quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO.

E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem temia a Deus, nem respeitava homem algum. Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito.
Disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para co eles?
Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça.
Quando, porém vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? (Lucas, 18.1-8).

Essa parábola é mencionada apenas no evangelho de Lucas. Nessa parábola, Jesus fala de uma viúva a quem havia sido negada a herança, mas devido a sua persistência, o iníquo juiz decide resolver a sua causa. Essa parábola nos ensina que a nossa perseverança desperta a ação da misericórdia de Deus quanto a realidade das nossas necessidades. 

AS TRÊS MENSAGENS DA PARÁBOLA:

A IMPORTÂNCIA DA PRATICA DA ORAÇÃO.

E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer ... (vers.1).
Jesus cita o termo orar, Ele fala sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer.
Jesus mostra que a oração é um recurso poderoso diante de Deus, e que não devemos deixar de orar. Muitas vezes, as nossas habilidades, os nossos conhecimentos e recursos, não são suficientes para resolver a nossa situação. É preciso orar, oração nunca é demais.
Quando oramos e entregamos as nossas causas a Deus, o juiz dos juízes, podemos descansar e esperar Dele a providência.  

A IMPORTÂNCIA DA PERSEVERANÇA.

... Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito (vers.4,5).
Essa parábola ensina sobre a necessidade de perseverança da nossa parte. A viúva dessa parábola teve o seu pedido atendido devido a sua perseverança, ela não desistiu diante de tantas negações e adiamentos que o juiz iníquo lhe fazia.
Assim deve ser a nossa atitude diante das adversidades e injustiças sofridas, a nossa persistência causará um incomodo diante da justiça dos homens, e Deus será favorável para nos beneficiar e  resolver a nossa causa.
Disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para co eles?
Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça (vers.6-8)

A ESCASSEZ DA FÉ.

Quando vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? (Lc.18.8).
Interessante é que Jesus termina o relato dessa parábola com uma pergunta.
Jesus já previa que os últimos dias seriam pontilhados de frieza espiritual e uma fé mecânica baseada em um falso evangelho de conveniências.
Jesus sabia que, devido a multiplicação da iniquidade o amor de muitos iria esfriar (Mt.24.12).
As pessoas estão a cada dia mais frias e materialistas. Muitos por se acharem autoconfiantes, não querem ser dependentes de Deus, não oram e nem tem paciência em esperar em Deus.
Muitos estão vivendo uma fé artificial, voltada para os seus próprios interesses e conveniências.
A fé genuína e verdadeira, voltada para obediência a Deus e submissão a sua palavra, está cada vez mais em extinção.
Infelizmente, devido ao grande avanço da ciência e a multiplicação da iniquidade, muitas pessoas estão ficando descrentes e céticas em relação a Deus, desprezando o Livro Sagrado e seguindo suas próprias filosofias de vida.
Em pleno século XXI, diante de toda realidade que estamos vivendo, a pergunta do Mestre continuar atual e soando aos nossos ouvidos: Quando vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? Pense nisso.