quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

PASSANDO POR QUERITE

Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão (I Reis, 17.2,3,5).

Elias habitava na região de Gileade, num lugarejo chamado Tisbe; ele aparece no cenário de Israel em uma época de grande decadência espiritual da nação. Ele profetizou contra a nação de Israel acerca de uma grande estiagem, que não haveria chuva nem orvalho por um período de três anos e seis meses (Tiago, 5.17,18). Após esta palavra profética, Deus ordena ao profeta que ele vá e esconda-se junto ao ribeiro de Querite. A nação de Israel precisava passar por esta grande crise para reconhecer a soberania de Deus. Enquanto Elias precisava passar por Querite para aprender as lições de Deus e depender inteiramente Dele.

TRÊS ORDENS DE DEUS PARA ELIAS.

1. ESCONDE-TE.

Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão (I Reis, 17.2,3).
Deus decidiu tirar Elias de cena, mandando ele escondesse. As vezes acontece também conosco, Deus deseja tratar algo em nossa vida, e precisamos descer a Queirte de Deus para aprendermos as suas lições.
Muitas vezes se faz necessário estar em Querite, escondido, esquecido, fora da mídia, distante do público e dos holofotes; para depois ser apresentado por Deus. Nunca queira aparecer, quando Deus quer você escondido em Querite.

2. LEVANTA-TE.

Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, e vai a Serepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente (I Reis, 17.8,9).
Em Querite houve suprimento para sustentar o profeta, porém passado dias o ribeiro secou.
Quando o tempo termina em Querite, é o momento de se levantar em obediência a ordem do SENHOR, e seguir suas orientações para novas experiências.
Se a crise tende a se agravar não desanime, mas levante-se e siga na direção de Deus.

3. APRESENTA-TE.

E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e apresenta-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra (I Reis, 18.1). 
Três anos depois da ordem de Deus para Elias esconder-se junto ao ribeiro de Querite, Deus ordena a Elias que ele se apresente a Acabe. Elias não seria bem sucedido se ele fosse se apresentar fora do tempo de Deus. Muitas vezes somos tentados a nos apresentar e querer estar em lugares que Deus não quer que estejamos, é preciso esperarmos o tempo que Deus determina, Ele sabe a hora certa e o lugar certo para nos apresentar. Nunca queira se apresentar, deixe que Deus lhe apresente. Vai chegar o tempo que Deus vai te tirar do anonimato e vai te apresentar ao povo.

LIÇÕES DE QUERITE.

Querite significa: “Cortar, moldar, colocar no tamanho certo”.

Querite fala de obediência.

Querite fala de humildade.

Querite fala de dependência de Deus.

Querite é lugar de mudança.

Querite é lugar de isolamento.

Querite é lugar de treinamento.

Querite é lugar da providência de Deus.

Querite é um lugar passageiro, mas é fundamental o cristão passar por Querite.
É melhor passar por Querite e ser moldado por Deus, do que viver uma vida medíocre e sem fruto.

CONCLUSÃO:
Passar por Querite significa ter experiências com Deus, ser cortado, ser moldado e ficar no tamanho certo, do jeito que Deus quer. Em Querite nós vamos aprender a depender inteiramente de Deus. Em Querite nós vamos experimentar a providência de Deus e aprender suas lições. Quem passa por Querite nunca mais será o mesmo. Amém!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

POR QUE DEUS QUEBRA NOSSOS "NAVIOS"?

Porém, depois disto, Josafá, rei de Judá, se aliou com Acasias, rei de Israel, que procedeu com toda impiedade. E aliou-se com ele para fazerem navios que fossem a Társis; e fizeram os navios em Eziom-Geber. Porém Eliezer, filho de Dodava, de Maressa, profetizou contra Josafá, dizendo: Porquanto te aliaste com Acazias, o SENHOR despedaçou as tuas obras. E os navios se quebraram, e não puderam ir a Társis  (II Crônicas, 20.35-37).

O rei Josafá foi um homem temente a Deus e o seu reinado foi prospero, durante o seu reinado o povo sentia-se seguro e gozava de estabilidade financeira. Ele começou a reinar sobre o reino de Judá com a idade de 35 anos, e reinou 25 anos (I Reis, 22.41,42). Ele teve o favor de Deus e foi grandemente abençoado. Porém, após adquirir riquezas e fama, ele deixou-se seduzir pelas riquezas e fez aliança com Acazias, rei de Israel, um homem ímpio e profano. Eles se aliaram e fabricaram navios para irem a Ofir em busca de ouro, a fim de fazerem um grande empreendimento (I Reis, 22.49). Mas Deus não se agradou deste negócio e interveio, quebrando os navios.

Por que onde um servo de Deus é bem sucedido, outro fracassa? Um conquista seu intento, outro é frustrado? O rei Salomão já havia em tempos passados ido a Ofir (cidade na Arábia meridional na rota comercial onde se trocava ouro por mercadorias), em busca de preciosidades, e tivera sucesso (I Reis, 9.26-28. 10.22). Mas, por que o rei Josafá cem anos depois, tentou fazer uma expedição a essa terra, isto acabou em desastre, e não logrou êxito fazendo o mesmo?
Atualmente, Deus ainda “quebra navios”? O que se entende por quebra de navios em nosso contexto atual? O “navio” aqui é literalmente uma embarcação, é claro, mas pode ser visto como projetos, ideias, planos, relacionamentos, consórcios, empreendimentos, exercício de governos, etc. A “quebra” deles nada mais é do que a “frustração” gerada única e exclusivamente por Deus, pois Ele sabe colocar “areia” nas “engrenagens”. Isso para nosso bem.

QUATRO RAZÕES PELAS QUAIS DEUS QUEBRA NOSSOS NAVIOS.

1. QUANDO NÃO CONSULTAMOS A DEUS.

Por que muitas coisas não dão certas, muitos dos nossos empreendimentos não prosperam, muitos dos nossos planos e projetos fracassam? Porque agimos por conta própria e não consultamos a Deus para pedirmos uma direção. Josafá foi bem sucedido até enquanto ele se conduzia no temor do SENHOR e lhe consultava. Os navios de Josafá foram quebrados porque ele não buscou resposta em Deus para tal empreendimento (I Reis 22.49; II Cr 20.6). Assim também sucede com quem não busca consultar a Deus em suas decisões.
Em outros momentos da sua vida, Josafá consultara ao Senhor e obtivera respostas positivas (I Reis 22.5,7, 8; II Reis 3.11). Mas agora, se aliando a Acazias, viu os navios quebrados e os seus planos desfeitos, porque não buscou resposta em Deus para tal construção (I Reis 22.49; II Crônicas 20.6). Quando não consultamos a Deus e seguimos o nosso próprio coração, temos 100% de chances de tudo dá errado (Provérbios 16.1-3).

2. QUANDO NOS PRECIPITAMOS EM NOSSOS PROJETOS. 

Acontece muitas vezes quando fazemos planos movidos pela emoção ou pela influência de alguém, e colocamos em prática as nossas ideias sem medirmos as consequências que pode ocorrer. Percebemos que foi exatamente isso que levou o rei Josafá a se precipitar em construir navios para ir à busca de ouro, sem pensar numa possível reprovação de Deus por este ato precipitado. Muitas vezes temos que aprender com nossos erros. Uma coisa é Deus “permitir” que empreendamos nossos projetos, outra coisa é Ele nos “dirigir” a realizarmos seus projetos. Ele até permite que façamos obtusamente nossos “navios”, mas eles com certeza se quebrarão e não irão a lugar nenhum. Todos os nossos empreendimentos precisam está aliados com Deus. 

3. QUANDO FAZEMOS ALIANÇA COM O ÍMPIO.

Josafá fez aliança com o rei Acazias, um homem ímpio, idólatra, profano e sem temor a Deus. Em toda história da bíblia, Deus nunca aprovou parcerias com os pecadores, nem que o seu povo fizesse aliança com as nações pagãs. Negócios a parte, se você insistir em fazer parcerias com pessoas que não tem compromisso com Deus, você poderá ter seus navios quebrados por Deus (planos desfeitos). Deus interveio nos projetos de Josafá e usou um profeta por nome de Eliézer, filho de Dodavá, de Maressa, que profetizou contra Josafá dizendo: ”Eis que o SENHOR destruiu as tuas obras porque te aliaste a Acazias”. (II Crônicas 20.35-37). O insucesso do investimento de Josafá foi por ele ter se aliado com Acazias. 

4. QUANDO A INTENÇÃO DOS PROJETOS É PARA NOSSA GLÓRIA.

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus (I Coríntios, 10.31). Por que muitos dos nossos projetos e empreendimentos Deus não aprova? Porque muitas vezes os fazemos para nossa própria satisfação e glória. O sucesso do nosso empreendimento não resulta de onde trabalhamos se em Társis, Eziom-Geber e Ofir, ou o que lá fazemos (navios ou qualquer outra coisa). Mas se a intenção interior que nos impulsiona a fazê-lo é para glória de Deus, o nosso sucesso será garantido. O insucesso de Josafá também teve implicações relacionadas a glória humana. Se os seus empreendimentos não for para glória de Deus, é melhor não insistir, porque Deus pode frustrar seus planos e quebrar seus navios.

CONCLUSÃO: 
Começar bem é bom, mas terminar bem é melhor. A exemplo de Josafá tem pessoas que começam bem, porém no final fracassam. Deus quer que o nosso final seja tão bem como o começo. Muitas vezes nosso começo não é bom, nós erramos, vacilamos e demoramos aprender, mas depois que amadurecemos acertamos. O sábio Salomão aconselha: Não te apresses a sair da presença Dele, nem persistas em alguma coisa má, porque Ele faz tudo o que quer (Eclesiastes, 8.3). Não é errado fazermos planos e projetos, mas devemos buscar uma confirmação de Deus. Está escrito: Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca. Confia ao SENHOR as tuas obras, e teus planos serão bem-sucedidos (Provérbios, 16.1,3). Amém!