sábado, 26 de dezembro de 2020

2021 - O ANO DOS SOBREVIVENTES.


O ano de 2020, sem sombras de dúvidas foi um ano difícil, complicado e sombrio. Iniciamos o ano enfrentado uma pandemia que levou a óbito milhões de pessoas no mundo. Muitos de nós perdemos membros da família, parentes, irmãos e amigos, que morreram na sua maioria vitimados pela covid 19. Houve também percas materiais e uma quebra na economia mundial. Mas, somos resilientes e vamos continuar lutando. Em tudo isto, há uma permissão de Deus para um propósito.

ESTAMOS PASSANDO POR UM FUNIL.

Na cronologia do tempo, começando a contagem a partir de Adão, estamos com mais de 6 mil anos de história. Em todo esse período de tempo, o ser humano não evoluiu em seu comportamento, a sua busca equivocada pelo divino o levou a um beco sem saída. A modernidade nos trouxe grandes avanços científicos e tecnológicos a ponto de facilitar a vida no planeta e deixar as pessoas acomodadas. Toda evolução científica resolveu apenas os problemas externos da humanidade, enquanto os problemas internos não foram resolvidos. O que era para se alargar e evoluir no que diz respeito ao ser humano, está se estreitando e se degenerando até chegar ao extremo do caos. O índice da maldade aumenta cada vez mais a medida que o ser humano ignora o Eterno e vai se afastando do seu Criador. A humanidade está se afunilando até chegar a um caos total. Contudo, os regenerados que andam na contramão do sistema, serão salvos.

A GUERRA NÃO TERMINOU.

Uma guerra que se iniciou no céu com a rebelião do Querubim Ungido (Lúcifer), tendo sido derrotado, fez em seguida sua grande investida no Éden e obteve êxito. Quatro mil anos depois, veio Jesus Cristo, venceu Satanás e implantou o seu Reino na terra. A partir da chegada do Reino de Deus, surgiu um confronto entre o Reino de Deus contra o reino de Satanás. Este confronto se constitui uma guerra sem tréguas, e só terá o seu fim quando DEUS derrotar totalmente Satanás (Ap.20.7-10).  

Jesus falou: E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará (Mt.24.12). O amor de muitos esfriou em relação a Deus, a fé, em relação ao próximo, em relação a família e a sociedade de modo geral. Infelizmente, o amor está em extinção e tende a esfriar cada vez mais na vida das pessoas. A falta de amor de modo geral, vem causando espanto na sociedade, pelo fato que, o comportamento humano vem piorando a cada dia e ainda causando destruição na família e na sociedade em geral. Muitos prosperaram materialmente e cresceram na vida secular, porém, espiritualmente estão frios e vazios de Deus. Quando as pessoas se tornam frias e apáticas às coisas de Deus, corremos o risco de termos uma sociedade degenerada e desestruturada em relação a sua vida espiritual para com Deus. Isto pode desencadear uma grande decadência espiritual, e até chegar a um caos. Mas Deus ainda está restaurando e aquecendo os corações pelo poder do Espírito Santo.

Estamos abrigados debaixo da maravilhosa graça de Deus. Há um propósito da parte do Criador que cuida de todos nós. As coisas ruins serão passageiras, e as agradáveis apenas uma degustação do que ainda está por vir. Não teremos tudo, mas o que tivermos será o suficiente para vivermos. Quando Ele (JESUS) voltar, seremos plenos. Amém! 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

"GERAÇÃO ESTRELA".


Vivemos uma época da síndrome do estrelismo. Muitos cristãos que no passado se sentiam honrados ao serem rotulados e chamados de servos e servas do Senhor, hoje já não se sentem confortáveis com este título. Muitos se acham acima da média e se projetam no meio do povo de Deus como "estrela Gospel". Não são poucos os pastores, pregadores e cantores que vivem uma vida de ostentação financeira as custas do rebanho do Senhor. Para muitos o Evangelho tornou-se um show de negócio, um meio de aumentar a sua conta bancária. Há quem diga que os pastores da elite são classificados como cinco estrelas. Já existe também pregadores classes A, B, C, D... Suas agendas de pregação varia de valores de acordo com a classificação. Esta "Geração Estrela" de pastores, pregadores e cantores estão buscando glória para si. Eles se alimentam de aplausos, mídias, holofotes, bajulação e milhares de seguidores nas redes sociais para multiplicarem curtidas em suas postagens. Com estes maus exemplos de estrelismo, infelizmente, muitos jovens cristãos estão entrando por este caminho e já não querem aprender com os pastores servos, comprometidos com Reino e com a Palavra de Deus, e esperar o tempo de Deus. 

Muitos não querem esperar e preferem subir de elevador, mas Deus ainda está forjando Moisés na sarça. Mas, há uma geração de remanescentes comprometidos com Reino de Deus e com a Palavra, que não são "estrelas", mas servos do Senhor a serviço do Reino.

Hoje estamos vendo diversas "estrelas gospel" distribuindo pôsteres com seus autógrafos, cantores e pregadores sendo aplaudidos e recebendo o galardão da sua corrupção. Muitos são idolatrados pela apreciação e orgulho dos seus fãs clubes. Satanás tem enganado multidões com esse novo conceito gospel, ele é sagaz e astuto.

Quem se comporta como servo, reconhece que a Estrela é JESUS, o centro das atenções é JESUS, o protagonista é JESUS, quem deve aparecer é JESUS, quem deve ser aplaudido é JESUS. Finalmente, o servo é diferente daqueles que se acham estrela, o servo diz como disse João Batista: "É necessário que Ele cresça e que eu diminua" (Jo.3.30). Amém!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

DEUS VIROU O CATIVEIRO DE JÓ.

E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía (Jó.42.10).

Jó estava no auge da sua prosperidade financeira e gozava de grandes prestígios sociais, a sua vida de devoção a Deus era justa e verdadeira. Quando de repente tudo mudou e atingiu todos os extremos da sua vida familiar, social, financeira, física, emocional e espiritual. O nome Jó tornou-se sinônimo de sofrimento e paciência, devido a grande provação que lhe sobreveio. Depois de um longo período de provação, que não sabemos ao certo quanto tempo durou, Jó se mostra resiliente e ressurge das cinzas, dando a volta por cima. O livro de Jó tem um começo dramático e melancólico, mas tem um final apoteótico e vitorioso. Depois de todas as provações e sofrimentos de Jó, o Todo-Poderoso se revela demonstrando sua soberania, poder e domínio sobre todas as coisas e faz 59 perguntas a Jó. Jó se anula diante do Todo-Poderoso e diz: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza" (42.2,5,6 NVI). Após esta declaração, Deus justifica Jó e reprova seus "amigos". Deus manda que os amigos de Jó levem sete novilhos e sete carneiros, e os apresentem em holocausto em favor deles mesmos. Jó faz oração pelos seus amigos e Deus desvia a sua ira contra eles aceitando a oração de Jó (42.7-9). Em seguida, Deus muda a história de Jó, virando o seu cativeiro e dando-lhe tudo em dobro do que antes possuía (42.10). No final, Satanás perdeu mais uma vez, os amigos de Jó foram humilhados, e Jó foi justificado, aprovado e vitorioso. Aleluia! 

SETE LIÇÕES PODEMOS APRENDER COM A PROVA DE JÓ:

1- Que a nossa fé pode ser provada até ao ponto extremo de podermos suportar.

2- Que nem sempre o sofrimento é a causa de pecados não confessados diante de Deus.

3- Que o sofrimento muitas vezes é pedagógico e serve para nos lapidar e nos tornar maduros na fé.

4- Que nem tudo que falamos sobre Deus e o conceituamos é de fato verdade.

5- Que o silêncio de Deus nunca é sinal de abandono, mas a sua graça está em plena atividade. 

6- Que geralmente Deus se revela no sofrimento e nos ensina coisas que nunca saberíamos. 

7- Que o nosso cativeiro será virado depois sermos provados e aprovados por Deus.

Assim, podemos aprender que Deus não nos prova para nos punir, mas porque nos ama e quer nos ensinar a conhecê-lo melhor através do sofrimento. O seu propósito é mostrar para Satanás, que os seus servos podem servi-lo sinceramente, sem uma relação de troca. Jó provou que Satanás estava errado e que Deus sempre esteve certo. Amém!

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

A FESTA DE HANUKÁ. Uma Festa Mais Antiga Que o Natal.

 

Conta o Talmude, um dos livros sagrados do judaísmo, que o dia 25 de kislev do ano 165 antes da Era Comum - ou Era Cristã - foi um dia de júbilo para os judeus. Com coragem e fé, até o ponto de muitos enfrentarem o martírio, conseguiram libertar o templo de Jerusalém das mãos do exército do rei Antíoco que o havia profanado com a estátua de um deus grego.

Ao expulsar os invasores, os judeus purificaram e consagraram outra vez o templo e reacenderam a menorá - o candelabro de sete braços – que ardia perpetuamente no santuário. Mas a reserva de óleo havia sido profanada e restou um único frasco cuja tampa ainda trazia o selo do sumo sacerdote. A menorá foi acesa com cuidado e pesar, pois todos sabiam que o óleo era suficiente para um único dia. Porém a pequena porção de óleo sagrado não se consumiu e continuou alimentando a luz do santuário durante oito dias.    

Desde aquela longínqua data, há quase 2.200 anos, as famílias judaicas do mundo inteiro celebram a festa de Chanucá, palavra hebraica que significa "Consagração". Um candelabro menorá especial foi criado para comemorar a data em que o templo se encheu novamente de luz. É a menorá chanukiá, que tem nove braços: a vela central sustenta a chama que acenderá as outras, uma por dia, até que se completem as oito.

O dia 25 do mês de kislev, corresponde ao dia 23 de dezembro. Todos os anos a festa das luzes coincide com a semana do Natal. A primeira vela será acesa no dia 15 e assim sucessivamente, até o dia 22. É costume acender a Menorá Chanukia ao por-do-sol e coloca-la na janela, para que todos se recordem da luz que brilhou no templo de Jerusalém pelo milagre do óleo.

Fonte: Portal Paulinas. https://www.paulinas.org.br/dialogo/

Celebrava-se a festa da Dedicação, em Jerusalém. Era inverno, e Jesus estava no templo, caminhando pelo Pórtico de Salomão (Jo.10.22).

O Pórtico de Salomão ficava no pátio dos gentios e era bastante frequentado. João informa que, enquanto Jesus caminhava por ali, os judeus se ajuntaram à sua volta e indagaram: Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, diga-nos abertamente (10.23,24). Diante da insistência deles, Jesus respondeu que já havia declarado ser o Cristo, mas eles não haviam crido, continuavam céticos (10.25).

Primeiramente, o que significa a palavra hebraica Hanuká? Hanuká  (ou Chanucá) significa consagração ou dedicação. Esta festa é também conhecida no meio judaico como Festa das Luzes. Em João 10:22, vemos Yeshua (Jesus) passeando no Templo na comemoração da Festa da Dedicação. Essa passagem é a única passagem bíblica no Novo Testamento que se refere à referida festa. Não encontramos esta celebração no Antigo Testamento porque o fato que deu origem a esta festa ocorreu no ano 162 a.C.

CONTEXTO HISTÓRICO.

Vindo da Macedônia, o império grego expande-se de maneira significativa, conquistando desde o Egito, Oriente Médio, até a Índia. Depois da morte de seu grande Imperador, Alexandre (336-323 a.C.), vários generais lutam pelo controle do Império. O imperador selêucida, Antiochus Epiphanes (175-163 a.C.), conquista o domínio sobre a região do Oriente Médio e investe fortemente contra toda a região da Judéia, impondo os costumes, as tradições, a religião e o pensamento grego Helenístico. Para os judeus, ele proíbe a circuncisão, a observância do Shabat, todas as restrições de comida (Kashrut), e estipula que apenas porcos poderiam ser sacrificados no Templo. Ele mesmo, num gesto de desrespeito e profanação, oferece um porco como sacrifício a Zeus, no interior do templo, no Santo dos Santos. Todos os utensílios do interior e exterior do templo são retirados, e o local passa a ser mais um templo do deus grego Zeus.

É interessante frisar que a cultura e o pensamento grego eram muito bem aceitos pelos povos dominados. O culto à mente humana, aos pensamentos filosóficos revolucionários e modernos eram vistos como expressões de uma cultura extremamente mais desenvolvida. Com exceção de Israel, o pensamento e os costumes helenísticos eram aceitos, quase em sua maioria, de maneira espontânea e não obrigatória, já que um dos aspectos gregos de domínio era a não imposição da sua religião. Os povos dominados eram todos politeístas e a aceitação de um ou mais deuses de uma cultura muito mais avançada não representava grande problema. Mas, é claro, com a nação de Israel não foi assim. Os judeus sempre foram um povo distinto e separado das outras nações pelo fato de crerem em um só Deus e de terem mandamentos, estatutos e ordenanças específicos. Por este motivo, o domínio grego em Israel foi bem mais brutal e violento.

Certo dia, um oficial sírio ordena que Matitiahu Ha Macabí (Mateus, o Martelo ou o Macabeu), cabeça de uma importante família de sacerdotes do Templo, oferecesse um porco no altar. Matitiahu, juntamente com seus cinco filhos, dão início a uma revolta judaica, matando o oficial sírio e todos os seus soldados. Sob a liderança de Matitiahu, outros judeus aderem à revolta. Por oito anos o exército dos Macabeus lutou pela libertação de Jerusalém e de Israel. Após a morte de Matitiahu, seu terceiro filho, Yehuda Há Macabí (Judá, o Macabeu), assume o controle da revolta e leva o exército dos Macabeus à vitória sobre o exército grego-sírio no ano de 165 a.C.

O MILAGRE.

Livres então do domínio e da ocupação do exército grego-sírio, os macabeus dão início à purificação do Templo em Jerusalém. No dia 25 do mês de Kislev, no ano 162 a.C., eles realizam com grande celebração a rededicação do Templo com a consagração de um novo altar. O chamado ner tamid (fogo eterno) foi novamente aceso na menorá, o grande candelabro de sete pontas do interior do templo. Mas o óleo de oliva consagrado para queimar na menorá era suficiente para mantê-la acesa por apenas um dia e levaria no mínimo uma semana para se preparar mais óleo Então, por um milagre do Deus Todo Poderoso, o fogo na menorá continuou queimando por mais 8 dias, tempo necessário para a preparação do novo óleo, conforme o relato no livro de II Macabeus.

Alguns rabinos e autoridades judaicas consideram como sendo milagre não só os oito dias da queima do óleo na menorá do interior do Templo, mas também a vitória do exército dos Macabeus sobre o poderoso exército sírio-grego. Eles lembram que o exército dos Macabeus era, em sua maioria, composto por sacerdotes, os quais não possuíam experiência em batalhas, armas ou táticas de guerra. Eles se refugiavam nos montes e nas cavernas ao redor de Jerusalém e atacavam de noite, sob a forma de ataque surpresa em diferentes pontos da cidade.

A FESTA DOS JUDEUS.

Desde então, os judeus celebram a chamada Festa da Dedicação (ou festa de Hanuká) todos os anos durante oito dias, representando os oito dias do milagre do fogo no Templo. O maior símbolo de Hanuká é o candelabro de nove pontas – a Hanukía, como é chamada. A Hanukía possui oito velas e uma vela central, mais alta que as outras, chamada de Shamásh (servo), com a qual todas as oito velas são acessas, uma a cada dia. É costume judaico colocar a Hanukía na janela das casas, de maneira que todos possam vê-la e se lembrar do milagre.

Também é comum, nas noites de Hanuká, a comunhão familiar e entre amigos. O uso de jogos durante Hanuká surgiu na Idade Média, quando os judeus eram proibidos de guardar as tradições e as festas. Eles então, durante as festas, utilizavam de variados jogos, para que se alguém estranho os visse, não desconfiasse de que se tratava de judeus realizando alguma cerimônia. Dentre estes jogos, os mais usados eram a Dama e o Dreidel (dado). Este último era muito utilizado durante Hanuká e acabou por se tornar um dos símbolos da mesma. No Dreidel, tem-se um dado de 4 faces, e em cada face uma das seguintes letras do alfabeto hebraico: nun, guímel, hêi e shin, que são as iniciais da frase: (Nés gadól haiá shâm) “Um grande milagre ocorreu lá!”. Os judeus celebram esta festa expressando a alegria de serem judeus, o povo escolhido por Deus.

QUAL SERIA O SIGNIFICADO DESTA FESTA PARA OS DISCÍPULOS DE YESHUA?

Cremos que os seguidores de Yeshua (Jesus) têm bons motivos para celebrar esta festa bíblica, se assim o desejarem. O tema principal de Hanuká é a re-consagração do Templo, e I Co. 6:19-20, relata que nós, crentes nascidos de novo, somos o Templo do Espírito Santo. Os crentes não judeus são co-herdeiros em Yeshua das promessas de Abraão (Gl. 3:29).

Nesta celebração, nós temos a oportunidade de nos re-consagrarmos, re-dedicando nossas vidas integralmente a Deus. Não que precisemos de um dia específico para uma re-consagração. Afinal, estamos debaixo da graça de Deus. Mas, trata-se de uma oportunidade na qual podemos celebrar esta data, alegrando-nos coletivamente por termos sido salvos, agradecendo a Deus por este privilégio, enquanto tantos ainda perecem separados de Deus e da comunidade de Israel. Apesar de sermos a luz do mundo, vivemos em um mundo que jaz em trevas, que muitas vezes nos contamina, exercendo sobre nós todo tipo de influência negativa. Então, neste dia sentimos a liberdade de fazer nossa re-consagração, declarando coletivamente que somos livres de qualquer peso e jugo em Yeshua Ha Mashiach. Se meditarmos um pouquinho sobre quantas vezes pecamos quando comemos, bebemos, ouvimos e vemos o que não deveríamos, ou quando tocamos em coisas que não deveríamos tocar, etc., encontraremos muito sentido em nos re-consagrarmos. Arrependemo-nos, então, e consagremo-nos ao Eterno de Israel. Deus nos dá a santidade, mas quem decide manter-se em santidade somos nós.

Lembremo-nos dos livros de Esdras e Neemias quando reconstruíram o Templo. A primeira coisa que eles fizeram foi reconstruir o altar, depois o Templo propriamente dito e, finalmente, os muros. Em outras palavras, não se consagra o Templo sem que se passe primeiro pelo altar de sacrifício, local de arrependimento e de santificação.

Isto também se aplica a nós. Primeiro, passamos pelo “altar” do Senhor nos arrependendo. Depois, sim, re-consagramos nossa vida, santificando-nos e nos purificando. Toda esta dedicação do nosso corpo (o “Templo”) ao Senhor só pode ser feita por meio do Espírito Santo, simbolizado pelo óleo que é multiplicado, derramado em nossas vidas, revelando a pessoa de Yeshua Há Mashiach. Assim como o azeite colocado na Menorá (candelabro de 7 pontas) ou na Hanukía (candelabro de 9 pontas) era puro, sem cheiro e sem fumaça quando queimado, assim também deve ser nossa vida para Adonai. Para nós é uma “mitzvá”(mandamento) ter que brilhar e reluzir graciosamente a beleza da natureza de Deus em nós por meio de Seu filho Yeshua (Jesus).

Agora, entendendo um pouco mais sobre a Festa da Dedicação, podemos celebrá-la alegremente nosso culto de Ação de Graças (I Ts.3.9).

Fonte: https://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/a-festa-de-hanuka/

Autor: Marcelo M. Guimarães. 

Rabino messiânico ordenado pelo Netivyah Bible Instruction Ministry – Jerusalem-Israel. Fundador do Ministério Ensinando de Sião e da Congregação Har Tzion em Belo Horizonte.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

QUANDO DEUS SE REVELA ...

Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse... (Jó.38.1).

Um fato bíblico incontestável é que Deus sempre se revelou na história humana. As revelações de Deus são multiformes e envolve pessoas diferentes e culturas diferentes. Aqui neste texto, é destacada a revelação de Deus a Jó, que, sem dúvida, marca o ápice da narrativa sobre a prova de Jó. Há várias outras narrativas no texto sagrado que mostram Deus se revelando ao homem de forma maravilhosa. Exemplos podem ser visto a partir de Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Samuel, Gideão, e segue a lista desta revelação progressiva de Deus. A teofania é dos aspectos da revelação de Deus, e vemos como os homens reagiram diante dela em todas as narrativas do texto sagrado em período distante na história. Foram momentos luminosos e transformador que, da mesma forma como aconteceu com Jó, provocaram profundo impacto na vida desses personagens bíblicos. O fato é que, quando Deus se revela há um propósito, um por que e um para que, nesta revelação Divina. Muitas coisas mudam quando Deus se revela.

Quando Deus se revela, surge um novo tempo.

Quando Deus se revela, há respostas para tudo que era obscuro e duvidoso.

Quando Deus se revela, a noite da aflição termina e surge um novo dia.

Quando Deus se revela, o que é velho será removido e tudo se faz novo. 

Quando Deus se revela, todos os soberbos serão abatidos e os humilhados serão exaltados.

Quando Deus se revela, todos os sábios se calam para ouvirem a sua sabedoria.

Quando Deus se revela, toda justiça própria é anulada e só a sua justiça prevalece.

Quando Deus se revela, todas as dúvidas e inseguranças são retiradas e surge uma nova esperança.

Quando Deus se revela, os amigos de Jó são reprovados e Jó é justificado.

Quando Deus se revela, Jó confessa: "Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido" (Jó.42.2).

Concluímos que, os paralelos entre a teofania vivida por Jó e a revelação profética fica evidente. Tanto Jó como os profetas, foram profundamente impactados pela presença Divina. Mesmo sem dar uma resposta direta a Jó, pelo menos nos termos que imaginávamos, porém, Deus lhe responde com perguntas, convidando-o a contemplar os seus desígnios divino na criação, preservação e sustentação de todas as coisas. Jó fica impactado com revelação de Deus e declara: "Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram, por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza" (Jó.42.5,6 - NVI). Experiências semelhante aconteciam com os profetas diante da revelação Divina, eles passavam a viver uma nova realidade de vida. Que assim seja também conosco, que possamos a cada dia recebermos novas revelações de Deus, a ponto de ficarmos cada vez mais maduros na fé e parecidos com Cristo. Amém! 

* Jó tinha muitas informações acerca de Deus, porém, ele precisava da revelação de Deus para se tornar um crente maduro e completo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O SOBERANO DOS REIS DA TERRA.


... e de Jesus Cristo, que é a Testemunha fiel, o Primogênito dentre os mortos e o Soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue (Ap.1.5).

No livro de Apocalipse Jesus é apresentado com mais de trinta nomes e títulos. Na parte introdutória do livro, João apresenta os três principais títulos de Jesus no que diz respeito a nossa salvação. A soberania de Jesus sobre os reis da terra, anula toda e qualquer tentativa dos planos de Deus serem frustrados. Na soberania de Jesus, os reis "governam e mandam", mas só o Soberano que está acima de todos, é quem tem o domínio sobre todas as coisas. Jesus é o Soberano dos reis da terra, porque diante dele todos os reis se dobram e lhe prestam homenagem. Jesus é o Soberano dos reis da terra, porque todos tem um reinado temporal e são mortais, só o Soberano é que reina em absoluto e para sempre, só Ele tem a imortalidade e habita na luz inacessível.

OS TRÊS PRINCIPAIS TÍTULOS DE JESUS EM APOCALIPSE:

1- Testemunha Fiel.

- Ele é a Testemunha Fiel porque Ele é a fonte real de toda a verdade.

- Jesus foi fiel no cumprimento da missão recebida pelo Pai. 

- Jesus veio como a finalidade de dá testemunho da Verdade.

2- Primogênito dentre os mortos.

- Jesus foi o único que morreu e ressuscitou e vive para sempre (Ap.1.18).

- Ele é as primícias dos crentes que morrem (I Co.15.20). 

- Dele temos a garantia que tornaremos a vida para nunca mais morrer. Aleluia!  

3- Soberano dos reis da terra.

- Ele é o Soberano porque domina sobre tudo e sobre todos.

- Ele é o Soberano porque é Rei dos reis e reina para sempre.

- Ele é o Soberano porque é único que diz: Eu sou o Alfa e o Ômega.

Glória, honra e louvor ao Soberano dos reis da terra. Porque tudo é dEle, por Ele e para Ele. Glória sempre a Ele, eternamente. Amém! 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

10 TÍTULOS DA BÍBLIA - PALAVRA DE DEUS NOS 66 LIVROS.

A Bíblia Sagrada, é o livro mais antigo, porém sempre atual; mais verdadeiro, mais conhecido, mais questionado, porém nunca contraditório; mais perseguido, porém nunca destruído; mais lido e estudado, porém nunca totalmente aprendido; mais traduzido, mais procurado e mais vendido, porém nunca esgotado.

Por esse livro somos fortalecidos, somos edificados, somos consolados e temos a nossa esperança renovada. Esse livro nos proporciona perdão, nos garante salvação e nos dá o direito de vida eterna na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Neste livro está contida a mente de Deus, a condição do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos crentes; suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos, sua histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis.
Cristo é o seu grande tema, nosso bem é o seu intento, e a glória de Deus a sua finalidade. 

Ela deve encher a nossa mente, governar o nosso coração e guiar os nossos pés.
Ela é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do cristão. Por ela o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno destruídas.
Leia a Bíblia para ser sábio, creia para estar seguro, e pratique-a para ser santo. Este livro tem luz para guia-lo, alimento para suste-lo e consolo para animá-lo.

1- NO PENTATEUCO - Ela é a Palavra que sai da boca de Deus (Dt.8.3).

2- NOS LIVROS HISTÓRICOS - Ela é o Livro da Lei do SENHOR (Js.1.8).

3- NOS LIVROS POÉTICOS - Ela é a Palavra que permanece no céu (Sl.119.89).

4- NOS LIVROS PROFÉTICOS - Ela é o Livro do SENHOR (Is.34.16).

5- NOS EVANGELHOS - Ela é o Verbo Divino (Jo.1.1-3).

6- NO LIVRO DE ATOS - Ela é o Manual de Missões da igreja (At.5.42).

7- NAS EPÍSTOLAS PAULINAS - Ela é a Espada do Espírito (Ef.6.17).

8- NA CARTA AOS HEBREUS - Ela é a Palavra Viva e Eficaz (Hb.4.12).

9- NAS EPÍSTOLAS UNIVERSAIS - Ela é a Semente Incorruptível (I Pe.1.23).

10- NO LIVRO DE APOCALIPSE - Ela é o Próprio Cristo (Ap.19.13). 

A Bíblia não contém a palavra de Deus, como alguns pensam e dizem, mas ela é a palavra de Deus. Escrita por homens santos de Deus, que foram inspirados pelo Espírito Santo. Amém!

domingo, 13 de dezembro de 2020

"A Religião é o Ópio do Povo"?

O filósofo e pensador alemão Karl Marx, pai do Marxismo, foi o criador da famosa frase: "A religião é o ópio do povo". Mas em que sentido ele faz referência a esta "afirmativa". Karl Marx considerava a religião um atraso social e um paliativo para alívio dos problemas do povo. Todavia, ele não apoiava a ideia de extinguir a religião (o sagrado) do estado secular. Mas que fossem tratados separadamente.  

A palavra ópio, em farmacologia, é «mistura de alcalóides extraídos da papoula (Papaver somniferum), de ação analgésica, narcótica e hipnótica, us. tb. na produção de morfina, codeína, heroína etc.» e, numa derivação por metáfora, trata-se de «aquilo que serve de paliativo ou que provoca adormecimento, embrutecimento moral». Foi este último sentido que Karl Marx atribuiu ao termo ópio na sua famosa frase «A religião é o ópio do povo», ou seja, «a religião provoca adormecimento no povo e serve de paliativo aos seus problemas».

O vocábulo ópio vem do grego ópion, "suco de papoula".
[Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss]

Muitos argumentam que os mais pobres e iletrados são menos capazes de refletir filosoficamente, por isso se refugiam no ópio da religião, tornando-se massa de manobra para líderes religiosos; coisa que dificilmente acontece em países com maior índice sociocultural. É por isso que os ateus, agnósticos e sem religião se concentram mais em países desenvolvidos.

Será mesmo assim? Se for verdade, é de se esperar que os cidadãos do primeiro mundo, que se dizem cultos e intelectuais e desprezam a religião por se acharem autossuficientes, tenham maior autonomia sobre suas emoções do que os demais que não dispõem desses recursos. Afinal, lá se encontra a maior parte dos livres-pensadores, sujeitos com maior lucidez racional para enfrentar a realidade sem apelar para o sagrado. 

Contudo, apesar das dificuldades quantitativas das pesquisas em saúde mental, todos os números concordam que os países mais ricos e secularizados não têm apresentado melhores resultado que os países mais pobres. Pelo contrário, a Europa sempre mostra índices maiores de suicídios, transtorno de ansiedade e consumo de drogas do que a África, por exemplo. O consumo europeu de ópio, que vai desde psicotrópicos e anfetaminas até o ecstasy e a cocaína, é expressivamente mais elevado do que em países subdesenvolvidos. 

Estudos independentes feitos por diferentes especialistas concluíram que países predominantemente ateus, como a China e integrantes da antiga União Soviética, constituem nove das dez maiores nações com maior índice de suicídio do mundo.

Fonte: Guia de Estudo Evidências, pg. 51.

Vejamos o que diz a Palavra de Deus para aqueles que buscam refúgio em Deus: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confia no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna (Is.26.3,4). Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós (I Pe.5.7). Afinal, todos nós precisamos buscar refúgio em Deus, independente de cultura, de sermos doutos ou indoutos, sábios ou ignorantes, religiosos ou não. 
Se a religião é o ópio do povo, qual seria o ópio dos marxistas e ateus deste presente século? 

sábado, 12 de dezembro de 2020

O ARGUEIRO E A TRAVE.

 

Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão (Mt.7.1-5). 

O Mestre ensinando a uma grande multidão, estando prestes a encerrar o seu discurso, Ele ensina sobre como se deve julgar. O discurso é breve e começa condenando os que julgam os outros, argumentando que eles também serão julgados. Primeiro Ele diz: Quem julga será julgado, e quem medi será medido; com o mesmo juízo e com a mesma medida. Em seguida o Mestre utiliza uma figura de linguagem e faz uma comparação entre um pequeno cisco e uma grande viga no olho. O que Jesus está condenando aqui, não é o julgamento em si, mas a maneira hipócrita desde tipo de julgamento. Ou seja, no nosso dito popular: O sujo falando do mau lavado. Jesus estava censurando as pessoas que se achavam no direito de julgar os outros por algum erro, quando elas mesmas estavam em situação pior. Infelizmente, hoje não é diferente, o que tem de gente para apontar o dedão e soltar a língua para difamar e fazer juízo precipitado da vida dos outros, não cabe na lista dos hipócritas. O fato é que, muitos "cristãos" utilizam a internet mais para fofocarem e julgarem a vida alheia, do que para falar do amor de Deus as pessoas. Que possamos deixar a hipocrisia e seguir os ensinamentos do Mestre, que é em se preocupar em tirar a trave do olho, se é que existe. Exortar o irmão para edificação do mesmo, não é errado, é bíblico. Mas, se em nós há faltas, devemos tirar primeiro a trave, para não estarmos fazendo papel de hipócrita. 

CONCLUSÃO:

A analogia do texto faz referência a quem julga nos outros um pequeno delito, quando tem um grande em si próprio. A lição de moral implícita é evitar a hipocrisia e a censura sem antes se corrigir primeiro. Julgar as pessoas é fácil, difícil é viver e passar pela situação em que a pessoa se encontra. Pense nisso.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

O QUE BILLY GRAHAM DISSE SOBRE CONSEGUIR UMA ESTRELA NA CALÇADA DA FAMA?


O fruto da retidão é árvore de vida, e aquele que conquista almas é sábio (Pv.11.30).

Deus fez de Billy Graham um evangelista de renome mundial, um embaixador do Evangelho, um representante do Reino de Deus, um ganhador de almas. Billy Graham recebeu o título de, "O evangelista do século XX". 

Em outubro de 1989 , Graham chegou a ganhar espaço na "Calçada da Fama", com seu nome em uma das estrelas.

Em 15 de outubro de 1989, Billy Graham se tornou o primeiro clérigo a ser homenageado com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood Boulevard.

Sr. Graham foi premiado com o 1900 th estrela para seu trabalho como ministro do Evangelho usando rádio, televisão e cinema. Sua estrela tem um pequeno símbolo de microfone antigo, significando seu trabalho no rádio no início dos anos 1950.

Billy Graham o Embaixador de Deus. Johnny Grant, prefeito honorário de Hollywood e presidente do Comitê da Calçada da Fama disse: "Duvido que haja alguém em Hollywood que foi visto, ouvido ou apreciado por mais pessoas do que Billy Graham."

O Sr. Graham aceitou a honra com humildade, enquanto dirigia a atenção para Jesus Cristo, disse: “Meu principal desejo hoje ao ter meu nome inscrito nesta Calçada da Fama é que Deus receba a glória”, disse ele. “Espero que algum dia alguém venha e diga: 'Quem é Billy Graham? O que ele representa? ' Talvez uma criança pergunte a seus pais ou avós, e eles dirão que ele não era uma celebridade, não era uma estrela, mas um simples pregador do Evangelho. E que eles possam explicar o Evangelho a ele, e que muitos possam encontrar a Cristo nisso. ” 

Que maravilha. Sempre o Evangelista. Incrível homem de Deus.

Que homens e mulheres de Deus, mantenham a chama do Espírito Santo ardendo em seus corações, com o desejo de ganhar almas para o Reino de Deus. Amém! 

Fonte: BGEA - 27 de Julho 2017. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

ONDE ESTÁ O DEUS DE ELIAS?

Depois pegou o manto de Elias, que tinha caído, e voltou para a margem do Jordão. Então bateu nas águas do rio com o manto e perguntou: "Onde está agora o SENHOR, o Deus de Elias? Tendo batido nas águas, elas se dividiram e ele atravessou (II Rs.2.13,14).

Eliseu foi o discípulo mais próximo de Elias, ele teve o privilégio de participar do ministério profético de Elias e testemunhar alguns milagres realizados por Elias. Quando Elias e Eliseu partiram para sua última viagem juntos, Elias fez três tentativas de persuadir Eliseu a não acompanhá-lo (2.1,2,4,6). Porém, Eliseu se recusou a deixá-lo e, nas três ocasiões, fez um juramento. Depois da terceira tentativa, Elias não tentou mais impedir Eliseu de acompanhá-lo. Como um servo fiel ao seu senhor, Eliseu ficou ao lado de Elias até o último instante. Por fim, depois de Elias abrir o rio Jordão e ambos atravessarem, Elias oferece a Eliseu a última oportunidade de lhe pedir algo: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti (2.9). Eliseu pediu uma herança espiritual, ele pediu porção dobrada do Espírito que estava sobre Elias. Elias disse: "Seu pedido é difícil; mas, se você me vir quando eu for separado de ti, receberá. De repente, enquanto caminhavam e conversavam, apareceram carros e cavalos de fogo e Elias foi levado aos céus num redemoinho. Eliseu viu e clamou, em seguida pegou a capa de Elias que havia caído, e voltou para a margem do Jordão. Pegou a capa e bateu com ela nas águas e perguntou: "Onde está o SENHOR, o Deus de Elias"? Em resposta, as águas se dividiram e ele atravessou. 

"Onde Está o Deus de Elias"? 

Essa foi a pergunta de Eliseu após a subida de Elias ao céu. Eliseu estava diante do rio Jordão que há pouco tempo havia sido aberto pelo poder de Deus através de Elias. Eliseu se viu em aperto diante do rio Jordão, ele precisava fazer o caminho de volta, e os cinquenta discípulos dos profetas estavam ao longe o observando. O texto sagrado diz: Depois Eliseu pegou o manto de Elias, que tinha caído, e voltou para a margem do Jordão. Então bateu nas águas do rio com o manto e perguntou: "Onde está agora o SENHOR, o Deus de Elias? Tendo batido nas águas, elas se dividiram e ele atravessou (II Rs.2.13,14). A resposta foi imediata, Deus abriu o Jordão mais uma vez, confirmando o seu chamado para profeta, como sucessor de Elias.

Esta pergunta também é uma reivindicação de um legado deixado por Elias. Geralmente, um homem de Deus deixa uma marca, a sua vida de comunhão com Deus, as proezas, os feitos, as respostas das orações e os milagres operados, marcam a vida e o ministério de um homem de Deus. 

Onde está o Deus de Elias? Em outras palavras Eliseu também estava querendo dizer: Onde está o Deus que opera milagres? Onde está o Deus que faz proezas? Onde está o Deus da provisão? O Deus de Elias é o mesmo. O Deus de Paulo, de Pedro e João é o mesmo. Todavia, nos falta a mesma intensidade da unção que estava sobre eles. Hoje estamos vendo muitos teólogos frios, sem a graça de Deus e sem o fogo do Espírito. Muitos cristãos também se tornaram crentes nominais, mecânicos, frios e desprovidos do fogo do Espírito na vida. Que o Deus de Elias encontre lugar em nossas vidas; que o poder do Espírito Santo se manifeste na vida do povo de Deus; que nossos cultos sejam marcados pelo poder de Deus e não por enganação e emoção humana. O Deus de Elias é o mesmo, nós é que mudamos. Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente (Hb.13.8). Amém! 

O rio Jordão foi aberto pelo poder de Deus por três vezes:

- Com Josué, confirmando a sua chamada como sucessor de Moisés (Js.3.7-17).

- Com Elias, confirmando o fim do seu ministério (II Rs.2.7,8).

- Com Eliseu, confirmando a sua chamada como sucessor de Elias (II Rs.2.13,14).

Eliseu serviu a Elias e perseverou em segui-lo até o fim. Quem persevera até o fim desfruta das bênçãos e privilégios dados por Deus. Amém!  

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

"UMA VIDA SOLITÁRIA".

Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima (Is.53.2,3 NVI).
Esta vida solitária causou um grande impacto no mundo religioso, político, cultural e social. Ele foi o maior conquistador de corações. A sua vida se resumiu em uma única palavra: Servir. Tempos atrás, um belo texto sobre Jesus Cristo, atribuído a James A. Francis, ficou famoso com o título "Uma Vida Solitária". 

"Uma Vida Solitária".

Eis um homem que nasceu num vilarejo quase desconhecido, filho de uma mulher humilde. Cresceu numa outra vila. Trabalhou numa carpintaria até completar 30 anos e, então, durante três anos, foi um pregador itinerante. Nunca teve um lar. Nunca escreveu um livro. Nunca ocupou uma posição de destaque. Nunca teve uma família. Nunca foi à faculdade. Nunca pisou numa cidade grande. Nunca esteve a mais de 300 quilômetros do lugar onde nasceu. Nada tinha para apresentar como credenciais além de Si mesmo. 

Ainda jovem, a maré da opinião pública se voltou contra Ele. Seus executores sortearam entre si a única coisa que Ele possuía na terra: Uma capa. Quando morreu, foi tirado da cruz e sepultado no túmulo que um amigo, movido por piedade, lhe cedeu.

Dezenove longos séculos se passaram, e hoje Ele é a figura central da humanidade o líder da marcha do progresso. Todos os exércitos que já se puseram em marcha, todas as esquadras que já foram construídas, todos os parlamentos que já existiram e todos os reis que já reinaram, tudo isso junto não tem afetado a vida do homem sobre a terra de um modo tão poderoso como o tem feito aquela única vida solitária! 

Autor: James A. Francis.

* Jesus de Nazaré teve mais impacto na história do mundo do que qualquer outra pessoa que tenha caminhado sobre a face da terra. Jesus é Grande demais para passar despercebido. Pense nisso! 

Texto extraído da Revista Evidências - Guia de Estudo Lição 5.

sábado, 5 de dezembro de 2020

20 CURIOSIDADES NO LIVRO DE ESTER.

O livro de Ester registra uma das mais belas história de exaltação e vitória do povo judeu. O seu escritor cuja origem é desconhecida, descreve de forma clara e sucinta uma história envolvendo povos de culturas totalmente diferentes. O nome Deus não é mencionado em nenhum episódio narrado no livro, mas podemos perceber a ação de Deus em evidência do começo ao fim do livro de Ester.

VOCÊ SABIA?

1- … que o nome Hadassa é hebraico e Ester é um nome de origem persa? 

2- ... que o nome Hadassa aparece uma única vez e significa "murta" uma espécie de planta (Et.2.7).

3- ... que o nome Ester significa "estrela" ou ainda, exuberante, repleta de luz.

4- .... que Ester era prima de Mardoqueu, e que ele lhe criara como sua filha? (Et.2.5-7).

5- ... que o nome do pai de Ester é Abiail e o nome da sua mãe não aparece no livro? (Et.2.15; 9.29).

6- … que Assuero também é conhecido como Xerxes. Sendo Assuero (seu nome hebraico), e de origem persa (Khshayarshan) e Xerxes é a transliteração do grego.

7- … que o rei Assuero considerou mais de 1400 concorrentes, antes de escolher Ester?

8- … que o nome Vasti é na verdade, um título e uma expressão persa que significa; "bela", "esplendorosa" e que o nome da rainha de Xerxes era Ametris? 

9- … que o decreto de Hamã chamado Pur que significa sorte (3.7-15) jamais foi revogado? Assuero simplesmente emitiu um segundo decreto, dando aos judeus o direito de se defenderem por si mesmos (cap.8).

10- … que o decreto de Hamã chamado Pur, passou a se chamar Purim, a festa da libertação dos judeus registrada no epílogo do livro? (9.23-26).

11- ... que a festa de Purim também é citada no livro apócrifo e histórico de II Macabeus 15.36? Esta festa celebrada nos dias 13,14 de Adar (mês que corresponde no nosso calendário entre fevereiro e março).

12- … que Mardoqueu foi o primeiro homem a ser chamado de judeu (Et.6.10; 10.3).

13- … que o rei Assuero após despedir a rainha Vasti ficou quatro anos sem esposa? (Et.1.3; 2.16).

14- … que o nome de Deus não é mencionado nenhuma vez em todo o Livro de Ester? Todavia, percebemos as ações e providências de Deus em toda história descrita no livro.

15- ... que o maior versículo da Bíblia encontra-se no livro de Ester 8.9?

16- ... que o versículo chave do livro de Ester é 4.14, onde na parte final do versículo diz: Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha? Ou seja, que Deus tem um propósito definido para cada situação em nossas vidas; nada pega Deus de surpresa, Ele é soberano em toda história da humanidade. 

17- ... que o autor do livro de Ester é desconhecido, e que o livro é datado pelos biblistas e historiadores por volta do ano 450 a.C.? 

18- ... que o último capítulo do livro está registrado a grande exaltação de Mardoqueu, sendo honrado pelo rei como o segundo na hierarquia do império? (10.1-3).    

19- ... que o livro de Ester começa e termina com uma festa? (Cap.1; cap.9.20-32).

20- ... que não há referência ou alusão a este livro no NT. Todavia, o ódio de Hamã aos judeus e seu complô visando o extermínio de todos os judeus do império Persa é uma prefiguração no AT, do Anticristo do NT, que procurará destruir todos os judeus e também os cristãos no final da história? 

Se você querido (a) leitor ou leitora, tem mais informações curiosas acerca do livro de Ester e quer compartilhar conosco, faça isto nos seus comentários.

Obrigado a todos os leitores e seguidores deste Blog.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Faz De Novo Senhor! Faz De Novo!

 

James EdwionOrr, professor da Faculdade Wheaton, levou alguns de seus alunos numa rápida viagem à Inglaterra, em 1940. Eles visitaram a antiga reitoria de Epworth, onde residia a família de John Wesley, famoso teólogo anglicano. Ao lado da cama de John Wesley vê-se dois pequenos círculos onde o tapete está bem desgastado, marcas que seus joelhos deixaram após tanto orar pela renovação espiritual da Inglaterra.
Ao embarcar no ônibus para deixar o local, o professor notou que faltava um aluno. Voltou, subiu as escadas e encontrou o aluno ajoelhado sobre as marcas, orando: “Faz de novo, Senhor! Faz de novo!”. O professor pôs a mão sobre o ombro do rapaz e disse: “Vamos, Billy, temos que ir embora”. O menino que se ajoelhou no quarto de John Wesley e pediu: faz de novo Senhor! Faz de novo! E Deus Fez ... Deus fez de Billy Graham um evangelista de renome mundial, um embaixador do Evangelho, um representante do Reino de Deus, um ganhador de almas. Billy Graham recebeu o título de "O evangelista do século". Eu amo o fato de que, quando Billy Graham foi perguntado por que ele concordou em ter seu nome na calçada da fama de Hollywood, ele respondeu "Eu concordei em fazer isso, porque eu pensei que um dia uma criança vai andar ao longo desta rua e olhar para baixo e dizer: Mamãe, quem é Billy Graham? E ela seria capaz de dizer a essa criança: Billy Graham foi um ministro do Evangelho de Jesus Cristo, deixe-me explicar para você o que é o Evangelho. Que maravilha. Sempre o Evangelista. Incrível homem de Deus.

A unção do Espírito atrai multidões quando há amor pelas almas dos homens.

Que homens e mulheres de Deus, mantenham a chama do Espírito Santo ardendo em seus corações e repitam o mesmo clamor que fez Billy Graham: "Faz de novo Senhor! Faz de novo!". Amém!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

PALAVRAS DE FÉ EM DEZEMBRO.

 

Finalmente, chegamos no mês de dezembro, o mais esperado por muitos. O ano de 2020, sem sombras de dúvidas foi um ano difícil, complicado e sombrio. Iniciamos o ano enfrentado uma pandemia que levou a óbito milhões de pessoas no mundo. Muitos de nós perdemos membros da família, parentes, irmãos e amigos, que morreram na sua maioria vitimados pela covid 19. Houve também percas materiais e uma quebra na economia mundial. Mas, somos resilientes e vamos continuar lutando. Em tudo isto, há uma permissão de Deus para um propósito. Quem viver verá.

Fazendo um Acróstico com a palavra "DEZEMBRO" com base na Bíblia, vamos escrever frases de fé a partir de cada letra.  

Descer, se humilhar, orar e buscar ao SENHOR, é o que Deus espera do seu povo (II Cr.7.14).

Experiência, maturidade e crescimento deve ser o resultado no final de mais um ano (II Pe.1.5-8;3.18).

Zelo, dedicação e resiliência deve fazer parte da nossa vida como cristão (Sl.69.9).

Excelência é o que a igreja do Senhor deve ter fazendo a obra de Deus (Jr.48.10).

Meditar na Lei do SENHOR nos torna bem-aventurados (Sl.1.1,2).

Bendito o varão que confia no SENHOR, e cuja esperança é o SENHOR (Jr.17.7).

Renovação, força e vigor, é o resultado para quem espera no SENHOR (Is.40.28-31).

Olhar, orar e vigiar são palavras de ordem do Mestre, para não sermos surpreendidos (Mc.13.33).

Conforme a palavra de Deus nos anuncia, estamos vivendo o tempo do fim, este período é apenas o princípio das dores. O Rei está voltando. Maranata! 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

DIFERENÇA ENTRE FÉ E RELIGIÃO.


Vivemos em um mundo de pessoas religiosas que super valorizam a sua "Religião", a ponto de defenderem suas placas e praticas litúrgicas, mesmo que custe sua vida. Todo religioso tem seus extremos e esquecem que verdadeira religião parte de um coração cheio de fé, de misericórdia e amor para com DEUS e o próximo. JESUS não veio buscar o homem religioso para fazer parte do Reino de Deus, mas Ele veio buscar e salvar os pecadores, cansados e oprimidos para fazerem a diferença entre os que buscam ser religiosos e os que vivem na pratica da fé. Jesus Cristo não veio estabelecer ou implantar uma Religião, Ele veio reconciliar o homem com Deus. É um grande equívoco as pessoas pensarem que todo caminho leva à Deus. Só existe um único caminho que leva o homem à Deus, este é Jesus Cristo (Jo.14.6). A religião não consegue salvar o homem, a salvação é pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo.

O pecado deforma, a religião reforma, mas só a fé em Jesus Cristo transforma. 

A RELIGIÃO valoriza coisas.

A FÉ valoriza vidas.

A RELIGIÃO segue tradição dos homens.

A FÉ segue a Palavra de Deus.

A RELIGIÃO funciona com barganhas e sacrifícios.

A FÉ funciona de graça e pela graça.

A RELIGIÃO busca encontrar Deus.

A FÉ Deus vem em busca do homem.

A RELIGIÃO todo caminho leva a Deus.

A FÉ só há um caminho que leva a Deus.

A RELIGIÃO valoriza o exterior.

A FÉ valoriza o interior.

A RELIGIÃO segue uma liturgia engessada.

A FÉ segue a direção e a dinâmica do Espírito.

A RELIGIÃO busca ser exclusiva em placa.

A FÉ busca o Reino de Deus, a placa é apenas uma nomenclatura. 

A RELIGIÃO super valoriza usos e costumes.

A FÉ prioriza a pratica da misericórdia e do amor.

A RELIGIÃO separa as pessoas.

A FÉ abraça e uni as pessoas.

A RELIGIÃO discrimina e elimina as pessoas.

A FÉ restaura e regenera as pessoas.

Os religiosos foram repreendidos e reprovados por JESUS. Porém, os homens e mulheres de fé foram aprovados, elogiados e beneficiados por JESUS.

Sejamos 100% homens e mulheres de FÉ, cumprindo a Lei do amor: Amando a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Amém! 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A PIRÂMIDE DOS DISCÍPULOS.

Nisto é glorificado meu Pai: Que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos (Jo.15.8).

Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando (Jo.15.14).

Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer (Jo.15.15).

Há uma grande diferença entre ser seguidor, ser discípulo, ser servo e ser amigo. As últimas instruções de Jesus, estão registradas unicamente no evangelho escrito por João. João foi o discípulo mais intimo e o mais chegado a Jesus. Eis a razão do evangelho escrito por ele ter detalhes e relatos da vida de Jesus que não aparece em nenhum dos evangelhos sinóticos, como Mateus, Marcos e Lucas. O grau de intimidade determina a grandeza da revelação. João revelou fatos relacionados a Jesus, que ninguém revelou. A nossa intimidade com Deus, aumenta na medida que vamos nos aproximando mais dele. Tudo que fica distante dificulta de vermos nitidamente, mas logo que nos aproximamos, podemos ver e entender claramente. Assim é a revelação de Deus para nós. O grau da nossa intimidade com Deus se intensifica a medida que vamos avançando, de discípulo para servo, até chegarmos a ser amigo. 

A PIRÂMIDE DOS DISCÍPULOS.

1- NA BASE DA PIRÂMIDE estão os 500.

Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos ... (I Co.15.6).

2- NO PRIMEIRO ANDAR estão os 70.

E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta ... (Lc.10.1).

3- NO SEGUNDO ANDAR estão os 12.

E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos (Lc.6.13). 

4- NO TERCEIRO ANDAR estão os 3.

E aconteceu que, quase oito dias depois dessas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago e subiu ao monte a orar (Lc.9.28).

5- NO TOPO DA PIRÂMIDE apenas 1.

Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus. E inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é? (Jo.13.23,25).

O aprendizado, os ensinamentos e as informações é para todos; porém, os segredos e as revelações são para poucos. Apenas para aqueles que estão no topo da Pirâmide da intimidade com Deus. Amém! 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A AGENDA DO PREGADOR DE NAZARÉ.

Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado. E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler (Lc.4.14-16). 

Imaginemos, como seria hoje a aceitação das pregações de Jesus nas igrejas denominadas apostólicas, evangélicas ou cristãs. Será que suas pregações e ensinos seriam aceitos pelos lideres religiosos e pelo povo em geral? Jesus não era um pregador pentecostal, também não era um pregador neopentecostal, nem era um pregador tradicional, nem liberal. Jesus era simplesmente, um pregador ungido por Deus. Acerca da unção de Jesus como pregador, assim está escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor (Lc.4.18,19). Pedro em seu discurso na casa do centurião Cornélio, disse: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele (At.10.38). Jesus não pregava para agradar, ou para massagear o ego das pessoas, mas Ele pregava verdades com autoridade. As suas mensagens eram consoladoras, edificadoras e exortadoras. Muitas vezes os seus ensinos chocavam os mestres da Lei, os escribas e fariseus. Muitas vezes os lideres religiosos não suportavam ouvi-lo e tentavam apedrejá-lo. Jesus não era um pregador de autoajuda, nem pregava o que o povo gostava de ouvir, mas o que o povo precisava ouvir. Jesus não usava técnicas de dinâmicas em suas pregações para prender a atenção dos seus ouvintes, nem fazia uso de jargões para mexer com as emoções do povo. As suas pregações e ensinos eram simples, mas de grande conteúdo e impacto espiritual. 

Ouvir o Mestre, Jesus Cristo, é necessário um espírito de submissão e obediência as suas palavras. Se faz necessário que estejamos totalmente desarmados e desprovidos das nossas ideias, conceitos e preconceitos. O melhor que temos a fazer ao ouvir Jesus, é obedecer e praticar os seus ensinos. Ao concluir o seu sermão, Ele disse: Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha (Mt.7.24). Ou seja, quem pratica na integra os ensinos de Jesus, está seguro e não será abalado. 

Se nas igrejas há mais praticantes do farisaísmo e poucos cristãos verdadeiros, muitos pecados encobertos e muitos lobos em pele de cordeiro e lideres avarentos, orgulhosos e gananciosos; fica difícil para Jesus receber um convite para pregar. Muitos não irão aceitar a sua pregação de exortação, correção e juízo. 

SÓ PRA REFLETIR: Será que Jesus Cristo como pregador, teria uma agenda para pregar nas igrejas da atualidade? Os lideres e o povo em geral iriam suportar e aceitar os seus ensinos e pregações?   

sábado, 28 de novembro de 2020

ONDE ENCONTRAR A SABEDORIA?

Mas onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência? O homem não lhe conhece o valor não se acha na terra dos viventes (Jó.28.12,13).

O livro de Jó pertence ao gênero literário sapiencial, e o seu capítulo 28 é todo dedicado a uma exposição sobre a verdadeira sabedoria. Falando sobre a sabedoria e onde encontra-la, Jó traça um paralelo entre o trabalho do homem nas minas em busca de metais preciosos, com o esforço empreendido para encontrar a sabedoria. 

O maior problema da humanidade é a falta de sabedoria. Existem muitas pessoas inteligentes, com vasto conhecimento em várias áreas do saber; porém nem todas as pessoas inteligentes são sábias. Mas toda pessoa sábia é inteligente. Uma pessoa pode ser intelectual, com um vasto conhecimento, mas quando utiliza sua inteligência para o mal, ou para benefício próprio, não é uma pessoa sábia. A sabedoria não se porta com indecência, nem busca seus próprios interesses, mas usa o seu conhecimento com prudência para promover o bem. A sabedoria está acessível a todos, não está distante, é fácil encontra-la, o problema é que as pessoas preferem ir em busca de atalhos e resultados imediatos. A sabedoria é a fonte que gera resultados, mas para adquiri-la há um preço a pagar. Estes resultados podem vir a curto ou a longo prazo, mas quem tem sabedoria sabe esperar. Ser sábio é pagar um preço, é andar na contramão dos tolos que se dizem inteligentes. 

A SABEDORIA SOB TRÊS DIMENSÕES:

1- A Sabedoria Na Esfera Natural (28.1-11).

Na primeira parte da sua exposição sobre a sabedoria (28.1-11), Jó usa a metáfora das minas para ilustrar a busca da sabedoria como um bem natural. Assim como os homens usam técnicas avançadas para encontrarem minérios e metais preciosos na natureza, da mesma forma eles têm-se empenhado em busca da sabedoria. Esses metais estão escondidos na terra e, para serem encontrados, requer grandes esforços e uso apurado das técnicas. 

As minas são locais insalubres, que, além de precisarem de apuradas técnicas de escavação, precisam ser bem iluminadas. Todo este esforço tem um objetivo e é justificável, tendo em vista encontrar os tesouros naturais que estão escondidos nas profundezas da terra. 

O homem é inteligente. Ele revira a terra, explora os rios e desce a lugares escuros, e trás para luz o que estava escondido (28.11). Tudo isso em busca da sabedoria na esfera natural.

2- A Sabedoria Na Esfera Comercial (28.12-19).

Jó inicia a segunda parte da sua exposição sobre a sabedoria com duas pergunta: Mas onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência? (28.12). A sabedoria não tem preço, não é negociável e nem é uma cultura que pode ser herdada. 

Tendo gastado todo o seu esforço e usado todas as técnicas disponíveis, mesmo assim o homem demonstrou-se incapaz de encontrar a sabedoria. A sabedoria a qual Jó se refere é bem diferente daquela conhecida pelos seus amigos, que diziam que a sabedoria era um bem herdado que passava de pai para filho. Era, portanto, um bem que poderia ser transferido para gerações futuras. Jó mostra que a verdadeira sabedoria da qual ele está falando é de natureza bem diferente, não podendo ser herdade ou passada de pai para filho. Não é, simplesmente um bem cultural. Mas onde se pode encontrá-la? Da perspectiva natural, não há uma rota para encontrá-la, muito menos na perspectiva comercial. Não há nada em valores monetários que possa comprá-la. Jó diz: Não se dará por ela ouro fino, nem se pesará prata em câmbio dela. Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira. Com ela se não pode comparar o ouro ou o cristal; nem se trocará por joia de ouro fino. Ela faz esquecer o coral e as pérolas; porque a aquisição da sabedoria é melhor que a dos rubis. Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode comprar por ouro puro (28.15-19). Fica claro que, a sabedoria não pode ser comprada, nem comparada, nem negociada. A sabedoria não se encontrar na esfera comercial, ela está muito além das riquezas terrenas. 

3- A Sabedoria Na Esfera Espiritual (28.20-28).

De onde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? (28.20). A pergunta do versículo 12 é repetida no versículo 20. Jó está caminhado para a conclusão do seu argumento. Como ele mostrou no início do seu discurso, não é possível obter a sabedoria simplesmente pelo esforço humano, mesmo que os homens sejam diligentes e aplicados nessa busca. Ela também não tem preço. Não é um bem comercial e, por isso, não pode ser comprada. Não tem preço, mas possui valor. Ela é um bem imaterial, não é um produto humano, mas Divino. 

Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência (28.28). Aqui está o clímax da argumentação de Jó sobre a sabedoria e a sua origem. Ele é divina! Ela também é relacional. Jó mostra não apenas a origem da sabedoria, mas também o caminho que nos conduzirá até ela. Deus é a fonte da sabedoria, e o temor do Senhor é o meio de chegar-se até ela. Portanto, Jó prova para seus amigos que eles estavam equivocados em dizer que a sabedoria era produto de uma tradição fria. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e todos os que a põe em prática possuem uma boa inteligência (Pv.1.7). Esse é o maior de todos os bens. A sabedoria suprema consiste em temer e adorar a Deus, não na inutilidade humana de emitir ideias e opiniões. 

FINALMENTE, a sabedoria encontra-se em DEUS, na pessoa de Jesus Cristo, onde estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl.2.3). Amém!  

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O SENHOR PELEJARÁ POR VOCÊ!

Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O SENHOR pelejará por vós, e vos calares. Então, disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Diz aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco (Ex.14.13-16).

O momento era critico, decisivo e crucial. Os filhos de Israel estavam num beco sem saída, por trás vinha o exército de Faraó, o lugar era deserto, montanhoso e cheio de pedregulhos; na frente deles estava o grande mar vermelho. E agora, o que fazer para sair ou escapar desta situação? O povo se desespera, ao invés de clamarem ao SENHOR, eles reclamam. Moisés tenta contornar a situação e faz uso da fé ao dizer para o povo: Não temais; estai quietos e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O SENHOR pelejará por vós, e vos calares (13,14). Em seguida Moisés clama a Deus para Ele providenciar uma saída. O SENHOR lhe responde e diz: Por que clamas a mim? Diz aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco (15,16). Moisés obedece a ordem do SENHOR, em seguida o milagre acontece. Deus abre o mar, formando duas paredes de águas e abrindo um caminho em terra seca para os filhos de Israel passarem. Aleluia! 

Quando estamos no centro da vontade de DEUS, a peleja nunca é nossa, é sempre de DEUS. Porém, quando estamos fora da vontade e da direção de DEUS, aí é por nossa conta e risco. A nação de Israel estava indo muito bem, enquanto estava sob a vontade e direção de DEUS. Mas, quando abandonaram ao SENHOR, as coisas desandaram, deram pra trás e foram derrotados. Assim será conosco neste tempo presente, enquanto estivermos sob a direção e vontade do SENHOR, venceremos todas as batalhas, porque Ele pelejará por nós. 

TRÊS CONDIÇÕES PARA O SENHOR PELEJAR POR NÓS: 

1- Quando Você se Calar e Deixar DEUS Agir.

O SENHOR lutará por vocês; tão somente acalmem-se (Ex.14.14 NVI).

2- Quando Você Confiar no SENHOR e Não Temer a Fúria do Inimigo.

Então, eu lhes disse: Não fiquem apavorados; não tenham medo deles. O SENHOR, o seu Deus, que está indo à frente de vocês, lutará por vocês, diante de seus próprios olhos, como fez no Egito (Dt.1.29,30 NVI).

3- Quando Você Obedecer a Voz do Espírito Santo.

Então, veio o Espírito do SENHOR, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaías, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe, e Jaaziel disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá. Assim o SENHOR vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus. Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede o livramento do SENHOR para convosco ... (II Cr.20.14,15,17).

O SENHOR é o nosso Escudo, nossa Defesa e a nossa Proteção. Ele pelejará as nossas guerras e lutará por nós. Está escrito, declarado e decretado que o SENHOR pelejará por nós e porá os nossos inimigos em fuga. Assim está escrito: Vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do SENHOR arvorará contra ele a sua bandeira (Is.59.19). O inimigo fica furioso, por não conseguir nos derrotar, porque o SENHOR dos Exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso Refúgio. Amém! 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

DEZ CARACTERÍSTICAS DA IGREJA APÓSTATA.

Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (I Tm.4.1).

Apostasia significa o abandono da fé, de forma total ou parcial. Vivemos em uma época de grande apostasia espiritual. Com o avanço da ciência e o desenvolvimento tecnológico, há uma tendência desenfreada das pessoas a se tornarem cada vez mais materialistas e frias espiritualmente. Muitos são influenciados pela mídia e o sistema humanista que impera em uma sociedade egocêntrica, fria e desumana. Haja vista também que, o pecado se multiplica, ao ponto de muitos acharem tudo normal; e os falsos profetas arrebanham grandes números de adeptos, oferecendo-lhes vantagens e facilidades para o caminho do céu. Infelizmente vivemos em uma época de grande decadência espiritual, estamos vendo uma grande variedade de ministérios e igrejas que se multiplicam a cada dia, e estão atraindo milhares de pessoas. Mas, a grande problemática é que boa parte desses ministérios e igrejas, não estão comprometidos com o Reino de Deus. Muitos lideres religiosos distorcem a palavra de Deus para agradar os seus ouvintes e massagear seu ego, entrando no caminho da apostasia e levando multidões após si. Sobre isto diz a palavra de Deus: E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita (II Pe.2.1-3). Infelizmente, estamos vivendo esta realidade em nossos dias.

1- NÃO SUPORTA OUVIR A SÃ DOUTRINA.

Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas (II Tm.4.3,4).

2- NÃO SUPORTA A CORREÇÃO.

Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos (Hb.12.6-8).

3- NÃO LUTA CONTRA O PECADO.

Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue (Hb.12.4 NVI).
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas, 3).

4- NÃO ANDA EM SANTIDADE.

Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade (II Tm.2.19).

5- NÃO DESEJA O LEITE RACIONAL (A Palavra de Deus).

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo (I Pe.2.2).

6- COMUNICA-SE COM AS OBRAS DAS TREVAS.

E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as (Ef.5.11).

7- ESTÁ CONFORMADA COM O SISTEMA DO MUNDO.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm.12.2).

8- TEM AMIZADE COM O MUNDO.

... Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg.4.4).

9- SÃO MORNOS ESPIRITUALMENTE.

Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca (Ap.3.15,16).

10- FORAM SEDUZIDOS POR ESPÍRITOS ENGANADORES.

O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada (I Tm.4.1,2).

CONCLUSÃO:
O ensino ortodoxo da palavra de Deus nos dias atuais tem sido raro. O modismo, as inovações e o sensacionalismo tem invadido nossos púlpitos e levado muitos crentes a se tornarem apostatas. A apostasia tem se tornado algo comum em nossos dias, muitos já apostataram a fé e permanecem na igreja. Há muitos crentes nominais, cultuando ativamente e até ministrando, mas são verdadeiros adúlteros da palavra de Deus. É tempo de despertarmos e voltarmos ao altar da Palavra e da oração. Diante de toda apostasia que permeiam a igreja, há um remanescente fiel que não abre mão da genuína doutrina da Palavra de Deus. Amém! 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

JESUS, O APÓSTOLO DA NOSSA CONFISSÃO.

Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão (Hb.3.1).

O escritor da carta aos hebreus, fixa sua mensagem em Cristo. Ele procura provar que a lei de Moisés e seus rituais eram apenas sombras do que havia de vir; e mostra que Jesus Cristo é a real imagem daquilo que era apenas sombras. Jesus é revelado na carta aos hebreus como o cumprimento do tipo, Ele é o antítipo e a realidade daquilo que era alegórico. Falando sobre a grandeza de Cristo, o escritor começa a partir do capítulo 3 mostrando que Cristo é superior a Moisés, e o apresenta como Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, em quem devemos fixar nossos pensamentos.

JESUS COMO NOSSO APÓSTOLO.

A palavra “apóstolo” significa “enviado”. A primeira vez que ela aparece na Versão Almeida Revista e Corrigida é em Mt.10:2, quando o evangelista aponta o nome dos doze apóstolos. A noção que se tem de “apóstolo”, portanto, é daquele que é enviado diretamente pelo Senhor Jesus para realizar a obra da pregação do Evangelho para expansão do Reino de Deus através da mensagem de salvação.

É neste sentido que o próprio Senhor Jesus é chamado de apóstolo, como se lê em Hebreus 3.1, quando Cristo é chamado de “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão”. Ninguém teve maior condição de apóstolo que o próprio Jesus que, por diversas vezes, enfatizou que havia sido enviado pelo Pai (Mt.10:40; Mc.9:37; Lc.4:18; 9:48; 10:16; Jo.3:17; 4:34; 5:23,24,30,36-38; 6:29,38-40,44,57; 7:16,18,28,29,33; 8:16,18,26,29,42; 9:4; 10:36; 12:44,45,49; 13:16,20; 14:24; 15:21; 16:5; 20:21). Jesus como Apóstolo enviado pelo Pai, veio trazer a graça e a verdade para o povo (Jo.1:17), foi enviado para este mundo a fim de que o mundo pudesse ser salvo por Ele (Jo.3:17). Depois de termos crido nele, podemos declarar e confessar diante do mundo, que Ele é o Apóstolo da nossa salvação.

JESUS COMO NOSSO SUMO SACERDOTE.

Jesus Cristo, como Sumo Sacerdote, ministro do santuário, ofereceu ao Pai um único sacrifício, que nos garantiu de uma vez por todas a nossa salvação. Como Sumo Sacerdote, Ele intercede ao Pai por nós, e nos torna aceitáveis diante de DEUS. Para assumir este tão elevado ofício, o escritor aos hebreus nos diz que: Ele tornou-se participante conosco das mesmas coisas, sendo semelhante em tudo, sentindo nossas dores e fraquezas, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote. Porque, naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados (Hb.2.14-18). Em continuação acerca do sacerdócio de Cristo, o escritor aos hebreus diz: Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hb.4.14-16). O sacerdócio de Cristo é eterno, Ele vive e intercede por nós junto ao Pai (Hb.7.24,25). Amém! 

CONCLUSÃO:

O escritor aos hebreus é o único que apresenta Jesus como Apóstolo e Sumo Sacerdote. Como Apóstolo, Jesus é o precursor e protagonista da nossa salvação. Como Sumo Sacerdote, Ele é o nosso Mediador e Intercessor diante de Deus Pai. Amém!