega, e traduzida por: “Ora, vem, Senhor Jesus”. A palavra era usada como uma "senha" entre os cristãos do primeiro século, e provavelmente foi neste sentido usada pelo apóstolo Paulo. Os cristãos do primeiro século usavam esta expressão, maran- atha como saudação ao encontrava-se com outro. Eles viviam uma expectativa de que a volta de Jesus seria iminente (poderia acontecer a qualquer momento), por isso eles falavam esta palavra como expressão de fé e esperança. Pensando nisso, podemos refletir: Se os cristãos do primeiro século usavam este termo como saudação, e viviam na  expectativa da volta de Jesus, imagine nós, hoje em pleno século XXI. Qual é a nossa grande expectativa? Será que os cristãos atual estão verdadeiramente aguardando a volta de Jesus? E se Jesus voltasse hoje? Pegaria a maioria dos cristãos despreparados ou estariam todos preparado?

TRÊS EMBARAÇOS QUE PODEM DEIXAR ALGUNS CRISTÃOS FORA DO CÉU:

... deixemos todo o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé ... (Hb.12.1,2).

MATERIALISMO.

... se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nela o coração (Sl.62.10).
Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males ... (I Tm.6.10).
Riqueza é bom, ser rico não é pecado, ter muito dinheiro não há nada de errado nisto; porém, o amor ao dinheiro é a causa de muitos malefícios. O problema é quando o dinheiro se torna o senhor da vida crente. Infelizmente, muitos cristãos tem se tornado escravos do dinheiro e estão vivendo uma vida mais voltada para as coisas materiais do que espirituais. Este embaraço pode pegar muitos crentes desapercebidos na volta de Jesus.

MUNDANISMO.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm.12.2).
Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele (I João, 2.15).
O mundanismo é um sistema contrario a vontade de Deus. Ser mundano é aceitar os ditames do mundo e ainda ama-lo e viver na pratica mundana. O verdadeiro cristão anda na contramão do mundo e não aceita os seus usos e costumes que desagradam a Deus. O cristão ser moderno, não há nada de errado nisto, o problema é ser mundano. O cristão pode ser moderno, mas não deve ser mundano. Infelizmente, há muitas igrejas que já aceitaram os costumes do mundo, já não fazem mais a diferença entre o santo e o profano, e estão vivendo um evangelho de conveniências, agradando ao mundo e desagradando a Deus. Quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Disse o apóstolo João.

FRIEZA ESPIRITUAL.

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará (Mateus, 24.12).
Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!  Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca (Ap.3.15,16).
A frieza espiritual na vida do cristão, é uma consequência do conformismo com o mundo e a ganância e preocupação pela busca das coisas materiais. Muitos crentes estão como cadáveres ambulantes na Casa de Deus, vivendo de aparências, tendo nome de quem vive, mas estão mortos. Infelizmente, muitos cristão se tornaram frios espiritualmente e estão prestes a entrar em uma UTI espiritual. Jesus não vem buscar uma igreja gelada, nem morna; Ele vem buscar uma igreja avivada, quente e cheia do Espírito Santo. Que sejamos crentes quentes e cheios do Espírito, para não ficarmos de fora do céu no dia do arrebatamento. Maranata!