terça-feira, 21 de junho de 2016

A COSMOVISÃO MISSIONÁRIA DE PAULO


Que eu seja ministro de Jesus Cristo entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo. Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para obediência dos gentios, por palavras ou por obras; pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até Iliríco, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo. Mas, agora, vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá passando por vós, irei à Espanha (Romanos. 15.16,18,19,25,28).

Paulo, o apóstolo dos gentios, foi um grande desbravador na obra missionária, um vibrante ganhador de almas, apaixonado por missões. Paulo deixa claro aos crentes de Roma que, o seu propósito era visitá-los e seguir para Espanha. Entretanto, ele sente que suas atividades missionárias nas regiões da Grécia, Macedônia e Ásia Menor, foram completadas. Ele dera início a tarefa evangelística conforme ele mesmo menciona: Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até Iliríco, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo (15.19). Ele já podia confiar a obra a outros obreiros, a fim de cumprir o desígnio de seu ministério apostólico. Quando partir para Espanha (15.24). Esta expressão revela a sua cosmovisão missionária. A Espanha agora era sua meta, e, para tal, passaria antes por Roma. Nesta epístola Paulo expressa a sua vontade de visitar a igreja de Roma. Esta visita era algo planejado, o seu alvo era estabelecer um ponto de apoio para seu empreendimento missionário. Para isso, Paulo usa esse espaço de sua epístola para informar aos crentes de Roma das diretrizes tomadas para esta viagem missionária. A igreja de Roma, que não tinha Paulo como seu fundador, teria a oportunidade de apoiar e enviar, aquele que foi, sem dúvidas, o maior missionário da história do cristianismo.

A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO.

1. DIREÇÃO DO ESPÍRITO SANTO.

Paulo deixa transparecer que, o seu ministério é direcionado pelo Espírito Santo. Ele afirma: Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até Iliríco, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo (Rm.15.19). Paulo não era um aventureiro em busca de glória humana. Sua vida foi marcada pela entrega total aos outros, afim de leva-los à Cristo. Hoje, muitos querem usar o título de missionário para atrair a atenção do povo para si e se alto promoverem na obra de Deus e em outros seguimentos. Muitos estão abrindo trabalhos missionários para competir, sem visão do Reino de Deus. Porém, é preciso ter convicção e direção do Espírito, caso contrário, será um fracasso.

2. ESTABELECER BASES.

Um dos princípios básicos da implantação de um projeto evangelístico é feito primeiramente com o estabelecimento de uma base missionária, um ponto de apoio. Paulo sabia que que o seu projeto só teria sucesso se a igreja de Roma se tornasse um ponto de apoio para o seu ministério. "Quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia" (Rm.15.24). Esta expressão, seja encaminhado por vós, significa dizer: Ajuda na jornada, com alimentos, recursos financeiros e meios de viagens. Não se faz missão sem esse tipo de apoio.

3. COBERTURA ESPIRITUAL.

O apóstolo Paulo, ao contrário de muitos que se aventuram na obra missionária, sabia da necessidade de uma "cobertura espiritual". Paulo dizia: "E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus" (Rm.15.30). Paulo via com muita seriedade a obra missionária e por isso rogou que os irmãos lutassem em oração com ele. Missões envolvem muitos conflitos espirituais e muitas lágrimas. Todavia, missões também são marcadas por satisfação espiritual e alegria. Diz o salmo 126. 5,6: Os que semeiam em lágrimas colherão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvidas, com alegria trazendo consigo os seus molhos.

CONCLUSÃO: A igreja de Cristo, precisa ter uma cosmovisão missionária, uma visão do Reino de Deus em sua totalidade. Esta visão deve ser abrangente e amorosa para com todos os povos, tribos, línguas e nações. Amém!

domingo, 19 de junho de 2016

ABRAÃO, UM HOMEM DE ALTAR.

E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR (Gênesis. 12.7,8).

Abraão, cuja origem era de Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, no passado era um homem idólatra. Seu pai se chamava Tera, e ele vivia envolvido com o paganismo e adoração aos deuses de sua nação. Porém, quando o Deus vivo e verdadeiro se revelou a ele, a sua vida mudou completamente. Abraão deixou de adorar aos deuses de seu pai, e passou a adorar o único Deus verdadeiro. Ele tornou-se um adorador por excelência; passou a ser um homem de altar. Abraão tinha um costume de erguer altares e prestar culto a Deus, no lugar onde chegava. Ele era um homem de altar, um adorador devotado ao SENHOR.

TRÊS MANIFESTAÇÕES DE DEUS NA VIDA DE ABRAÃO.

1. COMO ESCUDO E GALARDÃO.

Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão (Gn.15.1).
No capítulo 14 ouve uma guerra entre os reis de algumas nações, e Ló sobrinho de Abraão foi levado cativo, ele toda sua família e empregados.
Abraão confiava em Deus, porém estava em grande temor, ele havia enfrentado e vencido alguns reis com seus 318 criados, homens nascido em sua casa; ele conseguiu resgatar a Ló e toda a sua família e seus empregados. Com isso, subentende-se que Abraão estava temeroso, pensando em uma possível revanche, mais um ataque de guerra da parte dos reis que foram vencidos. Por isso, o SENHOR conforta a Abraão, dizendo: "Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão".

2. COMO DEUS TODO-PODEROSO.

Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão e disse: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito (Gn.17.1).
Abraão estava preocupado porque a sua idade já estava ficando avançada e ele não tinha um filho para ser o seu herdeiro, visto que a sua mulher Sara era estéril. No capítulo 15, Deus aparece à Abraão e lhe faz promessas e firma com ele uma aliança. Porém, mesmo assim, Abraão cai na fraqueza e é vencido pela tentação de querer ajudar a Deus, ele aceita a proposta de Sara em oferecer a sua serva Agar como sua mulher para dela ele gerar filhos. Deste episódio do capítulo 16, que Abraão desobedeceu a Deus e foi em busca de atalho para querer ajudar a Deus cumprir a promessa; passaram-se treze longos anos sem Deus se manifestar e falar a Abraão. Depois de pouco mais de treze anos, Deus aparece a Abraão, e o repreende, dizendo: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito (Gn.17.1). Deus estava dizendo para a Abraão: Eu posso tudo, não preciso da ajuda de ninguém para realizar o que prometo e quero. Tão somente, obedeça, seja fiel a Mim, e a minha palavra se cumprirá na sua vida. 

3. COMO JEOVÁ JIRÉ (Deus de providência).

E aconteceu, depois destas coisas, que Deus pôs em prova a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. 
Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar do seu filho. E chamou Abraão o nome daquele lugar o SENHOR proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá (Gênesis. 22.1,2,13,14).

Abraão, apesar de ser um homem de altar, de fé e um devoto adorador; ele também teve seus momentos de fraquezas, temores e insegurança. Depois de Abraão ter passado por muitas experiências com Deus, estando ele com idade bastante avançada, Deus aparece novamente para ele e lhe submete a uma prova. A prova de Abraão era ele abrir mão daquilo que mais lhe era caro, seu amor maior, aquilo que lhe era absolutamente indispensável, seu filho amado. Entretanto, essa prova, em vez de destruir Abraão, o levou ao topo da vida espiritual e a uma fé inabalável em Deus. Abraão conhecia perfeitamente o seu Deus, e ele foi obediente até o momento crucial de oferecer o seu filho em sacrifício a Deus. Diz o escritor aos hebreus que: Pela fé, Abraão, no tempo em que Deus o expôs à prova, ofereceu-lhe Isaque como sacrifício; aquele que havia recebido as promessas estava mesmo a ponto de sacrificar seu unigênito, ainda que Deus lhe tivesse prometido: “Por intermédio de Isaque, sua descendência será estabelecida”; porquanto, acreditou que Deus era suficientemente poderoso para ressuscitá-lo dentre os mortos e, simbolicamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos (Hebreus, 11.17-19). Abraão acreditava na providência de Deus, ele respondeu a pergunta do seu filho: Deus proverá para si o cordeiro. Jeová Jiré, o Deus da provisão entrou em ação mais uma vez, aprovou e autenticou a fé de Abraão e lhe providenciou o cordeiro substituto para o seu filho Isaque. Aleluia!