sexta-feira, 1 de março de 2024

A TRÍPLICE MENSAGEM DE JESUS.


E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o Evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho (Mc.1.14,15).

Enquanto o ministério de João Batista estava terminando, por causa da sua prisão, Jesus estava iniciando seu ministério. Jesus veio para região da Galileia pregando o evangelho do Reino de Deus e na sua mensagem ele dizia ao povo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho. A pregação de Jesus tem uma tríplice mensagem: (1) O tempo está cumprido. (2) O Reino de Deus está próximo. (3) Arrependei-vos e crede no evangelho. 

1- O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO.

O tempo está cumprido, significa dizer que, Jesus chegou na plenitude dos tempos para cumprir todas as profecias que apontavam para o Messias e Redentor que havia de vir. Sobre o tempo perfeito para a chegada do Redentor, Paulo diz: Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gl.4.4,5). O tempo cumpriu-se plenamente na pessoa de Jesus Cristo, Ele é o real cumprimento da promessa feita no Éden a quatro mil anos (Gn.3.15).

2- O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO.

O Reino de Deus é universal, Ele reina sobre tudo e sobre todos. O salmo 93, diz: O SENHOR reina; está vestido de majestade; o SENHOR se revestiu e cingiu de fortaleza; o mundo também está firmado e não poderá vacilar. O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade (Sl.93.1,2).

Deus reinou sobre a nação de Israel por muito tempo, e a nomeou como um reino sacerdotal. E vós me  sereis reino sacerdotal e povo santo... (Ex.19.6). 

Jesus veio com o propósito de implantar o Reino de Deus, que até então só havia se manifestado de forma parcial sobre a nação de Israel. O reino de Deus só será pleno, com vinda de Jesus em glória, quando Ele estabelecer o Milênio, e Ele será Rei e Regente de todos os povos, reinos, línguas e nações.

No Antigo Testamento não houve nenhuma manifestação de espírito imundos, mesmo eles estando atuando no interior das pessoas. Observe que, no A.T. não há nenhum registro de um homem de Deus expulsando demônios das pessoas. Esta realidade só começou acontecer com a chegada do Reino de Deus. Em certa ocasião, Jesus curou um endemoninhado cego e mudo, quando o demônio foi expulso ele passou a ver e a falar. Logo os fariseus censuraram a Jesus, e atribui-lhe que Ele expulsava os demônios por Belzebu, príncipe dos demônios. Ao que Jesus lhes respondeu: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o sei reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsaram, então, os vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo ´r chegado a vós o Reino de Deus (Mt.11.22-28). 

Quando Jesus foi interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque o Reino de Deus está entre vós (Lc.17.20,21). 

Na época de Paulo, os cristãos ainda tinham dúvidas sobre o que seria o Reino de Deus. Então, Paulo disse: O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm.14.17). Escrevendo aos coríntios, Paulo diz: O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude (I Co.4.20). 

A expressão, Reino de Deus, não aparece no A.T. esta expressão surge com Jesus Cristo. O Reino de Deus veio para confrontar o reino de Satanás, que até então, havia um total domínio do reino das trevas. Mas, chegando o Reino de Deus, a guerra foi travada, Jesus veio para desfazer as obras do Diabo (I Jo.3.8). 

Existem três tipos de reinos:

1- O reino dos homens.

2- O reino de Satanás.

3- O Reino de Deus.

Todo reino tem um rei, e todo o rei têm os seus súditos, para lutarem e defenderem o reino. 

Todos os que creem e aceitam a mensagem do Reino através do arrependimento, passam a fazer parte do Reino de Deus. 

O reino de Deus se manifesta todas as vezes que há salvação de almas, curas, libertações, e total manifestação do poder de Deus. 

O Reino de Deus chegou e a guerra está travada contra o reino de Satanás, agora é a vez do mais forte (Jesus Cristo) amarrar o valente (Satanás), e libertar almas das suas guaras. Tirando-as do domínio das trevas e trazendo-as para o Reino de Deus. Amém! 

3- ARREPENDEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO.

A pregação do arrependimento sempre deve acompanhar a mensagem do evangelho. A mensagem do arrependimento foi pregada por João Batista, por Jesus Cristo, pelos apóstolos e pelos cristãos. O termo "arrependimento" no grego é "metonoeo", que significa "voltar-se ao contrário", dar uma volta completa. Tratar-se abandonar o pecado e voltar-se para Cristo. 

Arrepender-se é tomar uma decisão de abandonar totalmente o pecado e aceitar a Cristo como Salvador e Senhor da nossa vida. Consequentemente arrependimento envolve uma troca de senhores; do senhorio de Satanás para o senhorio de Cristo. Arrependimento envolve fé: "Arrependei-vos e crede no evangelho". A fé e o arrependimento que não inclui um rompimento total com o pecado, não tem efeito nenhum para salvação em Cristo. Arrepender-se e voltar-se para Cristo, é condição necessária para entrar no Reino de Deus. 

Pedro foi enfático quando disse: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos d o refrigério pela presença do Senhor (At.3.19). Todos os que se arrependem e se convertem de coração, estão aptos para entrar no Reino de Deus. 

Arrependimento, é voltar-se para Cristo e fazer parte no Reino de Deus. Isto requer esforço e renúncia. Amém! 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Cinco Qualificações Não Aprovadas Para Ministério Pastoral.


Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (II Tm.2.15).

Não são poucos os obreiros desqualificados que são chamados para o ministério de pastor. Obreiros têm muitos, mas os aprovados por Deus são poucos. Infelizmente a chamada para o ministério de pastor, bispo e presbítero vem sendo banalizada em muitos ministérios e convenções. Ao longo da história da igreja, principalmente em momento de crise espiritual e moral, o ministério pastoral vem sofrendo com a relativização de algumas qualificações e valores imprescindíveis para o exercício ministerial. Nos dias atuais, a maioria das igrejas locais escolhe seus líderes baseada em uma das cinco qualificações errôneas abaixo relacionadas.

1- PADRINHO.

A aptidão para o ministério pastoral que envolve todas as qualificações morais citadas pelo apóstolo Paulo, em I Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 na maioria das vezes não são postas em praticas. Na verdade está havendo uma banalização na escolha para o ministério de pastor. Muitos estão chegando ao cargo de pastor através de apadrinhamentos, articulando seus chegados para alcançarem o tão desejado ofício. Padrinhos é o que não falta nos ministérios, para promoverem obreiros desqualificados, muitas vezes por troca de favores. Infelizmente, isto é fato.  

2- POPULARIDADE.

A popularidade e um bom carisma, mesmo que tenha um mau caráter, é tolerável e aceito por muitos para o cargo de pastor. Por exaltarem entusiasmo, carisma, capacidade de conquistar amigos e influenciar pessoas, muitos, sem nenhuma vocação para o ministério, são escolhidos e colocados em cargos de liderança pastoral. Por esta má escolha a igreja do Senhor vem sofrendo por não ser verdadeiramente pastoreada por um verdadeiro homem de Deus.

3- PROSPERIDADE.

A prosperidade financeira, nunca foi requisito para o ministério de pastor. Muitos encontraram o caminho para a liderança porque são bem-sucedidos financeiramente. Não há nada de errado com a riqueza lícita, nem em ser um líder rico, desde que seja um rico vocacionado para o ministério. Tentar agradar e colocar um rico no ministério de pastor, por causa do seu padrão de vida e seu dízimo de valor elevado, se constitui um grande erro. Isto é uma atitude reprovável à luz dos critérios bíblicos estabelecidos. 

4- POSTERIDADE.

O nepotismo religioso tem se tornado moda nos grandes ministérios e convenções. Ao se aposentar (jubilar) ou morrer, muitos pastores que presidem um grande rebanho, deixam os filhos ou parentes como seus sucessores, sem, contudo, considerar as devidas qualificações bíblicas para o ministério dos mesmos a serem escolhidos para um cargo de grande relevância. Tais líderes geralmente mantêm a igreja enraizada no seu estilo de liderança e querem dá continuidade através dos seus filhos ou parentes ao assumirem a liderança da igreja. Com isso, muitos obreiros ficam frustrados e passam a não mais acreditar no verdadeiro chamado de Deus. 

5- POLÍTICA.

A política eclesiástica tem prejudicado e muito a Obra do Senhor, esta visa sempre articulações para interesses próprios e nunca para o bom andamento da Obra do Senhor. Esses líderes chegam ao topo porque têm o nome certo, puxam os cordões certos (articulações), apertam as mãos certas e alcançam vantagem acima dos seus "concorrentes" ao cargo de pastor. Os políticos sabem como chegar ao cargo que querem e manter o poder pelo tempo que querem, mas eles nem sempre são bons líderes. Na verdade, a habilidade política deles pode ser uma forte indicação de suas falhas como líder. Um verdadeiro líder na Casa do Senhor, não entra por este caminho, mas busca ao Senhor em oração, até obter resposta e direção do Espírito Santo para separar ao ministério de pastor aqueles a quem o Senhor verdadeiramente escolheu. Oremos pelos nossos líderes!

Este estudo é uma adaptação com algumas modificações e acréscimos, extraído do livro Dons e Ofícios Ministeriais, editora Santorini, pg.84,85 do escritor e pastor Altair Germano. 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

UMA GRANDE MULTIDÃO DE SEGUIDORES.


Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos (Jo.6.1-3).

Jesus vivia rodeado de seguidores, o texto é enfático quando diz: "E grande multidão o seguia". Muitos seguiam a Jesus simplesmente por curiosidade, eles só queriam ver os milagres que Jesus operava, e desfrutar das bênçãos, mas não queriam nenhum compromisso com Jesus, no sentido de obedecer a sua palavra. O texto fala de seguidores e discípulos, todo discípulo é um seguidor fiel do seu mestre; mas nem todo seguidor é um discípulo. Há uma grande diferença entre um seguidor e um discípulo. Um seguidor apenas segui, por alguma razão, mas não tem compromisso com o Mestre; porém, o discípulo além de seguir o mestre, ele tem compromisso direto com o mestre e se esforça para manter-se fiel ao seu mestre. 

As pesquisas dizem, segundo as estatísticas o cristianismo é a religião com maior número de seguidores no mundo, com mais de 2,2 bilhões de crentes. Todavia, o Mestre, Jesus Cristo, não está contando com esta grande multidão de seguidores, mas Ele conta com os seus verdadeiros discípulos. Ser "cristão" a maioria das pessoas dizem que são, mas os cristãos verdadeiros são poucos.

DEZ CARACTERÍSTICAS DOS DISCÍPULOS DE JESUS.

1- Discípulo é Seguidor.

2- Discípulo é Servo.

3- Discípulo é Submisso.

4- Discípulo é Aprendiz.

5- Discípulo é Aluno.

6- Discípulo é Amigo.

7- Discípulo é Obediente.

8- Discípulo é Imitador.

9- Discípulo é Disciplinado.

10- Discípulo é Parecido com o Mestre.

Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos (At.11.26).

Ser discípulo não é simplesmente seguir o Mestre, mas é obedecer a sua palavra e seguir os seus passos, tendo compromisso direto com o Mestre Jesus. Amém!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

O MINISTÉRIO QUÍNTUPLO DA IGREJA.

 

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef.4.11). 

Este é um tema simples e ao mesmo tempo complicado de se abordar, visto que há muitos pontos de vistas e conceitos teológicos sobre as definições específicas dos cinco ministérios.

Tomando como base a Bíblia de Estudo Pentecostal, o comentarista Donald Stamps, abordando este tema escreve: Este versículo alista os dons de ministérios (líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons com dois propósitos: (1) Para preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (4.12). e (2) Para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo (4.13-16).

1- APÓSTOLOS.

O título "apóstolo" do verbo apostello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb.3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt.10.2), o apóstolo Paulo (Rm.1.1; II Co.1.1; Gl.1.1). 

O termo "Apóstolo" no Novo Testamento é usado no sentido geral e também especial.

Apóstolo no sentido especial, faz referência àqueles que viram o Senhor Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja (os doze discípulos e Paulo). Estes tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores.

Apóstolo no sentido geral abrange muitos outros que foram também chamados de apóstolos, como Barnabé, At.14.4,14; Tiago irmão do Senhor, Gl.1.19; Andrônico e Júnia, companheiros de Paulo que se destacaram entre os apóstolos, Rm.16.7.

2- PROFETAS.

Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse era a vida espiritual e pureza da igreja. A função do profeta na igreja inclui a seguinte atividade: Proclamar e interpretar a Palavra de Deus, cheio do Espírito Santo. A sua mensagem tem como objetivo, admoestar, exortar, animar, consolar e edificar o povo de Deus. Temos no livro de Atos registros de alguns homens que exerciam o ministério de profeta, o texto diz: Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César (At.11.27,28). Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo (At.13.1). Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortavam e confirmavam os irmãos com muitas palavras (At.15.32).

Não devemos confundir o dom de profecia, com o ministério de profeta. Podemos perceber esta diferença entre as filhas do evangelista Filipe, que tinham o dom de profetizar e Ágabo, que exercia o ministério de profeta. O texto de Atos diz: No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo (At.21.8-10).

Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência, então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito. Quando a política eclesiástica e a direção humana tomarem o lugar do Espírito e desprezarem a mensagem profética no meio da igreja, o caos espiritual será estabelecido.

Pregadores para falar o que o povo gosta de ouvir, temos muitos, a igreja do Senhor está clamando por profetas, e estes que sejam verdadeiros.

3- EVANGELISTAS.

Os evangelistas são homens vocacionados por Deus para pregarem o evangelho aos perdidos. O verdadeiro evangelista é aquele tem amor pela obra de evangelização e sai em busca de ganhar almas para o Reino de Deus. O termo "Evangelista" aparece apenas três vezes no texto sagrado: (Atos, 21.8; Ef.4.11; II Tm.4.5). Filipe é o único homem na Bíblia que é chamado de evangelista (At.21.8). Na atualidade este título de evangelista corresponde apenas a uma função ministerial, que nada tem haver com o ministério de evangelista. Desta maneira, o comentário do escritor Severino Pedro é bastante pertinente: "Nos dias atuais parece haver muitos avivalistas e poucos evangelistas. Existem igrejas repletas de pregadores, mas vazias de ganhadores de almas. E, além disso, a verdadeira função do evangelista, é que ele deve ser visto mais fora da igreja do que dentro dela (me refiro aqui à igreja local), isto é, que ele não seja somente visto numa função local; mas que sempre avance na direção das almas perdidas sem Cristo; fundando novas igrejas e comunidades".

O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixa de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar almas. Tornar-se-á uma igreja estática, sem crescimento e indiferente à obra missionária. 

Avivalistas para pregarem mensagens sensacionalistas e emocionar o povo já tem demais; a igreja está clamando por verdadeiros evangelistas para ganharem almas para o Reino de Deus.

4- PASTORES.

Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também são chamados "presbíteros" (At.20.17; Tt.1.5) e "bispos" ou supervisores (I Tm.3.1; Tt.1.7). 

A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt.1.9-11), ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (I Ts.5.12; I Tm.3.1-5), ser um exemplo de pureza e da sã doutrina (Tt.2.7,8), e esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb.12.15; 13.17; I Pe.5.2). Sua tarefa é assim descrita em Atos 20.28-31: Salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de Deus contra as falsas doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja. 

Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus, o Bom Pastor (Jo.10.11-16; I Pe.2.25; 5.2-4). Segundo o NT, uma igreja local era dirigida por um grupo de pastores (At.20.28; Fp.1.1). Os pastores eram escolhidos, não por política, mas segundo a sabedoria do Espírito concedida à igreja enquanto eram examinadas as qualificações espirituais do candidato.

O pastor é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (I Tm.3.1). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo. Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (II Tm.1.13,14). Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme o propósito de Deus (I Tm.4.6,14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (II Tm4.4). Se por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (I Tm.4.6,7).

5- MESTRES.

Doutores ou Mestres. Os mestres são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, a fim de edificar o corpo de Cristo.

A missão dos mestres bíblicos é defender e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado (II Tm.1.11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e à mensagem original de Cristo e dos apóstolos, e nisto perseverar.

O propósito principal dos mestres é promover o ensino bíblico e preservar a verdade e produzir santidade, levando o corpo de Cristo a um compromisso de modo piedoso segundo a Palavra de Deus.

Os mestres são essenciais ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação correta dos ensinos bíblicos. 

A igreja onde mestres e teólogos estão calados não terá firmeza na verdade. Tal igreja corre o risco de aceitar inovações doutrinárias sem objeção, levando o povo de Deus ao erro e desvio da doutrina original dos apóstolos.

Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsos serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de Cristo será conhecida de seus membros. A inspirada Palavra de Deus deve ser o teste de todo ensino, ideias e práticas da igreja. Assim sendo, a igreja verá que a Palavra inspirada de Deus é a suprema autoridade, e, por isso, está acima das igrejas e suas instituições.

Uma observação: Todo pastor deveria ser mestre, mas nem todo mestre tem vocação para ser pastor.

O conteúdo deste estudo foi extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal. Obs.: Com alguns acréscimos do autor do Blog.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

PEDRAS QUE CLAMAM.


 ... ó vós que fazeis menção do SENHOR, não haja silêncio em vós, nem estejais em silêncio, até que confirme e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra (Is.62.6,7).

E quando já chegava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas! E disseram-lhe dentre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão (Lc.19.37-40).

Devemos dá ao Senhor a glória que lhe é devida, neste ocasião da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, estava se cumprindo a profecia do profeta Zacarias, que diz: Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta (Zc.9.9). Ao entrar em Jerusalém montado num jumento, Jesus testifica publicamente que é o Rei e Messias predito de Israel. A sua entrada na cidade, causou um grande alvoroço e o povo clamava em alta voz glorificando a Deus. Isto incomodou os fariseus, eles se dirigiram a Jesus e lhe pediu para repreender os seus discípulos, para que estes se calassem, ao que Jesus lhes respondeu: Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.  

AS PEDRAS QUE CLAMAM. Jesus estava querendo dizer que, quando a glória for negligenciada por aqueles que deveriam glorificar a Deus e não o fazem, "as pedras" algo inanimado e sem compromisso com Deus, irão clamar. Ou seja, Deus será glorificado e exaltado de toda maneira. Quando o profeta Balaão se nega de entregar a mensagem de Deus, Ele usa a boca de uma jumenta para lhe repreender (Nm.22.20-35). Deus realiza obras sobrenaturais para fazer valer a sua Palavra. João Batista disse: E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai Abraão; por eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão (Mt.3.9). 

As pedras clamam, quando um pecador sem nenhum compromisso com Deus proclama as verdades de Deus para o mundo perdido. 

As pedras clamam, quando os crentes que deveriam pregar o evangelho estão acomodados dentro das igrejas em reuniões fechadas sem saírem para proclamar a mensagem aos perdidos pecadores. Enquanto isso alguém que não é cristão está falando a Palavra aos ouvidos de muitos.

As pedras clamam, quando muitos "cristãos" estão medindo forças, trocando farpas e envolvidos em fofocas gospel, em vez de estarem anunciando o evangelho de salvação aos perdidos. 

As pedras clamam, quando muitos crentes que deveriam glorificar a Deus com suas vidas, estão vivendo um evangelho sem renúncia e cheio de hipocrisia. 

As pedras clamam, quando os crentes que deveriam pregar o evangelho não pregam, e os ímpios que não tem compromisso com a verdade estão pregando. 

As pedras clamam, quando a sede espiritual é grande e não há quem leve a mensagem do evangelho de Cristo para saciar os sedentos.

No dia 11 de Fevereiro, de 2024 Baby do Brasil foi a pedra que clamou aos ouvidos do povo em pleno carnaval, quando parou o show e disse: O Apocalipse está perto e o arrebatamento vai acontece daqui há cinco a dez anos. Esta frase viralizou na internet e foi notícia no mundo.

Se a igreja se calar, as pedras irão clamar. O Espírito alerta através do profeta e diz: ... ó vós que fazeis menção do SENHOR, não haja silêncio em vós! 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

TESTEMUNHAS COM PODER.

 

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém com em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (At.1.8).

Esse é o versículo-chave do livro de Atos. Todo o propósito da ação do Espírito Santo é glorificar e testemunhar de Jesus Cristo. Os discípulos são comissionados por Jesus a serem suas testemunhas desde Jerusalém até aos confins da terra. Porém, para serem testemunhas, eles teriam que receber o poder do Espírito Santo, sem este poder não seria possível testemunhar de Jesus, visto que, este poder é a força geradora de graça, ousadia e coragem. É impossível para os crentes serem testemunhas de Jesus, sem o poder do Espírito Santo.

SEREIS AS MINHAS TESTEMUNHAS.

O texto de Atos 1.8, faz referência a multiplicar o evangelho dado por Jesus, que promete um revestimento de poder (Batismo com o Espírito Santo) e depois disto seus discípulos proclamariam o evangelho até os confins da terra, seriam suas testemunhas.

A palavra deixaria de ter o significado puro e simples de testemunha, passando a significar, também, martírio pelo testemunho.

Jesus não estava pensando em estimular os discípulos a contarem uns para os outros, em santa competição, todas as bênçãos recebidas. Eles precisavam de poder porque a atividade de ser testemunha é muito perigosa e oferece muitos riscos àqueles que desejam cumprir o mandamento. Inicialmente o conceito de ser testemunha tinha, tanto no grego como no hebraico, apenas o sentido de alguém que conta o que viu de forma que aquilo possa servir como evidência ou prova de um fato em juízo. Entretanto, devido ao fato do testemunho cristão ao longo do tempo ter resultado na maioria das vezes em prisões e açoites (Mt.10.18; Mc.13.9), exílio ou morte (At.22.20; Ap.1.9; 2.13; 17.6), a palavra começou a ter o sentido de mártir.

MAS RECEBEREIS PODER.

O termo original no grego para " poder ou virtude" é "dunamis", que significa poder real; poder em ação. Este "poder" (gr. dunamis) é uma ação sobrenatural do Espírito em operação na vida das testemunhas de Jesus. A obra principal do Espírito Santo é testemunhar a obra salvífica de Cristo e sua ressurreição através da proclamação do evangelho.

DUNAMIS, um termo grego de onde se origina as palavras: Dínamo, dinâmico, dinamite.

1- DÍNAMO.

É uma peça que sua função é transformar energia mecânica em energia elétrica.

Na obra de Deus, o Espírito Santo não opera de forma mecânica, nem metódica, mas de maneira poderosa e sobrenatural.

2- DINÂMICO.

Aquilo que não está estático, mas está se movendo, sempre em ação e movimento contínuo.

3- DINAMITE.

Explosivo poderoso, capaz de destruir grandes fortalezas.

TESTEMUNHAS COM GRANDE PODER.

Atos 4.33 tem ligação com Atos 1.8, porque ambos os textos falam de testemunhos com poder. Enquanto Atos 1.8 fala de poder, Atos 4.33 fala de grande poder.

E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça (At.4.33).

Era o poder do Espírito manifesto no mais alto grau que operava nos apóstolos. O grego diz aqui "mega dunamis". Este "grande poder" era a característica distintiva da pregação e do testemunho apostólicos. O grande poder do Espírito operando nos discípulos, era o resultado da certeza e grande convicção de terem sido enviados e comissionados pelo próprio Jesus Cristo, o Senhor ressurreto. Hoje, o mesmo acontecerá em nossas igrejas, se o Espírito Santo encontrar convicção e total entrega para testemunhar de Jesus Cristo em todos os lugares. Amém!

domingo, 11 de fevereiro de 2024

DEUS NÃO ACEITA MISTURA.



E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus (Lv.20.26).

Na Antiga Aliança, a separação era uma exigência contínua de Deus para o seu povo. O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. A não separação do povo de Deus com as nações vizinhas, os levou a praticar a idolatria e aderir os seus maus costumes. Esta foi a principal razão por que Deus castigou o seu povo, permitindo que eles fossem levados cativos para Assíria e Babilônia. 

No Novo Testamento não é diferente, Deus ordena a separação entre o crente e o sistema corrupto do mundo. A santidade ainda é a exigência de Deus para o seu povo, que foi chamado do mundo para ser diferente e fazer a diferença entre o santo e o profano. Jesus disse: Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo (Jo.17.14). João escreve: Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele (I Jo.2.15). Pedro exorta o povo de Deus dizendo: Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (I Pe.1.15,16). Muitos se desviaram da verdade e estão embaraçados no pecado. Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade (II Tm.2.19). A Palavra de Deus diz, que não há comunhão entre a luz e as trevas, como também não concórdia entre Cristo e Belial, nem o infiel tem parte com o fiel. Ou seja, Deus não aceita o crente misturado com o ímpio. Paulo diz: Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso (II Co.6.17,18). Portanto, o crente não deve ter comunhão ou amizade íntima com os incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo.

DEUS NÃO ACEITA A MISTURA DO SANTO COM O PROFANO.

E subiu também com eles uma mistura de gente, e ovelhas, e vacas, uma grande multidão de gado (Ex.12.38).

E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer? (Nm,11.4).

Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura (Ne.13.3).

E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus (Lv.20.26).

Os seus sacerdotes  transgredem a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro... (Ez.22.26).

E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o impuro e o puro (Ez.44.23).

Efraim com os povos se mistura; Efraim é um bolo que não foi virado (Os.7.8).

Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve (Ml.3.18). 

Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso (II Co.6.17,18).

A grande estratégia de Satanás é misturar o santo com o profano e convencer as pessoas que tudo é igual. É também convencer as pessoas que todo caminho leva a Deus. Satanás foi o primeiro profano, ele rebelou-se contra a santidade de Deus e tornou-se imundo, impuro e inimigo de Deus. Infelizmente, estamos vendo muitos "cristãos" fazendo aliança com o mundo e andando de mãos dada com os que praticam a iniquidade, abraçando a política nojenta e comendo na mesa da idolatria com Acabe e Jesabel. Infelizmente, também há muitos pastores e líderes do povo de Deus, que estão se misturando com a política, estão sendo comprados por interesses mesquinhos, por troca de favores, perderam a visão espiritual e não estão mais decernindo a diferença entre o santo e o profano. Isto é fato. Oremos pelo povo de Deus, voltemos ao altar da oração, santidade ainda é a marca da igreja do Senhor. como está escrito: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb.12.14). Amém!