quarta-feira, 29 de julho de 2020

BOAS NOTÍCIAS!

Como água fresca para a garganta sedenta, é a boa notícia que chega de uma terra distante (Pv.25.25).

Assim como a água sacia a sede de uma garganta sedenta, a boa notícia alegra a alma abatida. De maus notícias já estamos cheios, precisamos de boas notícias, de notícias alvissareiras que nos traga alegria. Uma boa notícia alegra nosso coração e faz melhor o nosso humor. Uma boa notícia renova as nossas forças, fortalece a nossa fé e aviva a nossa esperança. Chega de tristeza, angústia e amargura na alma, Deus tem boas novas para o seu coração. Aguarde a boa notícia, ela virá de surpresa! Amém!

Sobre a água: A água é universal, não podemos sobreviver sem ela. O corpo humano é composto por 70% de água, o planeta terra deveria ser chamado planeta água, pelo fato de 70% de água cobrir toda a sua superfície, desses 70% de água apenas 2,5% de toda água existente no planeta é doce, sendo o resto salgada. O maior volume de água encontra-se nos oceanos. Com a exploração e agressão do homem a natureza, a água fresca, doce e potável vem se tornando cada vez mais escassa. A água sacia a nossa sede, a água nos hidrata, a água nos alimenta e nos faz viver. O cervo brama por água no deserto, assim também a nossa alma tem sede de Deus. Jesus é água da vida que sacia a nossa sede espiritual, Ele é a boa notícia de Deus para humanidade perdida.
Finalmente, só sabemos o valor da água quando esta nos falta. Só quem sabe o valor de uma boa notícia é quem precisa urgentemente dela.
A água fresca não vai faltar, e a boa notícia chegará aos teus ouvidos, porque DEUS mudará a tua história. Amém! 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

VENCENDO A GUERRA PARA TER DIREITO AOS DESPOJOS.

O inimigo se gloriava: Eu os perseguirei e os alcançarei, dividirei o despojo e os devorarei. Com a espada na mão, eu os destruirei (Êxodo, 15.9).
Quando um homem forte, bem armado, guarda sua casa, seus bens estão seguros. Mas quando alguém mais forte o ataca e o vence, tira-lhe a armadura em que confiava e divide os despojos (Lucas, 11.21,22).

As leis das guerras entre os povos primitivos eram terríveis. Uma cidade era sitiada pelos exércitos inimigos um ano, dois anos, até que o povo ficasse enfraquecido pela fome e pela sede. Então os muros da cidade eram arrombados, tudo queimado a fogo, os varões passados a fio de espada, os príncipes, e os nobres, e os que escapassem da morte eram acorrentados nas galés para remar até morrer, ou afundar com o navio. Então os reis e generais voltavam vitoriosos, trazendo o rei, a rainha e os filhos acorrentados, carros carregados de ouro e prata, especiarias, e tudo o que tem valor. As mulheres faziam parte do despojo para os soldados, e vinham atrás. A glória do rei era aclamada com cânticos e danças durante o desfile macabro. 
Para o general romano Pompeu, ao voltar das conquistas, dois dias eram poucos para o desfile glorioso; na frente iam cartazes que continham os nomes das nações onde triunfou, e eram: o reino do Ponto, a Armênia, a Capadócia, a Paflagônia, a Média, a Cólquida, as Hiberianas, as Albânias, a Síria, a Sicília, a Mesopotâmia, a Fenícia, a PALESTINA, a JUDÉIA, a Arábia; foram conquistados mil castelos, novecentas cidades e fortes; oitocentos navios de corsários. Em dinheiro, oito milhões de escudos, ouro, prata, anéis e jóias, sem contar o que havia distribuído aos soldados. Nesse desfile magnificente estavam o filho de Tigranes, o rei dos judeus, Aristóbulo, a irmã de Mitridates com cinco de seus filhos, algumas damas da Cítia, os reféns das hiberianas e das Albânias e do rei dos comagenos, e um sem número de troféus. Este foi o terceiro triunfo de Pompeu, pois obteve três grandes triunfos. A primeira vez na África, a segunda na Europa e a terceira na Ásia. Conquistou o mundo com menos de 34 anos. Eram essas as leis das guerras, tanto dos outros povos como as dos romanos e gregos.

* Este texto foi extraído do site verdades bíblicas.

Enquanto isso, as tropas que Amazias havia mandado de volta, não lhes permitindo participar da guerra, atacaram cidades de Judá, desde de Samaria até Bete-Horom. Mataram três mil pessoas e levaram grande quantidade de despojos (II Cr.25.13).

Na Antiga Aliança o povo de Deus enfrentava grandes inimigos. O grande desafio era confrontar o inimigo nas batalhas e vencer as guerra. Havia lei sobre a guerra, as ordenanças dessa lei estão escritas em Deuteronômio 20.1-20. No Antigo Testamento havia quatro situações que desobrigavam um homem de ir à guerra: (1) O que edificou uma casa e não a consagrou. (2) O que plantou uma vinha e ainda não colheu seus frutos. (3) O que se comprometeu para casar-se que ainda não recebeu sua mulher. (4) Por último, os covardes e medrosos, para não influenciar e desanimar os outros (Dt. 20:5-8).
Depois da batalha, e de posse da vitória, o exército vencedor despojava seus inimigos e levava tudo que eles tinham de melhor, como ouro, prata, vestimentas, especiarias e objetos preciosos. Os guerreiros vitoriosos e suas famílias eram os participantes diretos dos despojos, havia também aqueles que não iam à guerra, mas ficavam na retaguarda dando cobertura e outros operavam na logística provendo o necessário para o exército de guerreiros. 
As bênçãos dos despojos era para quem batalhava de forma direta ou indireta, ou seja, os guerreiros de linha de frente que iam para o confronto, e os da retaguarda que ficavam dando cobertura. Porém, os medrosos, os preguiçosos e os negligentes não tinham direito de participarem da repartição dos despojos. Hoje, na atualidade, não é diferente, tem pessoas que se dizem cristãs e soldados de Cristo, mas não querem pagar o preço de guerrearem através da oração e leitura da Palavra. Muitos já se conformaram e não tem força nem animo para lutarem contra o pecado, contra o mundo e contra Satanás e seus demônios. Muitos querem os benefícios e as bênçãos de Deus, mas não querem pagar o preço da renúncia. Muitos estão andando de moletas espirituais e se escorando na fé e confiando na oração dos outros. Muitos querem a bênção de Deus, mas não querem compromisso com o Deus da bênção.
Outro detalhe, muitos quando estão abençoados e de posse da vitória, não querem mais guerrear, não voltam para agradecer, abandonam suas congregações e tornam-se crentes turistas, vem a Casa de Deus de vez em quando, viram crentes domingueiros, não mais guerreiros, vem um domingo sim e oito não. Mas Deus não está contando com os medrosos e inconstantes, e sim com os firmes e constantes, os que são sempre abundantes na obra do Senhor. Deus conta com os fervorosos no espírito, que não desfalecem depois da batalha. Porque depois da batalha os vencedores serão coroados. Amém!

Este segundo texto é de autoria do administrador do Blog.
Obrigado a todos que acessaram e leram este Post.

domingo, 26 de julho de 2020

A BÍBLIA PERMITE O DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO?

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne"(Gn.2.24). Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne, assim, já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem (Mc.10.7-9).

Este é um tema polemico e bastante debatido por muitos cristãos, todavia a Escritura deixa bem claro que o casamento deve ser monogâmico e vitalício. O mesmo princípio estabelecido por DEUS no começo da criação, foi corroborado por JESUS e posteriormente confirmado pelo apóstolo Paulo.
É da vontade de Deus que o homem deixe pai e mãe e se una à sua esposa. A ordem para "deixar" e  "unir-se" indica que o casamento liga os cônjuges numa aliança matrimonial.
"Unir-se-á", essa expressão significa "colar-se-á" a sua própria esposa para serem um. Deus planejou e determinou que o casamento fosse terminantemente indissolúvel (Mc.10.7-9). É no casamento que a verdadeira relação entre homem e mulher é estabelecida. Esta relação é algo tão maravilhoso que pode ser considerada como antítipo da relação entre Cristo e a igreja (Ef.5.22-25).
A forma verbal "tornando-se" enfatiza a certeza de que isso acontecerá. A certeza se baseia no desejo do casal, e no decreto divino, que estabelece o casamento vitalício.
Mas, é fato que, no mundo todo o número de divórcios tem ultrapassado o número de casamentos. Isto não é algo novo, esta realidade é antiga, sempre ouve separação entre os cônjuges, porque esta é uma obra de Satanás. Porém, o plano e propósito de DEUS para o casamento é que seja indissolúvel, isto é, que não haja separação ou divórcio. Este tema na Bíblia pode ser entendido sobre quatro aspectos: (1) O princípio estabelecido por DEUS no inicio da criação. (2) A carta de divórcio permitida por Moisés (Deut.24.1-4). (3) O conceito do casamento reiterado por Jesus ao responder uma pergunta sobre o divórcio (Mt.19.5; Mc.10.7). (4) O parecer de Paulo ao tratar sobre o casamento (I Co.7.1-40).

A QUESTÃO DO DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO À LUZ DA BÍBLIA.

1- O princípio estabelecido por DEUS no inicio da criação.

Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn.2.24). Aqui fica subentendido que, o plano e propósito de DEUS para o casamento é que este seja monogâmico e consequentemente vitalício.
Houve um época no contexto histórico da nação de Israel, que a pratica do divórcio estava se tornando algo normal, e muitos estavam deixando suas esposas e contraindo novas alianças conjugais com mulheres estrangeiras. Diante deste fato, o profeta Malaquias ergue a voz em nome de DEUS para censurar e condenar tais atitudes. Na ocasião a nação cometeu dois tipos de infidelidade: Espiritual, quando deixou ao SENHOR e foi em busca de falsos deuses; e conjugal, quando foram infiéis as suas mulheres.
O SENHOR falou através do profeta: "Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desenrolou o santuário que o SENHOR ama; homens casaram-se com mulheres que adoravam deuses estrangeiros. Que o SENHOR lance fora das tendas de Jacó o homem que faz isso, seja ele quem for, mesmo que esteja trazendo ofertas ao SENHOR dos Exércitos. Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do SENHOR; choram e gemem porque Ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: Por quê? É porque o SENHOR entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o SENHOR que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E porque um só? Porque Ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. "Eu odeio o divórcio", diz o SENHOR, o Deus de Israel, "e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o SENHOR dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis (Malaquias, 2.11-16). Portanto, está bem claro e explicito no texto sagrado, que DEUS não aceita o divórcio.

2- MOISÉS permitiu a carta de divórcio. Por quê?

Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora (Dt.24.1).

Esta expressão "encontrar nela algo que ele reprova, ou do marido que acha coisa indecente na esposa". Na época de Jesus, o significado exato dessa expressão havia se tornado motivo de controvérsia, sendo essa uma das razões pelas quais os fariseus apresentaram a questão a Jesus (Mt.19.3). Em resposta aos fariseus, Jesus declara que Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim (Mt.19.8).

Esta expressão "dureza do vosso coração", implica em dizer que o coração dos homens ficavam endurecidos de tal forma, que eles ficavam insensíveis para com a mulher, inflexível, irreconciliáveis, obstinados, teimosos e não aceitavam de forma alguma viver com sua esposa. Então para livrar a mulher de ser vítima de violência ou até mesmo de morte, por parte do marido, Moisés permitiu que lhe desse carta de divórcio. Com esta carta de divórcio a mulher estaria livre para casar novamente.

3- O que JESUS falou acerca do divórcio?

Em seu grande discurso, conhecido como o sermão da montanha, Jesus falou sobre variados assuntos, e um dos seus temas em destaque foi acerca do casamento.

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério (Mt.5.31,32).
Versão A.R.C. João F. Almeida.

Foi dito: Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio. Mas eu lhe digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério (Mt.5.31,32).
Versão N.V.I. Leitura Perfeita - Thomas Nelson.

Qual a resposta de JESUS aos fariseus a esta questão?

O conceito do casamento é reiterado por Jesus, ao responder as perguntas dos fariseus acerca do divórcio. Diz o texto sagrado: E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galiléia e dirigiu-se aos confins da judéia, além do Jordão. E seguiram-no muitas gente e curou-as ali.

PRIMEIRA PERGUNTA DOS FARISEUS:
Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

RESPOSTA DE JESUS:
Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.

SEGUNDA PERGUNTA DOS FARISEUS:
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?

RESPOSTA DE JESUS:
Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

OS DISCÍPULOS INTERPELAM O DIÁLOGO E QUESTIONAM:
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.

JESUS FINALIZA O DIÁLOGO DIZENDO:
Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba (Mt.19.1-12).

As estatísticas mundiais informam que, o número de divórcio vem superando o número de casamentos entre homem e mulher. O divórcio também era comum nos tempos de Jesus. Apesar disso, é uma violação do propósito original de Deus para o casamento.
O pano de fundo dessa questão era o debate entre duas escolas de pensamento teológico, ambas tendo Deuteronômio 24.1-4 como ponto de partida. O rabi Shammai ensinava que um homem podia divorciar-se da mulher se ela fosse infiel, pois interpretava que a expressão "coisa indecente" em Deuteronômio se referia à infidelidade conjugal. Já o rabi Hillel interpretava a expressão mais amplamente e entendia que um homem podia divorcia-se da mulher por qualquer motivo, mesmo por algo trivial, como um pão queimado. Em termos atuais, podemos dizer que um homem poderia pedir o divórcio se a mulher colocasse muito sal na comida.
Essa discussão teológica ganhou proporção por causa do casamento de Herodes Antipas, o tetrarca, que se divorciou da esposa Nabateia para casar com Herodias, que havia sido esposa de seu irmão Filipe. Esse casamento levou João Batista à morte (Mt.14.9-11).
Os fariseus tentaram criar uma armadilha para Jesus. Se ele dissesse que o divórcio era legal por qualquer motivo estaria contradizendo Moisés, que permitia somente por indecência (Dt.24.1). Se dissesse que era ilegal, ficaria mal visto pelo povo, pois o divórcio era prática comum entre eles.
Jesus percebeu a intenção dos fariseus e, com sabedoria, evitou uma discussão superficial, bem como as infames maquinações políticas. O Mestre foi diretamente à autoridade original. Em vez de argumentar sobre Deuteronômio, destacou outras duas passagens bíblicas: Gênesis 1.27 e 2.24, quando as cita em Mateus 19.5. Ele não afirma que a prescrição mosaica era nula ou vã. Em vez disso, prefere analisar a questão no contexto da intenção original de Deus.

* Este texto foi extraído da obra, Comentário Bíblico Africano (pg.1174-1175).

O PARECER DE PAULO.
O que ensinou Paulo sobre o casamento e o divórcio?

Paulo emprega a imagem do casamento para ensinar sobre o relacionamento do cristão com a lei (Rm.7.1-6). Paulo diz: "Não sabeis vós, irmãos (pois falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?  Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do casamento. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido (7.1-3).
Em I Corintios 7. 10,11,39 Paulo diz: Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.
Numa outra situação conjugal, Paulo dar o seu parecer dizendo: "Aos outros, eu mesmo digo isto, não o Senhor: Se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele. Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos. Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo da servidão; Deus nos chamou  para vivermos em paz. Você mulher, como sabe se salvará seu marido? Ou você, marido, como sabe se salvará sua mulher"? (7.12-16 N.V.I).

Paulo fala da necessidade de o casal permanecer unido como marido e esposa, mas acrescenta: "Se o descrente quiser apartar-se, que se aparte. Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz (7.15). O ponto principal é o significado da expressão "não fica sujeito à servidão". Paulo não explica em que consiste a servidão. A pessoa está livre do relacionamento, mas não deve se casar novamente, ou a liberdade inclui a dissolução dos laços matrimoniais e, portanto, a permissão para se casar novamente? Ao que tudo indica, o tema central do argumento de Paulo é a necessidade de os cristãos cultivarem o relacionamento conjugal mesmo quando se encontram casados com não-cristãos. Não obstante, parece haver espaço para, em casos especiais e sob a direção do Espírito Santo, a igreja aplicar essa liberdade não apenas ao relacionamento, mas também aos votos e, desse modo, permitir que o irmão ou irmã divorciados casem novamente. Em Mateus 18.15-17 apresenta os parâmetros a serem seguidos, nesses casos a igreja deve participar plenamente do processo.
Uma das questões mais importantes no aconselhamento para casais é a identificação de casos especiais aos quais a liberdade de I Corintios 7.15 é aplicável. É extremamente fácil abrir cada vez mais a porta para o divórcio e esquecer que Jesus o limitou à ocorrência de adultério e que Deus deseja que todos os casais mantenham seus votos matrimoniais para a vida toda. Não devemos, porém, ignorar o fato de que Deus nos tem chamado à paz. A paz resulta de os dois cônjuges cumprirem sua parte dos votos matrimoniais. Porém, há casos em que o marido tortura a esposa, quer por violência física, quer por negligência financeira, quer por ausência. Quando esse comportamento não muda mesmo depois de aconselhamentos repetidos e especialmente quando a vida da esposa corre perigo, ela tem o direito de deixar o marido. A esposa também pode ser o cônjuge em pecado quando, por exemplo, abandona o lar para morar longe do marido sem lhe prestar contas. Nas situações mencionadas anteriormente, depois de tentativas enérgicas de ajudar a parte errada a corrigir sua conduta, o pastor e a igreja devem tomar partido do cônjuge lesado e buscar maneiras de ajudá-lo a dar prosseguimento à sua vida. Ao reconhecer tais situações como casos especiais, a igreja pode dar à parte vitimada a opção de se separar, divorciar e casar novamente.

* Texto de Samuel Ngewa, extraído do Comentário Bíblico Africano (pg.1176).

Finalmente, devemos sempre ficar debaixo da vontade de Deus. "O que Deus ajuntou não separe o homem"(Mt.19.6).
Se você concorda ou discorda do assunto aqui abordado, e quiser deixar seu comentário, fique a vontade.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

DEUS DE ANTES.

Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando Eu, quem impedirá? (Is.43.13).

O Deus de antes é o Deus que é antes de todas as coisas. Ele conhece e sabe todas as coisas antes que aconteçam ou que venham a existir. Deus de antes, é o Deus que sabe por antecipação todas as coisas, Ele conhece o fim desde o princípio e nada lhe apanha de surpresa. Deus de antes, significa dizer, que Ele tem a presciência, ou seja, Ele tem o conhecimento prévio e antecipado acerca dos fatos que ainda não ocorreram. O Deus de antes, não depende do tempo, porque Ele estar acima do tempo, e não é regido pelo tempo. Para Deus não existe passado, presente e futuro; Ele vê tudo de uma só vez, em uma só dimensão. O termo "antes" na Bíblia, está relacionado a soberania de Deus.

SETE VEZES NA BÍBLIA ONDE APARECEM O TERMO "ANTES".

Este termo "Antes", expressa a soberania de Deus e revela o seu poder absoluto. Teologicamente, soberania significa controle e domínio absoluto sobre tudo e sobre todos. Assim, Deus é, e está acima de toda força, poder e autoridade.

1- Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus (Sl.90.2).

2 - Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando Eu, quem impedirá? (Is.43.13).

3 - Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta (Jr.1.5).

4 - Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei (Is.65.24).

5 - Antes de serem estabelecidos os montes e de existirem colinas Eu nasci (Pv.8.25).

6 - ... Antes que Abraão existisse, Eu Sou (Jo.8.58).

7 - Ele é Antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste (Cl.1.17).

CONCLUSÃO:
Deus é único em poder, abaixo Dele, toda autoridade tem um poder delegado, só Deus tem o poder absoluto. Ele é Todo-poderoso, a nossa mente não consegue compreender o seu poder ilimitado. Amém! 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

A Excelência Da Palavra No Salmo 119.

Este é o salmo mais longo do hinário de Israel. Ele tem 22 seções com oito versos, que somam 176 versos. Cada verso se inicia com uma letra do alfabeto hebraico, que totalizam 22 letras.
Este salmo no original hebraico não tem título, nem é mencionado o nome de nenhum autor.
Alguns eruditos atribuem a Davi a autoria deste salmo, por seu estilo escriturístico em tom de expressão. O salmista aborda seu tema focando unicamente a palavra do SENHOR. Ele procura expressar toda a plenitude, a clareza e a doçura da palavra de Deus.
Este salmo revela uma alma sedenta pela palavra de Deus, apegada ao Livro sagrado, com um sentimento profundo de zelo e amor aos preceitos da palavra de Deus.
Por gostar muito deste salmo 119, e pelo amor que tenho a Palavra de Deus, resolvi escrever alguns esboços sobre ele.

A PALAVRA PRODUZ FELICIDADE:

Felizes os Andam na Palavra (v.1).

Felizes os Guardam a Palavra (v.2).

SETE ATITUDES DEVEMOS TER COM A PALAVRA:

1- Observar a Palavra.

Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra (v.9).
Faze bem ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra (v.17).
O SENHOR é a minha porção; eu disse que observaria as tuas palavras (v.57).

2- Guardar a Palavra.

Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti (v.11).
Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra (v.67).

3- Amar a Palavra.

Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! (v.97).
A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (v.140).

4- Folgar com a Palavra.

Folgo mais com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas (v.14).
Folgo com a tua palavra, como aquele que acha um grande despojo (v.162).

5- Meditar na Palavra.

Em teus preceitos meditarei ... (v.15).
Os meus olhos anteciparam-me às vigílias da noite, para meditar na tua palavra (v.148).

6- Memorizar a Palavra.

Alegrar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra (v.16).

7- Confiar na Palavra.

Assim, terei que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra (v.42).

OS EFEITOS DA PALAVRA.

1- A Palavra Vivifica.
A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra (v.25).

2- A Palavra Fortalece.
A minha alma consome-se de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra (v.28).

3- A Palavra Salva.
Venham também sobre mim as tuas misericórdias, ó SENHOR, e a tua salvação, segundo a tua palavra (v.41). Chegue a minha súplica perante a tua face; livra-me segundo a tua palavra (v.170).

QUALIDADES DA PALAVRA.

1- Perfeita.
A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo (v.96).

2- Pura.
A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (v.140).

3- Verdadeira.
A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre (v.160).

A PALAVRA DE DEUS É:

1- Doce.
Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca (v.10).

2- Lâmpada.
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho (v.105).

3- Luz.
A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices (v.130).

QUATRO COISAS DEVEMOS PEDIR EM RELAÇÃO A PALAVRA:

1- Ensinamento.
Ensina-me, ó SENHOR, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim (v.33).

2- Entendimento.
Dá-me entendimento, e guardarei a tua Lei e observá-la-ei de todo o coração (v.34).

3- Confirmação.
Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor (v.38).

4- Renovação.
Eis que tenho desejado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça (v.40).

CONCLUSÃO:
O salmo 119 é um dos mais belos salmo do saltério de Israel. Este salmo exalta a soberania da Palavra de Deus, elevando-a acima de todas as circunstâncias efêmeras desta vida. Que possamos ter o mesmo ardor e fervor que teve o autor deste salmo em relação a palavra de Deus. Amém!

domingo, 19 de julho de 2020

TRÊS SEGREDOS DE ABRAÃO.

E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. E moveu-se dali para montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR (Gênesis, 12.7,8).

Abraão, nosso patriarca da fé, é um personagem que tem o seu lugar de destaque na história sagrada. Ele viveu uma vida de renúncia, fé e obediência. Deus o chamou de Ur dos Caldeus na Mesopotâmia, uma região onde a idolatria imperava, onde o politeísmo era uma pratica religiosa comum entre o povo. Deus se revelou a Abraão como o SENHOR, o único Deus verdadeiro, e lhe ordenou que ele saísse da sua terra, do meio dos seus parentes, e da casa do seu pai, e fosse para uma terra que Ele haveria de lhe mostrar (Gn.12.1). O escritor aos hebreus faz menção a chamada de Abraão, e diz: Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hb.11.8). A história de Abraão é marcada por muitos episódios, dos quais podemos extrair muitas lições para nosso aprendizado. Abraão tinha um estilo de vida que tornou-se uma pratica comum durante toda a sua trajetória. Abraão tinha um costume de: Subir a montanha, armar tenda e edificar altar. Esta pratica de subir montanha, arma tenda e edificar altar, nos revela o segredo da vida de Abraão.

1- MONTANHA.
Montanha nos fala de isolamento, santidade e provisão.

2- TENDA.
Nos fala do nosso aconchego familiar; também nos fala de algo provisório, nos faz lembrar que somos peregrinos.

3- ALTAR.
Nos fala de oração, de comunhão e adoração.

CONCLUSÃO:
Que possamos seguir os passos do nosso pai na fé Abraão, vivendo debaixo da direção de Deus. Quando vivemos uma vida de renúncias, fé e obediência ao SENHOR, como fez Abraão, seremos bem sucedidos e aprovados por Deus. Que o monte da santidade e provisão, a tenda que revela a nossa vida transitória, e o altar que nos mantem em oração, comunhão e adoração a DEUS, sejam uma pratica constante em nossa vida. Amém!

sábado, 18 de julho de 2020

A CHAVE DE DAVI.

E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre (Ap.3.7).

Chave na Bíblia é simbolo de poder, representa autoridade. Quando Jesus declarou: "E tenho as chaves da morte e do inferno" (Ap.1.18), não significa chaves literalmente, mas tem haver com poder. Isto significa dizer que, Jesus tem total domínio e autoridade sobre a morte e o inferno. Quando Jesus manda João escrever ao anjo da igreja de Filadélfia, Ele diz: "Isto diz o que é Santo, o que é Verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre (3.7). Esta declaração "o que tem a chave de Davi", implica em dizer que, com Ele está o poder, Ele é o Dispenseiro dos tesouros e das bênçãos. Ele tem poder de mandar e desmandar, de fazer e desfazer, de abrir e de fechar. Esta chave de Davi é um poder exclusivo pertencente a Jesus, é um direito legal que lhe foi conferido pelo Pai, após a total degradação e derrota de Satanás. A expressão, "chave de Davi" nos remete a profecia no livro do profeta Isaías, 22.22 que diz: E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá.

SEBNA.

No reinado do rei Ezequias, havia três oficiais de alto escalão a seu serviço: Sebna, Eliaquim e Joá. No livro de II Reis, 18.18, Eliaquim aparece como mordomo, ou seja, como administrador do palácio; Sebna como o escrivão, ou seja o secretário; e Joá como chanceler, ou seja, um arquivista do rei. Na profecia de Isaías, Sebna é identificado como tesoureiro, ele tinha o ofício de administrar os bens do reino. O poder da caneta estava em suas mãos, ele exercia uma função de ministro da fazenda. Sebna é descrito por Isaías como um administrador corrupto, que só visa os seus próprios interesses. Com o seu poder e acumulo de riquezas, ele constrói uma magnifica sepultura cavada numa rocha para seu futuro sepultamento (Is.22.16). Isto demonstra claramente que Sebna é um homem vaidoso e egoísta, que não está preocupado com o bem estar do povo. Sebna estava em uma posição privilegiada, mas ele abusou da sua autoridade e mandou cavar uma sepultura na rocha na intenção de perpetuar o seu nome.
Por causa da sua má administração e arrogância, Deus o puniu, retirando-lhe do seu cargo (22.18,19).

ELIAQUIM.

Eliaquim, cujo nome significa: "Meu Deus se levanta". Era filho do sacerdote Hilquias, era um servo fiel no reinado de Ezequias, foi promovido ao cargo de administrador dos tesouros do rei no lugar de Sebna. Eliaquim é chamado por Deus de meu servo, e torna-se um administrador muito diferente de Sebna (Is.22.20) As vestes que representa força e autoridade, que estavam em Sebna são retiradas dele e vestidas em Eliaquim (Is.22.21). Eliaquim também passa a ser chamado de pai para todos os moradores de Jerusalém e para casa de Judá (22.21). A chave da casa de Davi, como simbolo de autoridade é posta sobre o seu ombro e ele passa a ter total domínio e autoridade sobre os tesouros real (22.22). Eliaquim representa um tipo de Cristo, na Nova Aliança Cristo passa a governar com total autoridade e tem consigo todos os tesouros do Reino de Deus Pai a Ele confiado.

JESUS.

Jesus Cristo, é o antítipo de Eliaquim, ou seja, Ele é o cumprimento Real da profecia de Isaías, que diz: E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá (22.22). Enquanto a chave dos tesouros da casa de Davi estava confiada a Eliaquim de forma temporal; em Cristo esta chave é atemporal e eterna.
Em Jesus estão escondidos todos os tesouros da ciência e da sabedoria (Cl.2.3). Ele não só tem a chave de Davi, mas Ele é a Raiz e a Geração de Davi (Ap.22.16). Ou seja, Ele é antes, durante e depois de Davi. Ele declarou: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo.8.58). "É me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt.28.18). Ele tem a chave mestra que abre todas as portas. Porém, só Ele abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre. Amém!