domingo, 7 de fevereiro de 2021

O QUE É SER SANTO?

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (I Pe.1.15,16).

Santidade é algo que Deus exige do seu povo. Viver em santidade não é uma opção para o crente, mas uma exigência de Deus para todos os seus servos. Ser santo em toda maneira de viver, se constitui um estilo de vida para aqueles que entregaram sua vida em consagração a serviço do Reino de Deus. Ser santo é viver separado do sistema pecaminoso do mundo, sendo diferente no meio de uma geração corrompida pelo pecado.

Santo quer dizer “separado” consagrado para o serviço de Deus.

Quando alguém é intitulado “santo”, entende-se que essa pessoa é separada dos costumes mundanos, é uma pessoa que vive ou tenta viver em acordo com a vontade de Deus e os ensinos de Jesus, é aquele que por exemplo, evita ambientes depravados, imoralidades, adultério, palavrões, excessos, falso juízo, evita heresias, falsas doutrinas, etc. Em geral, é aquele que vive neste mundo mas não faz parte dele, é aquele que entregou sua vida a Deus e por isso, pela fé, foi separado e considerado Santo, mesmo com seus defeitos e pecados.

ORIGEM DAS PALAVRAS NO GREGO.

SANTO - Agios

SANTIDADE - Agiótita

SANTIFICAÇÃO - Agiasmós

NO HEBRAICO.

SANTO - Kadosh

A palavra “Kadosh” (santo) significa algo que é “outro” (diferente) o oposto daquilo que é comum. A palavra vem carregada de um sentido de santidade e consagração.

A palavra "santo" no hebraico, tem por sentido o ato de "separar", em grego "separar- separado", "diferenciar, diferenciado".

Teríamos os cristãos se tornado fracos em nossa postura a respeito de santidade? Jamais parece ter sido dito muito sobre isso. Quantos sentem como se estivessem vivendo vidas santas? Pergunte-se a alguém sobre o nível de santidade em sua vida e pode-se ficar surpreso pela resposta recebida. Os cristãos negligenciam a santidade? Pode ser que sim, pode ser que não, mas a santidade ainda merece investigação. Afinal, Deus disse, tanto no Velho como no Novo Testamento, "Santos sereis, porque eu, o Senhor, sou santo" (Levítico 19:2; 1 Pedro 1:16). O Velho Testamento é um bom lugar para começar. Comecemos respondendo a um par de perguntas. Primeiro, o que é "santo"? E então, qual é a fonte de santidade?

O QUE É SANTO? 

O termo santo é o oposto de impuro ou profano. Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro (Lv.10.10).

O termo hebraico para santo provavelmente partiu de um conceito primitivo de separação ou remoção do sagrado do meio profano. Deus tomou a palavra e usou-a para descrever muitas coisas e atividades separadas para adoração. O termo para santo é encontrado predominantemente em sentido religioso e usualmente contém um significado fundamental de "separado", ou "fora" do uso comum. O uso do termo santo foi habitualmente restrito pelas regras cerimoniais ou limitado a certo povo (Israel, sacerdotes), lugares (tabernáculo), coisas (altares), ou tempos (sábado). 

Qadash, o termo para santo no Velho Testamento, é usado mais de 600 vezes, de muitos modos. Muitas vezes é usado para nomear alguma coisa a ser separada; o santo lugar, por exemplo (Êxodo 28:43; 29:30), era separado dos lugares comuns para propósitos de adoração. Outras vezes é usado para descrever uma característica. O nome de Deus é literalmente expresso "meu santo nome" (Levítico 20:3; 22:2). Sião é, às vezes, chamado o "santo monte" (Salmo 2:6). Frequentemente, o termo é usado como verbo. "Santificar" uma coisa é "consagrá-la", ou separá-la do comum. Deus "santificou" o altar (Êxodo 29:29), o Templo (1 Reis 8:64), pessoas (Êxodo 19:10, 14) e lugares (Êxodo 19:23). Em poucos casos a santidade é transmissível a outros objetos (Êxodo 29:37; 30:29; Levítico 6:27) mas na maioria dos casos somente a impureza é transmissível e poluente para o que é santo (Ageu 2:12-13). Os objetos santos são muito numerosos para serem nomeados aqui mas, para dar uma ideia, o tabernáculo (ou mais tarde o Templo) e todos os artigos envolvidos na adoração, as pessoas que executavam a adoração, a terra em volta do tabernáculo e a nação inteira de Israel eram considerados santos.

O Velho Testamento usa o termo santo para descrever algo que é separado de coisas comuns, impuras, contaminadas, do vício e da idolatria, e consequentemente se torna um antônimo para tais coisas. Ele descreve todas as pessoas, lugares, coisas e tempos de algum modo associados com Deus e sua adoração. Se um tal artigo de algum modo se tornasse impuro, tinha que ser limpo novamente com sacrifício de sangue. Skinner descreve o significado de santidade dizendo que santidade, "... em resumo, expressa uma relação que consiste negativamente em separação do uso comum, e positivamente em dedicação ao serviço de Jeová".

QUAL É A FONTE DA SANTIDADE? 

Deus disse aos israelitas, "Eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos consagrareis, e sereis santos, porque eu sou santo" (Levítico 11:44). 

SANTIDADE não é um atributo de Deus, mas sua natureza essencial. 

Santidade se refere a Deus e ou aquilo feito santo por ele e portanto nenhuma santidade existe fora dele. "Santo" indica a própria separação de Deus da impureza ou pecado em sua perfeição de ser. Coisas que eram inerentemente limpas poderiam tornar-se santas ao serem dedicadas a Deus e seu serviço, tanto por Deus como por uma cerimônia estabelecida por ele. Somente Deus tem poder e autoridade para tornar santos e purificar coisas contaminadas pela impureza. Portanto, toda santidade vem de Deus.

OS TEMPOS DA SANTIFICAÇÃO.

1. Santificação Posicional ou Passada

A santificação posicional é também conhecida como santificação passada, ou ainda, santificação instantânea. É uma obra do Espírito que nos posiciona como separados para Deus quando aceitamos a Cristo como Salvador. Trata-se de uma mudança moral que ocorre no momento da regeneração (Tt 3.5), de pecador para santificado em Cristo. A iniciativa e a execução dessa santificação são unicamente de Deus (At 26.18; 1 Co 1.2).

2. Santificação Real ou Progressiva

Essa santificação é chamada progressiva porque nela o crente cresce em vitória sobre o pecado e em Cristo. O nosso crescimento espiritual começa com a santificação posicional no momento em que recebemos o Senhor Jesus como salvador e isso continua durante toda a nossa vida em direção à maturidade cristã (Fp 3.12, 13). Diferente da santificação posicional, que é obra exclusiva de Deus, a santificação progressiva “envolve uma parceria com Deus”.

3. A Santificação Futura ou Glorificação

Essa é a santificação perfectiva, quando o Senhor Jesus nos transformar de modo que sejamos semelhantes a Ele na sua vinda (1 Ts 5.23). Essa santificação é chamada também de “glorificação” (Rm 8.29, 30; Fp 3.21). Na ressurreição seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus declarar “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como ele é (1 Jo 3.2). Essa é a nossa esperança.

(Livro de Apoio - Pr. Ezequias Soares)

Na nova aliança, santificação é a semelhança do caráter de Cristo e o efeito real da salvação na vida cristã. Santificar todas as pessoas que se convertem a Cristo é especialidade do Espírito Santo. Essa santificação é instantânea, mas é ao mesmo tempo progressiva, pois esse processo continua na vida do crente. É desejo de todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa como Jesus teve.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

CINCO FERRAMENTAS DE SATANÁS CONTRA OS SERVOS DO SENHOR.

Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e a sua justiça que vem de mim, diz o SENHOR (Is.54.17).

A grande estratégia de Satanás é fabricar armas para tentar aniquilar os servos do SENHOR. Satanás está trabalhando dia e noite como ferreiro da maldade; com o seu martelo e bigorna, ele está forjando armas para tentar destruir o povo de Deus. Satanás fabrica suas armas e Deus escreve nelas: NÃO PROSPERARÁ! Além das armas, Satanás também vem com os ruídos das línguas, trata-se das contendas das línguas. As línguas são instrumentos terríveis que Satanás usa para nos atingir com mentiras, calúnias e falsidades. Contudo, o SENHOR nos garante (se formos fiéis a sua palavra), que todas as ferramentas e línguas que Satanás usar contra nós, não vai funcionar, mas cairão por terra e serão inválidas. 

1- INVEJA.

Falta de capacidade, não faz e não suporta ver o outro fazer.

Sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu-se em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus (Ne.4.1).

2- FALSIDADE.

Aparenta ser amigo, usando artimanhas com uma falsa lealdade.

Sambalate e Gesém enviaram a dizer: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal (Ne.6.2).

3- CALÚNIA.

Uma falsa acusação, uma mentira bem articulada.

Então, Sambalate, da mesma maneira, pela quinta vez, me enviou o seu moço com uma carta aberta na sua mão, e na qual estava escrito: Entre as gentes se ouviu e Gesém diz que tu e os judeus intentais revoltar-vos, pelo que edificais o muro, e que tu te farás rei deles segundo estas palavras; e que puseste profetas para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é o rei de Judá. Ora, o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente. Porém eu enviei a dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas (Ne.6.5-8).

4- TERROR.

Lançar medo, dúvida, insegurança. 

E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te. Porém eu disse: Um homem, como eu, fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei. E conheci que eis que não era Deus quem o enviara; mas essa profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram. Para isso o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse, para que tivessem alguma causa a fim de me infamarem e assim me vituperarem (Ne.6.10-13).

5- DESÂNIMO.

Falta de ânimo, de prontidão, de coragem.

Porque todos eles nos procuravam atemorizar, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, esforça as minhas mãos (Ne.6.9).

Satanás sempre vai usar seus instrumentos para tentar nos parar e nos tirar fora da vontade de Deus. Vigiemos e estejamos atentos como fez Neemias. Foram muitas as investidas de Satanás através de Sambalate, Tobias e Gesém, mas todas as suas ferramentas da maldade não funcionaram, porque Deus estava com Neemias. Amém! 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

EU CONHECI A VERDADE!

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo.8.32).

Vivemos em um mundo de mentiras onde as pessoas estão cheias de dilemas e indagações, e vivem em busca de respostas. As três grandes perguntas são: De onde vim? Por que estou aqui? Para onde vou? As religiões, os grandes filósofos, os grandes eruditos e os renomados pensadores, tem tentado dá estas e outras respostas para a humanidade, que é carente da verdade. Muitos pregam e dizem que a verdade é relativa, e que não existe verdade absoluta. Quando Jesus falou para Pilatos, que todo aquele que é da verdade ouve a sua voz; Pilatos não entendeu que verdade seria esta, e perguntou: Que é a verdade? Tal como Pilatos, existem pessoas que conhecem quase tudo na vida, mas ainda não conhece a verdade e estão a perguntar: Que é a verdade? A verdade absoluta está na pessoa de Jesus Cristo. Ele disse: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim (Jo.14.6). A verdade está em Jesus e quem o encontrar conhecerá a Verdade.

Quando conheci a verdade a mentira não teve mais vez em minha vida.

Quando conheci a verdade passei a andar no verdadeiro caminho.

Quando conheci a verdade passei a ver o mundo de forma diferente.

Quando conheci a verdade deixei de dissimular a mentira,

Quando conheci a verdade fui liberto da mentira.

Quando conheci a verdade a minha vida foi transformada.

Quando conheci a verdade tive o privilégio de conhecer o Deus verdadeiro.

Jesus disse a Pilatos: Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz (Jo.18.37).

Pilatos perguntou a Jesus: Que é a verdade? (Jo.18.38).

Jesus responde: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida... (Jo.14.6).

Tal como Pilatos, existem muitas pessoas que conhecem quase tudo na vida, mas ainda não conhece a verdade e estão a perguntar: Que é a verdade?

Mesmo vivendo e convivendo com um mundo de mentiras, enganos e ilusões; temos a certeza de que a verdade de Deus prevalece, e ela nos conforta, nos fortalece, nos livra e nos salvará. A Verdade é uma pessoa, e esta é Jesus Cristo. Amém!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O CAMINHO DE DEUS É PERFEITO.


O caminho de Deus é perfeito em ciência, pois nele está o pleno conhecimento. 

O caminho de Deus é perfeito em sabedoria, pois nele está escondido todo o tesouro da sabedoria. 

O caminho de Deus é perfeito em misericórdia, pois nele há uma abundante graça. 

O caminho de Deus é perfeito em bondade, pois nele há uma fonte inesgotável de amor. 

O caminho de Deus é perfeito em aprendizado, pois nele nós aprendemos que todos nossos esforços e sacrifícios são vãos fora da sua vontade. 

O caminho de Deus é perfeito para salvação, pois só seremos salvos se andarmos no caminho Perfeito de DEUS. 

Finalmente, o caminho de Deus é Perfeito, Pleno e Perpetuo. Este é o Caminho, andai por ele.

SETE CARACTERÍSTICAS DO CAMINHO DE DEUS:

1- PERFEITO 

O caminho de Deus é perfeito. a palavra do SENHOR é provada; é um escudo para todos os que nele confiam (Sl.18.30).

2- JUSTO.

Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos... (Dt.32.4).

3- SEGURO.

O caminho do SENHOR é fortaleza para os retos... (Pv.10.29).

4- ETERNO.

Vê se há em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno (Sl.139.24).

5- SANTO.

E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará O Caminho Santo; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de Deus... (Is.35.8).

6- ELEVADO.

Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos... (Is.55.9).

7- INCOMPREENSÍVEL.

Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! (Rm.11.33).

sábado, 30 de janeiro de 2021

PERMANECEI EM MIM.

Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim (Jo.15.4).

Permanecer firme seguindo a Jesus em pleno século XXI, se constitui um grande desafio para esta geração de jovens e adultos. A igreja de Jesus está envolvida em uma luta constante contra o sistema do mundo, contra o pecado e contra Satanás. Os seguidores podem até abandonar o Mestre, mas os verdadeiros discípulos permanecem seguindo e servindo ao seu Senhor e Mestre. Permanecer em Jesus é uma questão de fé e obediência a sua palavra. Permanecer em Jesus implica em frutificar continuadamente. 

CINCO BENEFÍCIOS PARA AQUELES QUE PERMANECEM EM JESUS:

1- DAR FRUTOS EM ABUNDANCIA (Jo.15.5).

2- SERÁ ATENDIDO QUANDO PEDIR (Jo.15.7).

3- SERÁ UM VERDADEIRO DISCÍPULO DE JESUS (Jo.8.31,32).

4- SERÁ UM DISCÍPULO FRUTÍFERO (Jo.15.8).

5- SERÁ PROMOVIDO DE SERVO PARA AMIGO (Jo.15.14,15).

DIFERENÇA ENTRE SEGUIDOR E DISCÍPULO.

O seguidor segue por interesse, visando algo em seu benefício, mas na adversidade abandona o Mestre.

O discípulo verdadeiro além de seguir o Mestre, pratica os seus ensinamentos e se possível sacrifica a sua própria vida pela causa do Mestre.

SEIS CLASSES DE PESSOAS QUE SEGUIAM JESUS:

1- Os Curiosos (Jo.6.1,2).

2- Os Convencidos (Jo.6.14).

3- Os Materialistas (Jo.6.26,27).

4- Os Murmuradores (Jo.6.41-43).

5- Os Inconstantes (Jo.6.53,60).

6- Os Comprometidos (Jo.6.66-69).

É possível que muitos permaneçam na igreja, porém, alienados de Cristo. Que possamos permanecer firmes e constantes seguindo e servindo a Jesus. Que o nosso compromisso com o Mestre seja uma prioridade acima de qualquer coisa. Amém! 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A História Muda Depois Da Orelha Decepada.


E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha (Mt.26.51).

E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha (Mc.14.47).

E, vendo os que estavam com Ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? E um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta! E, tocando-lhe a orelha, o curou (Lc.22.49-51).

Simão Pedro, que trazia uma espada, tirou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. (O nome daquele servo era Malco) (Jo.18.10).

O evangelho de João e os evangelhos sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas, registram o mesmo episódio ocorrido na noite da traição no jardim do Getsêmani, próximo ao monte das oliveiras. Após Jesus ter sido traído por Judas, no momento que os soldados vieram para o prender, um dos discípulos de Jesus, pegou a espada e decepou a orelha do servo do sumo sacerdote. Na visão conjunta dos evangelistas Mateus e Marcos, as informações sobre o fato ocorridos são idênticas. Só os evangelistas Lucas e João são mais detalhistas em suas informações. Apenas Lucas e João informam que foi a orelha direita do homem que sofreu o golpe. Só Lucas registra uma pergunta dos discípulos a Jesus: E, vendo os que estavam com Ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? (22.49). Lucas também é o único que informa sobre a cura do homem que teve a orelha decepada: E, tocando-lhe a orelha, o curou (22.51). Todavia, o evangelista João é exclusivo por nos informar o nome do discípulo que fez uso da espada e o nome do servo do sumo sacerdote (Jo.18.10).

Malco era um dos servo do sumo sacerdote Caifás, certamente ele estava junto com os soldados para testemunhar a prisão de Jesus e em seguida informar ao sumo sacerdote. Pedro foi ousado quando se dispôs a lutar em defesa de Jesus e, como resultado, cortou a orelha direita de Malco. Quem sabe se Pedro errou o golpe ou Malco procurou desviar-se do golpe direto da espada e atingiu-lhe a orelha? O fato é que, aquele acontecimento tornou-se um marco na vida de Malco. Ele teve o privilégio de ser curado por Jesus, sendo este o último milagre de Jesus antes da sua crucificação. 

Malco prestava serviço no templo e era aspirante ao sacerdócio, o fato de ter sido a orelha direita atingida pelo golpe da espada, toda sua esperança e expectativa de torna-se um futuro sacerdote, com a perda da orelha direita não havia possibilidade. Conforme a Lei de Moisés, no livro de Levítico 8.24, a orelha direita fazia parte do ritual de consagração de um sacerdote, na falta desta, era uma deformidade que reprovava o candidato ao ofício sacerdotal. Jesus quando beneficiou Malco com a cura da sua orelha direita, também estava lhe trazendo de volta o seu sonho de ser um sacerdote.

A partir deste acontecimento, a vida de Malco nunca mais foi a mesma. A sua história mudou depois que ele teve a sua orelha decepada e recuperada através de um milagre operado por Jesus. Aqui nós aprendemos que, existem perdas que geram resultados positivos e novos recomeços para uma vida que estava em ruínas. A última informação sobre Malco está registrada no evangelho de João 18.26, quando um servo do sumo sacerdote que era parente de Malco perguntou a Pedro: Não te vi eu no horto com ele? E Pedro nega Jesus pela terceira vez (18.27). A história Bíblica não conta o que aconteceu com Malco após este fato ocorrido em sua vida. Todavia, nos é permitido imaginar que Malco teve a sua vida mudada e posteriormente tornou-se um servo do Senhor e um discípulo poderoso de Jesus Cristo. Amém! 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

SINAGOGA - SUA IMPORTÂNCIA.


E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas Sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo (Mt.4.23).

Jesus foi o grande Mestre das Sinagogas judaicas, Ele tinha o costume de pregar e ensinar nas Sinagogas. Muitos dos milagres operados por Jesus aconteceu no recinto da Sinagoga.

A sinagoga era um lugar religioso mais democrático que o templo e servia de base para muitas atividades, quer fossem religiosas ou civis. Basicamente era tido como um lugar de orações e leitura da Torá, em qualquer lugar que os judeus estivessem espalhados pelo mundo (diáspora). A palavra sinagoga em si é usada nos evangelhos um pouco mais de 30 vezes e em todo o novo testamento aproximadamente 57 vezes. Na época de Jesus havia cerca de 400 Sinagogas na Palestina.

SIGNIFICADO DO TERMO SINAGOGA.

A palavra sinagoga vem da língua grega e significa assembleia, já o termo hebraico que corresponde a mesma palavra significa casa de reunião ou oração. Cada idioma e grupo de judeus costuma ter um modo próprio de chamar este local de culto, entretanto todos eles tem um sentido de reunião ou escola, pois a sinagoga é um local de aprendizagem em conjunto.

A SINAGOGA COMO O LUGAR DE ORAÇÃO.

Era o lugar em que o povo devia orar, e também eram prometidas respostas às orações. Aquele que não orava na sinagoga de seu povo era considerado um vizinho ruim. A oração não tinha menos valor que o sacrifício no templo. A oração na sinagoga substituiu os sacrifícios no templo. Se houvesse dez pessoas na sinagoga, a presença divina estava com elas.

ORIGEM DAS SINAGOGAS.

Surgiram durante o exílio babilônico, quando o templo de Jerusalém estava em ruínas. A tradição atribui na fundação ao profeta Ezequiel. Quando o templo foi destruído por Tito, no ano 70, havia entre 394 e 480 sinagogas em Jerusalém. Após o ano 70, a sinagoga na Palestina Romana continuou a funcionar como centro comunitário por excelência.

CONTEXTO HISTÓRICO.

A sinagoga desempenhou um grande papel no crescimento e na persistência do judaísmo. Os judeus da dispersão fundaram sinagogas em cada cidade do império em que havia judeus suficientes para mantê-las, em Jerusalém floresceram sinagogas estrangeiras. A Galiléia, que, nos dias dos macabeus, era largamente gentílica (2 Mac 5:21-23), estava cheia de sinagogas no tempo de Cristo. A sinagoga era um centro social em que os judeus, que habitavam uma cidade, se reuniam semanalmente para se encontrarem. Era a instituição de educação para conservar a lei diante do povo e para instruir as crianças na fé ancestral. Substituía o culto do templo, de que eram impedidos pela distância ou pela pobreza. Na sinagoga, o estudo da lei tomou o lugar do sacrifício, o rabi suplantava o sacerdote e a fé comunal era aplicada à vida individual.

ESTRUTURA E UTENSÍLIOS DA SINAGOGA.

As casas das sinagogas eram geralmente fortes edifícios de pedra, por vezes ricamente mobiladas, se a congregação ou empresa eram ricas. Cada sinagoga tinha uma arca em que o rolo da lei era guardado, um estrado com uma escrivaninha de onde a Escritura do dia era lida, luzes para iluminar o edifício e bancos ou assentos para a congregação. A maior parte do equipamento em uso nas antigas sinagogas aparece ainda nas partes que lhe compete nas modernas sinagogas.

A LITURGIA DO CULTO NAS SINAGOGAS.

O culto da sinagoga consistia na recitação do credo judaico ou Shema, “Ouve, ó Israel; Jeová nosso Deus é o único Deus. Amarás, pois, a teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Dt 6:4,5), acompanhada por frases de louvor a Deus chamadas Bekarot, por começarem com a palavra “Bendito”. A seguir ao Shema, vinha uma oração ritual, concluída com uma oportunidade de oração individual silenciosa da parte dos membros da congregação. A leitura da Escritura, que vinha depois, começava com seções especiais da lei que estavam marcadas para dias Santos; mas, como o tempo, veio o Pentateuco interior a ser dividido em partes que davam um ciclo fixo de cento e cinquenta e quatro lições que deviam ser lidas num período definido de tempo. Os judeus palestinianos liam o Pentateuco em cada três anos, enquanto que os judeus babilônicos completavam a leitura num ano. Liam-se também os profetas, como o mostra a leitura feita por Jesus na sinagoga (Lc 4:16 e seg.) . Nessa ocasião, foi provavelmente o próprio Jesus que escolheu a Leitura. A leitura da Escritura é seguida por um sermão explicativo da passagem lida. O sermão na sinagoga de Nazaré esteve inteiramente dentro do procedimento regular do dia. O culto era encerrado com uma benção pronunciada por algum membro sacerdotal da congregação. Não estando presente nenhum pessoal com qualificações sacerdotais, em vez da benção, havia uma oração.

REUNIÃO DOS CRISTÃOS DO PRIMEIRO SÉCULO NA SINAGOGA.

A influência da natureza e ordem do culto da sinagoga sobre o método usado pelas igrejas do primeiro século é claramente óbvia. O próprio Jesus assistia regularmente ao culto da sinagoga e tomava parte nele. Os seus discípulos também tinham sido acostumados a esse ritual. Paulo, nas suas viagens, em qualquer cidade que entrasse, fazia das sinagogas da Dispersão o seu primeiro ponto de contato, e pregava e disputava com os judeus e prosélitos que se reuniam para o ouvir (At 13:5, 15-43; 14:1; 17:3,10,17; 18:4,8; 19:8). As muitas íntimas semelhanças entre os usos da sinagoga e os da Igreja podem indubitavelmente explicar-se pelo fato de que a última absorveu ou seguiu em certo grau o procedimento da primeira. Realmente, alguns cultos cristãos primitivos puderam ser realizados dentro da sinagoga; a epístola de Tiago implica que as comunidades cristãs às quais era dirigida estavam ainda a ter os cultos dentro delas (Tg 2:1 e 2). Devido à sumária e persistente rejeição do evangelho de Cristo pelo povo judaico é que a igreja e a sinagoga se separaram. Hoje estão inteiramente separadas e estão, por razões profundas, em oposição. No entanto, na proeminência dada às Escrituras e ao uso da homília e sermão, ainda a sinagoga e a igreja mostram íntima relação.

Fonte: Boa parte desta postagem foi extraído e articulado do site Biblioteca Bíblica.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2011/04/judaismo-sinagoga.html