segunda-feira, 2 de maio de 2016

O CAMPEÃO DA HUMILDADE


Levantou-se Jesus da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido. Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, faças vós também (João.13.4,5,12-15).

Poucas horas antes de sua morte, Jesus se reuniu com os apóstolos para participar da Páscoa. Ele sabia que estaria deixando estes companheiros para cumprir a sua missão na cruz e, logo depois, voltar ao Pai. Com certeza, ele queria aproveitar ao máximo estas últimas horas. Depois de três anos de trabalho com estes homens, que tipo de mensagem ele destacaria? Poderíamos imaginar estudos intensivos sobre doutrinas principais, ou eloquentes discursos sobre a natureza e o caráter de Deus. Tais assuntos são importantes, e parecem tópicos dignos das últimas horas do Mestre. Porém, ele preferiu dar-lhe uma lição de humildade.
Os apóstolos se reclinaram à mesa para participar da ceia quando Jesus se levantou, pôs água numa bacia, pegou uma toalha, e começou a lavar os pés deles. Com tantas coisas importantes que poderia falar, Jesus tomou tempo para lavar os pés dos discípulos. Jesus colocou-se na posição de servo, sendo Ele Mestre e Senhor. Havia um costume naquela época em que o empregado da casa (servo), deveria lavar os pés dos visitantes, Jesus sendo Deus, fez-se servo de todos para nos dá o exemplo de humildade.

POR QUE JESUS LAVOU OS PÉS DOS APÓSTOLOS? 

Alguns lideres religiosos têm usado este texto para justificar uma cerimônia de lavagem de pés no culto da igreja. Este ritual nunca fez parte da liturgia da igreja primitiva, jamais encontramos tal prática nas reuniões da igreja do primeiro século. Esta pratica ritualista de lava pés na atualidade, perde o significado mais profundo do ato de Jesus. Quando o Mestre decidiu lavar os pés dos seus discípulos, nesta ocasião, Ele ensinou pelo menos, duas lições importantes: Purificação e humildade.

PURIFICAÇÃO - Para ter comunhão.

Quando Jesus chegou a Pedro, este recusou a lavagem de pés, mas, quando Jesus falou que precisava ser lavado para ser participante Dele, Pedro mudou de ideia: "Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça" (João 13:9). Se precisava de purificação para estar em comunhão com Cristo, Pedro não queria arriscar a rejeição pelo Senhor. Jesus explicou que só precisava lavar o que ainda estivesse sujo. Assim ele comentou sobre o grupo dos apóstolos. A maioria já estava purificado, mas nem todos. Judas Iscariotes não manteria comunhão com Cristo porque seu coração foi dominado por Satanás. Sem a santificação, "ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14).

HUMILDADE - Para servir.

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus disse: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou" (João 13:14-16). Jesus se esvaziou, deixando a glória do céu, para servir aos homens (Filipenses 2:5-8). Ele mostrou que nós devemos nos humilhar para servir aos outros. Como ele lavou os pés dos seus discípulos, nós devemos procurar oportunidades para humildemente servir uns aos outros.

FRASES SOBRE HUMILDADE:

- Cada vez que você subir um degrau na vida, desça dois na humildade.
- A humildade é o caminho da sabedoria.
- Vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria (Pv.11.2).
- Sem humildade, não serviremos como deveríamos.
- Sem humildade não seremos verdadeiros seguidores de Cristo.
- Sem humildade não buscaremos realmente a verdade.
- Sem humildade não reconheceremos nossos próprios defeitos.
- A falta de humildade nos leva a enganar nosso próprio coração, para não vermos nossos erros.
- Os orgulhosos querem ser grande e cobiçam posição de influência, mas os humildes esperam o seu tempo.
- O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, mas os humildes está sempre aprendendo.
- Os soberbos não querem depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus; mas os humildes reconhece que dependemos uns dos outros, principalmente de Deus.

* Quem não vive para servir não serve para viver.
Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc.10.45).

CONCLUSÃO:
Vivemos uma época em que as pessoas estão em busca de fama e reconhecimento. Muitos querem estar na mídia, na mira dos holofotes, sendo o centro das atenções e recebendo aplausos do publico. A humildade para muitos é algo sem valor, muitos preferem estar por cima, querem ser servidos, mas não querem servir. Se somos honrados e destacados por nossos feitos e talentos, não há nada de errado nisto. Porém, diz a bíblia: Antes de quebrantado, eleva-se o coração do homem; e, diante da honra, vai a humildade (Pv.18.12). Devemos nos esforçar para que o poder e a glória humana não venham a nos dominar, que possamos ser humildes e seguir o exemplo de Jesus, nosso Mestre e Senhor. Amém!   

quinta-feira, 28 de abril de 2016

A BÊNÇÃO DA UNIÃO (Salmo 133).

Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre (Salmo 133).

Neste salmo Davi enfatiza e celebra o valor da união entre os irmãos, ele também faz algumas comparações para exemplificar a excelência do amor fraternal que deve existir entre uma irmandade.
A união é primordial e deve existir em todos os seguimentos sociais, seja na família, seja na política, seja na religião, principalmente na Casa de Deus (igreja), entre os irmãos. É impossível haver prosperidade sem união; fica impraticável um grupo de pessoas atingirem uma meta e vencerem juntas se não houver união entre si. A união é indispensável para que as bênçãos de Deus sejam derramadas no meio do seu povo.

AS DUAS COMPARAÇÕES:

ÓLEO (Balsamo).

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes (Vers.2).
O salmista faz uma comparação do ministério sublime do sacerdote Arão, cuja unção e serviço visavam manter o povo em perfeita comunhão com Deus e entre si. O óleo da unção derramado sobre a cabeça do sacerdote lhe proporcionava uma sensação de conforto e segurança. O óleo balsâmico derramado sobre a cabeça de Arão, saturava os cabelos, a barba, e descia pelas suas vestes, em sinal de total consagração de sua vida ao serviço santo do SENHOR.

O óleo, símbolo do Espírito Santo, tem a ver com unção (autoridade espiritual).
E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção (Is.10.27).

O óleo só é derramado sobre as vestes brancas.
Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça (Ec.9.8).

ORVALHO (Refrigério).
 
Monte Hermom, significa montanha sagrada.
Segundo a geografia bíblica, o monte Hermom é uma majestosa cordilheira montanhosa, que tem cerca de 24 km. de extensão e se eleva a mais de 2.800 metros acima do nível do mar.
Este monte é o ponto mais alto de Israel, ele fica localizado no extremo norte de Israel, fazendo fronteira com a Síria e o Líbano. Ele é constantemente coberto de neve, pelo orvalho que desce durante quase o ano inteiro sobre o seu cume. O seu degelo favorece uma boa fertilização, regando e dando vida a toda terra e pequenos montes em redor, inclusive o rio Jordão, onde ao pé do monte tem a sua nascente. 
O Monte Hermom foi chamado também de Baal-Hermom (Jz.3.3; 1Cr.5.23). Seu nome aparece na poesia hebraica (Sl.89.12; 133.3; Ct.4.8). É o "alto monte" de Mt.17.1; Mc.9.2 e Lc.9.28, o monte da transfiguração. 

Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre (Vers.3). 
O orvalho é uma evocação das bênçãos perene do Senhor para o seu povo.
O orvalho abundante que se projetava e descia do monte Hermom fazia que as terras e os montes de Sião fossem ricamente frutíferos. Da mesma maneira, a união fraternal do povo de Deus, fará um povo forte e frutífero. Essas metáforas revelam claramente que as bênçãos de Deus flui ricamente sobre os crentes que vivem em união. Só assim o SENHOR libera as suas bênçãos e a vida para sempre. Amém!

O orvalho como símbolo do Espírito Santo, refrigera nossa alma; e como palavra de Deus, nos fortalece. Assim está escrito: Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca. Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva (Dt.32.1,2).

SEIS BÊNÇÃOS QUE PROVEM DA UNIÃO:

1. Bondade.

2. Prazer.

3. Unção.

4. Frutificação.

5. Favor de Deus.

6. Vida eterna.

Finalmente, precisamos viver unidos, há uma frase do celebre revolucionário, Martin Luther King, que diz: “Aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.”
Viver em união se constitui uma fonte de bênçãos para aqueles que praticam o amor fraternal, desta forma haverá harmonia e prosperidade sem medida. Amém!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

SERMÕES QUE OS PREGADORES DEVEM EVITAR

Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a palavra... (2Tm.4.1,2).

Paulo estava intimando o seu discípulo amado, e passando para ele o bastão da responsabilidade. A recomendação de Paulo para o jovem pregador Timóteo foi para que ele pregasse a palavra, sempre.
Nos dias atuais nós temos percebido que há três tipos de pregadores: Há os pregam fora da palavra, há os que pregam sobre a palavra e há os que pregam a palavra. Este último é o correto, é o verdadeiro.

TIPOS DE SERMÕES:
Tradicionalmente encontramos, praticamente em todas as obras de homilética, três tipos básicos de sermões:

TEXTUAL.  

É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal, que será dividido em tópicos. No sermão textual as ideias principais são retiradas do próprio texto escolhido pelo pregador.

TEMÁTICO.

É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que permite a utilização de vários textos bíblicos.

EXPOSITIVO. 

É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aulasobre o texto, uma análise pormenorizada e exploratória do texto sagrado. Este tipo de sermão requer do pregador um pouco mais de cultura teológica e condições de se aprofundar no contexto bíblico, normalmente com recursos da exegese e da hermenêutica. O sermão expositivo é o método mais difícil, normalmente utilizado por pregadores que se dedicam à leitura e ao estudo diário e contínuo da bíblia, tendo em vista que exige tempo de preparo e estudo do texto buscando sua melhor e mais fiel interpretação, o que envolve pesquisa arqueológica e histórica do contexto bíblico, bem como, comparação de textos, busca pelo significado bíblico das expressões do texto, etc. Contudo, o resultado é muito proveitoso, produzindo real cultura e conhecimento bíblico, contudo vale lembrar neste tipo de sermão também é fundamental a preocupação com a aplicabilidade deste conteúdo na realidade atual. Sua releitura para a sociedade e igreja de hoje, bem como para a vida de cada ouvinte. 

12 TIPOS DE SERMÕES QUE DEVEM SER EVITADOS: 

1) O “Sermão Infundado”: Quando o pregador deixa o texto mal entendido para congregação e prega um assunto sem fundamento, fora do texto.

2) O “Sermão Trampolim”: Quando o pregador ignora o texto e passa para outros, sem ter ligação nenhuma com o texto escolhido.

3) O “Sermão Mascarado”: Quando o pregador despreza a riqueza do texto doutrinário e explica de forma superficial. 

4) O “Sermão Salada”: Quando o pregador apenas menciona o texto bíblico e fala sobre vários assuntos.

5) O “Sermão Privado”: Quando o pregador aplica o texto somente para ele e não alcança o publico.

6) O “Sermão Hipócrita”: Quando o pregador não vive o que prega, aplica o texto para todos, menos à ele.

7) O “Sermão Desajustado”: Quando o pregador não consegue explicar o texto a ponto da congregação presente entender.

8) O “Sermão Irrelevante”: Quando o pregador aplica um texto a um publico diferente, que não tem nada a ver.

9) O “Sermão Sem Compaixão”: Quando o pregador aborda o texto só sobre o juízo, e não fala sobre a misericórdia.

10) O “Sermão Sem Poder”: Quando o pregador prega um bom sermão, mas não consegue atingir os corações dos ouvintes. 

11) O "Sermão Sem Bíblia" : Quando o pregador utiliza apenas o texto, cita muitas fontes extra bíblica, menos a bíblia.

12) O “Sermão Sem Cristo”: Quando o pregador consegue ver tudo no texto, menos Cristo, o Salvador.

Que possamos pregar a bíblia, a palavra de Deus, nas mais variadas formas e tipos de sermões, porém, de forma eficiente, aplicando sempre o texto com coerência, para não corrermos o risco de uma má interpretação, criando com isso uma heresia. 
Louvado seja Deus, pela vida dos pregadores. À Deus seja a glória. Amém!