quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA.

Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada em vossos olhos, comparada com aquela? A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos (Ageu, 2.3,9).

Deus, apesar da sua soberania e poder, Ele nunca preferiu ficar isolado e manter os homens distante da sua presença. Ele criou o homem para ter contato com Ele e adorá-lo. Quando Moisés conduzia o povo de Deus pelo deserto em direção a terra prometida, Deus se manifestava de várias maneiras e a sua glória era manifesta. Deus, porém, orientou a Moisés que construisse um lugar para o culto, chamado Tabernáculo, onde a sua glória seria manifesta, local onde Ele pudesse ser adorado. O Tabernáculo era um templo móvel que era desmontado e levado para outras regiões, conforme suas peregrinações no deserto. Séculos mais tarde Deus ordenou a Daví que fizesse preparativos para construção de um templo, que posteriormente veio a ser construído pelo seu filho Salomão. Este templo veio a ser destruído pelo exército do rei da Babilônia, Nabucodonozor em 587 a.C. quando levou ao cativeiro a nação de Israel. Após alguns anos de cativeiro o rei Ciro concede permissão para alguns judeus retornarem do cativeiro, e é iniciada a construção do templo. Depois prepararem os alicerces do templo em 536 a,C. (Ed,3.8-10), a forte oposição à obra retardou a sua edificação, sendo retomada dezesseis anos depois (Ed.4.1-5,24). Em 520 a.C. é reiniciada a construção, vindo a ser concluído em 516 a.C. sobre a liderança de Zorobabel. Sendo este mais modesto em relação ao suntuoso templo de Salomão. No ano 18 a.C. Herodes querendo ser simpático aos judeus, desconstruiu o templo de Zorobabel para levantar o imponente templo, que foi destruído pelo império romano no ano 70 d.C.
 
Deus havia prometido que escolheria um lugar para que a habitação da Sua glória permanece dentre as tribos de Israel (Deuteronômio 12:5-7). Davi teve o grande anseio de construir o templo do Senhor e entendeu que este lugar seria em Sião, Jerusalém (Salmos 132), e Deus lhe deu todo o projeto de construção (I Crônicas 28:11-19), porém ele foi impedido de construir por ser um homem matador (I Crônicas 28:3).
Sendo assim, seu filho, o rei Salomão recebe a incumbência de construí-lo (I Reis 6:1-38). Inclusive, no dia de sua inauguração, Deus manifestou Sua glória ali (II Crônicas 5:14), assim como tinha acontecido no tabernáculo construído por Moisés (Êxodo 40:34). Salomão, porém, trouxe grande herança de idolatria por causa dos muitos casamentos que teve (I Reis 11:1-10). O primeiro templo chegou ao ponto de ser disputado entre adoração a Deus e aos ídolos (Ezequiel 8:3-18). Por causa dessa profanação, a glória de Deus saiu daquela casa santa e o Inimigo encontrou brecha para trazer destruição. Nabucodonosor, rei do império Babilônico, destruiu Jerusalém e o templo aproximadamente no ano 586 a.C. (II Crônicas 36:17-21).
Após 70 anos de cativeiro babilônico, os judeus voltaram para sua terra por liberação do imperador medo-persa Ciro e, após a exortação do profeta Ageu (Ageu 1:2-14), começaram a reconstruir o que chamamos de segundo templo com o auxilio da liderança de Zorobabel (Esdras 5:1,2), porém a aparência do templo não era tão bela quanto o antigo templo, por causa das condições do povo (Esdras 3:12). Por isso, o profeta Ageu se levanta para declarar a profecia: " A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos." Ageu 2:8
Os judeus consideram que este templo foi profanado no ano 168 a.C. quando o rei grego Antíoco Epifanes ordenou que se sacrificassem um porco, animal imundo, no altar (Levítico 11:7; Deuteronômio 14:8; Isaías 66:17). Este e outros fatos incentivaram a revolta dos macabeus e a reconsagração do templo que até hoje é comemorada como a Festa do Hanukka pelos judeus no mundo todo. Porém, não vemos nenhum relato na Bíblia sobre a glória de Deus se manifestando como aconteceu no dia da inauguração do templo construído por Salomão. Será que realmente a glória dessa última casa foi maior do que a da primeira? Será que a profecia de Ageu se cumpriu?
A glória de Deus nunca se manifestou neste. Aliás, neste segundo templo, o Santo dos Santos estava vazio. A arca da aliança não estava nele.
Mas, no 18° ano do governo do rei Herodes, sob o império romano, este começou uma grande reforma no templo de Zorobabel, ampliando-o, inserindo entradas não previstas na planta original e modelando-o conforme a arquitetura romana, segundo Flávio Josefo. Esta reforma durou 46 anos (João 2:20) e ficou tão espetacular que os discípulos ficam encantados:
E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!” Marcos 13:1
Sim! A glória física dessa segunda casa foi muito maior do que a da primeira. O templo reformado por Herodes era muito mais belo que o de Salomão. Talvez você não fique satisfeito com esta resposta, mas era isso que o povo que construiu o segundo templo desejava. Eles não ansiaram pela presença de Deus, mas pela beleza exterior.
 
Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos pais, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em altas vozes quando à sua vista foram lançados os fundamentos desta casa; mas muitos levantaram as vozes com júbilo e com alegria. ” Esdras 3:12
Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos...” Ageu 2:8,9.
Entendemos que, na antiga aliança a glória de Deus era manifesta de forma limitada em um local sagrado (no templo), e era presenciada por alguns. Na nova aliança esta glória é manifesta em maior proporção, e pode ser vista e sentida por muitos, visto que, ela se manifesta multiforme na igreja. A glória da segunda casa é maior porque ela é permanente, abrangente e ilimitada. A igreja, os crentes em particular, são templo e morada do Espírito Santo. Está escrito: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1Co.3.16). Ou não sabeis que nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1Co.6.19). Jesus disse: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo.14.23). E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um (Jo.17.22). A glória da segunda casa é Jesus na pessoa do Espírito Santo, que manifesta de forma poderosa a glória de Deus. A glória de Deus está dentro de nós. Aleluia!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

SAL E LUZ.

Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus (Mateus, 5.13-16). 

Jesus ensinando aos discípulos sobre a importância de ter um modo vida diferente de viver em relação ao mundo sem Deus, ele utiliza dois elementos antigos, mas de grande utilidade na vida do ser humano. Sendo eles: Sal e luz. É quase impossível e impraticável uma pessoa viver sem estes dois elementos. Sabemos que o sal é o principal tempero em pratos de culinária; sem sal a comida fica sem sabor. Antigamente se utilizava uma certa quantidade de sal para conservação de carnes comestível. Jesus disse, se o sal perder o seu sabor, para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado. Que nós cristãos e igreja de Jesus que somos, continuemos sendo um bom sal, servindo como tempero para este mundo quase apodrecido. Sobre a luz Jesus nos ensina que devemos brilhar diante das trevas deste mundo tenebroso. A luz é tão importante que Deus antes de começa toda a sua criação, a primeira coisa que Ele fez foi providenciar luz. E disse Deus: Haja luz. E ouve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez separação entre luz e trevas (Gn.1.3,4.). O cristão como luz do mundo não pode se esconder, nem ofuscar a luz de Deus em sua vida. Jesus disse: Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus (Mt.5.13-16). Alqueire, (do árabe al kayl) designava originalmente uma das bolsas ou cestas de carga que se punha, atadas, sobre o dorso e pendente para ambos os lados dos animais usados para transporte de carga. Logo, o conteúdo daquelas cestas ou bolsas, mais ou menos padronizadas pela capacidade dos animais utilizados no transporte, foi tomada como medida de secos, notadamente grãos, e depois acabaram designando a área de terra necessária para o plantio de todas as sementes nelas contidas. Enfim, se colocarmos uma lamparina debaixo do alqueire, a luz fica sufocada e sem oxigênio, e logo se pagará. Portanto, tendo sido iluminados pela palavra de Deus, somos responsáveis por difundir essa luz entre os nossos semelhantes. Velador. As casas na época de Jesus, dispunham de um local mais elevado que servia de suporte para colocar a lamparina, chamado de velador. No velador a lâmpada iluminava toda a casa. Era assim que a sua utilidade era explorada ao máximo. Portanto, se temos luz, devemos mostrá-la, mesmo que ilumine um monte de lixo ou cenas repugnantes, ela prossegue incontaminada. Que sejamos como astros em meio a escuridão, brilhando sempre em meio a este mundo contaminado pelas trevas do pecado. Amém!

A IMPORTÂNCIA DO SAL NA VIDA DO CRENTE:

Uma das características do sal é o de conservar os alimentos. Assim também o Cristão que se alimenta da Palavra de Deus deve conservá-la pura no seu coração a fim de não entrar em decomposição e ser alterada com heresias e contaminada pelo pecado.
O sal é extraído da água do mar, por condensação e também pode ser extraído das minas de sal-gema. O sal conserva; o sal purifica; o sal é um símbolo de lealdade e permanência. Quanto mais sal for usado mais é evidente a sua influência.
A humanidade não pode passar sem o sal; por isso, este precioso elemento chegou a ser moeda de troca. Os soldados romanos recebiam parte do seu pagamento com sal, donde vem a palavra “Salário”.

1. PALAVRA TEMPERADA COM SAL.

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como convém responder cada um. Cl.4.6.
O apóstolo Paulo, nos ensinar que tudo na nossa vida deve agradar a Deus, e que as nossas palavras devem ser temperadas com sal, especialmente o tipo do nosso relacionamento que desenvolvemos com os outros. 

2. VIDA EQUILIBRADA COM SAL.

Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os outros. Mc.9.50.
Tudo na vida deve ser equilibrado; nem salgado nem insosso. Na vida espiritual devemos observar os mesmos princípios de moderação e temperança, com domínio próprio.
Jesus diz que não devemos ser mornos (sem gosto nem reação), mas frios ou quentes (Apoc. 3.15,16), para não sermos lançados fora.

A IMPORTÂNCIA DA LUZ NA VIDA DO CRENTE:

1. O CRENTE DEVE BRILHAR COMO ASTROS.

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus, inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo. Fp.2.15.
O cristão como luz do mundo não pode se esconder, nem ofuscar a luz de Deus em sua vida. Jesus disse: Vós sois a luz do mundo. Que sejamos como astros em meio a escuridão, brilhando sempre em meio a este mundo contaminado pelas trevas do pecado. Amém!

2. O CRENTE DEVE TER LUZ EM SUAS ATITUDES.

Os olhos são a lâmpada do corpo. Portanto se teus olhos forem bons, teu corpo terá luz. Porém, se teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em absoluta escuridão. Por isso, se a luz que está em ti são trevas, quão tremendas são essas trevas. Mt.6.22,23.
Uma pessoa que vive na prática do pecado vive em trevas, e por consequência as suas atitudes são maus. Ter olhos maus e ter o seu interior em total escuridão, significa dizer que esta pessoa tem atitudes maldosas, agi de forma desfasada, está dominada pela inveja e é desleal na sua conduta. O crente que é luz deve ter em suas ações, palavras e obras, sinceridade e verdade que glorifiquem a Deus.

O crente como sal da terra e luz do mundo deve fazer a diferença em meio a este mundo de trevas e quase apodrecido pelo pecado, não totalmente por causa da igreja, mas no dia que a igreja for arrebatada para o céu, este mundo vai apodrecer total e as trevas do pecado será tenebrosa.