quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

SETE COISAS QUE DEVEMOS GUARDAR.

Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap.3.11).

Guardar significa, conservar, preservar, vigiar, acautelar, poupar. No mundo em que vivemos as pessoas procuram sempre guardar algumas coisas pensando no futuro; e isso é algo natural que está ligado ao ser humano. A palavra de Deus nos recomenda que guardemos algumas coisas que vai nos servir e nos beneficiar no presente e também no futuro, de uma eternidade com Deus. Diante de tantas coisas que a palavra de Deus nos manda guardar, veremos apenas sete.

1 - A PALAVRA DE DEUS. 

Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei (a palavra), esse é bem-aventurado (Pv.29.18).
Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti (Salmos, 119.11).  
Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra (Salmos, 119.67). 

2 - A FÉ. 

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (II Timóteo, 4.7).  
Guardando o mistério da fé em uma pura consciência (I Timóteo, 3.9).  

3 - O ESPÍRITO SANTO. 

Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Efésios, 4.3).  
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção (Ef.4.30).  
Não extingais o Espírito (I Ts.5.19).

4 - O CORAÇÃO.

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida (Pv.4.23). 
Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mateus, 15.19).

5 - A LÍNGUA. 

O que guarda a sua língua conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação (Pv.13.3). 
A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto (Pv.18.21).  
Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno (Tiago, 3.5,6).
Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem? Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de falarem enganosamente (Salmos, 34.12,13).  
Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã (Tiago, 1.26).  

6 - O PÉ.  

Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal (Ec.5.1).  
Esta expressão nos fala de prudência, de reverência e de sabedoria.
Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar (Tiago, 1.19).  
E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada (Tiago, 1.5).

7 - O BOM DEPÓSITO (A SÃ DOUTRINA).  

Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós (II Timóteo, 1.14).  
Ó Timóteo, guarda  o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência (I Timóteo, 6.20).  
Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia (II Timóteo, 1.12).  

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

OS CINCO BENEFÍCIOS DA GRAÇA.

No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a GRAÇA e a verdade vieram por Jesus Cristo (João, 1.1-5,16,17).  

A graça é o grande favor de Deus revelado para com a humanidade pobre e desvalida. Segundo os eruditos, a palavra graça, aparece 323 vezes no texto sagrado. A palavra graça, no sentido lato, significa: Favor imerecido. Graça, no hebraico, é "chen". Este termo aparece com frequência no antigo testamento. Significa curvar-se, abaixar-se, com a conotação de favor imerecido ou a condescendência de um ser superior por alguém inferior em valor e posição. Graça, no grego, é "cháris", significa favor não merecido. A graça é um dos atributos de Deus, que mais beneficia o homem; Deus é gracioso em si mesmo, em tudo que ele fez e criou está a sua graça. Os favores de Deus que é para todos, é o que chamamos de graça comum. A graça especial de Deus, que opera para a salvação também está disponível a todos, mas depende da escolha do homem, em aceitá-la ou rejeitá-la. Dos muitos benefícios que a maravilhosa graça de Deus nos proporciona, queremos destacar cinco. Lembrando que, cinco na numerologia da bíblia, é o número da graça.

1. SALVOS PELA GRAÇA.

Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tt.2.11).
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef.2.8,9).
A salvação foi conquistada por Jesus na cruz do calvário, ele pagou um alto preço para nos livrar do inferno e garantir a nossa entrada no céu. A salvação nos foi outorgada, não pela nossa bondade, nem pelas boas obras praticadas, nem tão pouco pelos nossos méritos, mas pela graça de Deus. Se não fosse o grande favor de Deus, através da sua maravilhosa graça, nenhum homem teria condições de ser salvo.

2. PERDOADOS PELA GRAÇA.

Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça (Ef.1.7). Os nossos pecados jamais seriam perdoados se não fosse pela graça de Deus.
Remissão significa perdão, esse perdão é pela graça e através do sangue de Jesus, pois a bíblia diz: Sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus, 9.22). 
A maior dívida que a humanidade já teve e jamais teria condições de paga-la, foi a dívida do pecado. Jesus Cristo, mediante a sua morte na cruz, perdoou todas as nossas dívidas e cancelou todos os nossos pecados.
Na remissão, ele nos perdoou e apagou todas as nossas dívidas e nos livrou da maldição eterna, nos dando o direito de sermos chamados filhos de Deus.

3. REDIMIDOS PELA GRAÇA.

 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça (Ef.1.7). Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados (Cl.1.14).
Redenção significa, libertação mediante um pagamento. Jesus Cristo, nosso redentor, nos libertou para sempre, nos livrando das garras de satanás.
Redimir é quando alguém usa de misericórdia e paga o preço do resgate, não se importando com o valor, para libertar um prisioneiro. Redenção, é a intervenção da graça divina para libertar o perdido pecador. Porque o filho do homem veio buscar e salva o que se havia perdido (Lc.19.10). A graça redentora só tem valor se for  pelo sangue de Jesus. Na redenção, nós fomos resgatados, libertados e comprados por um alto preço. O sangue de Jesus Cristo, derramado na cruz do calvário foi o preço da nossa redenção; fomos redimidos, saímos da condição de escravos do pecado, para sermos servos de Jesus Cristo.

4. JUSTIFICADOS PELA GRAÇA.

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus (Rm.3.23,24).
Na justificação, nós somos aceitos por Deus, pela justiça de Jesus. Jesus Cristo, o justo; tomou todas as nossa culpas, cancelou todos os nossos delitos e pecados, e nos declarou inocentes e justos diante do tribunal divino, mediante a sua graça. Nós estávamos no banco do réu, e o diabo, o nosso adversário, fazendo o papel de promotor de acusação, o nosso processo penal era grande, e ja estava na mão do juiz, (DEUS), todavia, JESUS, o nosso advogado, tomou a nossa causa e assumiu a nossa culpa, e nos declarou inocentes diante de Deus. O profeta Isaías diz: Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como vento, nos arrebatam (Is.64.6). Nenhum de nós tinhamos condições de ter sido justificados por nossa própria justiça, mas a graça de Deus nos alcançou.

5. REGENERADOS PELA GRAÇA.

Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia, e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador (Tt.3.3-6).
Na regeneração, nós nascemos de novo, esse novo nascimento se deu quando fomos alcançados pela graça de Deus. Temos neste texto três ações de Deus que comprovam a manifestação da sua graça: A sua benignidade, o seu amor e a sua misericórdia. A nossa vida que pela graça de Deus foi transformada, teve a ação do Espírito Santo, que operou em nós pela palavra, a regeneração e a renovação. A nossa vida de outrora estava totalmente degenerada pelo pecado; mas agora, em Cristo fomos regenerados e renovados pela sua maravilhosa graça.

CONCLUSÃO:
Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus (II Timóteo, 2.1).
Uma vez que fomos salvos pela graça, perdoados pela graça, redimidos pela graça, justificados pela graça e regenerados pela graça, somos aconselhados a se fortalecer na graça que há em Cristo Jesus. Um grande privilégio, é que agora temos acesso ao trono da graça; a bíblia diz: Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hb.4.16). Agora estamos nos fortalecendo na graça, para que possamos continuar vencendo. O crente que não busca se fortalecer na graça de Jesus, ele fica vulnerável ao pecado e prestes ao fracasso. As pessoas buscam se fortalecerem em muitas coisas, mas só a graça é suficiente; Jesus disse à Paulo: A minha graça te basta. Em seguida o apóstolo Paulo diz: Posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fp.4.13). O apóstolo Paulo sempre usava a expressão, graça e paz, em suas cartas, como saudação aos cristãos (Rm.1.7, 1Co.1.3, 2Co.1.2, Gl.1.3, Ef.1.2, Fp.1.2, Cl.1.2, 1e2 Ts.1.1,1.2. 1e2 Tm.1.2,Tt.1.4, Fl.1.4). E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá. A ele seja a glória e o poderio, para todo o sempre. Amém! (1Pe.5.10,11).

domingo, 6 de janeiro de 2013

QUEM É VOCÊ NA ÓTICA DE DEUS?

Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração (I Sm.16.7). 

Deus quando criou o homem e soprou nele o fôlego da vida, ele o fez a sua imagem e semelhança, para servi-lo e adora-lo. Porém o pecado afastou o homem de Deus, e maculou a imagem e semelhança do criador na sua vida. Este fato desqualificou o homem, e o deixou reprovado diante de Deus. Apesar das fraquezas do homem e do seu estado de miserabilidade, Deus escolheu homens e mulheres para realizarem a sua obra, e os fez especiais. Não porque eles tivessem méritos, mas pelo fato de Deus vê algo diferenciado dentro deles. Temos relatos na história da bíblia de pessoas que foram vistas por Deus de forma diferente; pessoas que não tinham qualidades nem mérito algum, mas na ótica de Deus elas serviram para cumprir os seus propósitos.

DEUS VIU, DEUS CHAMOU, DEUS ESCOLHEU.

ABEL.

Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala (Hb.11.4).  
Diz a bíblia que Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. Os dois eram adoradores e trouxeram suas ofertas para o SENHOR, mas Deus, ele não olha só para a oferta, ele olha primeiro para o coração do ofertante e vê a sua intenção. Diz a bíblia que Deus atentou para Abel e para sua oferta. Mas para Caim e para sua oferta não atentou. Dá-se a entender que Caim veio mal intencionado, querendo mostrasse superior ao seu irmão, com maior e melhor oferta. Mas Deus viu a simplicidade e sinceridade no coração de Abel, e recebeu a sua oferta e adoração; mas não recebeu a de Caim. Deus não foi injusto, ele apenas atentou para intenção do ofertante. Deus deu a Abel a oportunidade de ele mudar de atitude, e se redimir, porém ele não quis (Gn.4.1-7). Diz o apóstolo João, que ele era do maligno e matou o seu irmão. E porque causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as do seu irmão justas (I João, 3.12).  

NOÉ.

Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé (Hb.11.7). 
Diante de uma geração corrompida e cheia de maldade, Deus viu um homem diferente e achou graça nele. Diz a bíblia, que Deus viu que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. E por esta razão ele decidiu destruir o homem de sobre a face da terra. Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR. Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus (Gn.6.1-9). Deus viu no coração de Noé disposição para obedecer a sua palavra, e Noé fez a diferença no meio daquela geração corrompida.

ABRAÃO.

Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hebreus, 11.8). Habitando Abraão na Mesopotâmia, em Ur dos caldeus, no meio de gentes pagãs e idolatras, Deus moveu o seu olhar para lá e viu um homem chamado Abrão, e decidiu que ele seria o pai da fé. Abrão não tinha mérito algum, mas Deus viu algo nele de especial que não se vê olhando para o exterior. Deus viu em Abrão, uma prontidão para o serviço e uma disposição para ama-lo e obedece-lo, independente das circunstâncias. A ordem de Deus para Abrão foi: Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da terra da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei (Gn.12.1). E Abrão obedeceu, e saiu, sem saber para onde ia. Abrão, que depois tornou-se Abraão; pois Deus não queria que ele fosse pai exaltado, e sim pai de multidão.
* Abraão foi o único homem na bíblia que Deus chamou de meu amigo:
Na oração do rei Josafá (II Crônicas, 20.7).
Na profecia de Isaías (Isaías, 41.8).
Na instrução de Tiago acerca da fé (Tiago, 2.23).

JOSÉ.

E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito; mas Deus era com ele. E livrou-o de todas as suas tribulações e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa (Atos, 7.9,10). Eram doze patriarcas, todos filhos de Jacó, porém na ótica de Deus José foi o escolhido para cumprir os seus propósitos. Deus vê algo em José que o torna diferente dos demais, mesmo sendo muito jovem e sem experiência de vida, ele tinha uma capacidade de perseverança, de fidelidade e amor a Deus, de causar admiração por onde ele passava. Deus decidiu exaltar José no Egito e no meio dos seus irmãos, para provar que ninguém consegue destruir aquele que ele escolheu para cumprir com a sua soberana vontade. E José mesmo depois de ter sido desprezado, perseguido, invejado e vendido como escravo pelos seus irmãos; não lhes retribuiu conforme as suas maldades, antes os perdoou e abraçou a todos com suas famílias, porque ele reconheceu que o favor de Deus é para todos.

MOISÉS.

A este Moisés, ao qual haviam negado, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? A este enviou Deus como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe apareceu no sarçal (Atos, 7.35). O rei do Egito estava perseguindo, maltratando e escravizando o povo de Deus, e eles não tinha ninguém para os libertar. Um certo dia, Moisés, que era príncipe, herdeiro do trono de Faraó, veio visitar seus irmãos e vendo ser maltratado um deles, o defendeu e vingou o ofendido, matando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam. E no dia seguinte, Moisés tentando apaziguar uma peleja entre eles, foi repreendido pelo o que ofendia o seu próximo, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós? Queres tu matar-me, como ontem mataste o egípcio? E por esta palavra fugiu Moisés e esteve como estrangeiro na terra de Midiã, onde gerou filhos. Ninguém mais acreditava em Moisés. Aquele Moisés que fora instruído em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em suas palavras e obras, estava agora desacreditado e jogado no esquecimento. Porém na ótica de Deus, ele já havia o escolhido para ser o libertador do seu povo. E, passado quarenta anos, que Moisés havia fugido do Egito, o SENHOR, falou com ele, no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo de uma sarça, e o constituiu como libertador e príncipe do seu povo. A bíblia diz: Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouro do Egito, porque tinha em vista a recompensa (Hebreus, 11.24-26).  

DAVI.

Então, em visão falaste do teu santo e disseste: Socorri um que é esforçado; exaltei a um eleito do povo.
Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi; com ele, a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá (Salmos, 89.19-21). Davi, o mais célebre rei de Israel, o homem que foi considerado pela ótica de Deus, segundo o seu coração, o ungido de Deus e separado para ser o pai da descendência de Jesus Cristo, tem deixado muita gente se interrogando, e dizendo: Porque Deus escolheu ele. O fato de Davi ser considerado o homem segundo o coração de Deus, tem causado muita polêmica no entendimento de muitas pessoas, só porque houve muitas falhas na sua vida, e a mais agravante, por ele ter adulterado com Bete-Seba, e cometido um homicídio, mandando matar o seu marido. Porém Deus não vê como o homem vê, o homem vê o exterior e julga pela aparência; mas Deus vê o interior, e olha para o coração. O que Deus viu em Daví ele não viu em Saul. Davi pecou, mas teve arrependimento sincero, Saul pecou, mas o seu arrependimento não foi verdadeiro diante de Deus, ele teve remorso. Davi foi o mais devoto amante de Deus, um adorador por excelência, um poeta apaixonado pelo seu Deus, ao ponto de dizer: A minha alma disse ao meu SENHOR: Tu és o meu Senhor; não tenho outro bem além de ti (Sl.16.2).

CONCLUSÃO:
O Deus que adoramos e servimos é perfeito em todos os aspectos do seu ser, ele conhece o nosso íntimo e nos vê no mais profundo do nossa alma. O salmista Davi nos diz: Pois ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó (Salmos, 103.14). Deus sabe muito bem os seus pensamentos e caminhos e conhece tudo o que se passa no seu coração. Ele sabe trabalhar com as nossas limitações e fragilidades. Encontramos na bíblia vários exemplos de homens e mulheres que na ótica (visão) humana poderiam não servir para os propósitos divinos, mas Deus utilizou-os poderosamente. Por exemplo: Jacó, Moisés, Raabe, Sansão, Jefté, Rute, Davi, Pedro, Paulo e tantos outros heróis da fé. Medite: Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus (II Co.3.5).