domingo, 26 de julho de 2020

A BÍBLIA PERMITE O DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO?

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne"(Gn.2.24). Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne, assim, já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem (Mc.10.7-9).

Este é um tema polemico e bastante debatido por muitos cristãos, todavia a Escritura deixa bem claro que o casamento deve ser monogâmico e vitalício. O mesmo princípio estabelecido por DEUS no começo da criação, foi corroborado por JESUS e posteriormente confirmado pelo apóstolo Paulo.
É da vontade de Deus que o homem deixe pai e mãe e se una à sua esposa. A ordem para "deixar" e  "unir-se" indica que o casamento liga os cônjuges numa aliança matrimonial.
"Unir-se-á", essa expressão significa "colar-se-á" a sua própria esposa para serem um. Deus planejou e determinou que o casamento fosse terminantemente indissolúvel (Mc.10.7-9). É no casamento que a verdadeira relação entre homem e mulher é estabelecida. Esta relação é algo tão maravilhoso que pode ser considerada como antítipo da relação entre Cristo e a igreja (Ef.5.22-25).
A forma verbal "tornando-se" enfatiza a certeza de que isso acontecerá. A certeza se baseia no desejo do casal, e no decreto divino, que estabelece o casamento vitalício.
Mas, é fato que, no mundo todo o número de divórcios tem ultrapassado o número de casamentos. Isto não é algo novo, esta realidade é antiga, sempre ouve separação entre os cônjuges, porque esta é uma obra de Satanás. Porém, o plano e propósito de DEUS para o casamento é que seja indissolúvel, isto é, que não haja separação ou divórcio. Este tema na Bíblia pode ser entendido sobre quatro aspectos: (1) O princípio estabelecido por DEUS no inicio da criação. (2) A carta de divórcio permitida por Moisés (Deut.24.1-4). (3) O conceito do casamento reiterado por Jesus ao responder uma pergunta sobre o divórcio (Mt.19.5; Mc.10.7). (4) O parecer de Paulo ao tratar sobre o casamento (I Co.7.1-40).

A QUESTÃO DO DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO À LUZ DA BÍBLIA.

1- O princípio estabelecido por DEUS no inicio da criação.

Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn.2.24). Aqui fica subentendido que, o plano e propósito de DEUS para o casamento é que este seja monogâmico e consequentemente vitalício.
Houve um época no contexto histórico da nação de Israel, que a pratica do divórcio estava se tornando algo normal, e muitos estavam deixando suas esposas e contraindo novas alianças conjugais com mulheres estrangeiras. Diante deste fato, o profeta Malaquias ergue a voz em nome de DEUS para censurar e condenar tais atitudes. Na ocasião a nação cometeu dois tipos de infidelidade: Espiritual, quando deixou ao SENHOR e foi em busca de falsos deuses; e conjugal, quando foram infiéis as suas mulheres.
O SENHOR falou através do profeta: "Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desenrolou o santuário que o SENHOR ama; homens casaram-se com mulheres que adoravam deuses estrangeiros. Que o SENHOR lance fora das tendas de Jacó o homem que faz isso, seja ele quem for, mesmo que esteja trazendo ofertas ao SENHOR dos Exércitos. Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do SENHOR; choram e gemem porque Ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: Por quê? É porque o SENHOR entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o SENHOR que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E porque um só? Porque Ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. "Eu odeio o divórcio", diz o SENHOR, o Deus de Israel, "e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o SENHOR dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis (Malaquias, 2.11-16). Portanto, está bem claro e explicito no texto sagrado, que DEUS não aceita o divórcio.

2- MOISÉS permitiu a carta de divórcio. Por quê?

Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora (Dt.24.1).

Esta expressão "encontrar nela algo que ele reprova, ou do marido que acha coisa indecente na esposa". Na época de Jesus, o significado exato dessa expressão havia se tornado motivo de controvérsia, sendo essa uma das razões pelas quais os fariseus apresentaram a questão a Jesus (Mt.19.3). Em resposta aos fariseus, Jesus declara que Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim (Mt.19.8).

Esta expressão "dureza do vosso coração", implica em dizer que o coração dos homens ficavam endurecidos de tal forma, que eles ficavam insensíveis para com a mulher, inflexível, irreconciliáveis, obstinados, teimosos e não aceitavam de forma alguma viver com sua esposa. Então para livrar a mulher de ser vítima de violência ou até mesmo de morte, por parte do marido, Moisés permitiu que lhe desse carta de divórcio. Com esta carta de divórcio a mulher estaria livre para casar novamente.

3- O que JESUS falou acerca do divórcio?

Em seu grande discurso, conhecido como o sermão da montanha, Jesus falou sobre variados assuntos, e um dos seus temas em destaque foi acerca do casamento.

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério (Mt.5.31,32).
Versão A.R.C. João F. Almeida.

Foi dito: Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio. Mas eu lhe digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério (Mt.5.31,32).
Versão N.V.I. Leitura Perfeita - Thomas Nelson.

Qual a resposta de JESUS aos fariseus a esta questão?

O conceito do casamento é reiterado por Jesus, ao responder as perguntas dos fariseus acerca do divórcio. Diz o texto sagrado: E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galiléia e dirigiu-se aos confins da judéia, além do Jordão. E seguiram-no muitas gente e curou-as ali.

PRIMEIRA PERGUNTA DOS FARISEUS:
Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

RESPOSTA DE JESUS:
Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.

SEGUNDA PERGUNTA DOS FARISEUS:
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?

RESPOSTA DE JESUS:
Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

OS DISCÍPULOS INTERPELAM O DIÁLOGO E QUESTIONAM:
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.

JESUS FINALIZA O DIÁLOGO DIZENDO:
Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba (Mt.19.1-12).

As estatísticas mundiais informam que, o número de divórcio vem superando o número de casamentos entre homem e mulher. O divórcio também era comum nos tempos de Jesus. Apesar disso, é uma violação do propósito original de Deus para o casamento.
O pano de fundo dessa questão era o debate entre duas escolas de pensamento teológico, ambas tendo Deuteronômio 24.1-4 como ponto de partida. O rabi Shammai ensinava que um homem podia divorciar-se da mulher se ela fosse infiel, pois interpretava que a expressão "coisa indecente" em Deuteronômio se referia à infidelidade conjugal. Já o rabi Hillel interpretava a expressão mais amplamente e entendia que um homem podia divorcia-se da mulher por qualquer motivo, mesmo por algo trivial, como um pão queimado. Em termos atuais, podemos dizer que um homem poderia pedir o divórcio se a mulher colocasse muito sal na comida.
Essa discussão teológica ganhou proporção por causa do casamento de Herodes Antipas, o tetrarca, que se divorciou da esposa Nabateia para casar com Herodias, que havia sido esposa de seu irmão Filipe. Esse casamento levou João Batista à morte (Mt.14.9-11).
Os fariseus tentaram criar uma armadilha para Jesus. Se ele dissesse que o divórcio era legal por qualquer motivo estaria contradizendo Moisés, que permitia somente por indecência (Dt.24.1). Se dissesse que era ilegal, ficaria mal visto pelo povo, pois o divórcio era prática comum entre eles.
Jesus percebeu a intenção dos fariseus e, com sabedoria, evitou uma discussão superficial, bem como as infames maquinações políticas. O Mestre foi diretamente à autoridade original. Em vez de argumentar sobre Deuteronômio, destacou outras duas passagens bíblicas: Gênesis 1.27 e 2.24, quando as cita em Mateus 19.5. Ele não afirma que a prescrição mosaica era nula ou vã. Em vez disso, prefere analisar a questão no contexto da intenção original de Deus.

* Este texto foi extraído da obra, Comentário Bíblico Africano (pg.1174-1175).

O PARECER DE PAULO.
O que ensinou Paulo sobre o casamento e o divórcio?

Paulo emprega a imagem do casamento para ensinar sobre o relacionamento do cristão com a lei (Rm.7.1-6). Paulo diz: "Não sabeis vós, irmãos (pois falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?  Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do casamento. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido (7.1-3).
Em I Corintios 7. 10,11,39 Paulo diz: Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.
Numa outra situação conjugal, Paulo dar o seu parecer dizendo: "Aos outros, eu mesmo digo isto, não o Senhor: Se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele. Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos. Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo da servidão; Deus nos chamou  para vivermos em paz. Você mulher, como sabe se salvará seu marido? Ou você, marido, como sabe se salvará sua mulher"? (7.12-16 N.V.I).

Paulo fala da necessidade de o casal permanecer unido como marido e esposa, mas acrescenta: "Se o descrente quiser apartar-se, que se aparte. Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz (7.15). O ponto principal é o significado da expressão "não fica sujeito à servidão". Paulo não explica em que consiste a servidão. A pessoa está livre do relacionamento, mas não deve se casar novamente, ou a liberdade inclui a dissolução dos laços matrimoniais e, portanto, a permissão para se casar novamente? Ao que tudo indica, o tema central do argumento de Paulo é a necessidade de os cristãos cultivarem o relacionamento conjugal mesmo quando se encontram casados com não-cristãos. Não obstante, parece haver espaço para, em casos especiais e sob a direção do Espírito Santo, a igreja aplicar essa liberdade não apenas ao relacionamento, mas também aos votos e, desse modo, permitir que o irmão ou irmã divorciados casem novamente. Em Mateus 18.15-17 apresenta os parâmetros a serem seguidos, nesses casos a igreja deve participar plenamente do processo.
Uma das questões mais importantes no aconselhamento para casais é a identificação de casos especiais aos quais a liberdade de I Corintios 7.15 é aplicável. É extremamente fácil abrir cada vez mais a porta para o divórcio e esquecer que Jesus o limitou à ocorrência de adultério e que Deus deseja que todos os casais mantenham seus votos matrimoniais para a vida toda. Não devemos, porém, ignorar o fato de que Deus nos tem chamado à paz. A paz resulta de os dois cônjuges cumprirem sua parte dos votos matrimoniais. Porém, há casos em que o marido tortura a esposa, quer por violência física, quer por negligência financeira, quer por ausência. Quando esse comportamento não muda mesmo depois de aconselhamentos repetidos e especialmente quando a vida da esposa corre perigo, ela tem o direito de deixar o marido. A esposa também pode ser o cônjuge em pecado quando, por exemplo, abandona o lar para morar longe do marido sem lhe prestar contas. Nas situações mencionadas anteriormente, depois de tentativas enérgicas de ajudar a parte errada a corrigir sua conduta, o pastor e a igreja devem tomar partido do cônjuge lesado e buscar maneiras de ajudá-lo a dar prosseguimento à sua vida. Ao reconhecer tais situações como casos especiais, a igreja pode dar à parte vitimada a opção de se separar, divorciar e casar novamente.

* Texto de Samuel Ngewa, extraído do Comentário Bíblico Africano (pg.1176).

Finalmente, devemos sempre ficar debaixo da vontade de Deus. "O que Deus ajuntou não separe o homem"(Mt.19.6).
Se você concorda ou discorda do assunto aqui abordado, e quiser deixar seu comentário, fique a vontade.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

DEUS DE ANTES.

Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando Eu, quem impedirá? (Is.43.13).

O Deus de antes é o Deus que é antes de todas as coisas. Ele conhece e sabe todas as coisas antes que aconteçam ou que venham a existir. Deus de antes, é o Deus que sabe por antecipação todas as coisas, Ele conhece o fim desde o princípio e nada lhe apanha de surpresa. Deus de antes, significa dizer, que Ele tem a presciência, ou seja, Ele tem o conhecimento prévio e antecipado acerca dos fatos que ainda não ocorreram. O Deus de antes, não depende do tempo, porque Ele estar acima do tempo, e não é regido pelo tempo. Para Deus não existe passado, presente e futuro; Ele vê tudo de uma só vez, em uma só dimensão. O termo "antes" na Bíblia, está relacionado a soberania de Deus.

SETE VEZES NA BÍBLIA ONDE APARECEM O TERMO "ANTES".

Este termo "Antes", expressa a soberania de Deus e revela o seu poder absoluto. Teologicamente, soberania significa controle e domínio absoluto sobre tudo e sobre todos. Assim, Deus é, e está acima de toda força, poder e autoridade.

1- Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus (Sl.90.2).

2 - Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando Eu, quem impedirá? (Is.43.13).

3 - Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta (Jr.1.5).

4 - Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei (Is.65.24).

5 - Antes de serem estabelecidos os montes e de existirem colinas Eu nasci (Pv.8.25).

6 - ... Antes que Abraão existisse, Eu Sou (Jo.8.58).

7 - Ele é Antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste (Cl.1.17).

CONCLUSÃO:
Deus é único em poder, abaixo Dele, toda autoridade tem um poder delegado, só Deus tem o poder absoluto. Ele é Todo-poderoso, a nossa mente não consegue compreender o seu poder ilimitado. Amém! 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

A Excelência Da Palavra No Salmo 119.

Este é o salmo mais longo do hinário de Israel. Ele tem 22 seções com oito versos, que somam 176 versos. Cada verso se inicia com uma letra do alfabeto hebraico, que totalizam 22 letras.
Este salmo no original hebraico não tem título, nem é mencionado o nome de nenhum autor.
Alguns eruditos atribuem a Davi a autoria deste salmo, por seu estilo escriturístico em tom de expressão. O salmista aborda seu tema focando unicamente a palavra do SENHOR. Ele procura expressar toda a plenitude, a clareza e a doçura da palavra de Deus.
Este salmo revela uma alma sedenta pela palavra de Deus, apegada ao Livro sagrado, com um sentimento profundo de zelo e amor aos preceitos da palavra de Deus.
Por gostar muito deste salmo 119, e pelo amor que tenho a Palavra de Deus, resolvi escrever alguns esboços sobre ele.

A PALAVRA PRODUZ FELICIDADE:

Felizes os Andam na Palavra (v.1).

Felizes os Guardam a Palavra (v.2).

SETE ATITUDES DEVEMOS TER COM A PALAVRA:

1- Observar a Palavra.

Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra (v.9).
Faze bem ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra (v.17).
O SENHOR é a minha porção; eu disse que observaria as tuas palavras (v.57).

2- Guardar a Palavra.

Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti (v.11).
Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra (v.67).

3- Amar a Palavra.

Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! (v.97).
A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (v.140).

4- Folgar com a Palavra.

Folgo mais com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas (v.14).
Folgo com a tua palavra, como aquele que acha um grande despojo (v.162).

5- Meditar na Palavra.

Em teus preceitos meditarei ... (v.15).
Os meus olhos anteciparam-me às vigílias da noite, para meditar na tua palavra (v.148).

6- Memorizar a Palavra.

Alegrar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra (v.16).

7- Confiar na Palavra.

Assim, terei que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra (v.42).

OS EFEITOS DA PALAVRA.

1- A Palavra Vivifica.
A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra (v.25).

2- A Palavra Fortalece.
A minha alma consome-se de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra (v.28).

3- A Palavra Salva.
Venham também sobre mim as tuas misericórdias, ó SENHOR, e a tua salvação, segundo a tua palavra (v.41). Chegue a minha súplica perante a tua face; livra-me segundo a tua palavra (v.170).

QUALIDADES DA PALAVRA.

1- Perfeita.
A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo (v.96).

2- Pura.
A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (v.140).

3- Verdadeira.
A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre (v.160).

A PALAVRA DE DEUS É:

1- Doce.
Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca (v.10).

2- Lâmpada.
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho (v.105).

3- Luz.
A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices (v.130).

QUATRO COISAS DEVEMOS PEDIR EM RELAÇÃO A PALAVRA:

1- Ensinamento.
Ensina-me, ó SENHOR, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim (v.33).

2- Entendimento.
Dá-me entendimento, e guardarei a tua Lei e observá-la-ei de todo o coração (v.34).

3- Confirmação.
Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor (v.38).

4- Renovação.
Eis que tenho desejado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça (v.40).

CONCLUSÃO:
O salmo 119 é um dos mais belos salmo do saltério de Israel. Este salmo exalta a soberania da Palavra de Deus, elevando-a acima de todas as circunstâncias efêmeras desta vida. Que possamos ter o mesmo ardor e fervor que teve o autor deste salmo em relação a palavra de Deus. Amém!

domingo, 19 de julho de 2020

TRÊS SEGREDOS DE ABRAÃO.

E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. E moveu-se dali para montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR (Gênesis, 12.7,8).

Abraão, nosso patriarca da fé, é um personagem que tem o seu lugar de destaque na história sagrada. Ele viveu uma vida de renúncia, fé e obediência. Deus o chamou de Ur dos Caldeus na Mesopotâmia, uma região onde a idolatria imperava, onde o politeísmo era uma pratica religiosa comum entre o povo. Deus se revelou a Abraão como o SENHOR, o único Deus verdadeiro, e lhe ordenou que ele saísse da sua terra, do meio dos seus parentes, e da casa do seu pai, e fosse para uma terra que Ele haveria de lhe mostrar (Gn.12.1). O escritor aos hebreus faz menção a chamada de Abraão, e diz: Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hb.11.8). A história de Abraão é marcada por muitos episódios, dos quais podemos extrair muitas lições para nosso aprendizado. Abraão tinha um estilo de vida que tornou-se uma pratica comum durante toda a sua trajetória. Abraão tinha um costume de: Subir a montanha, armar tenda e edificar altar. Esta pratica de subir montanha, arma tenda e edificar altar, nos revela o segredo da vida de Abraão.

1- MONTANHA.
Montanha nos fala de isolamento, santidade e provisão.

2- TENDA.
Nos fala do nosso aconchego familiar; também nos fala de algo provisório, nos faz lembrar que somos peregrinos.

3- ALTAR.
Nos fala de oração, de comunhão e adoração.

CONCLUSÃO:
Que possamos seguir os passos do nosso pai na fé Abraão, vivendo debaixo da direção de Deus. Quando vivemos uma vida de renúncias, fé e obediência ao SENHOR, como fez Abraão, seremos bem sucedidos e aprovados por Deus. Que o monte da santidade e provisão, a tenda que revela a nossa vida transitória, e o altar que nos mantem em oração, comunhão e adoração a DEUS, sejam uma pratica constante em nossa vida. Amém!

sábado, 18 de julho de 2020

A CHAVE DE DAVI.

E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre (Ap.3.7).

Chave na Bíblia é simbolo de poder, representa autoridade. Quando Jesus declarou: "E tenho as chaves da morte e do inferno" (Ap.1.18), não significa chaves literalmente, mas tem haver com poder. Isto significa dizer que, Jesus tem total domínio e autoridade sobre a morte e o inferno. Quando Jesus manda João escrever ao anjo da igreja de Filadélfia, Ele diz: "Isto diz o que é Santo, o que é Verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre (3.7). Esta declaração "o que tem a chave de Davi", implica em dizer que, com Ele está o poder, Ele é o Dispenseiro dos tesouros e das bênçãos. Ele tem poder de mandar e desmandar, de fazer e desfazer, de abrir e de fechar. Esta chave de Davi é um poder exclusivo pertencente a Jesus, é um direito legal que lhe foi conferido pelo Pai, após a total degradação e derrota de Satanás. A expressão, "chave de Davi" nos remete a profecia no livro do profeta Isaías, 22.22 que diz: E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá.

SEBNA.

No reinado do rei Ezequias, havia três oficiais de alto escalão a seu serviço: Sebna, Eliaquim e Joá. No livro de II Reis, 18.18, Eliaquim aparece como mordomo, ou seja, como administrador do palácio; Sebna como o escrivão, ou seja o secretário; e Joá como chanceler, ou seja, um arquivista do rei. Na profecia de Isaías, Sebna é identificado como tesoureiro, ele tinha o ofício de administrar os bens do reino. O poder da caneta estava em suas mãos, ele exercia uma função de ministro da fazenda. Sebna é descrito por Isaías como um administrador corrupto, que só visa os seus próprios interesses. Com o seu poder e acumulo de riquezas, ele constrói uma magnifica sepultura cavada numa rocha para seu futuro sepultamento (Is.22.16). Isto demonstra claramente que Sebna é um homem vaidoso e egoísta, que não está preocupado com o bem estar do povo. Sebna estava em uma posição privilegiada, mas ele abusou da sua autoridade e mandou cavar uma sepultura na rocha na intenção de perpetuar o seu nome.
Por causa da sua má administração e arrogância, Deus o puniu, retirando-lhe do seu cargo (22.18,19).

ELIAQUIM.

Eliaquim, cujo nome significa: "Meu Deus se levanta". Era filho do sacerdote Hilquias, era um servo fiel no reinado de Ezequias, foi promovido ao cargo de administrador dos tesouros do rei no lugar de Sebna. Eliaquim é chamado por Deus de meu servo, e torna-se um administrador muito diferente de Sebna (Is.22.20) As vestes que representa força e autoridade, que estavam em Sebna são retiradas dele e vestidas em Eliaquim (Is.22.21). Eliaquim também passa a ser chamado de pai para todos os moradores de Jerusalém e para casa de Judá (22.21). A chave da casa de Davi, como simbolo de autoridade é posta sobre o seu ombro e ele passa a ter total domínio e autoridade sobre os tesouros real (22.22). Eliaquim representa um tipo de Cristo, na Nova Aliança Cristo passa a governar com total autoridade e tem consigo todos os tesouros do Reino de Deus Pai a Ele confiado.

JESUS.

Jesus Cristo, é o antítipo de Eliaquim, ou seja, Ele é o cumprimento Real da profecia de Isaías, que diz: E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá (22.22). Enquanto a chave dos tesouros da casa de Davi estava confiada a Eliaquim de forma temporal; em Cristo esta chave é atemporal e eterna.
Em Jesus estão escondidos todos os tesouros da ciência e da sabedoria (Cl.2.3). Ele não só tem a chave de Davi, mas Ele é a Raiz e a Geração de Davi (Ap.22.16). Ou seja, Ele é antes, durante e depois de Davi. Ele declarou: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo.8.58). "É me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt.28.18). Ele tem a chave mestra que abre todas as portas. Porém, só Ele abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre. Amém!
   

segunda-feira, 13 de julho de 2020

A FÉ GERA MILAGRES.

E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando e dizendo: Tem compaixão de nós, Filho de Davi. E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: Credes vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor. Tocou, então, os olhos deles, dizendo: "Seja-vos feito segundo a vossa fé". E os olhos se lhes abriram. E Jesus advertiu-os, dizendo: Olhai que ninguém o saiba. Mas, tendo ele saído, divulgaram a sua fama por toda aquela região (Mateus, 9.27-31).

Durante os seus três anos e meio de ministério, Jesus operou muitos milagres, o seu ministério foi marcado por muitas curas, milagres e libertações. Porém, o seu ministério não foi só de curas e milagres. Jesus desenvolveu um ministério tríplice, o evangelista Mateus nos diz: E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstia entre o povo (Mt.4.23).
A igreja não vive só de milagres, mas a igreja deve desenvolver o ministério do ensino, da pregação e de curas (milagres e libertação). Como prioridade vem o ensino da palavra, em seguida vem o ministério da pregação e de curas. Geralmente o ministério da pregação está associado ao ministério de curas e milagres. A pregação deve gerar salvação de almas, curas e libertação. No final do evangelho de Marcos, diz: E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiam. Amém (Mc.16.20).
É uma questão de fé, Jesus disse que os sinais seguirão aos que crerem (Mc.16.17,18).
Jesus operou milagres no passado, e continua operando hoje, através da sua igreja. O escritor aos hebreus diz: Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente (Hb.13.8). Amém!

DEUS QUER OPERAR MILAGRES, PORÉM, NOS FALTA FÉ.

Jesus chegou na sua cidade e não foi bem recebido, muitos não acreditavam nele. A incredulidade do povo, o impediu de realizar muitos milagres em Nazaré, apenas Jesus curou alguns enfermos (Mc.6.1-6). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11.6).

- OS DOIS CEGOS (Mt.9.27-31).

Primeiro seguiram em busca de Jesus, depois clamaram.
A pergunta de Jesus: Crede vós que eu possa fazer isto? Em outras palavras: Crede vós que eu possa curar a vossa cegueira? Resposta positiva dos cegos: Sim, Senhor. Jesus agindo pela fé dos cegos, tocou nos olhos deles e disse: Seja-vos feito segundo a vossa fé. E os olhos dos cegos foram abertos, o milagre aconteceu. Aqui nós aprendemos que, não adianta ir em busca de Jesus, clamar a Jesus e não acreditar no poder dele. O milagre da cura dos dois cegos só aconteceu porque eles foram em busca de Jesus, clamaram a Jesus e creram no poder de Jesus.
Três passos para acontecer o milagre: (1) Buscar (2) Clamar (3) Crer.

- A CURA DE UM MENINO ENDEMONINHADO (Mc.9.14-29).

O pai do menino questionou a Jesus: Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. Jesus replicou e disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê. O pai do menino clamando com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade. Jesus o atende o pai do menino e reprendendo o espírito imundo, mudo e surdo que há muito tempo possuía a vida do menino. O problema nunca está em Jesus, Ele pode e quer fazer, porém, muitas vezes a nossa fé não coopera para que o milagre aconteça.

- A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (Jo.11.1-45).

Jesus permitiu que o problema chegasse ao extremo de limite. A situação não estava fácil aos olhos humanos. Lázaro já estava morto há quatro dias. Mas, a verdadeira fé se manifesta, quando o limite e a lógica humana acaba. Lázaro estava sepultado numa caverna, e tinha uma pedra posta na entrada. Jesus querendo provocar fé nas pessoas, disse: "Tirai a pedra." Marta, irmã do defunto, replicou dizendo: "Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias". Jesus disse: "Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? (Jo.11.39,40).
Depois que a pedra foi removida, Jesus operou o milagre, ressuscitando a Lázaro. Aleluia!
Observe que, mais uma vez, a fé gerou o milagre. A questão é crê, quando cremos em Deus e na sua Palavra, milagres acontecem. Amém!

CONCLUSÃO:
Deus quer e vai continuar operando milagres, depende da nossa fé. Quando eu creio de todo meu coração e deposito toda minha fé em Deus e na sua Palavra, o resultado será providências, curas e milagres. Há uma frase que diz: "Quem planta fé, colhe milagres".
Crê somente, e DEUS fará milagres em sua vida. Amém!

domingo, 12 de julho de 2020

Sete Estratégias De Satanás Para Paralisar A Obra.

Palavras de Neemias, filho de Hacalias: No mês de quisleu, no vigésimo ano, enquanto eu estava na cidade de Susã, Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: "Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo".Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus (Ne.1.1-4).

Neemias ao receber notícias trazidas do seu irmão Hanani, acerca da cidade de Jerusalém, ficou chocado e bastante triste, chegando a chorar pelo estado em que a cidade se encontrava. Neemias estava em uma posição privilegiada na corte da Pérsia, ele era copeiro do rei e isto lhe dava um status diferenciado. Mas Neemias era um patriota, ele preferiu abrir mão das suas prerrogativas e entrar em uma guerra, enfrentado todo tipo de opositores e inimigos que se levantaram contra a obra da reconstrução dos muros. Neemias foi a Jerusalém, não só para reconstruir os muros, mas também para restaurar muitas vidas que estavam desmotivadas e sem direção.

POR QUE ERA IMPORTANTE RECONSTRUIR OS MUROS?

Porque sem os muros a cidade estaria vulnerável aos ataques dos assaltantes, sem os muros não havia separação dos inimigos, com os muros caídos a cidade estava sem proteção, os inimigos entravam e saiam a hora que queriam, com seus maus costumes, com seu paganismo e suas idolatrias. Eles continuavam indo e vindo dentro de Jerusalém. Neemias então sabiamente declara: Vejam a situação terrível em que estamos: Jerusalém está em ruínas, e suas portas foram destruídas pelo fogo. Venham, vamos reconstruir os muros de Jerusalém, para que não fiquemos mais nesta situação humilhante (Ne.2.17).

OS INIMIGOS DA OBRA: Sambalate, Tobias e Gesém.

QUEM ERA SAMBALATE?

Sambalate era o governante de Samaria. No livro de Neemias ele é chamado de “o horonita”. Provavelmente essa designação significa que ele era proveniente de Bete-Horom. Esse lugar ficava aproximadamente 29 quilômetros de Jerusalém.

Há informação de que a filha de Sambalate casou-se com o neto de um sumo sacerdote (Ne.13.28). Um de seus descendentes, talvez seu neto, que também se chamava Sambalate, teria sido o governador que deu início a edificação do Templo samaritano no Monte Gerizim.

QUEM ERA TOBIAS?

Tobias era um judeu com terras em Gileade, e possuía o título de "oficial amonita", referindo-se a sua posição como governador das terras amonitas. Portanto, os amonitas eram liderados por Tobias.

Alguns intérpretes sugerem que Tobias é o mesmo Tabeel citado em Esdras 4:7. Para tanto, eles datam essa passagem em pouco antes da chegada de Neemias. Tabeel é a forma aramaica do hebraico Tobias.

QUEM ERA GESÉM?

Gesém é designado como “o árabe”. Isso significa que provavelmente ele era um chefe árabe que dominava o sul de Judá. Que Gesém era um indivíduo influente não resta dúvida à luz do texto de Neemias (Neemias 2:19; 6:1,2).

Além disso, antigas inscrições também indicam a proeminência de Gésem. Ele é retratado como um tipo de líder principal das tribos e dos negociantes do norte da Arábia. Era característico dos reis persas manterem boas relações com os árabes.

AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO PARA PARALISAR A OBRA.

1- ZOMBARIA.

E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus. E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedras. Ouve-nos, ó Deus, pois estamos sendo desprezados. Faze cair sobre eles a zombaria. E sejam eles levados prisioneiros como despojo para outra terra (Ne.4.1-4).

Quando ninguém faz nada, quando nada acontece e a obra fica parada, os inimigos da obra ficam felizes e satisfeitos. Porém, quando alguém se levanta e se dispõe a fazer a obra, Satanás sempre levanta alguém para se opor e querer ridicularizar. Quando Sambalate ficou sabendo que Neemias e uma equipe de homens, estavam edificando o muro, ele não gostou. Diz o texto sagrado que ele se indignou muito, ardeu em ira e escarneceu dos judeus. Em tom de desprezo e zombaria ele disse: "Que fazem estes fracos judeus? Vocês pensam que vão terminar em um dia? Vocês acham que irão dá vida as pedras que foram queimadas e feitas em pó? Como se não bastasse toda essa zombaria, Tobias também ergue a sua voz e diz: "Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedras".
Não temos que ficarmos pasmados diante das zombarias dos inimigos da obra, é normal que eles se levantem, isto é prova que, a obra de Deus sempre incomoda.
Mas, não serão o desprezo, os escárnios, nem as zombarias vindo da parte do inimigo, que irão fazer parar a obra de Deus.

2- MEDO.

Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar. E sucedeu que, ouvindo Sambalate, e Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começaram a tapar, iraram-se sobremodo. E ligaram-se entre si todos, para virem atacar Jerusalém e para os desviarem do seu intento. Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles (Ne.4.6-9).

Sambalate, Tobias e seus aliados, quando souberam que a construção do muro ia avançando cada vez mais, ficaram irados. Imediatamente, eles se juntaram e combinaram entre si para atacarem Jerusalém e tocaram o terror entre os judeus. A intenção deles era intimidar Neemias, para que também os obreiros tivessem medo e largassem a obra.
Mas, quando Deus está a frente dos nossos projetos, Satanás não consegue pará-los. Ele até tenta, mas não consegue. A palavra de Deus sempre nos diz: "Não temas, porque eu sou contigo".

3- DESÂNIMO.

Quando Sambalate soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicularizou os judeus e, na presença dos seus compatriotas e dos poderosos de Samaria, disse: "O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? Será que vão restaurar o seu muro? Irão oferecer sacrifício? Irão terminar a obra num só dia? Será que vão conseguir ressuscitar pedras de construção daqueles montes de entulho e de pedras queimadas?"(4.1,2).

Enquanto isso, o povo de Judá começou a dizer: "Os trabalhadores já não têm mais forças e ainda há muito entulho. Por nós mesmos não conseguiremos reconstruir o muro"(4.10).

Havia inimigos externo e interno, além de sofrer todas as oposições por parte de Sambalate e seus aliados, Neemias também teve que resistir e combater alguns inimigos internos. O povo da tribo de Judá em vez de falarem palavras de fé e animadoras, começaram a dizer: "Vocês estão cansados e sem forças e ainda há muito o que fazer. Se depender de nós, não iremos conseguir reconstruir o muro".

A falta de ânimo é capaz de parar qualquer tipo de empreendimento. Principalmente quando o desânimo surge do meio dos próprios aliados. A intenção de Sambalate era primeiramente tentar desanimar o líder Neemias, para em seguida dominar os demais com o mesmo desanimo.
Muitas vezes a intimidação do inimigo e as barreiras que nos cercam querem nos fazer desanimar e largar tudo. No episódio de Cades-Barneia, em Números capítulos 13.14, o povo ficou assombrado com os gigantes que foram vistos em Canaã (terra prometida), e perderam o ânimo de possuírem a terra. Mas dois homens, Josué e Calebe, animados e cheios de fé disseram ao povo: Subamos animosamente e possuamos a terra, eles são o nosso pão, e o SENHOR é conosco; não os temais (Nm.13.30; 14.6-9). Deus conta com o povo animado e cheio de fé para enfrentar todo tipo de oposição.

4- FALSA ALIANÇA.

Sucedeu mais que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesém, o arábio, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesém enviaram a dizer: Vem, e congreguemos-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi (Ne.6.1-4).

Depois de várias tentativas frustradas, Sambalate e seus aliados, vendo que a reconstrução do muro estava praticamente acabada, tentaram impedir com mais uma investida maligna; mandaram cartas para Neemias o convidando para uma reunião. Porém, Neemias percebeu que seria uma armadilha para distrai-lo e impedi-lo de terminar a reconstrução do muro. Insistiram em querer fazer uma falsa aliança com Neemias, e, por quatro vezes lhe enviaram cartas com a mesma mensagem: "Vem, e nos reuniremos nas aldeias, no vale de Ono". E, por quatro vezes Neemias respondeu: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco"?
Aqui nós aprendemos que, quem estar comprometido com a obra de Deus, não tem tempo a perder com os inimigos da obra. Quem tem aliança com DEUS, não precisa fazer aliança com os ímpios. Quem faz aliança com os ímpios, torna-se semelhante a eles.

5- CALÚNIAS.

Então, na quinta vez, Sambalate mandou-me um dos seus homens de confiança com a mesma mensagem; ele tinha na mão uma carta aberta em que estava escrito: "Dizem entre as nações, e Gesém diz que é verdade, que você e os judeus estão tramando uma revolta e que, por isso, estão reconstruindo o muro. Além disso, conforme dizem, você está na iminência de se tornar o rei deles, e até nomeou profetas para fazerem em Jerusalém a seguinte proclamação a seu respeito: "Há um rei em Judá! Ora, essa informação será levada ao rei; por isso, vamos conversar". Eu lhe mandei esta resposta: Nada disso que você diz está acontecendo; é pura invenção sua. Estavam todos tentando intimidar-nos, pensando: "Eles serão enfraquecidos e não concluirão a obra". Eu, porém, orei pedindo: Fortalece agora as minhas mãos! (Ne.6.5-9 NVI).

Neemias considerava a obra de Deus mais importante que qualquer outra coisa, e ele não queria jogar fora seu precioso tempo. Satanás vai usar alguém para fazer convites na intenção de nos desviar da obra do Senhor, ele vai insistir de todas as maneiras.
Se não considerarmos a obra de Deus como prioridade iremos aceitar as propostas de Satanás, ao menos que façamos como Neemias, que respondeu: "Estou fazendo grande obra".
A quinta investida para afastar Neemias da obra, dessa vez foi a calúnia. A carta caluniosa foi lida em público com o objetivo de fazer com que ele fosse até Ono para esclarecer os fatos, e assim a obra seria interrompida. Queriam manchar o seu caráter e minar sua autoridade, dizendo que ele havia comprado os profetas para falarem dele ao povo e proclamá-lo rei.
Quando estamos em plena atividade fazendo a obra de Deus, com certeza sofreremos oposição. Satanás vai tentar nos caluniar, usando pessoas para julgar nossos motivos e intenções. Mas a calúnia não teve força para fazer Neemias largar mão da obra. Com você não será diferente, Satanás sempre vai investir contra, para lhe fazer parar, mas "Deus fortalecerá suas mãos e lhe ajudará a vencer".

6- FALSOS PROFETAS E FALSAS PROFECIAS.

Um dia fui à casa de Semaías, filho de Delaías, neto de Meetabel, que estava trancado porta adentro. Ele disse: "Vamos encontrar-nos na casa de Deus, no templo, a portas fechadas, pois estão querendo matá-lo; eles virão esta noite". Todavia, eu lhe respondi: Acha que um homem como eu deveria fugir? Alguém como eu deveria entrar no templo para salvar a vida? Não, eu não irei! Percebi que Deus não o tinha enviado, e que ele tinha profetizado contra mim porque Tobias e Sambalate o tinham contratado. Ele tinha sido pago para me intimidar, a fim de que eu cometesse um pecado agindo daquela maneira, e então eles poderiam difamar-me e descreditar-me.
Lembra-te do que fizeram Tobias e Sambalate, meu Deus, lembra-te também da profetiza Noadia e do restante dos profetas que estão tentando me intimidar (Ne.6.10-14 NVI).

Com os seus planos frustrados mais uma vez, Sambalate cria uma nova estratégia para tentar desmoralizar Neemias. A nova estratégia foi contratar um falso profeta chamado Semaías, para profetizar mentiras a Neemias, afim de atemoriza-lo com ameaças de morte. A intenção da falsa profecia, era convencer Neemias a entrar no templo para que cometesse um grave pecado por está no lugar santo, onde só os sacerdotes poderiam ter acesso. Assim ele seria acusado de ter cometido um sacrilégio e poderia ser sentenciado a morte, segundo prescrevia a Lei (Nm.18.6,7).
Embora Semaías supostamente fosse profeta, Neemias discerniu a profecia ao avaliar a sugestão em buscar refúgio no templo, visto que, a Lei prescrevia que somente os que trabalhavam no templo tinham permissão para entrar no lugar santo (Nm.18.6,7). Qualquer profecia que contradiz a profecia escrita, a palavra de Deus, é falsa. Por isso Neemias percebeu que era uma falsa profecia e disse: Não, eu não irei! Percebi que Deus não o tinha enviado, e que ele tinha profetizado contra mim porque Tobias e Sambalate o tinham contratado. Ele tinha sido pago para me intimidar, a fim de que eu cometesse um pecado agindo daquela maneira, e então eles poderiam difamar-me e descreditar-me (11-13). Aqui nós aprendemos o quanto Satanás é astuto, ele se utiliza da nossa própria religião para tentar nos destruir. Portanto, devemos estar vigilante e conhecermos a palavra de Deus, para não sermos enganados.

7- TRAIÇÃO.

E também, naqueles dias, os nobres de Judá estavam enviando muitas cartas a Tobias, que lhes enviava respostas. Porque muitos de Judá estavam comprometidos com ele por juramento, visto que era genro de Secanias, filho de Ara, e seu filho Joanã havia se casado com a filha de Mesulão, neto de Berequias. Até ousaram elogiá-lo na minha presença e iam contar-lhe o que eu dizia. E Tobias continuou a enviar-me cartas para me intimidar (Ne.6.17-19 NVI).

Por fim, Tobias coloca espiões no meio do povo, eles ouviam de Neemias e comunicavam a Tobias e aos nobres de Judá. Os espiões de Tobias coletavam informações da situação em Jerusalém e do andamento da obra e repassavam para os nobres de Judá.
Geralmente a traição surge no meio dos nossos próprios irmãos. Porque quem trai não é o inimigo, mas o "amigo" aquele em quem confiamos e confidenciamos segredos. No meio da comunidade dos que haviam regressado da Babilônia, havia agentes inimigos que estavam traindo o seu povo por conta de interesses mesquinhos. Infelizmente, esta pratica de traição continua até hoje no meio do povo de Deus. Mas Deus conhece os corações, e os traidores colherão os frutos das suas traições e terão um amargo fim.

CONCLUSÃO:
Com todas as oposições de Sambalate, Tobias, Gesém e seus aliados, Neemias e todos os obreiros patriotas, conseguiram reconstruir o muro em cinquenta e dois dias, e todos inimigos reconheceram que a mão de DEUS estava sobre Neemias e os trabalhadores da obra.
O muro ficou pronto no vigésimo quinto dia de elul, em cinquenta e dois dias. Quando todos os nossos inimigos souberam disso, todas as nações vizinhas ficaram atemorizadas e com o orgulho ferido, pois perceberam que esta obra havia sido executada com a ajuda de nosso Deus (Ne.6.15,16).
Podemos dizer que, Neemias estava cercado de inimigos internos e externos. Além de Sambalate, Tobias e Gesém, ainda havia os asdoditas (Ne.4.7,8). Assim, Sambalate estava ao norte, Tobias a leste, os asdoditas a oeste e Gesém ao sul. Mas todas estas oposições caíram por terra diante da ação soberana de Deus. Sem dúvida alguma, Neemias desempenhou o papel de um grande estrategista, mas foi Deus quem realizou tudo por meio de sua providência. Foi o SENHOR quem frustrou os desígnios de Sambalate, Tobias, Gesém e dos demais opositores aliados. Os muros foram reconstruídos em 52 dias, e o povo de Deus experimentou o reavivamento. Depois a Festa dos Tabernáculos também foi celebrada (Ne.6:15; 8:1ss). As figuras de Sambalate, Tobias e Gesém são mais uma prova de que nenhuma oposição inspirada por Satanás é capaz de frustrar os planos do SENHOR, Deus Todo-Poderoso. Amém!