domingo, 8 de novembro de 2020

UM PREGADOR NO DESERTO.

E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus. Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados (Mt.3.1,2,5,6).

No tempo de João Batista, os que se diziam profetas e grandes conhecedores da Torá, como os escribas e fariseus, procuravam o grande centro religioso que era Jerusalém, para pronunciarem seus discursos vazios e sem vida. Porém, João Batista, como verdadeiro profeta do Senhor, ficava no deserto e o povo o procurava para ouvir a Palavra de Deus da sua boca. O verdadeiro profeta que tem unção de Deus, atrai o povo para ouvir a Palavra e não se preocupa com mídia, com aplausos e adulações. Hoje, na atualidade, muitos que se dizem profetas e pregadores da Palavra, estão buscando os grandes centros e as grandes multidões. Muitos estão querendo ibope, mídia, elogios, aplausos e bajulações. Muitos estão pregando por puro interesse, na intenção de engordarem a sua conta bancária. Mas, Deus ainda busca usar os João Batista que estão comprometidos com o Reino. A pergunta é: Onde estão os verdadeiros profetas da Palavra deste século? Onde estão os João Batista da atualidade? O pregador comprometido com a Palavra e com o Reino de Deus, ele prega nos grandes centros onde estão as multidões, mas também prega no deserto para uma única pessoa, como o evangelista Filipe. Filipe pregou no deserto de Gaza para um etíope, um eunuco, que era mordomo de Candace, rainha dos etíopes. Este homem era ministro da fazenda e estava voltando da adoração em Jerusalém, na sua carruagem vinha lendo o livro do profeta Isaías, quando Filipe o encontrou e explicou-lhe a Escritura (Atos, 8.26-40). Porque a intenção do pregador chamado por Deus é ganhar almas para o Reino de Deus, e deixar a glória de Deus aparecer, nunca ele. Que sejamos pregadores das multidões, mas que também preguemos para um pequeno grupo ou para uma única pessoa, que seja tudo para glória de Deus.

É melhor ser voz de Deus no deserto, do que pregar belos discursos nos grandes templos e catedrais vazios de Deus, sem a unção do Espírito.