quarta-feira, 5 de agosto de 2020

NÃO NEÓFITO ...

Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do Diabo (I Tm.3.6).

Falando sobre as qualificações do ofício de um bispo, Paulo diz: Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja (3.1). Ou seja, se alguém deseja ou aspira ser bispo, deseja uma nobre função. Porém, é necessário que se cumpra os requisitos exigidos para assumir uma função pastoral. Dentre os requisitos citados por Paulo, o mais importante para um pastor é a maturidade (3.6). O orgulho é a pior armadilha à espreita por um pastor imaturo ou novo convertido a quem é confiada uma posição de liderança. Uma vez apanhado na armadilha do diabo, o pastor torna-se repreensível e não pode mais dar um bom testemunho como convém a um homem de Deus (3.7). 

SOBERBA - A causa da condenação do Diabo.

O relato da queda de Lúcifer, é descrito no capítulo 14 de Isaías de forma figurada, a soberba foi a causa principal que levou Lúcifer a queda. A falta de humildade e submissão a Deus, poderá levar o homem a ruína. O sábio Salomão diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv.16.18). Um obreiro, um pastor, um líder, um homem de Deus, não deve entrar por este caminho. A altivez de espírito se contrapõe a humildade, e isto leva o homem se ensoberbecer. 
O soberbo não aceita orientação de ninguém, não ouve os mais experientes, nem aceita ser repreendido, ele se acha o melhor e o mais capacitado. O soberbo chega a um ponto que ele não é mais capaz de dizer: "Deus é". Mas ele diz: "Eu sou, eu tenho e eu posso". 
A soberba de Lúcifer o levou a declarar: "Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono ... Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo (Is.14.13,14). Pobre Lúcifer, a resposta de Deus foi clara e sucinta: "E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (14.15). 
Quando Paulo diz: "Para que ensoberbecendo-se, não caia na condenação do Diabo", isto é o mesmo que dizer: A soberba levará o neófito (imaturo), a cair na mesma condenação que caiu o Diabo. 
São infelizes e ficam infrutíferos os pastores que entram pelo caminho da soberba. Infelizmente, muitos tem se deixado dominar pela soberba e pela arrogância, e já não se comportam como homem de Deus.
O fato é que, o número de soberbos vem aumentando no meio do povo de Deus. Esta síndrome de Lúcifer vem se multiplicando como uma epidemia e vem contaminando a muitos crentes, pastores, pregadores e lideres. Muitos se acham acima da média e pensam que são estrelas. Que os soberbos se convertam, e Deus use de misericórdia para com eles.
Para estes que insistem na soberba, o seu fim geralmente é trágico. Que sejamos humildes, que possamos sempre nos lembrar da nossa origem e reconhecer que nada somos. Aceitando sempre o que Jesus disse: "Sem mim nada podereis fazer" (Jo.15.5b). E repetirmos juntos com João Batista: "É necessário que Ele cresça e que eu diminua" (Jo.3.30). Que essa maldita síndrome de Lúcifer fique bem distante dos servos do Senhor, é que a humildade e submissão sejam a marca que revele o nosso caráter de servos do Deus Altíssimo. Amém!  

terça-feira, 4 de agosto de 2020

EPAFRODITO UM OBREIRO INCOMUM.

Contudo, penso que será necessário enviar-lhes de volta Epafrodito, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas, mensageiro que vocês enviaram para atender às minhas necessidades. E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e horem homens como este, porque ele quase morreu por amor à causa de Cristo, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar  (Fp.2.25,29,30).

Paulo tinha consciência que, a obra de Deus não estava restrita a sua pessoa, não era exclusivamente sua; mas ele teria que confiar em homens fiéis e abnegados para lhe auxiliarem na obra de DEUS. Além de Timóteo, Tito, Silas, Barnabé, Lucas e muitos outros cooperadores, Paulo tinha em alta estima a Epafrodito, a quem descreve como meu irmão, cooperador e companheiro de lutas. Fica claro que Paulo respeita seus cooperadores e os trata como iguais. Que sejam assim os lideres e pastores da atualidade. 

PAULO CITA QUATRO VIRTUDES DE EPAFRODITO RELACIONADA A SUA PESSOA:

Contudo, penso que será necessário enviar-lhes de volta Epafrodito, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas, mensageiro que vocês enviaram para atender às minhas necessidades (Fp.2.25).

1- Meu Irmão.

2- Cooperador.

3- Companheiro de lutas.

4- Mensageiro.

EPAFRODITO - Um obreiro abnegado que amava a obra de DEUS.

Epafrodito, um nome incomum, de um homem de atitudes e ações incomum na obra de Deus. Epafrodito foi um obreiro abnegado, ele amava a obra de Deus, ao ponto de se sacrificar pondo em risco a sua própria vida. Paulo dá testemunho acerca da abnegação e heroísmo de Epafrodito ao dizer: Contudo, penso que será necessário enviar-lhe de volta Epafrodito, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas, mensageiro que vocês enviaram para atender às minhas necessidades. Pois ele tem saudade de todos vocês e está angustiado porque ficaram sabendo que ele esteve doente. De fato, ficou doente e quase morreu. Mas Deus teve misericórdia dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso, logo o enviarei, para que, quando o virem novamente, fiquem alegres e eu tenha menos tristeza. E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e horem homens como este, porque ele quase morreu por amor à causa de Cristo, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar (Fp.2.15-30). Esta ajuda que Paulo fala que os irmãos não podiam dar, foi o fato de Epafrodito participar ativamente ao lado de Paulo, dando-lhe toda assistência necessária na sua prisão. E isto lhe colocava em risco, podendo custar a sua própria vida. 
Enfim, Epafrodito era um obreiro que não media distância para fazer a obra de Deus acontecer. Ele sofria, mas não deixava a obra de Deus sofrer. Mais um detalhe a ser observado na vida deste obreiro incomum, são as referencias que o apóstolo Paulo faz acerca dele. Considerando que, Epafras e Epafrodito são a mesma pessoa, Paulo lhe faz várias referências: (Fp.2.15-30; Fp.4.18; Cl.1.7; Cl.4.12; Fm.23). Epafrodito foi um fiel ministro de Cristo e companheiro de prisão de Paulo. 

CONCLUINDO:
Na atualidade, estamos vendo pouquíssimos obreiros com este mesmo amor, abnegação e entusiasmo  pela obra do Senhor. Onde estão os Epafroditos do século XXI? Infelizmente, há muito mais interesses por posição eclesiástica, por status, por títulos e por dinheiro, do que pela verdadeira dedicação e amor a obra de Deus. Não são todos obreiros, mas é uma maioria. Oremos ao Senhor, para que este espírito de grandeza, de estrelismo e materialismo saia da vida destes que assim se acham, e que a humildade, o amor e a devoção sincera a obra de Deus, seja uma marca na vida de cada obreiro do Senhor Jesus. Amém! 

domingo, 2 de agosto de 2020

PERSONAGENS BÍBLICOS QUE TIVERAM SEUS NOMES MUDADOS.

Os nomes na bíblia são de grande importância, porque geralmente estão relacionados com o caráter das pessoas. No texto sagrado, desde o livro de Gênesis até Apocalipse, nós vamos encontrar uma grande quantidade de nomes com significados variados. Iremos também encontrar vários personagens bíblicos que tiveram seus nomes mudados, e outros que tiveram nomes duplo por razões de origem diferentes de outros idiomas. Sobre esta curiosidade, tenho pesquisado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e tenho encontrado algumas pessoas que tiveram seus nomes mudados, alguns foram mudados por DEUS, outros foram mudados pelos homens e outros tiveram dupla cidadania.

NO ANTIGO TESTAMENTO.

1- ABRÃO - ABRAÃO (Gn.17.5).

2- SARAI - SARA (Gn.17.15).

3- JACÓ - ISRAEL (Gn.32.28).

4- BENONI - BENJAMIM (Gn.35.18).

5- JOSÉ - ZAFENATE-PANÉIA (Gn.41.45).

6- REUEL - JETRO (Ex.2.18; 3.1; 18.1; Nm.10.29).

7- OSÉIAS - JOSUÉ (Nm.13.16).

8- GIDEÃO - JERUBAAL (Jz.6.32; 7.1).

9- SALOMÃO - JEDIDIAS (II Sm.12.24,25).

10- ELIAQUIM - JEOAQUIM (II Rs.23.34; II Cr.36.4).

11- JOAQUIM - JECONIAS OU CONIAS (II Rs.24.6; Jr.27.20; 37.1).

12- MATANIAS - ZEDEQUIAS (II Rs.24.17).

13- JOACAZ - SALUM (II Cr.36.1; Jr.22.11).

14- ASSUERO - XERXES (Et.1.1)
* Obs.: Assuero nome de origem hebraico, enquanto Xerxes é de origem persa.

15- HADASSA - ESTER (Et.2.7).

16- DANIEL - BELTESSAZAR (Dn.1.7).

17- HANANIAS - SADRAQUE (Dn.1.7).

18- MISAEL - MESAQUE (Dn.1.7).

19- AZARIAS - ABEDE-NEGO (Dn.1.7).

20- PASUR - MAGOR-MISSABIBE (Jr.20.3).

NO NOVO TESTAMENTO.

1- MATEUS - LEVI (Mt.9.9; Mc.2.14; Lc.5.27).

2- TADEU - JUDAS (Mt.10.3; Lc.6.16).

3- SIMÃO - PEDRO OU CEFAS (Jo.1.42; Gl.1.18; 2.9).
* Obs.: Tanto Cefas (aramaico) como Pedro (grego) significam pedra.

4- TIAGO E JOÃO filhos de Zebedeu - BOANERGES (Lc.3.17).

5- TOMÉ - DÍDIMO (Jo.11.16; 20.24; 21.2).

6- BARTOLOMEU - NATANAEL (Mt.10.3; Jo.1.45; 21.2).

7- JOSÉ - BARNABÉ (At.4.36).

8- TABITA - DORCAS (At.9.36).
* Obs.: Tanto Tabita (aramaico) como Dorcas (grego) significam gazela.

9- SAULO - PAULO (At.13.9).
* Obs.: O nome não foi mudado. Saulo (hebraico) Paulo (grego).

10- JUDAS - BARSABÁS (At.15.22,32).

11- SILAS - SILVANO (At.15.32; II Co.1.19; I Ts.1.1; II Ts.1.1; I Pe.5.12).
* Obs.: Judas e Silas eram profetas conforme declara o texto em Atos 15.32.

12- EPAFRODITO - APAFRAS (Fp.2.15; Cl.1.7; 4.12; Fm.23).
Segundo Adam Clarke, não descarta a possibilidade de que Epafras e Epafrodito fossem a mesma pessoa, sendo Epafras uma forma contraída de Epafrodito, assim como Demas era de Demétrio.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

"O PERFIL DO ANTICRISTO".

Anticristo significa "opositor de Cristo, "contra Cristo". O Anticristo será um homem como outro qualquer, nascido de mulher, porém a serviço de Satanás. Ele será um líder carismático com poder de oratória capaz de seduzir as multidões com seus discursos inflamados. Por um curto espaço de tempo ele conseguirá conciliar a nação de Israel com seus inimigos e eliminará o terrorismo, fazendo com que haja paz entre os povos. Mas será uma falsa paz. sobre esta paz aparente, Paulo diz: Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão (I Ts.5.3).

O Perfil do Anticristo será de Abusador e Anarquista. Ele promoverá total depravação da sociedade e fará oposição a Deus. O anticristo será um homem possuído pelo Diabo, opondo-se contra tudo que se chama Deus, porém, ostentará como se fosse o próprio Deus.
A Besta ou anticristo será um personagem de uma habilidade e capacidade incrível. Será o maior líder de toda terra, portador de uma personalidade irresistível. Terá poder e sinais da mentira, uma vez que satanás o possuiu. Terá em suas mãos todo poderio bélico, tecnologia avançada e poder político e econômico. Ele enganará as nações com suas falsas promessas e promoverá o ódio e a violência entre os povos.

Com base no livro do profeta Daniel 11.36-45, podemos afirmar que o anticristo será um homem super inteligente, alguém de cargo político muito importante, que chegará à liderança mundial. O perfil revelado acima mostra que ele governará o mundo com mão de ferro, impondo sua vontade acima de tudo, obrigando a todos a adorá-lo. Passará por cima de todos que sejam empecilhos em seu caminho. Porém, ele não chegará à força ao poder. Ele vencerá pela diplomacia. Ele convencerá a todos os líderes mundiais, com sutileza, mostrando uma falsa bondade, mostrando falsos milagres, conforme 2 Tessalonicenses 2:9-10: "A esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos."
Ou seja, o anticristo conseguirá soluções aparentemente impossíveis para problemas políticos complicadíssimos, convencendo assim, a todos os líderes de sua eficácia (que sabemos que vem de Satanás). Se o anticristo consegue tais façanhas, então será alguém de extremo poder de convencimento sobre as pessoas.
A Bíblia mostra em Daniel 9:27 que o anticristo fará um acordo de paz com Israel por sete anos, iniciando a Tribulação: "E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador."
Através deste versículo e de todos os sinais da segunda vinda de Cristo que já estão acontecendo, acreditamos que o anticristo entrará em cena num futuro próximo da situação atual de lutas em Israel, que é um problema complicadíssimo entre judeus e árabes. Hoje a situação está caótica na região. Com sua persuasão, o anticristo conseguirá propor uma paz entre árabes e judeus. Notem que hoje, este tem sido o objetivo de líderes mundiais. Porém, ninguém atinge este objetivo hoje. Segundo a Bíblia, o anticristo será a pessoa que atingirá este objetivo.

O Anticristo será um líder que busca a paz e trava guerras. Na busca de paz ele será bem-sucedido e enganador; ao travar guerras ele será destemido e destrutivo. O Anticristo geralmente é descrito na Bíblia como um guerreiro. Quando o Anticristo emergir ao poder, será reconhecido e aceito por causa de suas habilidades como pacificador. Como líder da confederação mundial, ele imporá paz a Israel e ao Oriente Médio, iniciando e formulando um tratado de paz para Israel. Mas o tratado de paz promovido pelo Anticristo, será temporário e superficial. A princípio esta paz será eficaz e reconfortante, porém, será por pouco tempo. Depois de três anos e meio, o pacto será quebrado e os gritos de alegria serão substituídos por gritos de aflição.

NOMES E TÍTULOS DO LÍDER MUNDIAL QUE HÁ DE VIR:

O homem violento (Is.16.4).
O angustiador (Is.51.13).
A ponta pequena (Dn.7.8).
Um rei feroz de cara (Dn.8.23).
O príncipe que há de vir (Dn.9.26).
O assolador (Dn.9.27).
O rei do Norte (Dn.11.40).
O filho da perdição (II Ts.2.3).
O homem do pecado (II Ts.2.3).
O iníquo (II Ts.2.8).
O Anticristo (I Jo.2.18).
O mentiroso (I Jo.2.22).
O enganador (II Jo.ver.7).
A besta que subiu do mar (Ap.13.1).
A besta escarlate (Ap.17.3).
A besta (Ap.17.8,16).

CONCLUSÃO:
O espírito do Anticristo já opera no mundo. Portanto, devemos combate-lo com a palavra de Deus, propagando o Evangelho de Cristo até os confins da terra.
Um veneno letal está sendo derramado e muitos não estão percebendo, a humanidade está marchando para um caos total. Um cenário mundial está sendo preparado para receber o Anticristo.
Enquanto o mundo se prepara para receber o Anticristo, a igreja estar preparada para vinda iminente de Jesus Cristo.
Maranata! O Senhor Vem. Amém!

quarta-feira, 29 de julho de 2020

BOAS NOTÍCIAS!

Como água fresca para a garganta sedenta, é a boa notícia que chega de uma terra distante (Pv.25.25).

Assim como a água sacia a sede de uma garganta sedenta, a boa notícia alegra a alma abatida. De maus notícias já estamos cheios, precisamos de boas notícias, de notícias alvissareiras que nos traga alegria. Uma boa notícia alegra nosso coração e faz melhor o nosso humor. Uma boa notícia renova as nossas forças, fortalece a nossa fé e aviva a nossa esperança. Chega de tristeza, angústia e amargura na alma, Deus tem boas novas para o seu coração. Aguarde a boa notícia, ela virá de surpresa! Amém!

Sobre a água: A água é universal, não podemos sobreviver sem ela. O corpo humano é composto por 70% de água, o planeta terra deveria ser chamado planeta água, pelo fato de 70% de água cobrir toda a sua superfície, desses 70% de água apenas 2,5% de toda água existente no planeta é doce, sendo o resto salgada. O maior volume de água encontra-se nos oceanos. Com a exploração e agressão do homem a natureza, a água fresca, doce e potável vem se tornando cada vez mais escassa. A água sacia a nossa sede, a água nos hidrata, a água nos alimenta e nos faz viver. O cervo brama por água no deserto, assim também a nossa alma tem sede de Deus. Jesus é água da vida que sacia a nossa sede espiritual, Ele é a boa notícia de Deus para humanidade perdida.
Finalmente, só sabemos o valor da água quando esta nos falta. Só quem sabe o valor de uma boa notícia é quem precisa urgentemente dela.
A água fresca não vai faltar, e a boa notícia chegará aos teus ouvidos, porque DEUS mudará a tua história. Amém! 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

VENCENDO A GUERRA PARA TER DIREITO AOS DESPOJOS.

O inimigo se gloriava: Eu os perseguirei e os alcançarei, dividirei o despojo e os devorarei. Com a espada na mão, eu os destruirei (Êxodo, 15.9).
Quando um homem forte, bem armado, guarda sua casa, seus bens estão seguros. Mas quando alguém mais forte o ataca e o vence, tira-lhe a armadura em que confiava e divide os despojos (Lucas, 11.21,22).

As leis das guerras entre os povos primitivos eram terríveis. Uma cidade era sitiada pelos exércitos inimigos um ano, dois anos, até que o povo ficasse enfraquecido pela fome e pela sede. Então os muros da cidade eram arrombados, tudo queimado a fogo, os varões passados a fio de espada, os príncipes, e os nobres, e os que escapassem da morte eram acorrentados nas galés para remar até morrer, ou afundar com o navio. Então os reis e generais voltavam vitoriosos, trazendo o rei, a rainha e os filhos acorrentados, carros carregados de ouro e prata, especiarias, e tudo o que tem valor. As mulheres faziam parte do despojo para os soldados, e vinham atrás. A glória do rei era aclamada com cânticos e danças durante o desfile macabro. 
Para o general romano Pompeu, ao voltar das conquistas, dois dias eram poucos para o desfile glorioso; na frente iam cartazes que continham os nomes das nações onde triunfou, e eram: o reino do Ponto, a Armênia, a Capadócia, a Paflagônia, a Média, a Cólquida, as Hiberianas, as Albânias, a Síria, a Sicília, a Mesopotâmia, a Fenícia, a PALESTINA, a JUDÉIA, a Arábia; foram conquistados mil castelos, novecentas cidades e fortes; oitocentos navios de corsários. Em dinheiro, oito milhões de escudos, ouro, prata, anéis e jóias, sem contar o que havia distribuído aos soldados. Nesse desfile magnificente estavam o filho de Tigranes, o rei dos judeus, Aristóbulo, a irmã de Mitridates com cinco de seus filhos, algumas damas da Cítia, os reféns das hiberianas e das Albânias e do rei dos comagenos, e um sem número de troféus. Este foi o terceiro triunfo de Pompeu, pois obteve três grandes triunfos. A primeira vez na África, a segunda na Europa e a terceira na Ásia. Conquistou o mundo com menos de 34 anos. Eram essas as leis das guerras, tanto dos outros povos como as dos romanos e gregos.

* Este texto foi extraído do site verdades bíblicas.

Enquanto isso, as tropas que Amazias havia mandado de volta, não lhes permitindo participar da guerra, atacaram cidades de Judá, desde de Samaria até Bete-Horom. Mataram três mil pessoas e levaram grande quantidade de despojos (II Cr.25.13).

Na Antiga Aliança o povo de Deus enfrentava grandes inimigos. O grande desafio era confrontar o inimigo nas batalhas e vencer as guerra. Havia lei sobre a guerra, as ordenanças dessa lei estão escritas em Deuteronômio 20.1-20. No Antigo Testamento havia quatro situações que desobrigavam um homem de ir à guerra: (1) O que edificou uma casa e não a consagrou. (2) O que plantou uma vinha e ainda não colheu seus frutos. (3) O que se comprometeu para casar-se que ainda não recebeu sua mulher. (4) Por último, os covardes e medrosos, para não influenciar e desanimar os outros (Dt. 20:5-8).
Depois da batalha, e de posse da vitória, o exército vencedor despojava seus inimigos e levava tudo que eles tinham de melhor, como ouro, prata, vestimentas, especiarias e objetos preciosos. Os guerreiros vitoriosos e suas famílias eram os participantes diretos dos despojos, havia também aqueles que não iam à guerra, mas ficavam na retaguarda dando cobertura e outros operavam na logística provendo o necessário para o exército de guerreiros. 
As bênçãos dos despojos era para quem batalhava de forma direta ou indireta, ou seja, os guerreiros de linha de frente que iam para o confronto, e os da retaguarda que ficavam dando cobertura. Porém, os medrosos, os preguiçosos e os negligentes não tinham direito de participarem da repartição dos despojos. Hoje, na atualidade, não é diferente, tem pessoas que se dizem cristãs e soldados de Cristo, mas não querem pagar o preço de guerrearem através da oração e leitura da Palavra. Muitos já se conformaram e não tem força nem animo para lutarem contra o pecado, contra o mundo e contra Satanás e seus demônios. Muitos querem os benefícios e as bênçãos de Deus, mas não querem pagar o preço da renúncia. Muitos estão andando de moletas espirituais e se escorando na fé e confiando na oração dos outros. Muitos querem a bênção de Deus, mas não querem compromisso com o Deus da bênção.
Outro detalhe, muitos quando estão abençoados e de posse da vitória, não querem mais guerrear, não voltam para agradecer, abandonam suas congregações e tornam-se crentes turistas, vem a Casa de Deus de vez em quando, viram crentes domingueiros, não mais guerreiros, vem um domingo sim e oito não. Mas Deus não está contando com os medrosos e inconstantes, e sim com os firmes e constantes, os que são sempre abundantes na obra do Senhor. Deus conta com os fervorosos no espírito, que não desfalecem depois da batalha. Porque depois da batalha os vencedores serão coroados. Amém!

Este segundo texto é de autoria do administrador do Blog.
Obrigado a todos que acessaram e leram este Post.

domingo, 26 de julho de 2020

A BÍBLIA PERMITE O DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO?

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne"(Gn.2.24). Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne, assim, já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem (Mc.10.7-9).

Este é um tema polemico e bastante debatido por muitos cristãos, todavia a Escritura deixa bem claro que o casamento deve ser monogâmico e vitalício. O mesmo princípio estabelecido por DEUS no começo da criação, foi corroborado por JESUS e posteriormente confirmado pelo apóstolo Paulo.
É da vontade de Deus que o homem deixe pai e mãe e se una à sua esposa. A ordem para "deixar" e  "unir-se" indica que o casamento liga os cônjuges numa aliança matrimonial.
"Unir-se-á", essa expressão significa "colar-se-á" a sua própria esposa para serem um. Deus planejou e determinou que o casamento fosse terminantemente indissolúvel (Mc.10.7-9). É no casamento que a verdadeira relação entre homem e mulher é estabelecida. Esta relação é algo tão maravilhoso que pode ser considerada como antítipo da relação entre Cristo e a igreja (Ef.5.22-25).
A forma verbal "tornando-se" enfatiza a certeza de que isso acontecerá. A certeza se baseia no desejo do casal, e no decreto divino, que estabelece o casamento vitalício.
Mas, é fato que, no mundo todo o número de divórcios tem ultrapassado o número de casamentos. Isto não é algo novo, esta realidade é antiga, sempre ouve separação entre os cônjuges, porque esta é uma obra de Satanás. Porém, o plano e propósito de DEUS para o casamento é que seja indissolúvel, isto é, que não haja separação ou divórcio. Este tema na Bíblia pode ser entendido sobre quatro aspectos: (1) O princípio estabelecido por DEUS no inicio da criação. (2) A carta de divórcio permitida por Moisés (Deut.24.1-4). (3) O conceito do casamento reiterado por Jesus ao responder uma pergunta sobre o divórcio (Mt.19.5; Mc.10.7). (4) O parecer de Paulo ao tratar sobre o casamento (I Co.7.1-40).

A QUESTÃO DO DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO À LUZ DA BÍBLIA.

1- O princípio estabelecido por DEUS no inicio da criação.

Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn.2.24). Aqui fica subentendido que, o plano e propósito de DEUS para o casamento é que este seja monogâmico e consequentemente vitalício.
Houve um época no contexto histórico da nação de Israel, que a pratica do divórcio estava se tornando algo normal, e muitos estavam deixando suas esposas e contraindo novas alianças conjugais com mulheres estrangeiras. Diante deste fato, o profeta Malaquias ergue a voz em nome de DEUS para censurar e condenar tais atitudes. Na ocasião a nação cometeu dois tipos de infidelidade: Espiritual, quando deixou ao SENHOR e foi em busca de falsos deuses; e conjugal, quando foram infiéis as suas mulheres.
O SENHOR falou através do profeta: "Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desenrolou o santuário que o SENHOR ama; homens casaram-se com mulheres que adoravam deuses estrangeiros. Que o SENHOR lance fora das tendas de Jacó o homem que faz isso, seja ele quem for, mesmo que esteja trazendo ofertas ao SENHOR dos Exércitos. Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do SENHOR; choram e gemem porque Ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: Por quê? É porque o SENHOR entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o SENHOR que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E porque um só? Porque Ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. "Eu odeio o divórcio", diz o SENHOR, o Deus de Israel, "e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o SENHOR dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis (Malaquias, 2.11-16). Portanto, está bem claro e explicito no texto sagrado, que DEUS não aceita o divórcio.

2- MOISÉS permitiu a carta de divórcio. Por quê?

Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora (Dt.24.1).

Esta expressão "encontrar nela algo que ele reprova, ou do marido que acha coisa indecente na esposa". Na época de Jesus, o significado exato dessa expressão havia se tornado motivo de controvérsia, sendo essa uma das razões pelas quais os fariseus apresentaram a questão a Jesus (Mt.19.3). Em resposta aos fariseus, Jesus declara que Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim (Mt.19.8).

Esta expressão "dureza do vosso coração", implica em dizer que o coração dos homens ficavam endurecidos de tal forma, que eles ficavam insensíveis para com a mulher, inflexível, irreconciliáveis, obstinados, teimosos e não aceitavam de forma alguma viver com sua esposa. Então para livrar a mulher de ser vítima de violência ou até mesmo de morte, por parte do marido, Moisés permitiu que lhe desse carta de divórcio. Com esta carta de divórcio a mulher estaria livre para casar novamente.

3- O que JESUS falou acerca do divórcio?

Em seu grande discurso, conhecido como o sermão da montanha, Jesus falou sobre variados assuntos, e um dos seus temas em destaque foi acerca do casamento.

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério (Mt.5.31,32).
Versão A.R.C. João F. Almeida.

Foi dito: Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio. Mas eu lhe digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério (Mt.5.31,32).
Versão N.V.I. Leitura Perfeita - Thomas Nelson.

Qual a resposta de JESUS aos fariseus a esta questão?

O conceito do casamento é reiterado por Jesus, ao responder as perguntas dos fariseus acerca do divórcio. Diz o texto sagrado: E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galiléia e dirigiu-se aos confins da judéia, além do Jordão. E seguiram-no muitas gente e curou-as ali.

PRIMEIRA PERGUNTA DOS FARISEUS:
Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

RESPOSTA DE JESUS:
Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.

SEGUNDA PERGUNTA DOS FARISEUS:
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?

RESPOSTA DE JESUS:
Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

OS DISCÍPULOS INTERPELAM O DIÁLOGO E QUESTIONAM:
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.

JESUS FINALIZA O DIÁLOGO DIZENDO:
Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba (Mt.19.1-12).

As estatísticas mundiais informam que, o número de divórcio vem superando o número de casamentos entre homem e mulher. O divórcio também era comum nos tempos de Jesus. Apesar disso, é uma violação do propósito original de Deus para o casamento.
O pano de fundo dessa questão era o debate entre duas escolas de pensamento teológico, ambas tendo Deuteronômio 24.1-4 como ponto de partida. O rabi Shammai ensinava que um homem podia divorciar-se da mulher se ela fosse infiel, pois interpretava que a expressão "coisa indecente" em Deuteronômio se referia à infidelidade conjugal. Já o rabi Hillel interpretava a expressão mais amplamente e entendia que um homem podia divorcia-se da mulher por qualquer motivo, mesmo por algo trivial, como um pão queimado. Em termos atuais, podemos dizer que um homem poderia pedir o divórcio se a mulher colocasse muito sal na comida.
Essa discussão teológica ganhou proporção por causa do casamento de Herodes Antipas, o tetrarca, que se divorciou da esposa Nabateia para casar com Herodias, que havia sido esposa de seu irmão Filipe. Esse casamento levou João Batista à morte (Mt.14.9-11).
Os fariseus tentaram criar uma armadilha para Jesus. Se ele dissesse que o divórcio era legal por qualquer motivo estaria contradizendo Moisés, que permitia somente por indecência (Dt.24.1). Se dissesse que era ilegal, ficaria mal visto pelo povo, pois o divórcio era prática comum entre eles.
Jesus percebeu a intenção dos fariseus e, com sabedoria, evitou uma discussão superficial, bem como as infames maquinações políticas. O Mestre foi diretamente à autoridade original. Em vez de argumentar sobre Deuteronômio, destacou outras duas passagens bíblicas: Gênesis 1.27 e 2.24, quando as cita em Mateus 19.5. Ele não afirma que a prescrição mosaica era nula ou vã. Em vez disso, prefere analisar a questão no contexto da intenção original de Deus.

* Este texto foi extraído da obra, Comentário Bíblico Africano (pg.1174-1175).

O PARECER DE PAULO.
O que ensinou Paulo sobre o casamento e o divórcio?

Paulo emprega a imagem do casamento para ensinar sobre o relacionamento do cristão com a lei (Rm.7.1-6). Paulo diz: "Não sabeis vós, irmãos (pois falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?  Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do casamento. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido (7.1-3).
Em I Corintios 7. 10,11,39 Paulo diz: Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.
Numa outra situação conjugal, Paulo dar o seu parecer dizendo: "Aos outros, eu mesmo digo isto, não o Senhor: Se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele. Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos. Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo da servidão; Deus nos chamou  para vivermos em paz. Você mulher, como sabe se salvará seu marido? Ou você, marido, como sabe se salvará sua mulher"? (7.12-16 N.V.I).

Paulo fala da necessidade de o casal permanecer unido como marido e esposa, mas acrescenta: "Se o descrente quiser apartar-se, que se aparte. Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz (7.15). O ponto principal é o significado da expressão "não fica sujeito à servidão". Paulo não explica em que consiste a servidão. A pessoa está livre do relacionamento, mas não deve se casar novamente, ou a liberdade inclui a dissolução dos laços matrimoniais e, portanto, a permissão para se casar novamente? Ao que tudo indica, o tema central do argumento de Paulo é a necessidade de os cristãos cultivarem o relacionamento conjugal mesmo quando se encontram casados com não-cristãos. Não obstante, parece haver espaço para, em casos especiais e sob a direção do Espírito Santo, a igreja aplicar essa liberdade não apenas ao relacionamento, mas também aos votos e, desse modo, permitir que o irmão ou irmã divorciados casem novamente. Em Mateus 18.15-17 apresenta os parâmetros a serem seguidos, nesses casos a igreja deve participar plenamente do processo.
Uma das questões mais importantes no aconselhamento para casais é a identificação de casos especiais aos quais a liberdade de I Corintios 7.15 é aplicável. É extremamente fácil abrir cada vez mais a porta para o divórcio e esquecer que Jesus o limitou à ocorrência de adultério e que Deus deseja que todos os casais mantenham seus votos matrimoniais para a vida toda. Não devemos, porém, ignorar o fato de que Deus nos tem chamado à paz. A paz resulta de os dois cônjuges cumprirem sua parte dos votos matrimoniais. Porém, há casos em que o marido tortura a esposa, quer por violência física, quer por negligência financeira, quer por ausência. Quando esse comportamento não muda mesmo depois de aconselhamentos repetidos e especialmente quando a vida da esposa corre perigo, ela tem o direito de deixar o marido. A esposa também pode ser o cônjuge em pecado quando, por exemplo, abandona o lar para morar longe do marido sem lhe prestar contas. Nas situações mencionadas anteriormente, depois de tentativas enérgicas de ajudar a parte errada a corrigir sua conduta, o pastor e a igreja devem tomar partido do cônjuge lesado e buscar maneiras de ajudá-lo a dar prosseguimento à sua vida. Ao reconhecer tais situações como casos especiais, a igreja pode dar à parte vitimada a opção de se separar, divorciar e casar novamente.

* Texto de Samuel Ngewa, extraído do Comentário Bíblico Africano (pg.1176).

Finalmente, devemos sempre ficar debaixo da vontade de Deus. "O que Deus ajuntou não separe o homem"(Mt.19.6).
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