domingo, 13 de setembro de 2020

OS DEGRAUS QUE NOS CONDUZ À MATURIDADE.

Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino (I Co.13.11). 
E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como meninos em Cristo (I Co.3.1). 

O caminho da maturidade cristã é um caminho excelente, e nem todo cristão consegue trilhar por ele. Paulo nos mostra que a vida muda de fase, quando nós deixamos de ser menino e passamos a ser homem. Assim deve também acontecer com a nossa vida cristã, devemos deixar de sermos meninos na fé e nos tornarmos homens maduros na fé. A caminhada cristã é como uma escada, e para agradar a Deus devemos subir os degraus que o Espírito Santo nos propõe até alcançarmos a maturidade.  

SUBINDO OS DEGRAUS PARA ALCANÇAR A MATURIDADE (II Pe.1.1-11).

1- FÉ.

Esta fé não é uma fé comum que vem pela emoção, mas uma fé que nasce em nosso espírito, quando aceitamos Jesus como nosso Salvador e nascemos de novo. É esta fé que nos dar condições de vencermos o mundo. Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: A nossa fé (I Jo.5.4). Esta fé faz parte da nossa maturidade cristã e será testada durante a nossa vida.

2- VIRTUDE.

Virtude neste contexto é um poder que complementa a fé. Este poder significa uma excelência moral, um caráter aprovado para obedecer e praticar o bem. Isto também envolve a pratica de boas obras. Porque Tiago diz que a fé sem as obras é morta (Tg.2.14-26).

3- CONHECIMENTO.

O conhecimento faz parte do nosso crescimento e nos leva a maturidade. Não adianta muita fé sem o conhecimento. Estar preparado para responder sobre a razão da sua esperança, a qualquer que perguntar, é o dever de todo cristão (I Pe.3.15). Crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor, deve ser uma preocupação de todo crente (II Pe.3.18). A falta de conhecimento leva a destruição (Os.4.6). O profeta nos aconselha a buscar o conhecimento do SENHOR e prosseguirmos em conhecê-lo (Os.6.3). Muitos fracassaram na fé por falta de conhecimento. É preciso ter conhecimento, para ter conteúdo espiritual.

4- TEMPERANÇA.

Temperança é um dos frutos do Espírito (Gl.5.22), significa domínio próprio, auto-controle. Precisamos dominar nossos impulsos e inclinações da nossa natureza pecaminosa. É matar a natureza carnal e dizer não para si mesmo. A temperança evita grandes males, o sábio Salomão diz: Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade (Pv.16.32). "Governar o espírito", significa ter domínio sobre suas atitudes diante das adversidades. 

5- PERSEVERANÇA.

Enquanto a perseverança é sinônimo de paciência, a pressa é o antônimo de paciência. O profeta Isaías diz: "Aquele que crer não se apresse (Is.28.16). Davi diz: "Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor (Sl.40.1). Paulo cita uma sequencia a parti da tribulação que produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança (Rm.5.1-5). A perseverança nos faz crescer. O tempo de espera é um treinamento para nosso espírito ansioso. Quando exercitarmos a verdadeira perseverança, seremos aprovados por Deus.

6- PIEDADE.

Piedade aqui significa santidade, reverência e temor a Deus em todo tempo e lugar. Neste degrau o Espírito Santo é o nosso supervisor, pois só ele conhece a nossa intimidade diária com Deus. A piedade deve ser uma pratica constante na vida do cristão. Falando sobre a piedade, Paulo diz: "Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir (I Tm.4.8). 

7- AMOR FRATERNAL E AMOR ÁGAPE.

Amor fraternal é amar os irmãos, amar o próximo, é se despir do egoísmo e se importar com alguém. A nossa natureza carnal é egoísta, mas o amor fraternal é altruísta. Falando sobre o amor fraternal, Paulo diz: "O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (Rm.12.9,10).

O amor ágape, é o amor incondicional de Deus. Paulo disse, que o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm.5.5). É um amor que perdoa sem interesse, sem querer nada em troca. É um amor que espera o tempo que for necessário, que nunca falha, nem lança nada em rosto, mas suporta e não espera recompensa. Este amor é o caminho mais excelente que Paulo descreve em I Coríntios 13. Paulo falando sobre o amor, ele chega a conclusão de que o amor é a maior virtude, e este deve permanecer. Quem busca andar neste caminho excelente e subir estes degraus, nunca tropeçará nem ficará estéril. Amém! 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

AITOFEL, DE CONSELHEIRO DO REI A REBELDE.

 

Aitofel era conselheiro do rei. Husai, o arquita, era amigo do rei (I Cr.27.33).

Naquela época, tanto Davi como Absalão consideravam os conselhos de Aitofel como se fossem a palavra do próprio Deus (II Sm.16.23 NVI). 

O reinado de Davi foi prospero e bem sucedido, até enquanto ele não cometesse um grande delito diante de Deus e de toda a nação de Israel. Após Davi ter pecado gravemente, cometendo um homicídio, mandando matar seu fiel escudeiro Urias; e um adultério, com Bate-seba mulher de Urias, o seu reinado entrou em decadência. Deus perdoou o pecado de Davi, mas as consequências do seu pecado foram inevitáveis. Uma das tragédias que aconteceu no reinado de Davi, foi a rebelião do seu próprio filho Absalão, juntamente com o seu conselheiro de confiança, Aitofel. O final da história de Davi, poderia ter sido diferente, se ele não tivesse que pagar pelo grave pecado que cometeu. 

A essa altura da história, Davi provavelmente era um homem idoso e as pessoas começaram a se perguntar quem o sucederia. Conforme registrado em 14.25-27, Absalão possuía características que o tornavam um candidato atrativo. Mesmo com Davi reinando, o ambicioso Absalão sonhava usurpar o trono. Absalão começou a comportar-se como rei ao atender as demandas do povo e prometer dias melhores. Quatro anos depois de ter sido recebido pelo rei, e absorvido pelo assassinato Amom,  Absalão viajou discretamente a Hebrom fingindo que precisava cumprir um voto. Ele planeja um golpe de estado, arregimentando um exército de seguidores a seu favor, inclusive Aitofel, conselheiro de Davi (II Sm.15.1-12). Aitofel que já tinha ressentimentos contra Davi, embora nunca houvesse revelado, aproveitou o momento da revolta de Absalão para rebelar-se. Davi quando soube que estava sendo vítima de um golpe por parte do seu filho, juntou seus homens de confiança e fugiu para o deserto. Quando informaram a Davi que Aitofel era um dos conspiradores que apoiavam Absalão, Davi orou: "Ó SENHOR, transforma em loucura os conselhos de Aitofel"(II Sm.15.31).  

OS CONSELHOS DE AITOFEL.

Absalão, era jovem e inexperiente, principalmente em termos de governo e estratégias de guerra. O máximo que Absalão visualizou era ocupar o trono em Jerusalém e tornar-se rei; além disso, não sabia o que deveria fazer, de modo que pediu conselhos a Aitofel (16.20). O primeiro conselho de Aitofel, foi para que Absalão tivesse relações sexuais com as concubinas de seu pai, aquelas que Davi deixou cuidando do palácio (16.21a). O principal objetivo de Aitofel era demonstrar publicamente que Absalão e Davi se haviam separado totalmente, sem chances de reconciliação (16.21b). O conselho de Aitofel tinha um peso de confiança, que era como se fosse a palavra do próprio Deus (16.23). Dias depois de Absalão ter aceito o conselho de Aitofel em coabitar com as concubinas de Davi (16.20,21), ele voltou a consultá-lo para novos conselhos. Neste segundo conselho, Aitofel propôs um plano para acabar com Davi e eliminar totalmente os seus homens, e Absalão assumir o trono de uma vez por todas. Para isso acontecer, recomendou que Absalão escolhesse 12 mil homens, mil de cada tribo, e perseguisse seu pai imediatamente, antes que Davi tivesse tempo de se recuperar da fuga e se abrigar em um lugar seguro (17.1,2). O objetivo principal era eliminar Davi, pois, uma vez morto, suas tropas automaticamente se renderiam e passariam para o lada de Absalão (17.3). Aitofel se dispôs a liderar o exército de Absalão nesse ataque. O conselho de Aitofel pareceu bom e foi aceito por Absalão e pelos anciãos de Israel. Mas, Absalão não estava totalmente convencido, de modo que pediu uma segunda opinião a Husai.

O CONSELHO DE HUSAI E A MORTE DE AITOFEL.

Não totalmente satisfeito com o conselho de Aitofel, Absalão disse: Chamai agora também a Husai, o arquita, e ouçamos também o que ele dirá. E, chegando Husai a Absalão, lhe falou Absalão, dizendo:  desta maneira falou Aitofel. Faremos conforme à sua palavra? Se não, fala tu. Então, disse Husai a Absalão: O conselho que Aitofel esta vez aconselhou não é bom (17.5-7). Trabalhando secretamente para Davi (15.32-37), Husai ofereceu um conselho organizado e persuasivo. Husai propôs um plano alternativo, diferente em todos os aspectos do plano de Aitofel. Onde Aitofel propôs ação imediata, Husai sugeriu ajuntar todos os homens desde de Dã até Berseba (17.11). Ao invés de um exército de doze mil homens, como aconselhou Aitofel, Husai sugeriu mobilizar a nação inteira. Neste caso, o próprio Absalão deveria conduzir o exército, cujo objetivo não era eliminar apenas Davi, mas destruir todos os seus homens (17.12,13).  

Husai sabia que Davi e suas tropas estavam cansados e seu conselho tinha a intenção de dar tempo para que Davi encontrasse refúgio e se reorganizasse, enquanto Absalão reunia um exército nacional. Sugerir que Absalão liderasse o exército, implicava na possibilidade de este vir a morrer. A intenção do conselho de Husai, também era eliminar Davi e toda a sua tropa, mas essa batalha seria feroz, tornando a morte de Absalão mais provável. 

Davi orou ao SENHOR para transformar os conselhos de Aitofel em loucura (15.31). A oração de Davi foi atendida quando Absalão considerou o conselho de Husai mais convincente que o de Aitofel. Apesar de os conselhos de Aitofel serem considerados "como resposta de Deus", nessa ocasião o SENHOR agiu contra ele. Diz o texto sagrado: Vendo, pois, Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou o jumento e levantou-se, e foi para sua casa e para a sua cidade, e pôs em ordem os seus negócios em ordem e depois se enforcou; e morreu, e foi sepultado na sepultura de seu pai (II Sm.17.23). Quando Aitofel soube que o seu conselho havia sido rejeitado por Absalão, ele sentiu-se frustrado, talvez porque tenha sido a primeira vez em muitos anos que seus conselhos não foi seguido. Percebendo que Absalão não sairia vitorioso nesta batalha e, consequentemente ele seria executado por traição, ele optou pelo suicídio. Contudo, antes de morrer, Aitofel pôs em ordem os seus negócios, isto é, designou quem teria parte em seus bens e como eles deveriam ser distribuídos. Como conselheiro real, Aitofel provavelmente era um homem rico. 

Concluímos que, esse episódio nos leva a refletir o quanto o homem pode falhar. Aitofel, mesmo sendo considerado um homem sábio, foi traído pelos seus próprios sentimentos. A sua avareza e a busca pelas aparentes vantagens, o levou a rebelar-se contra o rei, a quem o tinha como fiel amigo. O resultado da sua rebelião foi trágico, ele findou tirando a sua própria vida. Geralmente, os traidores se dão mal e caem em muitas contradições. Para se adquirir confiança, muitas vezes leva tempo, mas para perdê-la é rápido, basta um pouco de insensatez. O sábio Salomão diz: "Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é para o famoso em sabedoria e em honra um pouco de estultícia (Ec.10.1). Aitofel poderia ter deixado um belo exemplo de fidelidade e um legado positivo às futuras gerações, mas infelizmente, ele prevaricou e pôs tudo a perder. Que possamos extrair lições desta história, e não cairmos nas mesmas contradições que Aitofel caiu. Pense nisso! 

* Alguns parágrafos deste texto foi extraído e articulado da obra, COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO páginas 400-402.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

PELA PALAVRA.

 

Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente (Hb.11.3). 

A Palavra de Deus é a causa de todas as coisas que vieram a existir; e todas as coisas que existem é o resultado da Palavra de Deus. O Verbo, é a Palavra viva pela qual foram feitas todas as coisas (Jo.1.1-3). Tudo é realizado pelo poder da Palavra de Deus. Se o mundo veio a existir pela Palavra de Deus, logo todas as coisas é o resultado da Palavra de Deus. O pecado levou o homem a um estado de degeneração, e só pela Palavra de Deus ele será regenerado. 

PELA PALAVRA.

Pela Palavra foram feitos os céus e todos os corpos celestes (Sl.33.6).

Pela Palavra foram criados os mundos (Hb.11.3).

Pela Palavra foram feitas todas as coisas (Jo.1.1-3).

Pela Palavra todas as coisas são sustentas (Hb.1.3).

Pela Palavras nós somos curados (Sl.107.20).

Pela Palavra nós somos santificados (Jo.17.17).

Pela Palavra nós somos regenerados (I Pe.1.23).

Pela Palavra nós somos purificados (Sl.119.9).

Pela Palavra nós estamos limpos (Jo.15.3).

Pela Palavra a fé é gerada (Rm.10.17).

SETE ATITUDES DEVEMOS TER COM A PALAVRA.

1- Ler a Palavra (Is.34.16).

2- Meditar na Palavra (Js.1.8).

3- Cumprir a Palavra (Tg.1.22).

4- Amar a Palavra (Sl.119.140).

5- Guardar a Palavra (Sl.119.67).

6- Ouvir a Palavra (Rm.10.17).

7- Pregar a Palavra (II Tm.4.1,2).

Que a poderosa Palavra de Deus esteja enxertada em nossa vida, e que possamos viver amando-a e praticando-a durante toda a nossa vida. Amém! 

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

AOS PÉS DE JESUS.


E eis que chegou um varão de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa (Lc.8.41).

Os evangelhos registram alguns episódios de pessoas que se prostraram aos pés de Jesus em atitude de devoção ou em busca de socorro. O escritor Lucas registra uma ocorrência de um homem chamado Jairo, este era príncipe da sinagoga, um homem honrado no meio familiar e social. Na sequência dos fatos, Jesus havia saído da região de Gadara, após ter libertado um homem possesso de demônios (8.26-39). Jesus tendo desembarcado, juntou-se a ele uma grande multidão, e veio Jairo, e, prostrando-se aos pés dele lhe implorou que viesse e salvasse da morte a sua filha de 12 anos de idade. O Mestre, vendo a fé de Jairo, atendeu ao seu pedido, ressuscitando a sua filha.

Aos Pés de Jesus, Jairo Expressou: Humildade - Fé - Devoção.

APRENDENDO AOS PÉS DE JESUS.

E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra (Lc.10.38,39).

Atitudes de Maria aos pés de JESUS:

Ouvindo a palavra (Lc.10.39).

Expressando sua fé (Jo.11.32).

Demonstrando adoração (Jo.12.3).

Aos Pés de JESUS é um Lugar de Aprendizado e Crescimento Espiritual.

Jesus disse, que Maria escolheu a boa parte (Lc.10.42). O melhor lugar para se aprender é aos pés de Jesus. Com Jesus nós aprendemos e crescemos em graça e conhecimento. Paulo declarou que, na sua vida de outrora foi fariseu, tendo aprendido aos pés do rabi Gamaliel (At.22.3; 26.4,5). Mas, quando encontrou-se com Jesus, passou a aprender com Ele, e considerou todas as coisas (títulos, privilégios e conhecimentos), como esterco, em troca do conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo (Fp.3.7,8). A fonte real do nosso aprendizado é aos pés do Mestre dos mestres, Jesus Cristo, sem Ele o nosso conhecimento será limitado e superficial. 

Nunca devemos nos afastar dos pés de Jesus Cristo, porque é aos seus pés que nós aprendemos e crescemos em graça e conhecimento. Amém! 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

O TEMPO ... O QUE DIZER SOBRE O TEMPO?

A origem do tempo está na intervenção de Deus ao criar o planeta terra e o ser humano. No plano original, o ser humano foi criado para viver infinitamente. Mas, após a Queda, ele perdeu o direito à imortalidade e passou a experimentar um relacionamento finito com o tempo, onde passado, presente e futuro trazem a dimensão temporal da vida terrena. Assim, o ser humano percebe que sua existência é efêmera, passageira e terminal. Portanto, nós estamos limitados ao tempo.

FRASES SOBRE O TEMPO: 

O tempo nos faz cativos e impõe limite a nossa vida.

O Tempo dará resposta a tudo.

O Tempo é o senhor da razão.

O Tempo passa e não espera por ninguém.

O Tempo que passou não volta.

O Tempo revela o verdadeiro.

O Tempo mostrará quem tem razão.

O Tempo nunca envelhece.

O Tempo voa.

O Tempo sempre está no passado.

O Tempo nos remete ao passado.

O Tempo é como águas correntes de um rio, não volta jamais.

SÃO TRÊS COISAS QUE NÃO VOLTAM:

- A flecha que foi atirada.

- A oportunidade perdida.

- O tempo que passou.

Alguém diz: "Vou dá um tempo ao tempo". Outros dizem: "Tudo só acontece no tempo". O problema é que, muitos não querem esperar pelo tempo. 

Alguém já disse: "Se eu pudesse voltar o tempo, eu faria tudo diferente".

Aproveite o tempo da melhor maneira possível, cresça em graça e conhecimento e faça boas semeaduras, porque no tempo certo você vai colher. 

* O nosso tempo aqui no planeta é muito curto e não sabemos quando ele terminará.

* Escolha viver para DEUS enquanto ainda há tempo, depois não haverá um bis.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

POR QUE "LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ"?

E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos (Ap.5.5).

Esta expressão "Leão da tribo de Judá" aparece uma única vez no texto sagrado (Ap.5.5), faz referência a profecia de Jacó quando pronunciava as bênçãos sobre seus doze filhos, que seriam os cabeças das doze tribos de nação de Israel. Judá foi o quarto filho de Jacó com Léia (Gn.29.32-35). O patriarca percebendo que seus dias estavam se findando, chamou seus doze filhos e pronunciou sobre eles as bênçãos e acontecimentos futuros que lhes aconteceriam (Gn.49.1,2). Sobre Judá, ele disse: "Judá, seus irmãos o louvarão, sua mão estará sobre o pescoço dos seus inimigos; os filhos de seu pai se curvarão diante de você. Judá é um leão novo. Você vem subindo, filho meu, depois de matar a presa. Como um leão, ele se assenta; e deita-se como uma leoa; quem tem coragem de acordá-lo? O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha Siló (aquele a quem pertence o tributo), e a ele as nações obedecerão. Ele amarrará seu jumento a uma videira e o seu jumentinho, ao ramo mais seleto; lavará no vinho as suas roupas, no sangue das uvas, as suas vestimentas. Seus olhos serão mais escuros que o vinho; seus dentes, mais brancos que o leite (Gn.49.8-12). Outra versão: Seus olhos ficarão vermelhos por causa do vinho, seus dentes branqueados pelo leite (49.12). Esta profecia teve o seu real cumprimento em Jesus Cristo.

Jesus Cristo, na sua humanidade é descendente da tribo de Judá, também filho de Davi por descendência, sendo ao mesmo tempo Senhor de Davi, como o próprio Davi falou a seu respeito no livro dos Salmos 110: O SENHOR disse ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés". Jesus Cristo, veio como Cordeiro, manso e humilde; mas retornará como Leão, cheio de força e autoridade para dominar e reinar sobre as nações. Amém!

* Em Gênesis Ele é o Leão profetizado que há de vir (49.9,10). Mas em Apocalipse Ele aparece como Leão vencedor para quebrar os sete selos (5.5).

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

SAMARIA - UM TERRITÓRIO PROIBIDO.

Os fariseus ouviram falar que Jesus estava fazendo e batizando mais discípulos do que João, embora não fosse Jesus quem batizasse, mas os seus discípulos. Quando o Senhor ficou sabendo disso, saiu da Judeia e voltou uma vez mais à Galileia. Era-lhe necessário passar por Samaria (João, 4.1-4). 

Após Jesus ter realizado algumas obras na Judeia, foi outra vez à Galileia. Interessante é quando o texto diz: "E era necessário passar por Samaria". Jesus já havia ido à Galileia sem ter passado pela Região de Samaria. Porém, desta vez, Ele tinha propósito definido em Samaria. Ele não iria passar naquela região simplesmente por passar, ou só para encurtar o percurso da viagem. Jesus fez questão de passar pelo território de Samaria, onde muitos judeus se recusavam usar essa rota para ir da Judeia à Galileia. Eles preferiam tomar um caminho duas vezes mais longo, cruzando pela região da Pereia e, atravessando o rio Jordão para entrar na Galileia. Mas, para Jesus, era necessário passar por Samaria, pois Ele tinha uma grande obra para realizar naquela região. Existem coisas que são urgentes e necessárias e JESUS tem pressa em resolver. Mas, quais foram as razões que levaram a Jesus passar por Samaria?

POR QUATRO RAZÕES ERA NECESSÁRIO JESUS PASSAR POR SAMARIA:

1- PARA QUEBRAR O PRECONCEITO RACIAL.

A mulher samaritana lhe perguntou: "Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos). (v.9).

Era quase meio-dia (a hora sexta, 4.6), e Jesus estava descansando junto ao poço, quando uma moradora da cidade de Sicar, veio buscar água, algo inusitado aquela hora do dia. Jesus, que conhece os corações das pessoas, percebeu a verdadeira necessidade daquela mulher. Ele usou a água física que ela viera apanhar para estabelecer contato e em seguida lhe oferecer a água da vida. Ele pediu: Dá-me de beber (4.7). A mulher se recusou a atender o seu pedido porque ele era judeu, e ela, uma samaritana (4.9).

A hostilidade entre judeus e samaritanos vinha da época em que os assírios levaram a nação de Israel em cativeiro e estabeleceram estrangeiros na região de Samaria (II Reis, 17.23-41). Casamentos entre os residentes estrangeiros e os israelitas contribuíram para os samaritanos se tornarem uma raça mista e serem considerados pelos judeus um povo de segunda classe. Por isso os judeus evitavam terem contato social com os samaritanos, por motivos morais eles se achavam superiores. Muitos fatos aconteceram e mantiveram viva essa inimizade através dos séculos. Por esta razão, no seu diálogo com a samaritana, Jesus quebrou esse preconceito racial, quando de propósito lhe pediu água e em seguida recebeu todos os samaritanos que vieram ao seu encontro, ficando com eles dois dias, sendo bem recepcionado; comendo e conversando com eles (4.39-42).

2- PARA QUEBRAR O PRECONCEITO RELIGIOSO.

Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (v.20-24).

No seu diálogo com Jesus, a samaritana aproveitou a oportunidade para lhe perguntar a respeito de um assunto que era motivo de acirrados debates entre judeus e samaritanos. Deus deveria ser adorado no monte Sião, na Judeia, ou no monte Gerizim, em Samaria (4.20)? Jesus respondeu que os judeus tinha mais conhecimento de Deus que os samaritanos; e que a adoração ao Pai independe de lugar, porque Deus é Espírito, e importa que os verdadeiros adoradores o adorem em espírito e em verdade. Com esse esclarecimento, Jesus estava quebrando um preconceito religioso que existia entre judeus e samaritanos e estabelecendo um culto universal a Deus.

3- PARA SACIAR A SEDE ESPIRITUAL DA MULHER SAMARITANA. 

Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele (v.19,25,26,28-30).

No diálogo, Jesus conduziu o assunto para a vida pessoal da samaritana: Vai, chama teu marido e vem cá (4.16). Jesus sabia tudo sobre o seu passado e também o fato de que ela não tinha marido, mas queria lembra-la disso. Quando ela respondeu: Não tenho marido, Jesus elogio sua honestidade, mas observou que ela não estava dizendo toda a verdade. Disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco maridos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade (4.17,18). Impressionada por Jesus saber sobre o seu passado, e detalhes da sua vida, a samaritana concluiu que Jesus era profeta (4.19).

A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo (4.25,26). A samaritana aos poucos foi entendendo quem era Jesus. No início, viu nele apenas um judeu. Em seguida, chegou a considera-lo um profeta. Finalmente, Jesus se apresentou a ela como o Messias esperado.

Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele (4.28-30). A samaritana tornou-se a primeira ganhadora de almas de Samaria, ela levou muitos samaritanos a Cristo, os quais creram em Jesus e testificaram da sua fé.

4- PARA SALVAR MUITOS SAMARITANOS. 

E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo (v.39-42).

Os habitantes de Sicar atenderam ao convite da mulher: "Vinde e vede" (4.29) e imediatamente correram até Jesus (4.30). O que teria acontecido se Jesus fosse como seus discípulos que achavam inapropriado um rabi conversar com uma mulher em público. Ou se tivesse temido a opinião publica sobre o que as pessoas iriam pensar dele. Mas pelo fato de Jesus ter considerado digna de atenção uma mulher sem boa referência social, ela tornou-se testemunha de Jesus, e toda a cidade de Sicar ouviu a mensagem de Jesus. Que possamos seguir o exemplo do nosso Mestre, que deixou de lado os preconceitos e foi em busca de restaurar vidas e salvá-las para o Reino de Deus. Amém!