terça-feira, 7 de junho de 2011

PORÇÃO DOBRADA DO ESPÍRITO.

Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal. E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim foram a Betel. E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim vieram a Jericó. E Elias disse: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim ambos foram juntos. E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas e, de longe, pararam defronte; e eles ambos pararam junto ao Jordão. Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco. Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará. E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho (II Reis, 2.1-11). 

OS QUATRO ESTÁGIOS PARA RECEBER PORÇÃO DOBRADA.

Receber porção dobrada naquela época, era privilégio dos primogênitos, porção dobrada significava ter em abundância, ter fartura, sobejar. Hoje não é diferente, Jesus o nosso primogênito, conquistou para os filhos de Deus, o direito de receber a porção dobrada do Espírito. Para receber esta porção, é preciso se submeter a vontade de Deus. Está debaixo da promessa de Deus, é uma condição; mas não é o bastante. É preciso perseverar, insistir e permanecer no lugar.
Eliseu apreciava o poder, o caráter e a espiritualidade de Elias. Por isso ele desejou ter porção dobrada do Espírito que estava sobre Elias. Ele não só desejou, mas perseverou, insistiu, persistiu e não desistiu em momento algum. Pelo que Elias vendo a sua insistência, lhe disse: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja levado para longe de ti. Ao que respondeu Eliseu: Rogo-te, como herança, porção dobrada de teu poder espiritual! Elias lhe disse: Em verdade pediste algo muito difícil. Todavia, se me vires quando eu for tomado de ti, assim te fará.
Eliseu precisava de visão espiritual para ver Elias sendo arrebatado e receber a herança de Elias, porção dobrada do seu poder espiritual. Muitas vezes nós precisamos perseverar e ficar no lugar da bênção, para receber a porção dobrada.
Jesus disse aos seus discípulos: Eis que sobre vós envio a promessa de meu pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder (Lc.24.49).                                                   

1. GILGAL.

Foi o primeiro lugar onde o povo de Israel acampou depois de passar o Jordão. Foi o lugar onde aconteceu grandes eventos. Gilgal permaneceu como lugar de reunião para Israel durante muitas gerações. Gilgal foi o quartel general para Israel. Foi em Gilgal que os filhos de Israel foram circuncidados e renovaram a aliança com Deus.
Gilgal significa: Lugar de remover o opróbio. Lugar de santificação, de purificação, de renovação da aliança.
Lugar de deixar o provisório para tomar a porção da conquista. Gilgal fala de remover a carne e renovar a aliança com Deus. Quem passa em Gilgal, e paga o preço de remover o pecado do Egito (do mundo) e firma uma aliança com Deus, estar apto para receber a porção dobrada do Espírito.
Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faz facas de pedra e torna a circuncidar os filhos de Israel. Então, Josué fez para si facas de pedra e circuncidou aos filhos de Israel em Gibeate-Haralote. E aconteceu que, acabando de circuncidar toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam. Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, revolvi de sobre vós o opróbio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje (Js.5.2,3,8,9).
   
2. BETEL.

Casa de Deus, lugar de oração. Betel fala de comunhão, fala de compromisso, fala de ficar debaixo da vontade de Deus esperando o cumprimento da promessa. Estando em Betel podemos firmar um pacto com Deus, e desfrutar da sua presença. A exemplo disso Jacó quando estava no deserto de Harã, fez um pacto com Deus, e foi vitorioso.
Então, levantou-se Jacó pela manhã, de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por sua cabeceira, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela. E chamou o nome daquele lugar Betel; o nome, porém, daquela cidade, dantes, era Luz. E Jacó fez um voto, dizendo: Se o Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo (Gn.28.18-22.).

3. JERICÓ.

Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos (2Rs.2.5).
Conhecida no antigo testamento como a cidade das palmeiras, é uma das cidades mais antigas. Fundada 9.000 anos A.C. Conhecida também pelas suas fortes muralhas. Jericó fala de fortaleza, fala de firmeza, fala de segurança. É preciso está firme e fortalecido para alcançar a promessa. Para receber porção dobrada do Espírito, é preciso passar por Jericó, enfrentar as oposições e a inveja dos filhos dos profetas, e não desistir.
         
4. JORDÃO.

Significa lugar onde se desce; aquele que desce e se humilha perante Deus, será exaltado. Jordão foi um lugar de grandes acontecimentos e de milagres. 
No Jordão Jesus foi batizado (Mt.3.).    
No Jordão Naamã foi curado da lepra (II Rs.5).
No Jordão foram retiradas doze pedras para ficar por memorial (Js.4).
O rio Jordão foi aberto três vezes:
Com Josué (Js.3.15).
Com  Elias (II Rs.2.8).
Com  Eliseu (II Rs.2.14).   

Jordão também significa, as lutas, as adversidades que atravessamos, mas quem passa pelo Jordão, fica habilitado por Deus, revestido da unção do Espírito, pronto para guerrear e vencer. Amém!

sábado, 5 de março de 2011

ANA, UMA MULHER DE ORAÇÃO.

Então, orou Ana e disse: O meu coração exulta no SENHOR, por causa do que ele fez, eu ando de cabeça erguida. A minha boca se escancara de rir dos meus inimigos, pois me alegro na tua salvação. Não há ninguém santo como o SENHOR; não existe outro além de ti; não há rocha alguma como o nosso Deus. Os arcos dos poderosos serão quebrado, mas os fracos são revestidos de força (I Samuel, 2.1,2,4). 

A história de Ana é das mais conhecida na bíblia, Ana nos deixou um grande exemplo através da sua vida de oração. Na verdade, todos querem chegar ao topo, Todos desejam subir ao pódio, todos almejam a vitória. Porém o caminho para chegar a vitória é o caminho da oração, da disciplina, do desprezo, da humilhação e muitas vezes da renuncia. Ana orou incessantemente e teve que suportar muitas adversidades, passou pelo vale da humilhação e chegou ao monte da exaltação.

1. O OPRÓBIO DE ANA. 

Havia um certo homem levita da tribo de Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroboão, filho de Eliú, filho de toú, filho de Zufe, efrateu. E este tinha duas mulheres: o nome de uma era Ana, e o nome da outra, Penina; Penina tinha dois filhos, porém Ana não tinha filhos. Subia, pois, este homem de sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos, em Siló; e estava ali os sacerdotes em Siló; e estavam ali os sacerdotes do SENHOR, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. E sucedeu que, no dia em que Elcana sacrificava, dava ele porções do sacrifício a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos, e filhas. Porém a Ana dava uma parte excelente, porquanto ele amava Ana; porém o SENHOR lhe tinha cerrado a madre (I Sm.1.1-5). Em Israel, toda mulher que não gerasse filhos, era motivo de vergonha e desprezo, e até de maldição. Ana por ser estéril, não tinha total atenção do seu marido, era desprezada e não gozava dos mesmos privilégios que sua competidora Penina. Porém, diz o texto sagrado, que seu marido Elcana, amava Ana.

2. A HUMILHAÇÃO DE ANA.

Penina, sua rival, provocava e humilhava Ana continuamente porque o SENHOR a tinha deixado estéril. Sempre que eles subiam à casa do SENHOR, a rival de Ana a ofendia e ele passava o tempo todo solitária, chorando e sem comer. Então Elcana, seu marido, lhe indagava: Ana, por que choras e não te alimentas? Por que estás infeliz? Não te sou eu melhor do que dez filhos? (I Sm.1.6-8).
Elcana ficava preocupado com Ana, e procurava consola-la. Ana era humilhada, Penina, por se achar melhor, pelo fato de poder gerar filhos, humilhava Ana. Enquanto sua competidora Penina gerava filhos, e provocava Ana, ao ponto de ela ficar irritada e sem querer se alimentar; Deus estava contemplando a sua humilhação e estava trabalhando para lhe dá uma grande vitória.

3. AS ATITUDES DE ANA.
        
Ana levantou-se.
Então, Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, o sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR (I Sm.1.9).   

Ana orou ao SENHOR.
Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR e chorou abundantemente (I Sm.1.10).

Ana fez um voto ao SENHOR.
E votou um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha (I Sm.1.11).  

Ana perseverou em oração.
E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o SENHOR, Eli fez atenção à sua boca, porquanto Ana, no seu coração, falava, e só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada (I Sm.1.12,13).

4. ANA COM O CORAÇÃO FORTALECIDO PELA GRAÇA DE DEUS, SUPORTOU HUMILHAÇÕES:  

De Penina.
E a sua competidora excessivamente a irritava para embravecê-la, porquanto o SENHOR lhe tinha cerrado a madre (I Samuel, 1.6).
 
Da sociedade.
A sociedade da época desprezava e não dava valor a uma mulher que não gerasse filhos. Ana se sentia humilhada diante do seu povo, todavia ela orava a Deus, na esperança de um dia poder gerar filhos e deixar de ser humilhada.
 
Do sacerdote.
E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. Porém Ana respondeu e disse: Não senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora (I Samuel, 1.14-16).

5. OS BENEFÍCIOS DE DEUS PARA ANA:

A vitória profetizada.
Então, respondeu Eli e disse: Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que pediste (I Sm.1.17).

A vitória confirmada.
E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e vieram à sua casa, a Ramá. Elcana conheceu a Ana, sua mulher, e o SENHOR se lembrou dela (I Sm.1.19).

A vitória alcançada.
E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR (I Sm.1.20).

Conclusão:
Depois da luta, vem a vitória, Deus não chega atrasado, nem adiantado; ele chega na hora certa. Ana orou pedindo um filho, Deus lhe deu quatro filhos e duas filhas (I Sm.2.20,21). Porque as bênçãos de Deus é  sem medida. Pois a sua palavra diz: Todo aquele que se humilha, será exaltado. E todo aquele que se exalta, será humilhado. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte (II Pedro, 5.6).

MOISÉS E A SARÇA ARDENTE.

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E, vendo o SENHOR que se virara para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus (Êxodo, 3.1-6). 

Moisés, o libertador, profeta e legislador de Israel; viveu 120 anos. A sua vida está dividida em três fases. Os primeiros 40 anos viveu no Egito, como príncipe. A segunda fase de 40 anos viveu no deserto de Midiã, como pastor de ovelhas. E os últimos 40 anos, como servo de Deus, conduzindo o povo de Deus à terra prometida.
Moisés passou 40 anos no Egito, sendo treinado para viver na corte de Faraó. Moisés era príncipe e herdeiro do trono de Faraó, ele foi instruído em todas as ciências do Egito, era comandante do exército de Faraó e era poderoso em obras e palavras. Mas, por haver matado um egípcio, temeu a fúria do rei e fugiu para se refugiar no deserto de Midiã; onde passou 40 anos apascentando as ovelhas de seu sogro Jetro.
Moisés passou 40 anos no deserto, sendo treinado por Deus para ser o libertador de Israel. Moisés precisava aprender lições e ser moldado por Deus, muitas vezes é preciso passarmos pelo deserto para depois entendermos a vontade de Deus nas nossas vidas.
É melhor estar no deserto e no anonimato dentro da vontade de Deus, do que estar na mira dos holofotes e recebendo os aplausos da mídia, fora da vontade de Deus.
Todos os planos de Moisés no Egito fracassaram, mas Deus tinha planos excelentes na sua vida, e o levantou como profeta e libertador de Israel.

Moisés no Egito (At.7.22).
Era príncipe e herdeiro do trono de Faraó.
Era poderoso em obras e palavras.
Era comandante do exército de Faraó.

Moisés no Deserto.
Lugar de aprendizado (faculdade de Deus).
Lugar de mudança de caráter.
Lugar de experiências profundas com Deus.

AS TRÊS MENSAGENS DA SARÇA:

SANTIDADE.

E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa (Ex.3.5).

A revelação inicial de Deus a Moisés foi a sua santidade. Santidade revela a essência do caráter de Deus. Deus é santo, e tudo o que está relacionado a Ele deve ser santo, e se não for não serve. Moisés, como servo de Deus, tinha que sempre lembrar que o Deus a quem ele servia era santo. Se os deuses do Egito eram reverenciados nos seus santuários pelos seus adoradores com os pés descalços, quanto mais o Deus Santo, Vivo e Verdadeiro. 

HUMILDADE.

A sarça era uma árvore simples, era comum encontra-la no deserto. A sarça não era uma planta que chamava atenção, ela era despresível por ser desprovida de beleza. Mas Deus prefere usar as coisas simples e despresíveis para manifestar a sua glória.

Moisés precisava entender, que é nas coisas humildes, simples e desprezíveis, que Deus manifesta o seu poder; e que não seria o seu status de príncipe do Egito, nem sua sabedoria que iria libertar os filhos de Israel do Egito.

SURPRESA.

Moisés foi surpreendido por Deus, ele nunca esperava que Deus falasse com ele através de uma sarça pegando fogo. Era costume esse tipo de espinheiro pegar fogo, devido as altas temperaturas do deserto, mas Moisés viu algo especial naquela sarça, ela queimava e não se consumia.
A sarça não pegou fogo de baixo para cima, mas de cima para baixo. Porque o fogo da sarça não era  da terra, mas do céu.
Por esses dias a sarça vai arder em chamas e Deus vai te pegar de surpresa.

CONCLUSÃO:
Moisés subiu ao monte horebe, como pastor de ovelhas. Porém quando desceu, era libertador de Israel. Porque Jeová-jiréh mudou a sua história para sempre. Quem fica no deserto debaixo da vontade de Deus, terá a sua história mudada por Deus.

Muitos não querem esperar e preferem ir de elevador; mas Deus ainda está forjando Moisés no deserto.