terça-feira, 26 de maio de 2020

PROFETA SEM HONRA.

Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama a sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe veio, pois, tudo isso?
E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: "Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa". E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles (Mt.13.55-58).

A recepção de Jesus em Nazaré, sua terra natal, não foi uma das mais calorosas ou aconchegante, mas foi cheia de indiferença, zombaria e descrença. As pessoas conheciam Jesus como o filho do carpinteiro, não como Filho de Deus ou o Profeta da Galileia. Esta rejeição de Jesus como profeta está registrada nos três evangelhos sinóticos (Mt.13.57; Mc.6.4; Lc.4.24). O evangelista Lucas, registra que, a fama de Jesus correu por todas as terras em derredor de Israel (4.14). Jesus iniciou seu ministério na região da Judeia e em seguida foi para Galileia, onde desenvolveu maior parte do seu ministério. Lucas diz que, Jesus tinha um costume de ensinar nas sinagogas (4.15,16). Jesus estava na Judeia, e pelo poder do Espírito voltou à Galileia, e, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, na sinagoga e leu o rolo, o livro do profeta Isaías, onde estava escrito: "O Espírito do SENHOR é sobre mim ... (Is.61.1). Quando ele terminou a leitura, na introdução do seu sermão, ele disse: "Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos" (4.21). Lucas diz, que o povo ficou maravilhado com as palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: "Não é este o filho de José? (4.22). Na continuação do seu discurso, Jesus diz: "Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria" (4.24). Jesus atesta esta verdade, quando ele faz menção ao profeta Elias e Eliseu, dizendo: "Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva". "E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro " (4.25-27).

Hoje, nos dias atuais não é diferente, muitas vezes um homem de Deus, de vida integra, de caráter ilibado, marido de uma só mulher, que tem bom testemunho dentro e fora da sua comunidade cristã, não é bem recebido nem acreditado no meio do seus irmãos e correligionários. Não que estejamos buscando honras por parte de homens, mas é bíblico: "A quem honra, honra"(Rm.13.7). Jesus disse: Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E, qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão (Mt.10.41,42). Não se trata de bajulação, porque isto Deus não aprova, porém, a honra deve ser dada a quem é devida. Que possamos honrar os de longe e os de perto; que as pratas da casa sejam valorizadas e honradas, porque é com estes que nós contamos no dia-a-dia, são eles que pegam no peso das tarefas da obra.
Portanto, pastores e lideres, honrem os obreiros que lhes cercam, que estão em plena atividade na obra; valorize os de fora, porque sempre é bom ver e ouvir um profeta diferente, vindo de outra terra, mas não esqueça de honrar e valorizar as pratas da casa. 
Sabendo que, toda honra e toda a glória pertencem a JESUS. Amém! 

domingo, 24 de maio de 2020

TERMOS HEBRAICO E GREGO PARECIDOS.

O hebraico é uma língua considerada especial porque tem história. E muita história. Ela faz parte da família das línguas chamadas semíticas, grupo que inclui hebraico, aramaico, maltês, assírio, árabe, entre outras, e são faladas no norte da África ao sudoeste da Ásia. Sua origem não é muito clara, mas estima-se que o hebraico tenha mais de 4 mil anos de história.
Atualmente, o hebraico, a língua oficial de Israel, tem 9,3 milhões de falantes em todo o mundo, dos quais 8,3 milhões em Israel, segundo dados do site especializado em línguas Ethnologue. Interessante frisar que muitos judeus que vivem em comunidades fora de Israel, não dominam a língua.

22 letras compõem o alfabeto hebraico, todas consoantes. Não há vogais nessa língua, que se escreve da direita para a esquerda, assim como no árabe. As letras têm um estilo mais quadrado e fala-se que isso está atrelado ao fato de o hebraico, quando surgiu, ter sido escrito em pedras.
Os judeus ortodoxos consideram o hebraico uma língua sagrada, a escolhida por Deus para se comunicar com as pessoas. A Torá, os cinco primeiros livros da Bíblia, foi escrita no hebraico clássico. E foi esse cuidado dos religiosos durante séculos com suas preces e orações, que, de alguma maneira, perpetuaram a língua.

A dispersão dos judeus mundo afora contribuiu para o esquecimento do hebraico clássico, que foi considerada uma língua morta. Ficou restrito, apenas, no campo religioso, a partir das meditações e orações litúrgicas dos que viviam integralmente a sua fé. Porém, a língua renasceu numa versão mais moderna, entre o final do século XIX e início do século XX. O principal responsável por esse feito foi um homem chamado Eliezer Ben-Yehuda, que acreditava que os judeus precisavam voltar às suas origens, formar uma nação e, como consequência disso, ter sua língua. E os esforços de Eliezer deram resultados. Trata-se de um caso raríssimo de morte e renascimento de uma língua.

As palavras da língua hebraica, no geral, são formadas da seguinte forma: radicais com duas ou três letras, com possível acréscimo de prefixos e sufixos. Dessa forma, uma simples palavra em hebraico pode significar o que cinco palavras em outro idioma poderiam transmitir. Quando falamos em tradução, imagine só o trabalho de um profissional tradutor nesse processo? Na prática, algumas palavras em hebraico, quando traduzidas, podem se transformar em muitas palavras.

Fonte: http://www.gamati.com/2019/09/18/conheca-5-curiosidades-sobre-o-hebraico/

PALAVRAS PARECIDAS COM SIGNIFICADOS DIFERENTES.

adam = Homem
dam = Sangue
adamah = Solo, terra.
adom = Avermelhar.

Ao longo do Antigo Testamento há uma relação entre ãdãm "homem", e ãdãmãh. As duas palavras têm uma afinidade etimológica uma vez que ambas parecem ser derivadas do verbo ãdôm, "avermelhar". Se Adão continuasse sendo obediente a Deus, a "terra" daria seus frutos em grande abundancia. Consequentemente, a "terra" era a possessão de Deus e estava sob o Seu comando (Gn.2.6). Ele a fazia responder ao Seu servo.
A entrada do pecado rompeu a harmonia entre o homem e a "terra" , e a "terra" já não respondia aos cuidados do homem. Sua vida mudou para morte em vez de ir para cima em direção a vida. O aumento da rebelião humana causou a diminuição da fertilidade da "terra" (Gn.4.12,14;8.21).

Fonte: Dicionário VINE, pp. 142, 277, 306.

shaqéd = Amendoeira.

shoqéd = Observar.

Nas primeiras palavras de Deus para Jeremias, são reveladas duas visões inaugurais. A primeira é a de uma vara de "amendoeira". A segunda visão é a de uma panela fervendo, cuja boca se inclina para o Norte (Jr.1.11-13).
Em hebraico, a palavra para "amendoeira" é "shaqéd" e o verbo "observar" no sentido de velar ou vigiar, é "shoqéd", ambas têm som semelhante. Estas duas expressões se constitui um trocadilho. O SENHOR então explica que o significado da visão é que ele está observando para assegurar de que sejam cumpridas todas as palavras transmitidas em seu nome a Jeremias (1.12).

Fonte: Comentário Bíblico Africano - pg.885

DOIS TERMOS DE ORIGEM GREGO PARECIDOS.

petros = Pedaços de pedra, pedregulho, fragmentos de pedra, pedrinhas pequenas.

petra = Massa de pedra, uma rocha.

Nota: Em João 1.42, o termo petros representa o nome próprio, Pedro; o termo petros denota "pedaço de pedra, pedra lascada ou pedregulho", em contraste com o termo petra, "massa de rocha".

Fonte: Dicionário VINE, p.862.

* Meu comentário:
Em Mateus 16.18, o próprio Cristo, usa este termo "petra" para se referir a sua pessoa. Não que Ele fosse uma pedra literalmente falando, mas metaforicamente representa Cristo.
Alguns exegetas tem dificuldade em interpretar este texto, e afirmam que a "pedra" a qual Cristo se refere, é Pedro. Quando na verdade, não é; mas é o próprio Cristo.

* Obs.: Tanto Cefas (aramaico) como Pedro (grego) têm o mesmo significado (Jo.1.42).

AMÉM.

Este vocábulo é transliterado do hebraico para o grego e para nossa língua, seus significados podem ser vistos em passagens como Dt.7.9 (o Deus fiel o Amém); Is.49.7 (o SENHOR, que é fiel); Is.65.16 (o Deus da verdade, do Amém).
As igrejas cristãs primitivas seguiam o exemplo de Israel, associando-se audivelmente com as orações e ações de graças oferecidas em seu benefício (I Co.14.16). Os cristãos também diziam amém para expressar "assim seja". É frequente ao final da oração pronunciar o amém. O amém dito por Deus é: e assim é e será; e por homens, assim seja.
O Senhor Jesus usava frequentemente o amém, traduzido por "na verdade na verdade".  Uma única vez encontramos no Novo Testamento o "Amém" como título atribuído a Cristo (Ap.3.14). Porque por meio dEle os propósitos de Deus são estabelecidos (II Co.1.20).

* (Uma síntese extraída do dicionário VINE, PP. 393, 394).

EPÍSTOLA.

Etimologicamente, a palavra epístola vendo o prefixo grego epi- ('por cima') mais o substantivo stola ('manta'); conta-se que, na época da Igreja Primitiva, as cartas, propriamente ditas, eram colocadas nas bolsas que ficavam nas duas pontas de uma manta; essa manta era colocada sobre o lombo do jumento que a levava ao destinatário das cartas. Então nesse caso, epístola era o recipiente que levava as cartas.

Fonte: Wikipédia.

sábado, 23 de maio de 2020

TEMPESTADES, NAUFRÁGIO, MILAGRES.

E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (Atos, 27.15,20,29).

Paulo estava sendo levado como prisioneiro para Itália, juntamente com outros presos, a tripulação do navio era de 276 pessoas, contando com o comandante do navio, o centurião e os soldados. Essa viagem até a Itália, durou cerca de quinze dias e ouve muitas intempéries e desconfortos. As muitas tempestades sacudiu o navio, a ponto de parti-lo ao meio, deixando todos a deriva no meio do mar, pelo que em última instância eles se salvaram utilizando as partes do navio que serviram de tábuas para chegarem a salvo na praia que dava para uma ilha. Esta vida é como uma viagem, e nós estamos navegando em mar de desafios e dificuldades; enfrentando muitas intempéries e desconfortos, muitas vezes o nosso barco (vida) é sacudido pelas tempestades (problemas) e chegamos ao ponto de perder as esperanças. Mas, o nosso comandante Jesus Cristo, está no nosso barco e não vai deixa-lo naufragar. Como todo o navio precisa de âncora para na hora da tempestade garantir a sua firmeza e estabilidade; Jesus Cristo, é a nossa âncora segura e firme que garante a nossa estabilidade e nos dar a certeza que vamos chegar a salvo ao porto seguro.

TEMPESTADES.

Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euroaquilão. E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio. E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma grande tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos (At.27.14,15,18-20).
Não havia perigo de Paulo sofrer dano em qualquer tempestade, a sua vida seria preservada por Deus. A vontade de Deus era que testificasse em Roma. Em meio à tempestade reconhecemos o controle de Deus, segundo seu propósito, sobre todas as circunstâncias. Isto significa bênçãos para os que estão dentro do propósito divino. Do ponto de vista humano, Paulo era mais um prisioneiro no navio. Para Deus, Paulo era o capitão, entre os prisioneiros e os demais. A situação tornou-se desesperadora. Tanto o capitão como o centurião viram-se incapazes de fazer qualquer coisa. Paulo, então, levantou-se, não como prisioneiro ou passageiro amedrontado, mas como profeta do Altíssimo. Paulo anunciou a todos a bordo que um anjo de Deus lhe apareceu, dizendo: "Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo" (27.22-25). O homem que anda segundo a vontade de Deus, domina todas as circunstâncias e se impõe em qualquer situação. A tempestade pode vir, mas quando estamos debaixo dos propósitos de Deus, ela não consegue nos destruir. Assim como Deus estava com Paulo em meio a tempestade e ao perigo, Ele também está contigo. Não temas! Deus vai te tirar do meio desta tempestade.

CONTRASTE ENTRE PAULO E JONAS - Atos, 27. Jonas 1.

A experiência de Paulo na tempestade, dentro da vontade de Deus, contrasta com a de Jonas que estava em desobediência e fora da vontade de Deus.
Comparando as duas situações, notamos:
Paulo viajava como prisioneiro para cumprir sua vocação.
Jonas viajava para fugir da chamada que recebeu.
Jonas se escondeu e dormiu durante a tempestade.
Paulo dirigia as operações e encorajava os passageiros.
Jonas no navio era a causa da tempestade.
Paulo no navio todos seriam preservados da tempestade.
Jonas foi forçado a dar testemunho acerca de Deus.
Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus.
Jonas no navio ameaçava a vida dos marinheiros.
Paulo no navio era a garantia para a vida dos seus companheiros de viagem.
O navio em que Jonas viajava recebeu alívio quando ele foi jogado no mar.
A conservação de Paulo no navio salvou a tripulação da qual era prisioneiro.
Há muitas diferenças em atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de Deus!
Jonas tentando fugir da presença de Deus, tornou-se maldição para os viajantes do navio.
Paulo, andando segundo a vontade de Deus, em comunhão com Ele, tornou-se bênção para todos quantos atravessavam o perigo com ele.

NAUFRÁGIO.

Mas o navio encalhou num banco de areia, onde tocou o fundo. A proa encravou-se e ficou imóvel, e a popa foi quebrada pela violência das ondas. Os soldados resolveram matar os presos para impedir que alguns deles fugisse, jogando-se ao mar. Mas o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Então ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem primeiro ao mar em direção à terra. Os outros teriam que salvar-se em tábuas ou em pedaços do navio. dessa forma, todos chegaram a salvo em terra (At.27.41-44).
O navio, finalmente, encalhou na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser despedaçado pelas ondas. Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar que fugissem. Era um costume romano. A mão de Deus, porém, estava sobre Paulo, o seu mensageiro. O centurião Júlio foi impulsionado a poupar a vida de Paulo, e assim livrou a todos. Nenhum poder, nos céus ou na terra, impedirá os planos de Deus na vida dos seus servos, enquanto Deus tiver um plano especial para sua vida. O plano de Deus, seria de que Paulo ainda pregaria o Evangelho em Roma. Conforme Paulo havia previsto, todos escaparam ilesos para a terra (At.27.22). Ficaram na ilha de Malta durante o inverno, um período de três meses. Após este período de tempo na ilha, embarcaram num navio de Alexandria, o qual tinha por insígnia, Castor e Pólux (At.28.11).
Aqui nós aprendemos que, nem as tempestades ou até mesmo o naufrágio irá impedir os planos de Deus em nossa vida. O barco pode até virá ou se partir ao meio, mas Deus continua no controle da situação, e nada, nem ninguém impedirá os seus propósitos e projetos que Ele já estabeleceu para nossa vida. Amém!

MILAGRES.

Estando a salvo na ilha chamada Malta, mais uma vez foi manifestada a presença de Deus através de Paulo. Primeiro, foi protegido contra os efeitos da mordida de uma víbora. Segundo, ele foi vaso de bênçãos para o pai do administrador da ilha, por nome Públio, que estava com febre e disenteria. Em seguida vieram os habitantes da ilha que tinham enfermidades, e foram curados. Muitas pessoas na ilha receberam a cura divina através do ministério de Paulo (At.28.1-10).

ÂNCORAS DA ALMA.

E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (At.27.29). "Lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia". As tempestades da vida nos submetem a tremendas sobrecargas e nos leva a enfrenta uma noite de grande tribulação, ao ponto que chegamos a desejar com pressa o raiar do dia. Em tais ocasiões, precisamos de realidades espirituais sólidas, como âncoras para a alma.
Nas tribulações e tentações, quais são as grandes âncoras da alma? "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estas três..." (1 Co 13.13). A estas realidades podemos aplicar as palavras de Paulo: "Se estes não ficarem no navio, não poderei salvar-vos" (At.27.31). Não importa quão grande sejam as tempestades, quando firmamos a nossa confiança em Deus, chegaremos ao porto seguro.

Fé - A fé se firma nas promessas de Deus.

Esperança - A esperança firma a nossa alma com visões da expectativa futura.

Amor - O amor nos leva a deixar de lado nossas próprias preocupações e ir ao encontro dos outros.

Confiança - Quando depositamos toda nossa confiança em Deus, podemos vencer qualquer tempestade.

CONCLUSÃO:
Geralmente, depois da tempestade vem a bonança. Muitas vezes as tribulações, as lutas, as adversidades, são pedagógicas e servem para nos ensinar lições que jamais aprenderíamos. Quem nunca passou por uma tormenta, não sabe o que é viver uma tempestade. Nunca devemos lamentar, nem reclamar a Deus por situações adversas, quando estamos debaixo da sua soberana vontade. Mas, que possamos tirar proveito da situação para amadurecermos e crescermos em graça e conhecimento diante de Deus. Que possamos repetir juntos com Paulo, quando disse: ... Porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fp.4.11-13). Amém!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

BOM É TER ESPERANÇA.

Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR (Lm.3.26).

A nação de Judá estava no cativeiro Babilônico, vivendo debaixo de opressão e tristeza, mas eles não podiam perder a esperança de que aquela situação iria mudar. Quando não se tem esperança, o desespero pode dominar e levar a uma derrota total. Mas o profeta diz: "Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação (livramento) do SENHOR".
Há muitas pessoas vivendo em um mundo de ilusões, sem Deus e sem esperança, outras estão depositando a sua confiança em algo que não pode lhe dá esperança. Viver sem esperança não é bom, porque a esperança é quem nos assegura e alimenta a nossa fé em futuro promissor. Viver sem esperança é não acredita que haverá um novo dia, é perder o rumo e a direção da vida e viver a deriva em um mundo de incertezas. Há um ditado que diz: "A esperança é a última que morre". Mas a esperança do crente nunca morre, porque é eterna, ela é JESUS.

QUATRO FONTES ONDE DEVEMOS TER ESPERANÇA.

1- DEUS, O PAI.

Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus (Sl.146.5).
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus ... (I Tm.6.17).

2- JESUS CRISTO.

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa (I Tm.1.1).

3- A PALAVRA DE DEUS.

Estou quase desfalecido, aguardando a tua salvação, mas na tua palavra coloquei a minha esperança (Sl.119.81).

4- A VOLTA DE JESUS.

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança (I Ts.4.13).
Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp.3.20).

TRÊS QUALIDADES DA NOSSA ESPERANÇA.

1- VIVA.
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (I Pe.1.3).

2- FELIZ.
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt.2.13).

3- CONSOLADORA.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras (I Ts.4.18).

CONCLUSÃO:
A nossa esperança está em Deus. Mesmo que as circunstâncias sejam desfavoráveis, mesmo que as nuvens negras impeçam vislumbrar o horizonte e não haja estrelas no céu; Deus continua sendo a minha esperança. Bom é ter esperança. O sábio Salomão diz: Porque deveras haverá um bom futuro; não será frustrada a tua esperança (Pv.23.18). O justo até na sua morte tem esperança (Pv.14.32b).
Finalmente, esqueça tudo que não pode lhe dá esperança, e firme a sua esperança em DEUS. Amém!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

A IGREJA IMPARÁVEL.

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (Atos, 1.8).

A igreja foi inaugurada no dia de pentecostes debaixo da ação poderosa do Espírito Santo, e desde aquele dia, até os dias atuais, ela não parou. Ouve muitas investidas de Satanás para tentar deter a marcha da igreja, mas foi debalde. A promessa de Jesus para sua igreja foi: ... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt.16.18). A igreja que começou em Jerusalém teve uma marcha imparável, ela avançou até os confins da terra, para cumprir o seu propósito, ganhar vidas e liberta-las do pecado para o Reino de Deus.

A MARCHA DA IGREJA IMPARÁVEL.

- A primeira colheita de almas da igreja - Quase três mil almas (At.2.41).
- O número aumentou e chegou a quase cinco mil almas (At.4.4).
- A multidão dos que criam crescia cada vez mais (At.5.14).
- A cidade de Jerusalém foi evangelizada (At.5.28).
- Não cessavam de anunciar Jesus Cristo (At.5.42).
- Multiplicava-se muito o número dos discípulos (At.6.7a).
- Grande parte dos sacerdotes obedecia à fé (At.6.7b)
- Iam por toda a parte anunciando a palavra (At.8.4).
- Filipe prega em Samaria (At.8.5).
- Filipe anunciou o evangelho em várias cidades (At.8.40).
- As igrejas se multiplicavam em toda Judéia, Galiléia e Samaria (At.9.31).
- Em Jope muitos creram no Senhor (At.9.42).
- Grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.21).
- Em Antioquia da Pisídia quase toda a cidade ouviu a palavra de Deus (At.13.44).
- As igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número (At.16.5).
- Uma grande multidão de gregos e muitas mulheres creram no Senhor (At.17.4).
- Muitos homens e mulheres de classe nobre creram no Senhor (At.17.12).
- Todos os habitantes da Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus (At.19.10).
- Milhares de judeus creram (At.21.20).
- Paulo prega para rei e governadores (At.26.1-32).
- Paulo prega a muitos durante dois anos em sua prisão domiciliar (At.28.30,31).
- Paulo testifica que pregou de Jerusalém até Ilírico (Rm.15.19).

* Ilírico - Região da costa leste do mar Adriático.
* Paulo também manifestou o desejo de fazer missões na Europa e chegar até a Espanha (Rm.15.24,28)).
* A mensagem do evangelho chegou aos confins da terra.

Apesar dos ardis do Maligno e todas as perseguições, a igreja de Jesus é sempre vitoriosa.
Segundo os estudiosos de missiologia, o mundo antigo foi quase todo alcançado pela mensagem do evangelho em pouco mais de 60 anos. Numa época em que não havia os meus de transportes e comunicação que temos hoje, nem mídia, nem tecnologia que favorecessem a evangelização; mas mesmo assim, eles conseguiram. E hoje, com toda a tecnologia e as mídias a nosso favor, o que estamos fazendo?

TRÊS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA IMPARÁVEL:

1- PERSEVERANTE.

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (At.2.42).

2- OUSADA.

... concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra.
... e anunciavam com ousadia a palavra de Deus (At.4.29b,31b).
Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus (At.4.13).

3- CHEIA DO ESPÍRITO SANTO.

E todos foram cheios do Espírito Santo ... (At.2.4a).
E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo ... (At.4.31a).
E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo (At.13.52).
E não vos embriagueis com o vinho, em que há contendas, mas enchei-vos do Espírito (Ef.5.18).

CONCLUSÃO:
Que nós como igreja de Jesus, possamos continuar dando prosseguimento a anunciação do evangelho. Que a chama do pentecoste continue acessa na vida da igreja, afim de que, possamos continuar fazendo missões, cumprindo assim a ordem imperativa do Senhor Jesus. Amém!

quarta-feira, 20 de maio de 2020

O Mundo Está Vivendo Uma "PERPLEXIDADE".

Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e "perplexidade" com o bramido e a agitação do mar (Lc.21.25).

Chegará um tempo, se é que já chegou, em que o mundo ficará num beco sem saída. As nações da terra, mesmo em um mundo globalizado, não se entenderão e entrarão em colapso social, econômico, político e espiritual. Os lideres das nações entrarão em pânico diante das epidemias que causarão a morte de milhares e consequentemente quebrará a economia do mundo. A "Nova Ordem Mundial" já propaga a centralização do poder em um único governo mundial. Um homem super inteligente surgirá no cenário mundial e será aclamado por todos como o líder das nações. Neste tempo, haverá uma grande prosperidade e estabilidade financeira, haverá também uma falsa paz, e este líder enganará a muitos. Por esse tempo, muitos dirão: "Há paz e prosperidade". Porém, a palavra de Deus nos diz: Quando disserem: "Paz e segurança", a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão (I Ts.5.3). Porque aquilo que está determinado e escrito na palavra de Deus, há de se cumprir na integra.

CONCEITO DE PERPLEXIDADE.

Perplexitas é o vocábulo latino que deu origem ao termo "Perplexidade". Um termo da nossa língua que se usa em referência ao desconcerto ou à indecisão que uma pessoa tem relativamente a algo.
Quem está perplexo, por conseguinte, não sabe que decisão tomar ou como resolver uma determinada situação. Em geral, a perplexidade acontece diante de um fato que causa comoção. Trata-se de situações que causa surpresa ou impacto e que, por conseguinte, impedem que o indivíduo reaja de forma rápida. Em suma, a perplexidade surge quando algo é contrário ao esperado.

O TERMO "PERPLEXIDADE" NA BÍBLIA.

Esta palavra como verbo aparece três vezes, e como substantivo apenas uma vez no Novo Testamento:

Herodes, o tetrarca, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou perplexo ... (Lc.9.7)

Mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer.... (Lc.24.3,4).

De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados (II Co.4.8).

Como substantivo -
Perplexidade no grego, é "Aporia" (àrropía), que é traduzido em Lucas 21.25 por "perplexidade". Literalmente, significa "não encontrar uma passagem, caminho ou recurso", acerca da angústia das nações por não encontrarem solução para suas dificuldades; as ilustrações encontradas nos papiros são no sentido de se estar completamente desnorteado, sem saber como proceder, sem recursos. 
Fonte: Dicionário Bíblico VINE, pg.871.

Concluímos que, muitas vezes, a única maneira de sairmos bem diante de uma situação de perplexidade é buscar a sabedoria que vem de Deus e esperar Dele a solução.

terça-feira, 19 de maio de 2020

O MURO DA INIMIZADE FOI DERRIBADO.

Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio (Ef.2.14).

Foi a partir do Éden, quando o homem pecou, que o elo da paz, da harmonia e da comunhão com Deus foi quebrado. Este ato de desobediência praticado por Adão e Eva, afetou toda a humanidade. Por causa do pecado, o homem tornou-se inimigo de Deus, ficando separado e distante da sua presença. Mas, Deus resolveu usar de misericórdia e enviar seu Filho para descer e reconciliar a humanidade pobre e desvalida. Quando Paulo diz, que Cristo é a nossa paz, é porque antes esta paz não era possível, o ódio, a separação e a inimizade dominava nossa natureza pecaminosa. Mas, Cristo veio, e pelo sacrifício da cruz, nos reconciliou com Deus e desfez a inimizade, derribando a parede de separação que separavam os judeus e gentios, formando um só povo, em um só corpo, a igreja.

Paulo declara que Cristo "é a nossa paz" (2.14). Essa expressão vai muito além, ela tem uma conotação mais profunda, pois Cristo não é apenas o "autor da paz", mas literalmente "nossa paz". Isso implica dizer que, Cristo faz parte da nossa comunhão espiritual, ou seja, Cristo habita em nós sendo Ele mesmo a nossa paz. Desse modo, a paz de Cristo é oferecida a todos os homens, e repousa sobre a igreja de Deus (Jo.14.27).

No conceito do mundo secular, a paz é entendida como ausência de guerra. Porém, a paz que a bíblia faz menção, é muito mais do que simplesmente ausência de guerra. A paz que a bíblia revela tem sua origem em Deus e se manifesta no interior do homem, lhe dando uma plena paz. Paulo diz em relação a Cristo: E que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio Dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus (Cl.1.20).
A paz de Cristo, vai além do que a mente humana possa entender do que venha ser a paz. Paulo, falando desta paz aos filipenses, Diz: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus (Fp.4.7).

Havia um exclusivismo religioso por parte dos judeus, eles se julgavam melhores do que os gentios por fazerem parte da Aliança de Deus com os patriarcas e por terem a lei de Moisés e mais 613 mandamentos. Enquanto os gentios, mesmo temendo a Deus, não tinham os privilégios que os judeus tinham.

Paulo usa uma analogia quando diz: "Derribando a parede de separação que estava no meio". Com isso, ele se refere as muralhas do templo em Jerusalém. O exclusivismo religioso dos judeus, fazia com que houvesse separação entre gentios e judeus. Entre o santuário e o átrio dos gentios havia um muro de pedras com a proibição de acesso aos estrangeiros.
Este extremismo judaico era levado tão a sério, que Paulo foi acusado de ter profanado o lugar santo, fazendo entrar o grego Trófimo, permitindo-o ultrapassar essa barreira (Atos, 21.28-30). Havia um ódio entre os povos, uma guerra de inimizades. Os judeus odiavam os gentios, os gregos chamavam de bárbaro todo aquele que não pertencesse a sua nação; os romanos só reconheciam os direitos de cidadão se fossem de Roma. Jesus veio no meio desta guerra, para desfazer estas inimizades entre os homens e estabelecer a paz mediante o seu sacrifício na cruz. 

O MURO DIVISOR DO PÁTIO DOS GENTIOS NO TEMPLO DE HERODES.

“Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade,” Efésios 2:14

Os gentios estavam autorizados a entrar na parte externa da área delimitada do templo em Jerusalém. Essa grande área pavimentada em volta do templo e seus átrios internos eram delimitados por uma colunata dupla de pilares de 10 metros de altura. O perímetro dessa área media 900 metros. Esse pátio externo também era chamado de pátio dos gentios.

Mas os gentios eram fisicamente proibidos de acessar os pátios internos do templo por uma barreira de 1,4 metro de altura (o “muro de inimizade”, de Efésios 2:14). O historiador judeu Flavio Josefo informa que 13 placas de pedra com inscrições em grego e em latim foram colocadas ao longo da barreira, advertindo os gentios a que não entrassem.

Nas palavras de Josefo: “Havia uma divisão feita de pedra (…). Sua construção era muito elegante; sobre ela, ficavam pilares, em distâncias iguais entre um e outro, anunciando a lei de pureza, em grego e em outras letras romanas, dizendo que ‘nenhum estrangeiro deveria entrar no santuário’” (Guerras, 5.5.2).

Os arqueólogos descobriram duas dessas placas de aviso, que dizem: “Nenhum estrangeiro tem permissão de entrar na balaustrada em torno do santuário e do pátio. Quem for pego, será responsável por sua decorrente morte”.

Esse muro divisor teve grande significado para Paulo, que foi preso em Jerusalém por supostamente levar um gentio para o pátio interno do templo (Atos 21:16-30). Paulo e outros cristãos judeus reconheciam que o Deus que havia anteriormente residido no templo havia entrado na humanidade na pessoa de Jesus, o Messias. A morte de Jesus na cruz e sua ressurreição haviam, na verdade, rompido o muro divisor, efetuando unidade espiritual entre judeus e gentios. Como resultado, Paulo sabia, todas as pessoas tinham acesso garantido a Deus por meio da fé salvadora em Jesus Cristo.

Fonte: Bíblia de Estudo Arqueológica, pág. 1917.

Concluímos que, Cristo é a causa da nossa reconciliação com Deus Pai. O muro da separação e das inimizades, tanto na horizontal (entre os homens), como na vertical (entre Deus e os homens) foi derribado e as inimizades foram desfeitas; isto só foi possível mediante a morte e ressurreição de Cristo. Portanto, podemos desfrutar de plena paz e comunhão com Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, Ele é a nossa paz. Amém!