domingo, 1 de setembro de 2013

OS DONS DO ESPÍRITO SANTOS

Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Ora, há diversidades de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidades de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidades de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Mas um só é o mesmo Espírito que opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer (I Coríntios, 12. 1,4-11).  

Este estudo tem como objetivo esclarecer e tirar dúvidas à luz da bíblia acerca dos dons espirituais. Um dos maiores problemas que vem surgindo nas igrejas pentecostais é a forma desordenada no uso destes dons. Muitos crentes movidos por pura emoção estão “usando” o Espírito Santo, em vez de serem usados por Ele.
Quando o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios acerca dos dons do Espírito Santo, foi para orientá-los de como saber usa-los de maneira correta e como eles se manifestam; pois a igreja de coríntios era rica nos dons do Espírito, porém desordenada no uso dos mesmos. O apóstolo disse: Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento. De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (1Co.1.5,7). A palavra dom no grego é charisma, que significa uma dádiva ou presente que o Espírito Santo concede aos crentes, dando-lhes capacidades, habilidades, aptidões e competências, afim de edificar e aperfeiçoar o corpo de Cristo, que é a igreja; e para promover a expansão do reino de Deus.
AS TRÊS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO: 
Diversidades de dons. Vers.4.
Diversidades de ministérios. Vers.5.
Diversidades de operações. Vers.6.
CLASSIFICAÇÃO DOS DONS:
Dons espirituais.
Palavra da sabedoria, palavra de conhecimento, discernimento de espíritos, fé, dons de curar, operação de maravilhas, profecia, variedades de línguas, interpretação das línguas. 1Co.12.8-10.
Dons ministeriais.
Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Ef.4.11,12.
Dons operacionais.
Servir, ensinar, exortar, repartir, presidir, exercitar misericórdia (Rm.12.6-8).
DONS DO ESPÍRITO SANTO:
Dons de Revelação (dons de saber).
Palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, discernimento dos espíritos.
Dons de Poder (dons de ação).
Fé, dons de curar, operação de maravilhas.
Dons de Inspiração (dons vocais). 
Profecia, variedade de línguas, interpretação das línguas.
DEFINIÇÃO DOS DONS:
Palavra de Sabedoria.
Trata-se de uma palavra sábia, mediante a revelação do Espírito Santo, em uma determinada circunstância que no saber natural é impossível de se resolver ou definir algo acerca de determinado problema. Mas mediante a revelação do Espírito Santo, pela palavra da sabedoria tudo fica evidente e é resolvido.
Exemplos da manifestação deste dom: Jesus (Mt.22.15-21). Tiago. (At.15.13-22). Salomão (1Rs.3.16-28).

Palavra de Ciência.
É a revelação sobrenatural do conhecimento Divino, revelando coisas particulares a respeito de pessoas, de circunstâncias ou até mesmo de verdades bíblicas que estão obscuras ao nosso entendimento.
Exemplos de homens que foram usados por Deus através deste dom: Aías (1Rs.14.1-6). Eliseu (2Rs.6.8-12). Pedro (Mt.16.16,17). Ágabo (At.21.10,11).
Discernimento dos espíritos
É uma revelação sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, para se perceber a ação e intenção dos espíritos; se verdadeiro ou falso. No mundo espiritual existem três tipos de espíritos, são eles: O espírito humano, o espírito diabólico, o Espírito de Deus.
O apóstolo João nos recomenda: Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo (I João, 4.1). É preciso percebemos qual o espírito está atuando: O Espírito de Deus, o espírito humano ou o espírito diabólico. Tenhamos muito cuidado, pois o apóstolo Paulo nos adverte que, nos últimos dias muitos seriam enganados, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios (1Tm.4.1).
Exemplos de homens que foram usados por Deus para discernir espíritos:
Pedro (At.5.1-5). Paulo (At.16.16-18).

É uma capacidade que o Espírito Santo concede ao crente de crer de forma sobrenatural, em casos que aparentemente é impossível aos olhos humanos de se resolver ou acontecer. Esta fé também implica em realizações de milagres. Exemplos de homens que exercitaram esta fé: Abraão, o pai da fé (Rm.4.17-21). Estevão, o diácono (At.6.8). Filipe, o evangelista (At.8.5-8).

Dons de Curar.
É o poder sobrenatural operado pelo Espírito Santo, para curar todos os tipos de doenças sem auxílio humano ou da medicina. Observe que a expressão está no plural: "Dons de curar". Isto significa dizer que, o Espírito Santo opera de formas variadas na execução da cura, de acordo com a doença ou a fé do doente. Isto está claro nos registros dos evangelhos, as formas variadas de como Jesus curava as pessoas.
Exemplos: A cura de Enéias (At.9.32-35). A cura de um homem coxo (At.3.1-10). A cura de um homem paralítico (At.14.8-10).

Operações de Milagres.
É o poder sobrenatural que contraria o curso normal da natureza, quebrando as suas leis naturais e causando grande espanto diante dos olhos humanos. São maravilhas de Deus acontecendo em ocasiões oportunas e necessárias. Exemplos: O sol e a lua são detidos (Js.10.12-14). A ressurreição de Tabita (At.9.36-42). Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas (At.19.11,12). Muitos sinais e prodígios eram feitos pelas mãos dos apóstolos (At.5.12).

Profecia.
Este dom se manifesta de forma verbalizada e clara ao entendimento humano, não por vontade humana, mas por uma manifestação especial do Espírito Santo, quando necessária para o que for útil.
Este é citado por Paulo como o principal dos dons (1Co.14.1). Este dom tem como objetivo, edificar, exortar e consolar a igreja (1Co.14.3,4). Nenhuma profecia, sendo ela verdadeira poderá ser contrária a palavra de Deus contida no livro sagrado (bíblia). Caso contrário, não vem de Deus. Está escrito: À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou não haverá manhã para eles (Isaías, 8.20).

Variedades de Línguas.
Este dom teve uma manifestação plena no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo encheu os crentes e eles falavam línguas variadas sem nunca tê-las aprendidas, e muitos estrangeiros que ali estavam entenderam eles falando no seu próprio idioma (At.2.1-8). Este dom evidência a manifestação do Espírito Santo de forma audível, e quando há interpretação ele pode funcionar como uma profecia. O apóstolo Paulo ensina no capítulo 14 de 1 coríntios, que este dom é mais proveitoso quando há interprete (1Co.14.5). Todavia no final da sua instrução ele diz: Portanto, irmãos, procurai com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.
Mas faça-se tudo decentemente e com ordem (1Co.14.39,40).

Este Dom pode se Manifestar de três Maneiras:

Língua estranha.
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios (1Co.14.2).
Língua dos anjos.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos... (1Co.13.1).

Língua estrangeira (de outras nações).
O relato de Lucas em Atos, 2.1-11 mostra que o dom de línguas foi manifestado naquela ocasião com o propósito de evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” o que cada seguidor de Cristo dizia. E o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” Pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus?” (verso 11).

Havia, naquele lugar, cerca de 18 nações diferentes. Os apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprender todos aqueles idiomas. Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho em um lugar onde havia muita gente (Deus não poderia perder aquela oportunidade!); por isso, o Senhor deu-lhes o dom de línguas estrangeiras. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas. Porém isso não significa dizer que esta manifestação foi só para aqueles dias. Pedro em seu discurso, diz: Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (Atos,2.39).
O apóstolo Paulo ensina no capítulo 14 de 1 coríntios, que este dom é mais proveitoso quando há interprete (1Co.14.5). Todavia no final da sua instrução ele diz: Portanto, irmãos, procurai com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem (1Co.14.39,40).
Regras a serem seguidas no uso do Dom de Línguas:
No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada e, por sua vez haja intérprete (I Co.14:27).
Deve haver tradutor (intérprete), se não houver, fale consigo mesmo e com Deus (I Co.14:28)
Deve cumprir o papel de edificar a igreja, estando subordinado ao dom de profecia (I Co.14.5, 26).
INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS.
Este dom se manifesta junto com o dom de variedade de línguas; quando há interpretação das línguas, a igreja é edificada, porque todos passam a entender o que o Espírito Santo estar falando. O apóstolo ensinando a igreja em coríntios diz: Assim igualmente vós. Visto que estais desejosos por exercer os dons espirituais, procurai amadurecer naqueles que produzem edificação para todo o corpo de Cristo. Sendo assim, aquele que fala línguas estranhas, ore para que possa interpretar (1Co.14.12,13). As línguas estranhas sem interpretação ficam sem fruto, só edifica quem fala (1Co.14.4). 
Hoje, nós percebemos que há muitas línguas estranhas e poucos intérpretes, é preciso orar para que esse dom esteja em maior evidência em nosso meio.
CONCLUSÃO:
Uma igreja pentecostal deve se conforma com os padrões que a Bíblia estabelece, no que diz respeito aos dons do Espírito Santo, e não seguir os modismos e inovações que vem surgindo ao longo dos anos. Sou pentecostal, e creio piamente nos dons do Espírito Santo, mas tenho visto muitas aberrações e meninices no meio do povo de Deus. Precisamos lê mais a bíblia e aprendermos a nos comportarmos de forma ordeira, não deixando ser levado pelo descontrole emocional; mas fazendo tudo com decência e ordem para glória de Deus. Amém!











quinta-feira, 29 de agosto de 2013

TRÊS VIRTUDES BÁSICAS PARA FAZER MISSÕES.

E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus (Atos, 4.31).

A igreja não terá forças, coragem, ânimo e dinamismo para fazer missões; sem a prática constante da oração. O sucesso de fazer missões é orar, é através da oração que a igreja se enche do Espírito Santo e tem ousadia para falar a palavra de Deus. Muitos querem fazer missões, mas não estão preparados. Missão não é turismo, missão não é uma aventura, missão não é status de uma denominação. Missão é compromisso, missão é renuncia, missão é disposição e coragem para ir em busca de ganhar almas para o reino de Deus. A igreja que não faz missões não estar comprometida com o Ide de Jesus. Ide pregai, ide ensinai, ide fazei discípulos.

1- ORAÇÃO.

A oração é a base necessária que abre caminhos para fazer missões. Orar sempre será preciso, oração nunca é demais; é através da oração que nós entramos em harmonia com o Espírito Santo e começamos a agir pela direção de Deus.
A igreja primitiva só saiu para evangelizar após um longo período de oração (Atos, 1.12-14).
Através da oração a igreja recebe poder, graça e unção do Espírito Santo (Atos, 13.1-3).
A igreja que não ora não tem ânimo para fazer missões e estar fadada ao fracasso.
No século passado, a rainha da Inglaterra disse: Eu tenho mais temor de um crente de joelhos, do que os mísseis da União Soviética e dos Estados Unidos apontados para a Inglaterra. Um certo pregador disse: O Diabo rir da nossa sabedoria, zomba das nossas pregações, despreza os nossos títulos e status, porém, ele treme diante de uma igreja de joelhos. Diz o texto sagrado: E assim que terminaram de orar, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram plenos do Espírito Santo e, com toda a coragem saíram anunciando a palavra de Deus (Atos, 4.31).
É impossível fazer missões sem a prática constante da oração.

2- CHEIO DO ESPÍRITO SANTO.

Para realizarmos a obra de Deus, precisamos estar cheios do Espírito Santo. O apóstolo Paulo escrevendo aos efésios disse: E não vos embriagues com o vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Efésios, 5.18).

* Deus não aceita ninguém vazio.

Por três vezes Ele disse: Ninguém apareça vazio perante mim (Ex.23.15; 34.20; Dt.16.16).

- Mente vazia. Oficina de Satanás.
- Espírito vazio. Alvo de Satanás.
- Coração vazio. Presa de Satanás.

* Deus não escolhe ninguém vazio. 

- Sete diáconos cheios do Espírito Santo.

Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio (Atos, 6.3).

- Apóstolos (missionários) cheios do Espírito Santo.

E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (Atos, 13.2). Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo e fixando os olhos nele disse:...(Atos, 13.9). E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia. Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor (Atos, 11.21,22,24).

- Setenta homens cheios do Espírito Santo.

E disse o SENHOR a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, de quem sabes que são anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali se porão contigo. Então, eu descerei, e ali falarei contigo, e tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu sozinho o não leves (Números, 11.16,17).

* Deus não envia ninguém vazio.  

- Disse o SENHOR  a Samuel: Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei (I Samuel, 16.1).

- A igreja de Antioquia enviou Paulo e Barnabé, homens cheios do Espírito Santo (Atos, 13.1,2,9; 11.21-24).

- Deus enche Moisés e envia. Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar (Êxodo, 4.12).

3- OUSADIA NA PALAVRA.

* Ousadia.
Característica ou particularidade do que é ousado; que possui valentia ou coragem; uma pessoa ousada é destemida, arrojada e valente. Temos na bíblia vários homens e mulheres que foram ousados e realizaram grandes obras em nome de Deus. 

- A ousadia de Elias.
Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade,, disse a Acabe: Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra (I Reis, 17.1).

- A ousadia de Davi.
Disse Daví: Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo? (I Samuel, 17.26).

- A ousadia de Pedro.
Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens simples e iletrados, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus (Atos, 4.13).

- A ousadia de Débora. 
Então Baraque rogou a Débora: Se tu vieres comigo, eu irei, mas se não vieres comigo, também eu não marcharei! Ao que Débora lhe assegurou: Que seja como pedes! Certamente irei contigo. Contudo, não será tua a glória desta empreitada, porque o SENHOR entregará Sísera nas mãos de uma mulher!. E levantando-se prontamente, partiu Débora com Baraque em direção a Quedes (Juízes, 4.8,9).

- A ousadia de Ester.
Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço. E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro. Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará (Ester, 4.16; 5.2,3).

- A ousadia de JESUS.
Naquele mesmo dia, chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te.
E lhes respondeu: Ide e dizei àquela raposa: eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e, no terceiro dia, sou consumado (Lucas, 13.31,32).

CONCLUSÃO:
E eles tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! (Marcos, 16.20).

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O VASO DE ALABASTRO.

Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de certo homem conhecido como Simão, o leproso, achegou-se dele uma mulher portando um vaso de alabastro contendo valioso perfume, feito de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou todo  o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. Diante disso, indignaram-se alguns dos presentes, e a criticavam entre si: Para que este desperdício de tão valioso perfume? Um bálsamo como este poderia ser vendido por trezentos denários, e o dinheiro ser doado aos pobres. E a censuravam severamente. Deixa-a em paz! ordenou-lhes Jesus. Por que causais problemas a esta mulher? Ela realizou uma boa ação para comigo. Quanto aos pobres, sempre os tendes ao vosso lado, e os podeis ajudar todas as vezes que o desejardes, todavia a mim nem sempre me tereis. A mulher fez tudo que estava ao seu alcance. Derramou o bálsamo sobre mim, antecipando a preparação do meu corpo para o sepultamento. Com toda certeza eu vos asseguro: onde quer que o evangelho for pregado, por todo o mundo, será também proclamado a obra que esta mulher realizou, e isso para que ela seja sempre lembrada (Marcos, 14.3-9).

Este episódio narrado pelos evangelistas, Mateus, Marcos e João, aconteceu antes da festa da Páscoa, segundo os estudiosos da bíblia, as celebrações da Páscoa em Jerusalém reuniam cerca de três milhões de pessoas. A conhecida festa dos pães asmos ou festa dos pães sem fermento ocorria logo após a Páscoa e durava sete dias. Ao narrar este episódio, Marcos se refere a "alguns dos presentes" (Marcos, 14.4). Mateus concentra-se nos "discípulos" (Mt.26.8) e João destaca a participação avarenta e comprometedora de "Judas Iscariotes" (João, 12.4,5).
A mulher que realizou esta nobre atitude em quebrar o vaso de alabastro era Maria, irmã de Marta e Lázaro (João, 12.1-8). O alabastro era um frasco lacrado, de gargalo longo, que continha valioso perfume, normalmente usado na unção de personalidades notáveis da época ou no preparo de mortuário de monarcas e pessoas ricas.
Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Naquela época  as pessoas não sentavam à mesa à nossa semelhança. Elas deitavam em uma espécie de sofá e apoiava-se em um dos braços enquanto comia com o outro, diante de uma mesa em forma de “U”. A uma mulher não era honroso participar desse evento exceto se estivesse a servir a mesa. 
Enquanto ele estava à mesa, Maria quebrou o vaso de alabastro e ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e a casa inteira ficou cheia com o perfume do bálsamo. Pôs-se a derramá-lo sobre a cabeça de Jesus. À semelhança da mulher pecadora de (Lucas, 7.36-50), Maria fez um ato revolucionário. Ao que parece, ela começou o seu gesto para com Jesus pelos seus pés e posteriormente pela cabeça. Beijar, Lavar os pés e ungir a cabeça de um convidado quando de sua chegada, era uma cortesia oferecida pelo anfitrião aos convidados considerados ilustres. Quando Maria entra no recinto torna-se objeto da reprovação daqueles que ali estavam. Uma mulher, a partir de seu casamento, não mostrava cabelos em público, assim faze-lo era motivo de vergonha. Maria começou a derramar o perfume sobre os pés de Jesus, possivelmente empoeirados do caminho, e soltou seus cabelos passando a enxuga-los com eles. Maria expressou uma atitude de gratidão, humildade, adoração e reconhecimento do Senhorio de Cristo. Essa também deve ser a atitude daqueles que confessam Jesus, como Senhor e Salvador.

AS ATITUDES DE MARIA EM RELAÇÃO A JESUS:

Maria demonstrou ter um grande sentimento por Jesus.
Maria entregou-se totalmente e fez o que podia visando adorar Jesus.
Maria Entregou o que tinha de maior valor.
Maria Ousou quebrar com o costume do povo.
Maria Expôs-se à reprovação popular.
Maria Expressou sua adoração a Cristo.
Maria Humilhou-se aos seus pés.
Maria fez um ato de gratidão e reconhecimento da grandeza de Cristo.
Maria O exaltou ungindo sua cabeça.
Maria profetizou, ainda que sem perceber, a morte de Jesus.

A REAÇÃO DO PÚBLICO:

-Judas mobiliza os presentes por interesse pessoal.
Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários para dá-los aos pobres? Havia uma prática popular de na festa da Páscoa ajudar os pobres com esmolas. Por tanto, a colocação de Judas parecia ter um certo sentido apesar da legitimidade da ajuda. Mas o que motivara sua caridade não era a necessidade dos pobre mais sim um motivo pessoal, a sua cobiça por dinheiro.
-Os discípulos, influenciados por Judas, ficaram indignados e começaram a reclamar.
-Aborreceram e desprezaram a mulher.
-Maria recebeu reprovação popular.

A APROVAÇÃO DE JESUS:

Maria foi defendida por Jesus.
Maria foi louvada por Jesus.
Maria praticou uma boa ação e foi elogiada por Jesus.
Sua ação foi percebida por todos e Jesus disse que Maria será lembrada sempre, em todo o lugar.

CONCLUSÃO:
O nosso vaso de alabastro precisa ser quebrado. O vaso de alabastro representa nossa vida sendo quebrada e derramada na presença de Jesus. Não importa as criticas e nem as reprovações das pessoas, em relação a nossa atitude diante de JESUS, assim como Maria quebrou o vaso de alabastro, que continha um perfume caríssimo; da mesma maneira nós devemos nos derramar diante Dele, com toda devoção, em adoração, humildade e reconhecimento de sua grandeza e majestade. Amém!