sexta-feira, 28 de julho de 2017

A Pessoa do Espírito Santo.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim (João, 14.16,17; 15.26).

O Espírito Santo não é uma força ativa de Deus como alguns grupos religiosos acreditam. O Espírito Santo também não é simplesmente a terceira manifestação de Deus, como alguns pensam. Ele é o próprio Deus em essência e poder. As Escrituras Sagradas revelam a identidade do Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua personalidade plena.

A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO.

O Espírito Santo é chamado por Jesus de "outro Consolador" (Jo.14.16). O termo grego para "Consolador" é parácleto, que significa amparador, ajudador, advogado.
A paracletologia como estudo do Espírito Santo, divide-se em dois períodos: Antigo e novo Testamento. No Antigo Testamento, as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas, específicas e restritas. Ele se manifestava em circunstâncias especiais. No Novo Testamento, Ele veio de forma abrangente e total. Antes tinha-se um conhecimento limitado do Espírito Santo; pois o viam como um poder impessoal vindo da parte de Deus. Porém, no Novo Testamento, essa ideia foi aclarada, quando Ele se manifestou de modo pessoal, racional e direto, ainda que invisível.
A sua natureza é essencialmente divina, ele não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal, acima de tudo ele é Deus. Pedro disse a Ananias: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? ... Não mentiste aos homens, mas a Deus (Atos, 5.3,4).

A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO.

Deidade é o conjunto de forças ou intenções que materializam a divindade. A deidade é a fonte de tudo aquilo que é divino. A deidade é característica e invariavelmente divina.

A palavra "deidade" deriva do latim "deus”. Relacionando os conceitos de céu ("divum", em latim) e dia ("dies"), além de estar relacionada ao termo "divino" e "divinidade," no latim "divinus," oriundo de "divus."

Onipotência     _ Lucas, 1.37
Onisciência     _  Salmos, 139.2-6
Onipresença   _ Salmos, 139.7-10
Eternidade      _ Hebreus, 9.14
Santidade       _ Romanos, 1.4
Verdade          _ João, 16.13
Bondade         _ Neemias, 9.20 

A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO.

Atividades pessoais que identificam a personalidade de Espírito Santo:

Fala                  (Atos, 8.29).
Ensina              (João, 14.26).
Guia                 (João, 16.13).
Entristece         (Efésios, 4.30).
Orienta             (Atos, 16.6,7).
Ama                 (Romanos, 15.30).
Intercede          (Romanos, 8.26).
Decide             (Atos, 15.28).
Determina        (Atos, 13.1,2).
Constitui          (Atos, 20.28).
Revela              (Atos, 20.22,23).
Tem ciúmes     (Tiago, 4.5).
Desiste             (Gn.6.3).
Testifica           (Jo.15.26).
Consola           (Atos, 9.31).
Convence        (Jo.16.7,8).
Glorifica         (Jo.16.14).

NOMES QUE IDENTIFICAM O ESPÍRITO SANTO.

No Antigo Testamento.

Espírito de Deus                    (Gn.1.2).
Espírito do Senhor Jeová       (Is.61.1).
Espírito do Senhor                 (Is.11.2).
Espírito de Sabedoria             (Is.11.2).
Espírito de Inteligência          (Is.11.2).
Espírito de Conselho              (Is.11.2).
Espírito de Fortaleza              (Is.11.2).
Espírito de Conhecimento     (Is.11.2).
Espírito de Temor ao Senhor (Is.11.2).
Espírito da Graça                   (Zc.12.10).
Espírito de Súplica                 (Zc.12.10).
Espírito Santo                         (Sl.51.11).
Bom Espírito                          (Ne.9.20; Sl.143.10).

No Novo Testamento.

Espírito de Deus         (Rm.8.14).
Espírito do Senhor      (II Co.3.18).
Espírito de Cristo       (Rm.8.9).
Espírito de Jesus        (At.16.7).
Espírito do Pai           (Mt.10.20).
Espírito de Adoção    (Rm.8.15).
Espírito da Promessa (Ef.1.13).
Espírito da Verdade   (Jo.14.17).
Espírito da Glória      (I Pe.4.14).
Espírito de Vida         (Rm.8.2).
Espírito de Profecia   (Ap.19.10).
Espírito Eterno          (Hb.9.14).
Consolador                (Jo.15.26).

CONCLUSÃO:
É difícil sugerir que um dos títulos ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo o que o Espírito Santo faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto um propósito especial do Espírito Santo, sem o qual não haveria sentido a sua ação na terra: O Espírito Santo é o penhor que garante a nossa futura herança em Cristo. Está escrito: Em quem (Cristo) também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo Nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória (Efésios, 1.13,14). Amém!