domingo, 3 de julho de 2016

" O MEU CRISTO " (Poesia).

O mundo religioso tem se tornado um mundo de engano, em nome Deus muitos estão negociando a fé através da mídia e outros meios e seguimentos religiosos, usando a religião e explorando a fé dos incautos. O nome de Cristo tem sido blasfemado e usado como um show business, há cristos para todos os gostos e épocas. Cristo é comemorado e aplaudido durante todo o ano, através das festas tradicionais, do teatro e do cinema.
Esta poesia vai nos mostrar vários tipos de cristos que são criados pela imaginação humana, porém só existe um Cristo verdadeiro e este é Jesus o Messias, o Ungido, enviado de Deus, o Cristo que é Senhor e Salvador.

                                                 * O MEU CRISTO *

Neste mundo há muitos cristos, de muitas formas, de várias cores e de vários tamanhos,

Cristos inventados.

Cristos moldados.

Cristos tristes.

Cristos desfigurados.

Há cristos para cada gosto, cada objetivo, cada projeto.

Há o cristo das belas artes, um motivo como tantos outros para expressar uma forma ou exibir uma escola, pelo próprio homem criada. É o cristo só para se ver, analisar ou criticar, para exaltar o autor, o seu talento, sua invencionice.

Há o cristo da literatura, da prosa, do verso, da fama, do estilo famoso, do best-seller. É o cristo de pretexto, que serve de texto dentro de um contexto, que ajuda o seu autor a faturar mais, ser mais lido e procurado.

Há o cristo das cantigas, deturpado, maltratado e irreverentemente tratado. Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas. É cantado nos salões e circula aos milhões como mercadoria para enriquecer a muitos. É o cristo de algibeira, fabricado como produto de consumo.

Há até o cristo do cinema e do teatro, sucesso absoluto de bilheteria. É a expressão da arte moderna fazendo a caricatura do maior personagem da história. É o cristo musicado, martirizado, encenado. É o cristo para o espetáculo, para os olhos, para os ouvidos, para o lazer, para a higiene mental.

Há o cristo do crucifixo, de pedra, de mármore, de madeira, de metal, de ouro e até mesmo de cristal. É o cristo para a aparência, para o colo da mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico. É apenas ornamento ou simples decoração, embora, alguns lhe prestem culto, ele não vê, não ouve e não entende.

Há, também, infelizmente, o cristo de certos cristãos que ainda o tem no túmulo, e ainda conservado na tumba dura e fria. É o cristo que não vive porque os seus adoradores ainda estão mortos, sem despertar para a vida nova, a vida do próprio Cristo, da qual, ainda, lamentavelmente, não se apossaram.

O meu Cristo não é nenhum desses! O meu Cristo é o Filho de Deus que nasceu, cresceu e sofreu, foi condenado à morte e sepultado por causa dos meus pecados. O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura! Ele ressuscitou, subiu ao céu e reina à direita do Pai!

O meu Cristo é cultuado, admirado e adorado porque está vivo e bem vivo! Meu Cristo vive nas parábolas que proferiu! O meu Cristo vive nos ensinos que deixou! O meu Cristo vive nos atos que realizou! O meu Cristo vive nas almas que salvou!

O meu Cristo vive, não tenho dúvidas, porque o meu Cristo vive em mim!

Autor da poesia: Jonathas Braga.