sábado, 2 de junho de 2018

O PREGADOR UNGIDO.

O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus ... (Isaías, 61.1,2).

O profeta Isaías, conhecido como o profeta messiânico, pelo fato de ser o profeta que mais profetizou acerca do Messias. Ele profetizou antevendo desde o nascimento do Messias, até a sua morte na cruz. O escritor Lucas nos informa que no início do ministério de Jesus, Ele entrou em uma sinagoga em Nazaré, e foi lhe dado o rolo (livro) do profeta Isaías, ao abri-lo Ele ler exatamente no texto que estava escrito a seu respeito, e terminando de ler, diz a todos: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos (Lucas, 4.16-21). 
Jesus foi o pregador mais ungido que pisou aqui nesta terra. O livro de Atos nos informa: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele (Atos, 10.38). A unção é evidenciada pela autoridade daquele que fala, e para ter esta autoridade é preciso viver o que prega. Quando Jesus terminou de pregar o seu celebre sermão da montanha, o maior sermão de todos os tempos, o evangelista Mateus diz: E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas (Mateus, 7.28,29). 
A pregação de Jesus era diferente dos discursos proferidos pelos escribas e fariseus, a sua pregação era superior à dos grandes filósofos e intelectuais da sua época. As multidões se aglomeravam para ouvi-lo, as suas pregações e ensinos impactavam as vidas das pessoas que ouviam; ninguém resistia as palavras ungidas que saiam dos seus lábios. A sua pregação causou uma revolução e começou a incomodar as autoridades, a ponto de mandarem prendê-lo. Por ordem dos fariseus e dos principais dos sacerdotes, os oficiais foram impedir a pregação de Jesus e prendê-lo. Ao ouvi-lo, ficaram pasmados e sem forças para prendê-lo. Retornaram para os seus superiores e eles lhes perguntaram: Por que o não trouxestes? Eles responderam: Nunca homem algum falou assim como este homem (João, 7.32,45,46). Jesus falou o que ninguém nunca falou, a sua palavra penetrava nos corações e mudava as vidas e os comportamentos das pessoas.

CINCO REQUISITOS PARA SER UM PREGADOR UNGIDO:

1. Ser um obreiro aprovado e manejar bem a palavra de Deus.

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (II Timóteo, 2.15).
O preparo teológico se faz necessário, mas não podemos dispensar a capacitação Divina. Precisamos estudar a ponto de sermos obreiros aprovados, mas precisamos, de igual modo, dobrar os joelhos e pedirmos o poder do Espírito Santo. 

2. Viver uma vida de oração e comunhão com Deus.

E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia apalavra de Deus (Atos, 4.31). 
A obra de Deus não pode ser feita de forma mecânica e superficial, precisamos orar e ter comunhão com Deus. Não haverá pregação poderosa para o crescimento da igreja sem que não haja oração e comunhão com o Espírito Santo.  

3. Depender inteiramente da direção e ação do Espírito Santo.

E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia, intentaram ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lhe permitiu (Atos, 16.6,7).
A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder (I Coríntios, 2.4).
Quando um pregador se acha muito preparado e confiante em si mesmo, e não depende mais do Espírito Santo, ela passa a ser um profissional de púlpito e fica totalmente desprovido da graça e da unção de Deus na vida.  

4. Nunca se exaltar e sempre atribuir a glória para Deus.

João respondeu e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu. É necessário que Ele cresça e que eu diminua (João, 3.27,30).
Muitos pregadores que começaram humildes, com passar do tempo perderam a simplicidade e passaram a se comportar como estrela no meio do povo de Deus. E o mais grave é que alguns se exaltam e querem atribuir os méritos e a glória para si. Muitos pregam, mas não tem aprovação de Deus. Pregam um discurso vazio, desprovido da graça de Deus. 

5. Viver o que prega.

Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude (I Coríntios, 4.20).
Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? (Romanos, 2.21,22).
Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade (Tiago, 2.12). Este é um dos maiores problemas dos pregadores da atualidade, muitos demonstram uma santidade extrema no púlpito, mas fora tem um comportamento contraditório, totalmente diferente do que prega. Isto é pura hipocrisia.

Há três classes de pessoas infelizes:
As que não sabem e não querem aprender.
As que sabem e não ensinam.
As que ensinam e não praticam.

Conclusão: 
Não podemos falar ao povo apenas da plenitude da nossa cabeça e do vazio do nosso coração. Precisamos ter a mente cheia da verdade e o coração aquecido pelo fogo do Espírito. Precisamos pregar a ortodoxia da palavra e transmitir o conhecimento da palavra mediante o poder de Deus. Precisamos da capacitação do Espírito Santo para sermos embaixadores de Deus na terra. Precisamos do poder de Deus para pregarmos com eficácia aos homens!