segunda-feira, 11 de outubro de 2021

DEUS ESCOLHE O MENOR PARA SER O MAIOR.

8 Quando Israel viu os filhos de José, perguntou: "Quem são estes? "

9 Respondeu José a seu pai: "São os filhos que Deus me deu aqui". Então Israel disse: "Traga-os aqui para que eu os abençoe".

10 Os olhos de Israel já estavam enfraquecidos por causa da idade avançada, e ele mal podia enxergar. Por isso José levou seus filhos para perto dele, e seu pai os beijou e os abraçou.

11 E Israel disse a José: "Nunca pensei que veria a sua face novamente, e agora Deus me concede ver também os seus filhos! "

12 Em seguida, José os tirou do colo de Israel e curvou-se, rosto em terra.

13 E José tomou os dois, Efraim à sua direita, perto da mão esquerda de Israel, e Manassés à sua esquerda, perto da mão direita de Israel, e os aproximou dele.

14 Israel, porém, estendeu a mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, embora este fosse o mais novo e, cruzando os braços, pôs a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, embora Manassés fosse o filho mais velho.

15 E abençoou a José, dizendo: "Que o Deus, a quem serviram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que tem sido o meu pastor em toda a minha vida até o dia de hoje,

16 o Anjo que me redimiu de todo o mal, abençoe estes meninos. Sejam eles chamados pelo meu nome e pelos nomes de meus pais Abraão e Isaque, e cresçam muito na terra".

17 Quando José viu seu pai colocar a mão direita sobre a cabeça de Efraim, não gostou; por isso pegou a mão do pai, a fim de mudá-la da cabeça de Efraim para a de Manassés,

18 e lhe disse: "Não, meu pai, este aqui é o mais velho; ponha a mão direita sobre a cabeça dele".

19 Mas seu pai recusou-se e respondeu: "Eu sei, meu filho, eu sei. Ele também se tornará um povo, também será grande. Apesar disso, seu irmão mais novo será maior do que ele, e seus descendentes se tornarão muitos povos".

20 Assim, Jacó os abençoou naquele dia, dizendo: "O povo de Israel usará os seus nomes para abençoar uns aos outros: Que Deus faça a você como fez a Efraim e a Manassés! " E colocou Efraim à frente de Manassés (Gn.48.8-20 NVI).

Deus na sua soberania tira o direito de quem tem e dar ao que não tem. Isto aconteceu em várias ocasiões na história no A.T. Deus escolheu o filho mais novo em vez do mais velho. Escolheu Isaque em vez de Ismael (Gn.21.12), Jacó em vez de Esaú (Gn.25.23), José em vez de Rúbem (Gn.49.3,4; I Cr.5.1,2), Efraim em vez de Manassés (Gn.49.14-20), Gideão em vez dos irmãos dele (Jz.6.11-16) e a Davi em vez dos seus irmãos (I Sm.16). Isso evidencia o fato de que ter primazia por direito legal não significa ter primazia com Deus. Deus escolhe as pessoas a base da sinceridade de coração e não por um direito que lhe foi outorgado. O direito da primogenitura pertencia a Manassés, porém o patriarca Jacó inverteu a ordem e deu a Efraim a bênção da primogenitura. Paulo falando sobre as eleições soberanas de Deus em suas escolhas diz: Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece (Rm.9.16). Não precisa forçar a porta, nem trapaças, nem atalhos, nem  puxar o tapete de ninguém, porque a bênção de Deus é para quem Ele escolhe. 

Muitos buscam se destacar e se apresentam para serem vistos, mas Deus está em busca daqueles que estão pelos cantos, no campo cuidando de ovelhas.

domingo, 10 de outubro de 2021

TEMPOS TRABALHOSOS.

Estamos vivendo uma época de grande declínio moral e espiritual sem precedentes na história da humanidade. A humanidade se degenera cada vez mais no pecado, entregando-se aos prazeres ilícitos, vivendo de modo egoísta sem se importar com o seu semelhante. A religião para muitos tornou-se uma pratica hipócrita, onde muitos tentam viver de forma dissimulada e politicamente correto. Nesta época de tempos trabalhosos, muitos preferem dissimular o pecado e nunca confrontá-lo, muitos preferem viver um evangelho de conveniências, um evangelho sem cruz, sem renúncia e sem compromisso com a Palavra de Deus. 

Tempos trabalhosos, tempo de traição, de jogo de interesses, de concravos políticos e religiosos para favorecerem seus interesses e conveniências. 

Tempos trabalhosos, onde a inversão de valores se torna uma pratica comum na sociedade e muitos já aceitam normalmente.

Tempos trabalhosos, onde a desonestidade, a corrupção e a falta de ética é aceita e aplaudida por muitos em detrimento aos seus interesses.

Tempos trabalhosos, onde muitos lideres políticos e religiosos agem de forma arbitraria e impõe ao povo aquilo que eles mesmos não praticam.

Tempos trabalhosos, onde a hipocrisia dita as regras e é louvada por aqueles que se dizem cristãos. 

Tempos trabalhosos, onde a falta de temor a Deus e a falta de respeito pelas coisas sagradas não mais existe por parte de muitos.

Tempos trabalhosos, onde a família vem sendo banalizada por uma sociedade doentia, sem pudor e sem respeito aos princípios éticos e morais estabelecidos na Palavra de Deus.

Tempos trabalhosos, onde muitas igrejas funcionam como empresas, onde há um balcão de negócios a ser oferecido em nome de Deus, barganhando com Deus em troca de prosperidade material.

Tempos trabalhosos, onde há uma guerra velada entre irmãos, onde o dinheiro e o poder financeiro falam mais alto, a ponto de dissimularem e aceitarem o pecado no meio do povo de Deus.

Tempos trabalhosos, onde muitos temem em falar a verdade com medo de serem retalhados, destituídos do cargo e excluídos do grupo.

Tempos trabalhosos, onde as pessoas estão cheias de si e vazias de Deus.

Tempos trabalhosos, onde a falta de amor, a falta de respeito, a violência e a maldade aumentam cada vez mais.

Nestes tempos terríveis e trabalhosos, estes são os tipos de comportamentos e o estilo de vida das pessoas:

- Egoístas.

- Avarentos.

- Presunçosos.

- Arrogantes.

- Blasfemadores.

- Desobedientes aos pais.

- Ingratos.

- ímpios.

- Sem amor pela família.

- Irreconciliáveis.

- Caluniadores.

- Incontinentes (sem domínio próprio).

- Cruéis.

- Inimigos do bem.

- Traidores.

- Precipitados.

- Soberbos.

- Amantes dos prazeres.

- Inimigos de Deus.

- Hipócritas.

Todavia, em meio a toda essa decadência moral e espiritual, há um remanescente, um grupo ou uma classe de pessoas que sobrevive e faz a diferença nestes tempos trabalhosos. Amém! 

sábado, 9 de outubro de 2021

A TUA ORAÇÃO FOI OUVIDA!

Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida... (Lc.1.13).

Não existe melhor notícia do que esta: "A tua oração foi ouvida!" Muitas vezes oramos, clamamos, lamentamos, choramos e em nossa fraqueza, pensamos que Deus não está ouvindo a nossa oração. Quando a noite parece não ter fim, quando estamos atravessando um deserto de lutas, conflitos e aflições, ainda chega um mensageiro do Diabo e diz: Suas orações não estão sendo ouvidas, porque você não anda corretamente na presença do SENHOR. O que fazer? Desistir? Não, jamais! Persevere em oração, porque por estes dias vem um mensageiro da parte de Deus e vai lhe dizer: "Não temas, a tua oração foi ouvida". A resposta vai chegar, e junto com ela a providência e a vitória tão esperada. 

SETE RAZÕES PELAS QUAIS DEUS OUVE AS NOSSAS ORAÇÕES:

1- QUANDO ORAMOS COM FÉ.

E, se alguém de vós tem falta de sabedoria, peça a Deus... Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante a onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte (Tg.1.4,5).

... e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará (Tg.5.15).

2- QUANDO PERSEVERAMOS EM ORAR.

E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o SENHOR... (I Sm.1.12).

E disse Ana: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquele mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR. Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido (I Sm.1.26,27).

3- QUANDO CLAMAMOS EM ORAÇÃO EM ÚLTIMA INSTÂNCIA.

Então, disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Diz aos filhos de Israel que marchem (Ex.14.15).

Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá. E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá vieram para buscarem o SENHOR. E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio novo (II Cr.20.3-5).

4- QUANDO ORAMOS E ESPERAMOS EM DEUS.

Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor (Sl.40.1).

Ainda que Ele me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defenderei diante dele (Jó.13.15).

5- QUANDO ORAMOS SOB A DIREÇÃO DO ESPÍRITO.

Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito... (Ef.6.18).

Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo (Judas, 20).

6- QUANDO ORAMOS HUMILHADOS DIANTE DE DEUS.

Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR. E disse: Ah! SENHOR, lembra-te, peço-te, de que andei diante de ti em verdade e com coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Então, veio a palavra do SENHOR a Isaías, dizendo: Vai, e diz a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos (Is.38.2--5).

Humilhai-vos perante o SENHOR, e ele vos exaltará (Tg.4.10).

7- QUANDO ORAMOS DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS.

Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista (I Jo.3.21,22).

Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo.15.8).

A tua oração foi ouvida! Aproprie-se desta notícia alvíssareira e creia que Deus fará o impossível acontecer. Amém! 

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

AVIVADOS PELO ESPÍRITO.

 

Uma pessoa avivada pelo Espírito não é simplesmente movida pela emoção momentânea, que vem e logo se vai. Na verdade o que caracteriza uma pessoa avivada pelo Espírito é a sua vida diária de comunhão com Deus e sua firmeza na fé em Cristo. Os avivados pelo Espírito não são aqueles frequentadores de cultos que falam em línguas estranhas, que pulam e rodopiam no meio do povo. Esses muitas vezes são levados pela emoção e logo que o calor da emoção se vai ele esfria completamente. Um crente verdadeiramente avivado, não vive apenas de emoções, mas conserva acesa a chama do Espírito em sua vida. Como está escrito: O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará (Lv.6.13). A ação do Espírito é continua sobre a vida do crente. Muito fogo estraga e sem lenha o fogo se apaga. Sejamos avivados de forma ordeira e dosada para não cairmos em contradição espiritual. Infelizmente, já vi muita gente que se dizia crente "avivado" correr muito e depois parar e apagar-se de uma vez.

1- SERVE AO SENHOR COM FERVOR E ALEGRIA.

Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor (Rm.12.11).
Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a ele com canto (Sl.100.2).

2- TEM SEDE E FOME PELA PALAVRA.

E da minha boca não tires nunca de todo a Palavra da verdade, pois me atenho aos teus juízos (Sl.119.43).

Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca (Sl.119.103).

Folgo com a tua Palavra, como aquele que acha um grande despojo (Sl.119.162).

Esdras leu o Livro da Lei desde o amanhecer até ao meio-dia, e os ouvidos de todo o povo estavam atentos a leitura do Livro (Ne.8.1-3).

A falta de fome e sede pela Palavra poderá levar o crente a uma UTI espiritual e até a morte espiritual. 

3- VIVE NA PRATICA DA ORAÇÃO.

Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito... (Ef.6.18).

É praticamente impossível ser um crente avivado sem ter uma vida de oração.

4- CLAMA POR UM AVIVAMENTO.

Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia (Hc.3.2).

Por amor de Sião, me não calarei e, por amor de Jerusalém, me não aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação, como uma tocha acesa (Is.62.1).

O crente avivado pelo Espírito, deseja ver a igreja vivendo o verdadeiro avivamento, e consequentemente toda nação.

5- MANIFESTA O FRUTO DO ESPÍRITO.

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei (Gl.5.22,23).

A manifestação do fruto do Espírito na vida do cristão, é uma das maiores provas de um crente verdadeiramente avivado.

Enquanto o dom é doado pelo Espírito, o fruto é gerado pelo Espírito. Na verdade o crente é reconhecido pelo fruto e não pelos dons. 

Que possamos ser crentes verdadeiramente avivados pelo Espírito, e não movidos por emoções, movimentos e modismos do gospel moderno. Amém! 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Palavras, palavras, palavras...


Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente (Pv.10.19).

O tagarela se desemboca em palavras, mas o sábio retém as suas palavras e fala de forma moderada. Em um mundo onde as pessoas falam o que pensam e acham que sabem demais e são donas da razão, muitos acham contraditório uma pessoa ser moderada em suas palavras e falar menos. Ouvir mais e falar menos, é uma atitude prudente. O sábio Salomão diz: Inclina-te mais a ouvir... (Ec.5.1). Em concordância com Salomão o apóstolo Tiago diz: Sabei isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar (Tg.1.19). Temos dois ouvidos e uma boca, isto significa dizer que, devemos ouvir mais e falar menos. Mas tem pessoas que fala pelos cotovelos, fala tanto, que parece ter duas bocas. 

Palavras torpe, agressivas e mal intencionadas, geralmente são pronunciadas por pessoas de mal caráter, que tem o coração cheio de maldades. O Mestre Jesus Cristo, disse: A boca fala do que está cheio o coração (Mt.12.34; Lc.6.45). 

Palavras matam, palavras promove vida. Palavras destroem, palavras edificam. Sejamos sábios em nossas palavras, que as nossas palavras tenha efeito positivo na vida das pessoas, promovendo vida, consolo e paz. O apóstolo Paulo diz: Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem (Ef.4.29). Fale muito, a Palavra de Deus. Fale muito de Deus e menos de você. 

Há Três Coisas Quem Não Voltam:

- A Flecha que foi atirada.

- A Oportunidade que foi perdida.

- A Palavra que foi falada.

Que possamos pensar e pesar as palavras antes de falar, para não fazermos uma má semeadura e termos uma péssima colheita.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

FEBE ERA DIACONISA?

Recomendo-lhes nossa irmã Febe, serva da igreja em Cencreia. Peço que a recebam no Senhor, de maneira digna dos santos, e lhe prestem a ajuda de que venha a necessitar; pois tem sido de grande auxílio para muita gente, inclusive para mim (Rm.16.1,2). NVI.

Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é diaconisa na igreja de Cencréia. Peço que a recebais no SENHOR, de modo digno como os santos devem ser recebidos e a ajudeis em tudo o que venha a necessitar, porquanto ela tem prestado grande auxílio para muitas pessoas, inclusive para mim (Rm.16.1,2). BKJ.

Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo (Rm.16.1,2). ARC. Edição - 1995.

Provavelmente, foi Febe a portadora desta epístola. Ela era uma servidora (ou que fazia o trabalho de diaconisa) na igreja em Cencréia, próximo a Corinto. A construção linguística do versículo em apreço, no original, indica que ela desempenhava a função de diácono, talvez porque no momento havia falta, ali, de elementos masculinos para o diaconato. Febe ministrava aos pobres, aos enfermos e aos necessitado, além de prestar assitência a missionários tais como Paulo. As saudações de Paulo a nada menos de oito mulheres neste capítulo, indicam que as mulheres prestavam serviços relevantes às igrejas. 

Comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, pg.1726.

Paulo usa a expressão grega diakonon (servo ou ministro), para informar que a irmã Febe realizava seu serviço cristão como ministério oficial aos membros da igreja em Cencréia. Tudo indica que Febe foi destacada para a missão de levar essa carta à igreja em Roma.

Comentário da Bíblia King James Atualizada, pg.2189.

Como bom pastor, Paulo se preocupa com os cristãos na igreja em Roma e até conhece alguns pelo nome. A extensa lista de pessoas a quem deseja saudar torna a carta bastante pessoal e amigável.

O apóstolo recomenda a irmã Febe, para que a recebam no Senhor como convém aos santos. Ela servia à igreja de Concréia, região não muito distante de Corinto (At.18.18), além de ter ajudado muitos cristãos na igreja local e prestado assistência missionária a Paulo. Essas credenciais de Febe provavelmente indicam uma pessoa influente e que ocupava algum cargo importante na igreja, possivelmente como diaconisa. Febe estava de viagem marcada para Roma, de modo que Paulo pode ter solicitado que ela entregasse sua carta à igreja. Esse versículo sustenta a ideia de que a carta aos romanos foi escrita em Corinto. 

É importante observar que as mulheres faziam parte da liderança da igreja na época de Paulo. Nesse capítulo, Paulo menciona várias delas: Febe (16.1,2). Priscila (16.3). Maria (16.6). Júnia (16.7). Trifena e Trifosa (16.12). Pérside (16.12). A mãe de Rufo (16.13) e Júlia (16.15). A maioria dessas mulheres estava envolvida em importantes ministérios da igreja, e, longe de censurá-las por isso, muito pelo contrario, Paulo elogia seu trabalho.

Comentário Bíblico Africano pg.1410.

Concluímos que, de acordo com a etimologia da palavra diakonon no grego, a qual Paulo usa para se referir a irmã Febe, e as suas qualidades e serviços prestados, Febe foi uma excelente diaconisa na igreja do Senhor. Amém! 

domingo, 3 de outubro de 2021

JÚNIAS ERA APÓSTOLA?

Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes que estiveram na prisão comigo. São notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de mim (Rm.16.7). NVI.

Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de padecimento na prisão, os quais são dignos de louvor entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes mesmo de mim (Rm.16.7). BKJ.

Saudai Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo (Rm.16.7). ARC.

Andrônico e Júnias eram judeus, amigos de Paulo, com quem estiveram presos em Éfeso, por causa da pregação do evangelho de Cristo (II Co.11.23). O nome "Júnias", cuja acentuação no original grego indica nome próprio feminino, tem gerado algumas dificuldades para aceitá-la como parte do grupo apostólico. Paulo, que a exemplo de Jesus, também emancipou as mulheres para o serviço cristão, ele afirma que Andrônico e sua esposa eram crentes exemplares e gozavam de grande admiração por parte dos apóstolos. Estiveram entre os quinhentos irmãos que viram o Senhor ressuscitado (I Co.15.6). Portanto, exerciam o "ministério apostólico" como missionários itinerantes, ainda que não fizessem parte oficial do seleto grupo dos doze.

Comentário da Bíblia King James Atualizada, página 2160, parágrafo 4.

Paulo indica que Andrônico e Júnias eram seus parentes e companheiros de prisão por causa do evangelho. Além disso, menciona que os dois eram apóstolos e se converteram a Cristo antes dele. O termo apóstolo aqui, não significa que Andrônico e Júnias estavam entre os doze, mas que trabalhavam como mensageiros (como fizeram outros, cf. II Co.8.23; Fp.2.25) ou haviam sido ordenados como missionários.

Comentário Bíblico Africano, página 1410.

O PROBLEMA DA TEORIA DA CONTRAÇÃO.

A teoria mais comum sobre o gênero de Ἰουνιαν é que o mesmo trata-se de uma contração de um nome latino Iunianus, e portanto descreve um nome masculino. Essa opinião, frequentemente mencionada em materiais evangélicos contemporâneos, já era apresentado nos antigos léxicos e gramáticas. Aliás, em 1844 Henry Alford já fazia menção desse fato no seu Greek New Testament.34 Entretanto, é bem provável que tal teoria esteja errada. De modo geral, Peter Lampe afirma: “As modernas gramáticas suportam a leitura masculino ao teorizar que ‘Júnias’ era a contração de ‘Junianus’, mas sem serem capazes de citar qualquer evidência para essa teoria.” 

O primeiro problema da teoria da contração é que o suposto nome masculino Ἰουνιᾶς/Iunias não é encontrado em nenhum documento Grego ou Latino sobrevivente do período do NT.36 Se a forma contraída, seja latina ou grega, não foi encontrada em lugar algum, como se pode saber que era uma contração? O segundo problema, é que não se pode confirmar se Iunianus foi realmente contraído para Iunias ou se é que foi contraído, pois a forma contraída não foi até então encontrada.37 É evidente que a ausência de evidência não implica em evidência de ausência. Por outro lado, o fato de que o nome feminino Ἰουνίας é encontrado pelo menos duas vezes fora da literatura cristã,38 parece sugerir que a existência de evidência de um nome feminino favorece a identificação de Ἰουνιαν como um nome feminino. Ao menos, deve-se concluir que a evidência disponível aponta para um nome feminino. Aliás, se o nome Ἰουνίας for na verdade a transliteração grega do latim Iunia, temos que considerar a referência de Paulo como necessariamente feminina. Evidencia para essa afirmação parece não faltar, pois o nome feminino latino (Iunia) foi encontrado em mais de 250 referências somente em Roma, enquanto o nome masculino (Iunias) não é encontrado em lugar nenhum.39 Também vale a pena notar que a mudança de opinião entre BADG (2ed.) BDAG (3ed) sugere que os recentes avanços no estudo do assunto apontam para uma definição mais clara de que Paulo realmente se refere a um mulher em Rm.16.7. Diante disso devemos considerar que é muito mais provável que a referência paulina teria sido feita a uma mulher e não a um homem.

Fonte: https://teologiabrasileira.com.br/era-junia-uma-apostola/

CONCLUSÃO:

Sobre a questão do apostolado do casal Andrônico e Júnias, concluímos que, na verdade eles se distinguiram entre os apóstolos, pelo fato de exercerem um ministério similar aos doze, ainda que não fizessem parte do grupo seleto dos doze. E Júnias, foi o que podemos chamar de "apóstola"? Foi, neste contexto que foi esclarecido e considerado. Por outro lado, o que Paulo não faz é reconhecer o apostolado feminino, como sugerem alguns teólogos e exegetas.