PREGANDO A VERDADE

terça-feira, 29 de julho de 2025

SANSÃO, O NAZIREU QUE PERDEU A PRESENÇA DO SENHOR.


Então, Dalila o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força.

E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! E despertou do seu sono e disse: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei. Mas ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele.

Então, os filisteus pegaram nele, e lhe arrancaram os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e andava ele moendo no cárcere (Jz.16.19-21).

O capítulo 16 do livro de Juízes é um dos capítulos mais triste da Bíblia. Este capítulo narra o epílogo da história de Sansão. Sansão, cujo nome significa "pequeno sol", foi escolhido por Deus como juiz, para julgar a nação de Israel e libertar o seu povo da opressão dos filisteus, mas ele falhou na sua missão. Sansão tinha a Presença de Deus, Sansão tinha a unção do Espírito, Sansão tinha um candelabro sobre a sua cabeça representado pelas sete tranças feitas no cabelo, que derramava azeite sobre ele constantemente. Entretanto, Sansão não valorizou a sua chamada, não respeitou nem obedeceu a lei do nazireado, pelo fato de ele ser nazireu de Deus desde o ventre de sua mãe (Jz.13.2-5). Deus queria que Sansão fosse nazireu, e que seguindo seus elevados padrões, ele fosse um notável exemplo de vida e testemunho para o seu povo. 

A grande força de Sansão não provinha dele mesmo, mas do Espírito do SENHOR que se apossava dele (14.19; 15.14). Sansão julgou a Israel, vinte anos (15.20). Durante os vinte anos em que Sansão foi juiz de Israel, nunca conseguiu libertar seu povo da opressão dos filisteus. Sua história consiste apenas de proezas esporádicas contra a nação pagã dos filisteus. Deus muito teria realizado através de Sansão, se ele tivesse sido fiel à sua chamada, e totalmente dedicado aos propósitos de Deus para a sua vida como libertador do povo de Deus.

Sansão seria um admirável homem de Deus, se ele tivesse honrado o chamado de Deus em sua vida; porém, Sansão foi infeliz quando flertou com o pecado. O problema da concupiscência insaciável de Sansão, levou-o finalmente à queda. Ele preocupava-se mais em satisfazer sua paixão sensual do que em agradar ao seu Deus. Sansão brincou com a tentação e cedeu ao pecado quando atendeu aos caprichos de Dalila. Por descumprir repetidamente as ordens de Deus, ele caiu da graça, perdendo a Presença de Deus. 

Quando Sansão descobriu o segredo de Deus, após várias tentativas de Dalila, retirou-se dele a sua força. Dalila fez Sansão dormir e chamou um homem, e este rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça. Em seguida, ela grita: Sansão os filisteus vêm sobre ti! Ele despertou do sono e disse: "Sairei e me livrarei deles como das outras vezes." Entretanto, ele não tinha notado que o SENHOR já se havia retirado dele. Daqui por diante, a vida de Sansão foi uma tragédia, até o dia da sua morte.

Sansão serve de exemplo para os crentes que acham que Deus estará sempre com eles, mesmo que continuem em suas práticas pecaminosas e imorais. Muitos desses até são pregadores, ensinadores, cantores e até pastores, mas estão vivendo de aparências, sendo respeitados por causa dos títulos que têm; entretanto, infelizmente já perderam a Presença do SENHOR a muito tempo. Mas ainda há tempo para o arrependimento e de clamar como clamou Davi: Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo (Sl.51.11). Amém! 

sábado, 26 de julho de 2025

A PECADORA QUE SURPREENDEU JESUS.

 

E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.

E eis que uma mulher na cidade, que era uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento;

E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar seus pés com lágrimas, e os enxugava com os cabelos da sua cabeça; e beijava seus pés, e os ungia com o unguento.

Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe toca, pois é uma pecadora.

E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.

Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinquenta. 

E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?

E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.

E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para meus pés; mas esta regou meus pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça.

Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.

Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu meus pés com unguento.

Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.

E disse a ela: Os teus pecados te são perdoados. 

E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?

E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz (Lucas, 7.36-50).

Esta é a primeira das parábolas de Lucas. Os fatos narrados se passaram na casa de Simão, o fariseu. A narrativa desta história não deve ser confundida com a outra cena semelhante que está registrada nos outros três evangelhos (Mt.26.6-13; Mc.14.3-9; Jo.12.1-8). A repetição do nome Simão nas outras narrativas, nada significa, pois era um dos nomes mais comuns entre os judeus. O incidente que Lucas menciona ocorreu em Naim; enquanto o outro aconteceu em Betânia. 

A atitude desta mulher e a resposta de Jesus a ela, é uma manifestação da graça de Deus, favorecendo a uma mulher pecadora. A atitude desta mulher causou reações nos que estavam na casa, sentados a mesa. Primeiro, Simão, o anfitrião se escandalizou dizendo: "Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora" (39). Após Jesus reprovar os pensamentos e reação de Simão e aprovar a atitude da mulher, Ele diz para a mulher: "Os teus pecados te são perdoados" (48). A o ouvirem isso, os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa  pecados? (49). Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz (50).

ATITUDES DA MULHER DIANTE DE JESUS:

1- Entrou na casa de Simão sem ser convidada.

2- Foi por detrás de Jesus, se sentindo indigna por ser uma pecadora.

3- Chorava bastante banhando os pés de Jesus com lágrimas.

4- Enxugava os pés de Jesus com os cabelos da sua cabeça.

5- Beijava-lhe os pés, reconhecendo-o como Rei.

6- Ungia os pés de Jesus com unguento, que levou no vaso de alabrastro.

7- Humilhou-se aos pés de Jesus e o adorou reconhecendo-o como Rei e Senhor.

ATITUDES DE SIMÃO, O FARISEU, DIANTE DE JESUS E DA MULHER.

1- Não deu a divida honra a Jesus como convidado especial.

2- Censurou Jesus por aceitar ser tocado por uma mulher pecadora.

3- Demonstrou uma religiosidade hipócrita e cheia de protocolos.

4- Não soube dá valor a atitude de uma mulher pecadora, porém arrependida.

5- Não entendeu que a graça de Deus é capaz de perdoar todas as dívidas do mais vil pecador.

Simão ficou bastante chocado com o que a mulher fizera diante dos seus convidados, e também com a atitude de Jesus para com ela. Ele tinha convidado Jesus para um banquete em sua casa; porém, a sua intenção era testar Jesus nos seus conhecimentos e interrogá-lo acerca da Lei. 

JESUS CENSUROU SIMÃO POR SUA NEGLIGÊNCIA COMO ANFITRIÃO.

Ao censurá-lo, Jesus lembrou-lhe sua negligência com relação aos princípios mais corriqueiros da hospitalidade judaica. Jesus disse a Simão: Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés. Não me deste ósculo. Não me ungiste a cabeça com óleo.

Jesus havia entrado na casa de Simão por ter sido convidado; no entanto, Simão não lhe providenciou a água para lavar os pés, como era costume que existia desde os dias de Abraão: "Traga-se agora um pouco de água, e lavai os pés" (Gn.18.4).

Simão não lhe ofereceu óleo para ungir a cabeça, nem beijou Jesus como gesto de saudação, amizade e paz. Esse beijo era um sinal de reverência e sujeição. Todas essas coisas faziam parte do procedimento normal de cortezia de um lar oriental; mas faltava essa cortezia de Simão para com Jesus. Não houve qualquer cordialidade no convite que havia feito a Jesus. Simplesmente lhe tinha pedido para que entrasse e se sentasse, a fim de participar de uma refeição. 

JESUS ELOGIOU A MULHER QUE LHE SURPREENDEU COM SUA ATITUDE.

Lucas com bastante tato, usa a expressão "certa mulher... uma pecadora". Embora fosse uma pessoa de quem muitos se envergonhassem, mas ela ousou em entrar na casa de Simão, porque sabia que ali estava alguém (Jesus) que ela podia confiar e receber dEle algo que ela necessitava.

Na época, se alguém entrasse numa casa sem ser convidado, seria enterrogado e expulso. A mulher pecadora correu o risco de ter sido expulsa daquele banquete. Ela soube que Jesus estava lá, e então veio arrependida e irrompeu por entre os convidados; e, sem falar uma só palavra, com um sentimento de contrição, gratidão e reverência, colocou-se por trás de Jesus, estando ele assentado a mesa. Ela não viera para participar daquele banquete na intenção de saciar a sua fome, mas ela tinha uma fome mais profunda na alma. Ao entrar, logo se lançou aos pés de Jesus e começou a chorar, as suas lágrimas eram de arrependimento, alegria, amor e gratidão. 

Tudo que Simão negou a Jesus como anfitrião, a mulher pecadora ofertou a Jesus. Sobre ela Jesus disse: E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento. Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama (44-47).

Jesus conclui o seu elogio a mulher e lhe favorece dizendo: "Os teus pecados te são perdoados. A tua fé te salvou; vai-te em paz (48,50).

Enquanto o fariseu viu a mulher por fora e a julgou; Jesus a viu por dentro e aprovou a sua atitude sincera diante dEle. 

A religião muitas vezes julga as pessoas pela aparência, mas a graça despreza a aparência e olha para dentro da alma aflita e arrependida. 

Aqui eu aprendo que, é melhor ser um pecador arrependido que necessita do perdão de Deus, do que ser um religioso que se justifica a si mesmo e vive na hipocrisia. 

As lições que aprendemos é que todos nós somos devedores e estamos falidos aos olhos do nosso Credor celestial. Está escrito: "Todos pecaram" (Rm.3.23). Ninguém tem como pagar pelos débitos de seus delitos e pecados diante de Deus. Jesus Cristo, mediante a sua morte na cruz, tornou-se o pagador das nossas dívidas, Ele pagou a nossa dívida, zerou o nosso débito e nos declarou livres e perdoados. Se somos perdoados, então sentiremos amor e devoção por aquele que nos perdoou. Uma vez libertos do grande peso do débito de nossos pecados, a nossa gratidão deve se manifestar através da obediência, serviço e adoração a Ele, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Amém! 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

OS PÃES DA PROPOSIÇÃO.


Faça uma mesa de madeira de acásia com noventa centímetros de comprimentos, querenta e cinco centímetros de largura e setenta centímetros de altura. Revista-a de ouro puro e faça uma moldura de ouro ao seu redor. 

Faça também ao seu redor uma borda com a largura de quatro dedos e uma moldura de ouro para essa borda. 

Faça quatro argolas de ouro para a mesa e prenda-as nos quatro cantos dela, onde estão os seus quatro pés. As argolas devem ser presas próximas da borda para sustentarem as varas usadas para carregar a mesa. 

Faça as varas de madeira de acásia, revestindo-as de ouro; com elas se carregará a mesa. 

Faça de ouro puro os seus pratos e o recipiente para incenso, as suas tigelas e as bacias nas quais se derramam as ofertas de bebidas. 

Coloque sobre a mesa os pães da Presença, para que estejam sempre diante de mim (Êxodo, 25.23-30).

Apanhe da melhor farinha e asse doze pães, usando dois jarros para cada pão. 

Coloque-os em duas fileiras, com seis pães em cada uma, sobre a mesa de ouro puro perante o SENHOR. 

Junto a cada fileira coloque um pouco de incenso puro como porção memorial para representar o pão e ser uma oferta ao SENHOR preparada no fogo (Lv.24.5-7).

Esses pães eram colocados regularmente perante o SENHOR, cada sábado, em nome dos israelitas, como aliança perpétua. Os doze pães simbolizavam as doze tribos de Israel, demonstrando que o SENHOR é Deus provedor do pão de cada dia do seu povo.

Pertencem a Arão e a seus descendentes, que os comerão num lugar sagrado, porque é parte santíssima de sua porção regular das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo. É decreto perpétuo (Levítico, 24.5-9).

Em hebraico, o Pão da Proposição é chamado de "Lechem Hapanim", que se traduz literalmente como “pão da face” ou "pão da presença". Segundo um dos maiores Sábios do Talmud, o Rabi Yonatan ben Uziel: Os Pães da Proposição são assim chamados porque se encontravam dentro do Sagrado - o Santuário - tanto o do Tabernáculo, construído no deserto sob a liderança de Moisés, quanto o do primeiro e do segundo Templos de Jerusalém.

Os Pães da Proposição em número de doze, eram postos em duas fileiras, seis de cada lado, essa designação "Proposição" se refere ao fato de que esses pães eram postos perante a face ou presença de Deus (Êxodo 25.30).

Os pães eram assados ​​na sexta-feira, no dia seguinte, no sábado, os pães eram colocados na mesa de ouro, onde permaneciam por uma semana inteira, de um sábado ao outro.

No sábado da semana seguinte, à tarde, os doze pães eram removidos da Mesa, sendo simultaneamente substituídos por um novo lote de pães, este era um ritual realizado semanalmente.

Os pães removidos eram então distribuídos entre os sacerdotes que estavam servindo no Tabernáculo naquele sábado, que os comiam no lugar santo. 

Em uma situação de necessidade, Davi comeu os pães da proposição juntamente com seus homens (1 Samuel 21.1-6). Essa violação da lei cerimonial mais tarde foi usada por Jesus como um argumento contra os fariseus (Mateus 12:4; Marcos 2:26; Lucas 6:4).

Esses pães tinham formato e espessura únicos e deveriam permanecer inteiros e intactos durante e após o assamento. Os pães eram grandes, pesando cada um deles quase cinco quilos.

Os Pães da Proposição eram ázimos, ou seja, sem fermento, simbolizando a pureza de Cristo, o Pão vivo que desceu do céu. O pão também nos fala da provisão cotidiana de Deus, para nos transmitir que devemos sempre nos lembrar de que nossa riqueza e prosperidade advém do SENHOR e, assim, prevenir que caiamos na armadilha de acreditar que somos os únicos responsáveis ​​por nossas realizações pessoais. 

Finalmente, Jesus Cristo é o Pão da Vida (Jo.6.35), que nos conduz a Presença de Deus, a vida eterna. Amém! 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

CINCO CARACTERÍSTICAS DA IGREJA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO.


Uma igreja local cheia do Espírito Santo, não é identificada pelos grandes números de eventos que realiza, nem pelos gritos de glória e aleluia, nem pelos barulhos de "línguas estranhas", e sim pela perseverança dos crentes na fé, pela sede constante pela Palavra de Deus, pelo desejo ardente dos crentes pela oração, e pelas manifestações dos dons e do fruto do Espírito Santo. 

A igreja de Jerusalém, cheia do Espírito Santo, enfrentava desafios com perseverança, oração e ousadia. Diante da perseguição, os primeiros cristãos não recuaram, mas buscaram ainda mais a presença de Deus, fortalecendo-se na comunhão e na oração. O Espírito Santo capacitou a igreja a suportar aflições, permanecer firme na fé e proclamar o Evangelho com coragem. Assim, aprendemos que uma igreja cheia do Espírito Santo não se intimida diante das dificuldades, mas avança em sua missão com poder e autoridade. 

1) UMA IGREJA DE ORAÇÃO.

Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas... (At.1.14).

A igreja em Jerusalém vivia na pratica da oração. A oração é o combustível necessário para o Espírito Santo agir por intermédio da igreja e realizar grandes obras para glória do nome de Jesus e crescimento do Reino de Deus. 

Observamos na oração do capítulo 4.24-30 de Atos que os crentes oram para que Deus seja glorificado por meio de curas e milagres. Eles oram com um propósito. Não foi uma oração vaga, sem fé e sem foco. O objetivo principal da oração, foi para que o Senhor os livrasse das ameaças dos líderes religiosos, e concedesse aos seus servos ousadia para falarem a Palavra de Deus. 

Sem oração, não há poder, sem oração não ousadia para proclamar o Evangelho, sem oração a igreja fica vazia, desprovida da graça e sem poder do Espírito.

2) UMA IGREJA UNIDA.

Uma igreja cheia do Espírito Santo é unida.

"E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus"... (At.4.24). 

A concordância de Strong explica que a palavra "unânimes" vem do termo grego "homothymadon", que significa um grupo de pessoas agindo com o mesmo propósito e em total harmonia. Isso mostra que havia unidade e concordância na oração e nas ações entre os crentes. 

Uma igreja cheia do Espírito Santo, além de unida, sabe respeita as diferenças e entende que unidade não significa que todos são iguais. No meio da igreja, há crentes mais experientes e outros que ainda estão aprendendo; há aqueles que são maduros na fé e há os que ainda estão amadurecendo. Mas isso não impede que a igreja se una e busque servir a Deus com o mesmo propósito.

A igreja cheia do Espírito Santo, vive em união na comunhão fraternal entre irmãos. A igreja cheia do Espírito, não vive em competição entre irmãos, mas procura se unir e vencer juntos.

O Espírito Santo atua na igreja unida para convencer e converter os corações para Deus.

3) UMA IGREJA SINGELA.

E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração (At.2.46).

Havia comunhão entre os irmãos, no grego "Koinonia". Eles partiam o pão da comunhão do Senhor, e havia alegria por estarem juntos e todos se julgavam iguais diante de Deus. 

A singeleza de coração era e continua sendo, a marca da uma igreja cheia do Espírito Santo.

Algumas palavras sinônimas para SINGELEZA.

SIMPLES.

Refere-se a algo sem adornos ou complicações, algo direto e descomplicado. 

NATURAL.

Alguém que agi naturalmente, Indica ausência de artificialidade, algo espontâneo e genuíno. 

DESCOMPLICADA.

Sugere algo que não é complexo ou difícil de entender. 

MODESTA.

Simples, pequeno, sem mania de grandeza, falta de ostentação ou vaidade, que tem uma atitude humilde. 

INGÊNUA.

Transmite a ideia de pureza e falta de malícia, alguém simples, sem maldade.

DESPRETENCIOSA.

Indica algo que não busca chamar atenção, é modesta e sem grandes ambições. 

4) UMA IGREJA PERSEVERANTE.

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (At.2.42).

A igreja cheia do Espírito Santo está alicerçada e persevera nos quatro pilares da igreja: 1) Doutrina. 2) Comunhão. 3) Partir do pão. 4) Orações. É impossível uma igreja ser cheia do Espírito sem a pratica da perseverança nos quatro pilares da igreja. 

A igreja que persevera suporta os sofrimentos.

A igreja que persevera está convicta da sua fé.

A igreja que persevera não negocia seus valores.

5) UMA IGREJA OUSADA NA PREGAÇÃO DA PALAVRA. 

E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31).

Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja que tem a ousadia do Espírito para proclamar a verdade de Deus. O poder interior na vida do crente que vem do Espírito, lhe dá coragem e ousadia para falar a Palavra de Deus aos que precisam de salvação, libertação e cura.

A igreja cheia do Espírito Santo é ousada:

1) Para enfrentar os opositores do Evangelho.

2) Para exercer os dons espirituais.

3) Para expor a Palavra de Deus com poder.

A primeira igreja não foi perfeita, como o livro de Atos deixa bem claro. Contudo, suas limitações eram superadas por um viver diário sob a dependência e capacitação do Espírito Santo.

Se queremos, de fato, ser uma igreja cheia do Espírito Santo, devemos nos esvaziar de tudo que desagrada a Deus e nos deixar encher do Espírito Santo. Amém! 

segunda-feira, 21 de julho de 2025

20 CURIOSIDADES NO EVANGELHO DE LUCAS.


O Evangelho de Lucas é o primeiro dos dois livros endereçados a um certo Teófilo (Lc.1.3; At.1.1). Embora o autor não se identifique pelo nome em nenhum dos dois livros, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e as evidências escriturísticas indicam a autoria de Lucas nos dois livros.

Pelas epístolas de Paulo sabemos que Lucas era um "médico amado" (Cl.4.14) e um leal cooperador do apóstolo (II Tm.4.11; Fm.24). Pelos escritos de Lucas, percebemos que ele era um escritor culto e hábil, um historiador e teólogo inspirado. 

O Evangelho de Jesus foi escrito com propósitos diferentes, mas com o mesmo objetivo. Mateus escreveu para os judeus, Marcos escreveu para os romanos, Lucas escreveu aos gentios para proporcionar-lhes um registro completo e exato de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, até o dia em que foi recebido em cima (At.1.1,2). 

O mundo gentio de língua grega dispunha de relatos orais de Jesus, dados por testemunhas oculares, bem como breves tratados escritos, mas nenhum Evangelho completo com os fatos na devida ordem, como Lucas assim escreveu (1.1-4). Lucas se propôs a investigar tudo cuidadosamente, e, provavelmente, fez pesquisa na Palestina enquanto Paulo esteve na prisão em Cesaréia (At.21.17; 23.23; 26.32) e terminou o seu Evangelho perto do fim daquele período, ou pouco depois de chegar a Roma com Paulo (At.28.16), entre os anos de 60 a 63 d.C.

No Evangelho segundo escreveu o evangelista Lucas, vamos identificar algumas particularidades curiosas, unicamente registradas no Evangelho de Lucas.

1) O Evangelho de Lucas é o único escrito por um gentio, não judeu (o próprio Lucas).

2) O Evangelho de Lucas é o mais detalhado e minuncioso dos quatro Evangelhos (1.1-4).

3) O Evangelho de Lucas é o único endereçado diretamente a uma pessoa, a qual ele chama de excelente Teófilo (1.3).

4) O Evangelho de Lucas apresenta o maior número de parábolas (35 parábolas), demonstrando ser este o assunto exclusivo de Lucas, mesmo tendo registro de 21 milagres operados por Jesus.

5) No Evangelho de Lucas a expressão "Filho do Homem" aparece 26 vezes: Lc 5.24; Lc 6.5; Lc 6.22; Lc 7.34; Lc 9.22; Lc 9.26; Lc 9.44; Lc 9.56; Lc 9.58; Lc 11.30; Lc 12.8 Lc 12.10; Lc 12.40; Lc 17.22; Lc 17.24; Lc 17.26; Lc 17.30; Lc 18.8; Lc 18.31; Lc 19.10; Lc 21.27; Lc 21.36; Lc 22.22; Lc 22.48; Lc 22.69; Lc 24.7. 

6) O Evangelho de Lucas é o único que fala sobre a infância de Jesus (2.41-52).

7) O Evangelho de Lucas é o único que informa sobre o nascimento de João Batista (1.5-25,57-66).

8) O Evangelho de Lucas é o único a dizer que Jesus tinha 30 anos quando iniciou seu ministério (3.23).

9) O Evangelho de Lucas começa em seu relato citando o rei Herodes, e termina citando os discípulos louvando e adorando o Senhor Jesus no templo (1.5; 24.52,53).

10) O Evangelho de Lucas apresenta a natureza humana de Jesus e descreve a sua genealogia a partir de José e termina em Adão (3.23-38).

11) O Evangelho de Lucas é o único que faz referência a sete pessoas cheias do Espírito Santo: (1) João Batista (1.15). (2) Maria (1.35) (3) Isabel (1.41). (4) Zacarias (1.67). (5) Simeão (2.25) (6) Ana, a profetiza (2.36,37). (7) Jesus (4.1).

12) O Evangelho de Lucas registra o maior número de curas e milagres operados por Jesus, no total de 21. 

13) Dos sete milagres de curas realizados no sábado por Jesus, o Evangelho de Lucas registra cinco: (1) Libertação de um endemoninhado (4.31-37). (2) Cura da sogra de Pedro (4.38,39). (3) Cura do homem da mão mirrada (6.6-10). (4) Cura da mulher encurvada (13.10-17). (5) Cura de um homem hidrópico (14.1-7).

14) O Evangelho de Lucas é exclusivo por ele salientar a solicitude de Jesus para com os necessecitados, inclusive mulheres, crianças, os pobres e os socialmente marginalizados.

15) O versículo determinante do Evangelho de Lucas é 9.51, e o versículo-chave é 19.10.

16) O notável título de Jesus neste Evangelho, a saber: "Filho do Homem", aparece 26 vezes.

17) Só o Evangelho de Lucas registra o episódio dos samaritanos não receberem Jesus e lhe negarem pousada (9.51-56).

18) Só o Evangelho de Lucas dá maior ênfase e importância ao Espírito Santo (1.15; 1.35; 1.41; 1.67; 2.25; 4.1,14,18; 10.21; 12.12; 24.49).

19) O Evangelho de Lucas é o único que registra a fala de Jesus ordenando seus discípulos ficarem na cidade de Jerusalém até que fossem revestidos de poder (24.49).

20) O Evangelho de Lucas é o único que registra o momento da ascensão do Senhor (24.50,51).

Finalmente, Lucas agiu como repórter investigador, entrevistando e conversando com as pessoas de todas as classes sociais, buscando informações detalhadas e minunciosas acerca dos atos de Jesus Cristo.

Lucas, o grego.

Lucas, o escritor.

Lucas, o historiador.

Lucas, o teólogo.

Lucas, o médico.

Lucas, o companheiro de Paulo.

Lucas, o missionário.

Lucas, o cristão.

sexta-feira, 18 de julho de 2025

SETE CURAS REALIZADAS POR JESUS NO SÁBADO.


Durante os séculos, os líderes religiosos judeus acrescentaram várias regras à lei de Deus. Por exemplo, a lei de Deus diz que o sábado é um dia de descanso (Ex.20.10,11). Mas os líderes religiosos fizeram acréscimos à lei, criando uma regra que afirmava que não se devia curar no sábado, porque isso seria considerado "trabalho". Sete vezes, Jesus curou pessoas no sábado. Ao fazer isso, Ele estava desafiando esses líderes religiosos, para que olhassem além de suas regras e vissem seu verdadeiro propósito, honrar a Deus, ajudando os necessitados. Deus teria ficado satisfeito se Jesus tivesse ignorado essas pessoas?  (Bíblia de Estudo Cronológica - Aplicação Pessoal).

1) CURA DE UM HOMEM ENDEMONINHADO (na sinagoga).

Jesus cura um homem possesso de um espírito maligno na sinagoga em Cafarnaum no sábado (Lc. 4.31-37).

2) CURA DA SOGRA DE PEDRO.

Após sair da Sinagoga, Jesus entra na casa de Pedro e cura a sua sogra, que estava com febre, também no sábado (Lc.4.38,39).

3) CURA DO HOMEM DA MÃO MIRRADA (na sinagoga).

Jesus cura um homem que tinha a mão atrofiada na sinagoga, no sábado (Lc.6.6-11).

4) CURA DA MULHER ENCURVADA (na sinagoga).

Jesus cura uma mulher que estava encurvada há dezoito anos, no sábado (Lc.13.10-17).

5) CURA DO HOMEM COM HIDROPISIA.

Jesus cura um homem com hidropisia (inchaço causado por acúmulo de líquidos) na casa de um líder fariseu no sábado (Lc.14.1-6).

Lucas chama a doença que o homem apresentava pelo nome médico em grego hidropisia, que se refere ao acúmulo de líquidos e fluídos; afetava outras partes do corpo e provocava inchaço generalizado.

A hidropisia é causada por distúrbios na circulação do sangue.

A hidropisia pode ter uma distribuição generalizada, ocorrendo em quase todas as partes do corpo, ou pode ser local, isto é, apresentar-se em uma parte apenas do corpo.

6) CURA DO PARALÍTICO DO TANQUE DE BETESDA (Jo.5.1-15).

Jesus cura um homem paralítico no tanque de Betesda no sábado, que há 38 anos estava enfermo.

7) CURA DE UM CEGO DE NASCENÇA.

Jesus cura um cego de nascença, Ele cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo (Jo.9.1-14).

Os escribas e fariseus, e os líderes religiosos da época de Jesus, não aceitavam o fato de Jesus realizar curas no sábado. Para eles, Jesus estava violando a Lei e levando o povo a desobedecer os ditames da Lei de Moisés. Mas Jesus tinha plena convicção que estava usando de misericórdia para com os necessitados. 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

ALIANÇA DE SAL ENTRE DEUS E DAVI.


E pôs-se Abias empé em cima do monte Zemaraim, que está nas montanhas de Efraim, e disse: Ouvi-me, Jeroboão e todo o Israel!

Porventura, não vos convém saber que o SENHOR, Deus de Israel, deu para sempre a Davi a soberania sobre Israel, a ele e a seus filhos, por um concerto da sal? (II Cr.13.4,5).

Porém o SENHOR não quis destruir a casa de Davi, em atenção ao concerto que tinha feito com Davi, e porque também tinha dito que lhe daria por todos os dias uma lâmpada, a ele e a seus filhos (II Cr.21.7).

Crônicas registra a vitória de Abias como resultado de ele e Judá confiarem em Deus (v.16-18). O escritor de Reis não registra o incidente, antes declara que Abias "andou em todos os pecados que seu pai tinha cometido" (I Rs.15.3). 

A diferença entre Crônicas e Reis decorre do propósito dos diferentes escritores quando escreveram. O escritor de Reis tinha por alvo aviliar o quadro geral do reinado de cada rei. Já o escritor de Crônicas destaca os grandes momentos de fé e obediência da nação, para demonstrar que Deus ajudaria os israelitas, se confiassem em Deus e lhe obedecessem.

(Comentário Bíblia de Estudo Pentecostal)  

O Pacto de Sal com Davi refere-se à Aliança que Deus estabeleceu com Davi e seus descendentes, prometendo-lhes o reino de Israel para sempre. Essa aliança, descrita em 2 Crônicas 13:5, é chamada de "aliança de sal" devido ao simbolismo do sal como algo duradouro e fiel, similar à preservação que o sal oferece. O sal também era usado em ofertas e sacrifícios, simbolizando pureza e a natureza indestrutível da aliança. 

A referência mais clara à Aliança de Sal com Davi é encontrada em 2 Crônicas 13:5, onde o rei de Judá, Abias, diz que Deus de Israel, estabeleceu para sempre o reino para Davi e sua descendência,  por um concerto de sal.

No Salmo 89, está escrito: Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi; com ele, a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá. 

A minha benignidade lhe guardarei para sempre, e o meu concerto lhe será firme. E conservarei para sempre a sua descendência; e, o seu trono como os dias do céu.

Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade (não mentirei a Davi). 

A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim; será estabelecido para sempre como a lua; e a testemunha no céu é fiel (Sl.89.20,21,28,29,34-37).

Em Números 18:19, a Aliança de Sal também é mencionada em relação às ofertas a Deus, indicando a importância da fidelidade e da natureza duradoura do pacto entre Deus e o seu povo.

O sal era um elemento comum em rituais religiosos e simbolizava a aliança eterna entre Deus e o povo de Israel (Lv.2.13).

ALIANÇA DE SAL, SIGNIFICA:

1) Aliança Duradoura.

O Pacto de Sal com Davi é uma poderosa metáfora da fidelidade de Deus e da natureza duradoura de sua promessa.

O sal, com suas propriedades de conservação, representa a natureza permanente da promessa de Deus a Davi, um reino que duraria para sempre. 

2) Fidelidade de Deus.

O pacto de sal também simboliza a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas, mesmo diante das falhas humanas. 

3) Fidelidade a Deus.

A aliança de sal envolve um compromisso de fidelidade entre ambas as partes. A aliança nos desafia a sermos fiéis a Deus, e em nossos relacionamentos e compromissos, refletindo a fidelidade de Deus. 

4) Conservação e Pureza.

O sal, como símbolo de conservação e pureza, reforça a ideia de um relacionamento eterno e indestrutível entre Deus e a linhagem de Davi. 

Esta pureza, implica em viver uma vida de santidade diante de Deus e conservar a Aliança com Ele firmada.

CONTRASTE ENTRE ABIAS E DAVI.

E, no décimo-oitavo ano do rei Jeroboão, filho de Nebate, Abias começou a reinar sobre Judá. E três anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Maaca, filha de Absalão.

E andou em todos os pecados que seu pai tinha cometido antes dele; e seu coração não foi perfeito para com o SENHOR, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.

Mas, por amor de Davi, o SENHOR lhe deu uma lâmpada em Jerusalém, levantando seu filho depois dele e confirmando Jerusalém.

Porquanto Davi tinha feito o que era reto aos olhos do SENHOR e não se tinha desviado de tudo o que lhe ordenara em todos os dias da sua vida, senão só no caso de Urias, o heteu (1 Rs.15.1-5).

SEU CORAÇÃO NÃO FOI PERFEITO PARA COM O SENHOR.

Esta expressão normalmente refere-se a idólatras. Está escrito que o coração de Davi era perfeito, porque ele nunca se desviou para seguir a outros deuses; ter um "coração perfeito", não significava perfeição moral. 

UMA LÂMPADA PARA DAVI.

Este termo empregado para Davi, significa que Deus resolvera nunca extinguir a linhagem e o concerto davídico. Essa "lâmpada" veio a ser por fim "a luz do mundo", na pessoa de Jesus Cristo (Jo.8.12).

(Comentário Bíblia de Estudo Pentecostal)

No Antigo Testamento, Deus firmou uma Aliança de Sal com o seu povo. Na atual dispensação da Graça, temos uma Aliança de Sangue firmada em Jesus Cristo, para sempre. Amém!