sábado, 22 de março de 2025

JOHN EGGLEN E SPURGEON.

 

Olhai para Mim e sereis salvos, vós, todas as extremidades da terra; porque Eu sou Deus, e não há outro (Isaías, 45.22).

John Egglen era um diácono da igreja metodista, homem fervoroso de espírito, um obreiro de valor dedicado a obra do Senhor.

Certa manhã de domingo a neve deixou sua cidade de Colchester na Inglaterra completamente branca. John Egglen ao acordar naquele domingo em janeiro de 1850 pensou em ficar em casa. Quem iria a igreja com aquele tempo? Então reconsiderou. Além do mais ele era o diácono e se os diáconos não fossem, quem iria? Então, calçou suas botas, colocou chapéu e andou quase 10 km até a igreja metodista. Ele não foi o único membro que pensou em ficar dentro de casa, pois apenas 13 pessoas compareceram, doze membros e um visitante. Até o pastor ficou impedido pela neve. 

Alguém sugeriu que seria melhor que os 12 crentes e o visitante voltassem para suas casas. Porém, John Egglen não deu ouvidos, eles vieram de tão longe, então realizariam o culto. Além dos crentes havia um visitante, um garoto de 13 anos. Mas quem pregaria?  Pelo fato do pastor não ter vindo, e Egglen era o único diácono presente, era ele que estava com a Palavra. 

E assim sendo, Egglen abriu sua Bíblia e pregou seu sermão que durou cerca de 15 minutos, onde o tema da mensagem fora em Isaias 45.22: "OLHAI PARA MIM E SEREIS SALVOS". Ele não tinha eloquência e muito menos habilidades de um orador. Mas no final uma coragem não característica de sua personalidade aflorou, e de maneira convicta ele dirige o seu olhar diretamente para o garoto visitante que estava assentado nas primeiras fileiras, e o desafiou dizendo: Jovem, olhe para Jesus! Olhe firmemente para Ele! Olhe jovem!

O desafio causou alguma diferença? Deixemos que o próprio garoto por nome de Charles Haddon Spurgeon, agora um homem responda.

Eu olhei, e então a nuvem do meu coração se dissipou, as trevas foram embora e naquele momento pude ver o Sol da Justiça. Eu olhei e contemplei o filho de Deus na Cruz, o túmulo vazio e eu pude crer. Eu olhei, e fui invadido por uma graça tal que me fez estremecer... E então não pude resistir!

Charles Haddon Spurgeon, tornou-se o principe dos pregadores, aos 20 anos de idade já havia pregado mais de 600 sermões.

Há poder no Evangelho de Jesus! Não existem grandes homens de Deus, existe um Deus grande, que usa homens limitados e imperfeitos. Alguns John’s Egglen, outros Spurgeon’s. O certo é que a Glória é sempre Dele.

Aqui nós apredemos que, Deus tem seus propósitos definidos para cada um de nós. Nunca é como queremos, mas como Deus quer.

Talvez Deus não te chamou para ser Spurgeon, mas sim para ser John Egglen. Pense nisso!

sexta-feira, 21 de março de 2025

ATÉ QUANDO?


Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? (Hc.1.2).

Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605-597 a.C.). O livro de Habacuque é único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe resonde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: "Por que Deus castigaria seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele"? No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o requer; independentemente das circunstâncias. 

Habacuque ora a Deus, pedindo-lhe que pusesse fim à iniquidade que reinava entre o povo do Concerto. Deus, no entanto, parecia nada fazer a respeito, a não ser tolerar a violência, a injustiça e a destruição dos justos. As perguntas do profeta têm a ver com um antiquíssimo tema: "Por que Deus demora tanto em castigar a iniquidade?" e "Por que nossas orações geralmente não são prontamente atendidas?". Note, todavia, que tais queixas vinham de um coração cheio de fé num Deus justo. 

(O texto acima é uma nota de rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal).

Até quando? É uma pergunta feita por muitos, dependendo da situação ou estado de espírito em que as pessoas se encontram, esta pergunta sempre vai se repetir. Curiosamente, temos na Bíblia esta pergunta várias vezes. Há ocasião que o ser humano pergunta, "até quando? E há situações que o próprio Deus pergunta: Até quando? Nem sempre esta pergunta tem uma resposta rápida e satisfatória. Muitas vezes sofremos muito e até choramos diante dos problemas que enfrentamos, e perguntamos para Deus: "Até quando Senhor?"

PERGUNTAS DOS HOMENS PARA DEUS:

Perguntas de Davi:

Até quando te esquecerás de mim, SENHOR?
Até quando esconderás de mim o teu rosto?
Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?
Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo? (Sl.13.1,2).

Perguntas de Asafe:

Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? (Sl.74.10).
Até quando te indignarás contra a oração do teu povo? (Sl.80.4).
Até quando SENHOR? Indignar-te-ás para sempre? (Sl.79.5).

PERGUNTAS DE DEUS PARA O HOMEM:

Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? (Ex.14.27).
Até quando convertereis a minha glória em infâmia?
Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? (Sl.4.2).

SOBRE O COMPORTAMENTO DO POVO DE DEUS, QUAIS SERIAM AS POSSÍVEIS PERGUNTAS DO PROFETA HABACUQUE NA ATUALIDADE?

Até quando veremos falsos mestres e falsos pregadores enganando o povo de Deus?

Até quando veremos um falso evangelho sendo aceito por muitos por causa das vantagens e facilidades?

Até quando veremos igrejas pagando caches de grande valor monetário para cantores e pregadores, enquando os necessitados não são ajudados financeiramente?

Até quando veremos falsos milagres e falsas profecias no meio do povo de Deus?

Até quando veremos falsos pregadores usando tecnicas de hipnose e sugestão mental para enganar a igreja?

Até quando veremos fogo estranho na Casa de Deus e o povo aplaudindo e glorificando o que não vem de Deus?

Até quando veremos líderes permitindo a mistura entre o santo e o profano por causa do dinheiro?

Até quando veremos a idolatria dos crentes que aplaudem cantores gospel, pastores e pregadores no meio do povo de Deus?

Até quando veremos pregações sem conteúdo bíblico, onde o foco é exaltar o homem e não a Cristo.

Até quando veremos heresias sendo ensinadas ao povo e a verdadeira ortodoxia da Palavra sendo desprezada?

Até quando veremos escândalos e mais escândalos no meio do povo de Deus?

Até quando veremos cantores e pregadores em pecados sendo pagos para ministrarem ao povo de Deus?

Porém, todas estes fatos negativos que permeiam entre o povo de Deus é cumprimento de tudo que foi predito nas Escrituras.

Paulo escrevendo disse: Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência (I Tm.4.1,2).

Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas (II Tm.4.3,4).

Pedro escrevendo diz: E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita (II Pe.2.1-3).

E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei? (Mt.17.17). 

Bom é está preparado para toda boa obra, e aguardando a iminente volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém! 

quarta-feira, 12 de março de 2025

SIMONIA NA IGREJA.


Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram atizados em nome do Senhor Jesus.) Então lhe impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.

E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.

Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniquidade.

Respondendo, porém, Simão disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim (Atos 8.14-24).

Simão, o mágico, recém convertido ao evangelho pela pregação do evangelista Filipe, ficou pasmado diante do poder de Deus manifesto na vida dos apóstolos. Ele era ilusionista, enganava o povo com artes mágicas e era considerado por muitos como um grande personagem. Diz o texto do livro de Atos, que Simão era admirado pelo povo e todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo: "Este é a grande virtude de Deus" (At.8.9-11). O termo "Simonia" surgiu a partir de Simão, o mágico.

Simonia é o ato de vender favores divinos, bênçãos, cargos eclesiásticos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, etc. em troca de dinheiro. A etimologia da palavra provém de Simão Mago, personagem referido no livro de Atos dos Apóstolos 8. 18-24, que procurou comprar de Pedro o poder de transmitir pela imposição de mãos o Espírito Santo ou de efetuar milagres.

O direito canónico da igreja romana também estipulava como simonia atos que não envolvem a compra de cargos, mas a transação de autoridade espiritual, como dinheiro para confissões ou a venda de absolvições.

A prática da simonia no final da Idade Média provocou sérios problemas à postura moral da Igreja. E foi uma das razões que levou Martinho Lutero a escrever as suas 95 teses e a rebelar-se contra a autoridade de Roma.

Após o edito de Constantino de 313 d.C. a Igreja Cristã foi capaz de dispor de bens terrenos em uma extensão cada vez maior, então houve casos de eclesiásticos que se esforçaram para obter cargos e poder através do dinheiro. Simonia, portanto, já foi condenada com o segundo cânone da quinta sessão do conselho de Calcedônia em 451. Embora uma ofensa ao direito canônico, a simonia se espalhou pela Igreja Católica nos séculos IX e X.

Na Divina Comédia, Dante coloca os simoníacos entre os condenados no terceiro tumulto do oitavo círculo do submundo. Eles estão condenados a ficar de cabeça para baixo dentro de buracos na rocha, com uma chama avermelhada queimando em seus pés. Quando um novo condenado chega, ele toma seu lugar fazendo com que os outros afundem. Este castigo segue-se a esta retaliação: como em vida, vendendo cargos eclesiásticos, eles "pisotearam" o Espírito Santo, agora Ele (em forma de chama) queima seus pés. 

O papa Bonifácio VIII é mencionado por Dante como um simoníaco predestinado a passar a eternidade nesta confusão.

A pratica da simonia no contexto atual se apresenta de forma sútil ou até mesmo explícita em muitas igrejas. Este tipo de sacrilégio vem crescendo como um comercio "sagrado", onde o povo é praticamente obrigado a pagar para receber o favor divino. A simonia é uma forma de banalizar a graça de Deus, levando o povo a acreditar que os dons de Deus e as bênçãos de modo geral só é possível mediante uma boa contribuição financeira, caso contrário, não será possível receber as dádivas de Deus.

Há ministérios que a escolha para assumir um cargo eclesiástico, só é possível mediante o vil metal (dinheiro). A chamada já não é mais tanto pela vocação, nem pelo bom testemunho, pela boa reputação e carater. Infelizmente, a simonia ainda é praticada de forma sútil na política ministerial pelo cargo eclesiástico e outros. Todavia a palavra do apóstolo Pedro continua alertando o povo e os líderes religiosos em geral: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro". Que possamos viver o genuíno Evangelho de Cristo e rejeitar todas as praticas de "Simonia" que existe no meio do povo de Deus. Amém!

sexta-feira, 7 de março de 2025

UM EXÉRCITO DE SOLDADOS FERIDOS.


Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente (II Tm.2.3-5).

A igreja é representada por vários símbolos na Bíblia, e um deste, ela é comparada a um Exército. A igreja é como se fosse uma corporação militar adestrada, pronta para a guerra. Os crente, de modo geral são soldados que estão sob o comando do grande General Jesus Cristo. O grande lema do Exército é: "Não deixe o soldado ferido morrer". O verdadeiro soldado do Exército de Cristo, não deixa o soldado ferido para trás, mas socorre na medida do possível. Infelizmente, estamos vivendo dias difíceis, enfrentamos muitas vezes, mais guerras internas do que externas; ou seja, os nossos maiores inimigos estão dentro da nossa própria casa, no meio do povo de Deus. 

Não são poucos os pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos e obreiros em geral, atuantes de todos os lugares e de diversas denominações que em pleno campo de trabalho ministerial foram atacados, perseguidos, feridos e abandonados por seus líderes ou companheiros iguais. Estes foram tratados como se não tivessem origem, chamada, nome, valores, famílias, formação e história. 

É assustador o número deles... E crescem em proporção a cada dia, como se isto fosse perfeitamente natural e aceitável entre aqueles que sempre apregoaram, apregoam e devem continuar apregoando o AMOR de DEUS como sendo nossa maior herança e característica. 

O que é mais intrigante e inaceitável, é o fato de que os ferimentos que sofreram não tenham sido provocados pelo mundo sem DEUS ou por aqueles que não professam a mesma fé, alheios à igreja de Cristo. Estamos falando de soldados feridos em pleno campo de batalha pelos seus iguais, irmãos em Cristo, defensores da mesma causa e que falam em nome do mesmo Deus. O salmo profético de Davi já falava sobre estes: Pois não era um inimigo que me afrontava; então, eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido, mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Praticávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à Casa de Deus (Sl.55.12-14).

Grande parte deles dedicou o maior tempo de suas vidas ao serviço ministerial, sacrificou suas famílias, renunciou sua vida particular, deixou para trás profissão, local de origem, entes queridos e até alguns ou vários empreendimentos terrenos para investir no Reino de DEUS. 
A maioria deles acreditou na chamada divina, iniciou arduamente o trabalho ministerial, confiou em seus líderes, preparou-se teologicamente, investiu em conhecimento, desprendeu tempo de sua vida e lançou-se sem reservas nos ideais de suas denominações e organizações, fazendo disto o propósito e ocupação também de suas famílias. Depois de terem caminhado bastante e trabalhado para o Reino de Deus, foram decepcionados e tiveram seus sonhos frustrados.

Alguém pode até argumentar: "Mas isto é natural no exercício do ministério, isso pode acontecer com qualquer um. O ministério cristão é assim mesmo... não devemos estranhar isto!" 
Não! Não é natural, não pode acontecer com tanta frequência e não podemos aceitar passivamente este fenômeno, sem que repensemos o que é chamada divina, ministério cristão e modelo de igreja de acordo com a Bíblia Sagrada. 
Estamos falando de obreiros que sofrem injustiças terríveis, são desprezados em detrimento de interesses secundários, substituídos para darem lugar a alguém que é amigo de alguém, menosprezados em suas chamados para que seus lugares sejam ocupados por gente despreparada, mantida por influências ou articulações políticas. Sã obreiros que são descartados como se fossem meros objetos de consumo comercial. 

Obreiros que depois de dedicarem anos de suas vidas trabalhando com ministérios e igrejas, são descartados sem qualquer temor a DEUS ou direção que dele venha, até porque DEUS não faz isto com seus filhos. 
São tratados como se não tivessem esposas, filhos, responsabilidades, sonhos, objetivos, foco, vocação, talento ou chamada. 
São traídos e removidos arbitrariamente de um lado para o outro sem qualquer diálogo, como se fossem móveis de uma casa velha e como se não tivessem opinião própria.
Muitos são descartados, abandonados à beira do caminho para morrerem. Os que são mais fortes ou preparados espiritualmente, ainda insistem na luta buscando em DEUS socorro, saída e novas oportunidades. 

Os que estão muito cansados, desgastados pelo tempo e até desmotivados pelas injustiças sofridas, vão esmorecendo aos poucos, moribundos, decepcionados, frustrados e muitos até revoltados com as circunstâncias. 
Desses, nascem grupos diferentes: alguns desviam-se, fracassam, enfraquecem na fé e não querem mais continuar na batalha. 
Há outros que apenas desistem do ofício sagrado, bastando-lhes serem crentes que vão à igreja vez ou outra.
Mas há outro grupo: o daqueles que convictos de suas chamadas e sem espaço ou oportunidade, lançam-se em novos projetos e abrem ministérios, igrejas ou denominações, já que não querem abrir mão da vocação recebida do Senhor JESUS CRISTO! E, sabe o que é pior? São chamados de rebeldes, desviados, encrenqueiros, antiéticos, e divisores.

Verdade é que há suas exceções, existem aqueles que são de fato rebeldes ao ministério, a convenção e aos seus líderes. 

Mas o Consolador, o Espírito Santo, tem consolo e bálsamo para curar as feridas do seu povo.

Porventura, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não teve lugar a cura da filha do meu povo? (Jr.8.22).

Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te! (Isaías, 41.6).

O Senhor da seara disse: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo.13.34,35).

Esta Postagem tem como autor o Pr. Jesiel Freitas, foi escrita em 10/02/2015.

Adaptada com articulações e alguns acréscimos, por Geraldo Barbosa, autor e articulador do Blog Pregando a Verdade.

quarta-feira, 5 de março de 2025

PODER E PERSEGUIÇÃO (Atos 1.8; Atos 8.1).


Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (At.1.8).

E também Saulo consentiu na morte de Estevão. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos (At.8.1).

RECEBEREIS A VIRTUDE DO ESPÍRITO.

Atos 1.8 é o versículo chave do livro de Atos. Atos começa com uma promessa de poder e um período de oração no cenáculo (1.8,12-14).

O termo original no grego para "virtude" é "dunamis", que significa poder, poder em ação. 

A palavra "Dunamis", que tem origem no grego, dela se derivam três palavras:

1) Dínamo.

Gerador que transforma a energia mecânica do automóvel em energia elétrica, alimentando seu equipamento elétrico.

2) Dinâmico.

Relativo ao movimento e às forças, que é ativo, que se modifica continuamente, que está sempre em movimento.

3) Dinamite.

A palavra dinamite vem do grego dunamis, que significa "poder" ou "força". Dunamis também é a raiz das palavras "dinâmica" e "dínamo". 

Origem da palavra dinamite.

A palavra dinamite foi inventada pelo sueco Alfred Nobel em 1867 para nomear seu método de tornar mais seguras as explosões em minas. A dinamite é uma substância explosiva com base de nitroglicerina.  

NINGUÉM QUER SER PERSEGUIDO, MAS TODOS QUEREM O PODER.

O poder que foi prometido se cumpriu no dia de pentecoste, os discípulos estavam cheios do poder do Espírito, porém, eles ficaram parados, ficaram acomodados e não avançaram para cumprir a ordem dada por Jesus: Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Passado um tempo, Deus permitiu uma grande perseguição promovida por Saulo, que consentido na morte de Estevão, suspirava ameaças e partiu para perseguir os cristãos em Jerusalém.

Percebemos à luz da Bíblia, que, geralmente o poder de Deus se manifesta em meio as lutas, as provações e as perseguições. Em toda a narrativa de Lucas no livro de Atos, vemos a igreja sendo provada e perseguida, e por causa dos sofrimentos e das perseguições, há muitas manifestações do poder do Espírito Santo na vida dos crentes. Há um texto que diz: E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos (At.4.33; 5.12). 

Na perseguição a igreja cresceu; quando os crentes foram dispersos o poder de Deus se manifestou através deles, muitas pessoas foram salvas pela pregação do evangelho e muitos foram curados e batizados com Espírito Santo. Diz o texto sagrado: E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade (At.8.3-80. Na perseguição, o diácono Filipe tornou-se um grande evangelista e pregou a Palavra com o tema focado em Cristo, ganhando muitas almas, curando e libertando a muitos para glória de Deus.

O texto de Atos 11, diz: E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estevão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.19-21). Foi na perseguição que o poder de Espírito Santo se manifestou no vida dos crentes e eles pregaram com ousadia a Palavra de Deus, e muitos se converteram a Cristo.

A igreja quando era simples, quando tinha a simplicidade de Cristo e andava no temor de Deus, sendo perseguida e desprezada, havia muita graça de Deus derramada sobre os crentes, o Espírito Santo manifestava o seu poder na vida dos crentes e muitas coisas extraordinárias aconteciam entre o povo. Hoje, na atualidade, geralmente os crentes são ricos, tem prata e tem ouro, mas não tem o poder de Deus, não tem a unção do Espírito na vida. É muito barulho, são muitas emoções, é muito movimento humano, é muita manipulação da carne, e nada do Espírito e nem manifestação genuína do poder de Deus. Pastores vazios de Deus, contratam pregadores e cantores pagando uma fortuna, para estes fazerem movimentos e sensacionalismo entre o povo. Quando por misericórdia, há salvação de almas e alguns batismos no Espírito Santo. Todavia, o Espírito de Deus é o mesmo, Ele quer operar grandemente, mas o ego humano e o pecado encoberto está impedidndo a operação do Espírito Santo. Infelizmente, isto é fato.

sábado, 1 de março de 2025

ESTUDANDO A PALAVRA.

Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás (Js.1.8).

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade (II Tm.2.15).

Estudar a Palavra deve ser prioridade na vida de todo cristão. Devemos estudar a Palavra com humildade, submissão e total devoção ao seu Autor. Estudar a Palavra, não é privilégio dos grandes teólogos e eruditos da Bíblia, mas é dever de todos aqueles que ama a Palavra de Deus. Vivemos na época dos entretenimentos onde muitos estão ocupados com tantas coisas, e isto tem deixado muitas pessoas sem tempo para ler e estudar a Palavra de Deus. O Livro do SENHOR, deve ser o nosso livro de cabeceira, o Livro da nossa intimidade. Quem ama a Palavra, deve estudar a Palavra com total submissão e devoção a Deus.

SETE COMPROMISSOS DEVEMOS TER COM A PALAVRA:

1) LER A PALAVRA.

Buscai no Livro do Senhor e lede... (Is.34.16).

Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá (I Tm.4.13).

2) MEDITAR NA PALAVRA.

Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito (Js.1.8).

Antes, tem o seu prazer na Lei do SENHOR, e na sua Lei medita de dia e de noite (Sl.1.2).

Oh! Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl.119.97).

Os meus olhos anteciparam-me às vigílias da noite, para meditar na tua Palavra (Sl.119.148).

3) GUARDAR A PALAVRA.

Escondi a tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti (Sl.119.11).

Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua Palavra (Sl.119.67).

4) AMAR A PALAVRA.

A tua Palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (Sl.119.140).

Muita paz têm os que amam a tua Lei, e para eles não há tropeço (Sl.119.165).

Oh! Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl.119.97).

5) ALIMENTAR-SE DA PALAVRA.

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua Palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos (Jr.15.16).

Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt.4.4).

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo (I Pe.2.2).

6) OBEDECER A PALAVRA.

Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir... (Ed.7.10).

E sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.

Porque, se alguém é ouvinte da Palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era.

Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito (Tg.1.22-25).

7) FALAR A PALAVRA.

E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te (Dt.6.6,7).

O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele que em quem está a minha Palavra, que fale a minha Palavra, com verdade. Que tem a palha com o trigo? Diz o SENHOR (Jr.23.28).

Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda longanimidade e doutrina (II Tm.4.1,2).

E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a Palavra com os sinais que se seguiram. Amém! 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O CARNAVAL DO GALO.


Um Galo gigante medindo 32 metros de altura, feito de material reciclável, é a maior atração do carnaval de Pernambuco. Este atrativo chamado de "galo da madrugada" que arrasta multidões, é amado e idolatrado por muitos. O galo da madrugada foi criado em 1978. Em 1994, foi registrado 1 milhão de foliões no Galo da Madrugada. Em 2023, foram 2,5 milhões. 

O Galo da Madrugada foi reconhecido pelo Guinness Book como o maior bloco de carnaval do mundo.

Nomeado no Guinness Book of World Records como o maior desfile de carnaval do mundo, considerando o número de participantes. Em 2023, esse número foi de mais de 2.500.000 pessoas. Seu tamanho só é igualado pelo Cordão da Bola Preta, no Rio de Janeiro.

Há um reflão da música do galo que diz: ♫ Galo eu te amo.
Quem ama e reverencia o galo, inclina-se para o galo se diverte em volta dele.
Mas, quem ama e adora unicamente a Deus Jeová, inclina-se e alegra-se na presença dEle.

Diante do galo as pessoas têm as mais diversas ações e reações, tais como: Idolatria, anarquia, irreverência, imoralidade sexual, embriaguez, libertinagem, discórdia, conflitos, traição, mentira...

Há dois estilos de vida praticados pelas pessoas, estes dois grupos de pessoas são citados pelo apóstolo Paulo, quando escrevendo aos crentes de Roma, diz: Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. 
A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo.
Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.
Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo (Rm.8.5-9).

Os que são espirituais alegram-se na festa do Espírito; mas os que são carnais deleitam-se na festa da carne.

Finalmente, que possamos aceitar e praticar a orientação de Paulo, que diz: Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef.5.18). Amém! 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Jesus Vem! Os Sinais Testificam!


Os sinais testificam e indicam que a volta de Jesus está próxima, mas a maior parte das pessoas estão destraidas e despreparadas para o encontro com o Senhor. Enquanto o mundo está mergulhado nos carnavais desta vida, a igreja do Senhor está buscando viver em santidade e na espectativa da iminente volta de Jesus.

A música "Meu Jesus Vem" da Harpa Cristã (451) é um hino que expressa a esperança da igreja na segunda vinda de Jesus Cristo. Este é um evento central na teologia cristã conhecido como Parusia. A letra deste hino reflete a expectativa de que a volta de Cristo está próxima, baseando-se em sinais e testemunhos que, segundo a Bíblia, indicam a iminência desse grande acontecimento.

Os primeiros versos diz: "Os testemunhos indicam que breve Cristo virá; Já os sinais testificam que Ele vem, não tardará." Isto nos remetem as passagens bíblicas como está escritas em Mateus 24, onde Jesus fala sobre os sinais do fim dos tempos e da sua vinda.

O segundo verso, diz: Oh! Dia de grande glória, Para os remidos será! Dia será de vitória; Jesus em breve virá. 
Os versos da música transmitem uma mensagem de esperança e alegria para os fiéis, que aguardam a redenção e a vitória sobre as tribulações do mundo. 

O côro do hino faz referência aos anjos: "Os anjos nas harpas tangem, dando louvores a Deus!" Isto evoca a imagem celestial e a adoração eterna que os crentes esperam participar após a segunda vinda de Cristo.

A canção também aborda a transformação que ocorrerá com os crentes, conforme mencionado: "Meu corpo já transformado, um céu aberto achará! Com anjos mil a Seu lado, Jesus em breve virá!" Isso faz alusão à crença na ressurreição dos mortos e na glorificação dos santos, conforme descrito em I Coríntios 15. 

A última estrofe do hino nos fala de ausência de tristezas e dores, nos fala de festa, descanso e alegria.

♫Tristezas desaparecem e dores não haverá; estrelas já resplandecem; a Festa começará! ♫ Descanso ali prometido, minha alma então gozará.

A música termina com um apelo evangelístico, convidando aqueles que estão perdidos a ouvirem a mensagem de salvação: "Ouve a mensagem, perdido; Jesus em breve virá!" 

Este Hino reforça a Fé, a Confiança e a Esperança na Promessa de um futuro glorioso, que cuminará com Volta de Jesus.
Maranata! 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

MARIA É MÃE DE DEUS?


Este tema tem causado polêmica no meio pentecostal, há pontos de vista diferentes em afirmar ou não, se Maria na verdade é mãe de Deus. A falta de compreensão de um ponto coeso da doutrina de Cristo (cristologia) postulado pelos Padres (Teólogos) de Calcedônia e outros, revela a ignorância bíblico-teológico e histórico de muitos irmãos.

O Credo da Calcedônia (Ásia menor, 451) descreve a encarnação da Segunda Pessoa da Trindade negando que um homem haja se tornado Deus ou que Deus haja se tornado homem. Não houve confusão ou absorção entre a natureza divina de Cristo e a sua natureza humana. As duas permanecem unidas, inseparáveis e distintas. Similarmente, a encarnação não é meramente o habitar divino de um humano nem uma conexão entre DUAS PESSOAS. Ao invés disso, o Credo assevera que há uma união real entre as naturezas divina e humana existentes em UMA VIDA PESSOAL: a vida de Jesus de Nazaré. Portanto, Maria é a Mãe de Deus porque só há uma ÚNICA PESSOA com DUAS NATUREZAS.

Quando afirmamos com os Pais da Igreja, como Cirilo de Alexandria e os pais presentes no Concílio de Calcedônia que Maria é a mãe de Deus, não estamos dizendo que ela é mãe da divindade de Jesus, mas que por Jesus ser Deus, Maria é a Mãe de Deus (Jesus, Deus–Homem).

Negar que Maria é a mãe de Deus é negar a Unipersonalidade do Verbo encarnado. É negar a Pessoa Teantrópica do Redentor. É afirmar que em Jesus tinha não apenas duas naturezas, mas DUAS PESSOAS. Portanto, quando o Concílio de Calcedônia subscreveu Maria como Mãe de Deus é que ela é a mãe de Jesus que é Deus. Cirilo afirma: “Ó tolos [...] o que ela deu à luz, exceto que é verdade que ela deu à luz o Emanuel segundo a carne? [...] Pois o abençoado profeta Isaías não está dizendo: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará pelo nome de Emanuel, que sendo interpretado é Deus conosco”? O texto de Cirilo em Calcedônia é plausível e defende não a mariolatria, ou Maria como Mãe da Divindade de Jesus ou ideias semelhantes, mas a cristologia postulada nos Concílios anteriores: a Única Pessoa com Duas naturezas. Dizer que não é Mãe de Deus (Jesus) é afirmar que ela é Mãe de uma Pessoa Humana, Jesus, que também é uma Pessoa Divina, o Cristo.

Afirmar, como alguns irmãos afirmaram por aqui, que Jesus teve pai e mãe humanos é pura heresia. A humanidade do redentor veio unicamente de Maria, e não de José, por obra do Espírito Santo (Mateus e Lucas falam sobre isso).

Quando alguns afirmam que Maria é a Mãe de Cristo (e não de Deus), na cristologia dos padres, subtende-se que Maria é mãe de uma pessoa humana. Em contrapartida, o ensino bíblico e da teologia ortodoxa dos Padres da Igreja (não confunda isso com o mero catolicismo romano – não tem nada ver –, pois as postulação de Calcedônia é a Fé Definida da Igreja de Cristo Jesus em todos os lugares: isso é catolicidade teológica) descreve e pontua que Maria é Mãe de Jesus, porque só temos UMA ÚNICA PESSOA com duas naturezas. Claro, a Divindade é do Verbo encarnado, e a Humanidade obra do Espírito Santo por meio de Maria. Portanto, isso não é MARIOLATRIA, mas, SIM, CRISTOLOGIA CALCEDÔNICA.

Negar que Jesus é Mãe de Deus é cair no erro da dupla personalidade de Nestório e de outros hereges repreendidos pelo postulado do Concílio de Calcedônia. Compreendendo o contexto do Concílio e as postulações de Cirilo de Alexandria e dos demais Padres, o santo padres afirmaram no Credo Calcedônio:

(...) Todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial [hommoysios] ao Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos];

Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis;[1] a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência [hypóstasis]; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos padres nos transmitiu.

Desse modo, está certo que não perguntamos a uma mulher do quê ela é mãe, mas de quem. E este quem, no caso de Maria, é uma Pessoa divina. Ao perguntarmos a ela: “Maria, de quem sois mãe?”, ela poderá dizer: “Meu filho é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.” Ora, em Jesus não existem duas pessoas, mas uma só, que é divina - esse é o ponto de Cirilo de Alexandria e dos Teólogos de Calcedônia. Na Trindade há três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Foi a Pessoa do Filho que se encarnou. Maria, então, é necessariamente mãe de um homem, mas esse homem, que é seu filho, é uma Pessoa da Santíssima Trindade — “Unus ex Trinitate”, “um da Trindade”. Ele é Deus, Emanuel, Filho da Irmã Maria, que por sua vez é Mãe de Deus, Filho.

Quando, no ano de 431, no Concílio de Éfeso, a Igreja proclamou o dogma da maternidade divina de Maria, afirmando que precisamos chamá-la de Mãe de Deus, é porque havia os hereges nestorianos que queriam chamá-la de “Mãe de Cristo” (em grego, χριστοτόκος [Christotókos], “aquela que gerou Cristo”). Mas a Igreja imediatamente rejeitou essa ideia, esclarecendo que ela não é χριστοτόκος, mas θεοτόκος (theotókos), ela é Mãe de Deus, é aquela que gerou a Deus — manifestamente, em sua natureza humana, mas a Pessoa é divina.

Precisamos enfatizar isto: Jesus é uma Pessoa divina, e não um homem qualquer. Ele é Deus, e Maria é mãe daquele que é Deus.

Há evidências de que aquela criança não poderia ser o filho de um homem, mas de Deus: “O anjo respondeu: — O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (cf. Lucas 1.35).

Os pais da Igreja da Calcedônia fizeram um ótimo trabalho. Em questões cristológicas somos, talvez, como apenas anões em ombros de gigantes. Podemos ser capazes de enxergar ainda mais se sentarmos ali. Mas se descermos, me questiono se veremos algo além da lama do nestorianismo ou do eutiquianismo.

BIBLIOGRAFIA

Cyril of Alexandria. (1900). The Letter of Cyril to John of Antioch. In P. Schaff & H. Wace (Orgs.), H. R. Percival (Trad.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 251). New York: Charles Scribner’s Sons.

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã (SP: ASTE/Simpósio, 1998), p. 101.

CRÉDITO DESTE POST: Ivan Teixeira.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA.


Era Homem de dores, experimentado nos trabalhos... (Is.53.3).

Deus, fazendo-se homem, viveu de maneira simples entre os homens. Passou as fases da vida humana, infância, adolescência e juventude, como qualquer outra criança e jovem. Nesta época vivia em Nazaré, cidade pequena e rural. Jesus viveu numa humildade surpreendente, pois nenhum morador da cidade nem da vizinhança, percebeu que Ele tinha algo de especial, que Ele era Deus.

AS TRÊS FASES DA VIDA DE JESUS.

1) A FASE DA INFÂNCIA.

Do nascimento ate aos 12 anos, dias de aprendizado, fase da preparação, onde ele estudava a torá, ele tinha o Pentateuco decorado e estava se preparando para ser o Rabi da Galileia.

E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.

Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa.

E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa (Lc.2.40-42).

O evangelho de Lucas é o único que nos informa sobre a infância de Jesus de forma suscinta. Aos doze anos Jesus é levado por seus pais a Jerusalém à Festa da Páscoa. Seus pais se descuidando de Jesus, o perdem e em seguida ele é encontrado no meio dos doutores, ouvindo-os, interrogando-os e ensinando-os (Lc.2.39-46).

E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas (Lc.2.47).

E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc.2.52).

Como verdadeiro homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Crescia em sabedoria, conforme a graça de Deus. Era perfeito quando à natureza humana, prosseguindo para a maturidade, segundo a vontade de Deus.

2) A FASE DO ANÔNIMATO.

Dos 12 aos 30, período infantojuvenil de Jesus, até atingir a idade adulta, não há informação na Bíblia. Jesus sai de cena e passa a viver no anônimato. Estes são os anos obscuros onde não há informações sobre sua vida contidiana. Mas, é válido pensar que Ele aprendeu a profissão de carpinteiro do seu "pai" José, e passa a assumir a carpintaria como profissional, a partir da morte de José. 

Em Nazaré, Jesus vive como um simples cidadão, um trabalhador que desenvolve o seu ofício como carpinteiro para sustento da família, visto que José seu "pai", havia falecido.

Entre Lucas 2.52 e 3.23, passaram-se cerca de 18 anos da vida de Jesus, sem haver menção deles. Como foi a sua vida durante esses anos? Mateus, 13.55 e Marcos, 6.3 nos deixa ver que Jesus cresceu em uma família numerosa, que seu pai era carpinteiro e que Ele aprendera aquele ofício. É provável que José tenha morrido bem antes de Jesus começar seu ministério público, e que Jesus tenha assumido a profissão de carpinteiro para sustentar sua mãe e seus irmãos e irmãs mais novos. 

Na época de Jesus, o ofício de carpinteiro incluia os consertos domésticos, a fabricação de móveis e a construção de acessórios agrícolas, tais como arados e jugos. Fica subentendido que durante anos Jesus trabalhou como carpinteiro, mas Ele tinha plena consciência da sua futura Missão determinada pelo seu Pai.

3) A FASE DA POPULARIDADE. 

E o mesmo Jesus começava a ser de quse trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Eli... (Lc.3.23).

Com quase 30 anos, Jesus reaparece pronto para cumprir a sua missão. Jesus sai de Nazaré e vai até o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, o Batista, e ser batizado por ele. Antes de iniciar seu ministério público, Jesus jejuou 40 dias e 40 noites, então foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo (Mt.4.1,2; Lc.4.1,2). Após vencer o Diabo, Jesus volta para a Galiléia, quando soube que João tinha sido preso.

Na Galiléia, Jesus vai para Nazaré e depois muda-se para Cafarnaum, o que causou estranheza nos vizinhos, pois, esperavam que Ele voltasse para a sua oficina, mas isso não aconteceu.

Ele ia e voltava da Judéia todos os anos pois, todo bom judeu participava das Festas Religiosas. Já em Cafarnaum, onde morava, ele sempre participava dos cultos nas Sinagogas.

O povo estranhou sua saída repentina de Nazaré. A família, o povo da aldeia conversavam sobre sua mudança. Ele estava com quase 30 anos e ninguém entendia o que Jesus pretendia, exceto sua mãe. Para Jesus sua saída de Nazaré não tinha volta, pois não podia ficar somente com a família e seu povo da aldeia de Nazaré, sua missão era bem maior.

Jesus começa a pregar na região da Galileia, onde também Ele começa a chamar os seus primeiros discípulos. 
Diz o evangelista Mateus: Andando Jesus junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no.

E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamaou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

E, percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. 
E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. 
E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão (Mt.4.18-25).

Jesus torna-se popular e a sua fama o torna conhecido na sua nação e países arredores.

Finalmente, Jesus viveu a experiência humana na íntegra. Nos dias da sua carne, Ele teve as mesmas necessidades humanas como qualquer outro ser humano. Por Ele ter passado pelos sofrimentos, pelas provações e tentações, Ele sabe as nossas fraquezas e limitações e está pronto para nos socorrer. Sobre isso, o escritor aos hebreus diz: Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb.4.15). Amém! 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

UM HOMEM CHAMADO JESUS.


Ele respondeu: Um homem chamado Jesus, misturou terra com saliva, ungiu meus olhos e disse-me: Vai, lava-te no tanque de Siloé. Então eu fui, lavei-me, e recebi a visão (Jo.9.11).

A cura do cego de nascença, causou um grande alvoroço entre o povo, deixando os líderes religiosos perturbados e confusos quanto ao milagre operado por Jesus. Os líderes religiosos queriam saber como aconteceu o milagre e quem foi o autor do milagre. Perguntaram ao que antes era cego: Como se te abriram os olhos? Ele respondeu: Um homem chamado Jesus, misturou terra com saliva, ungiu meus olhos e disse-me: Vai, lava-te no tanque de Siloé. Então eu fui, lavei-me, e recebi a visão (Jo.9.10,11).

O evangelho de João registra oito milagres operados por Jesus, seguindo a ordem dos milagres, temos: 

(1) Jesus transforma água em vinho (2.1-11). 

(2) Jesus cura o filho de um oficial do rei (4.43-54). 

(3) Jesus cura um paralítico em Betesda (5.1-15). 

(4) Jesus multiplica pães e peixes alimentando cinco mil pessoas (6.1-15). 

(5) Jesus anda sobre o mar (6.16-21). 

(6) Jesus cura um cego de nascença (9.1-41). 

(7) Jesus ressuscita Lázaro, morto há quatro dias (11.1-46). 

(8) Jesus ordena os discípulos lançar a rede à direita do barco, resultado: 153 grandes peixes (21.1-11). 

"Um Homem Chamado Jesus". Esta expressão revela a natureza humana de Jesus e a sua ação em realizar a cura do cego de nascença revela a sua natureza Divina. Sobre a humanidade de Jesus podemos encontrar várias expressões nos evangelhos e nas Escrituras em geral.

O profeta Isaías na sua profecia sobre o Messias apresenta cinco aspectos da humanidade de Jesus: (1) Homem desprovido de beleza física. (2) Homem rejeitado pelos homens. (3) Homem de dores. (4) Homem experimentado nos trabalhos (trabalhador). (5) Homem desprezado (Is.53.2,3).

Vinde e vede um homem... (Jo.4.29).

Um Homem que nunca pecou (Hb.4.15; I Pe.2.22).

Um Homem que que só fez o bem (At.10.38).

Um Homem que veio para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc.10.45).

"Um Homem Chamado Jesus".

Um Homem Especial.

Um Homem Extraordinário.

Um Homem Singular.

Um Homem Incomparável.

Um Homem Insubstituível.

Um homem simples e acessível a todos, um homem que veio transbordando de amor e perdão em benefício da humanidade perdida e carente do amor de Deus.

UM HOMEM CHAMADO JESUS.

Nos Evangelhos Jesus é descrito pelo título de “Filho do Homem’’, que deixa clara a sua plena humanidade. A Expressão "Filho do Homem" em Hebraico é "Bem Adam" que significa simplesmente “alguém que tem a natureza humana’’. Em minha análise e contagem exaustiva nos evangelhos, encontrei a expressão "Filho do Homem" 81 vezes; sendo em Mateus 30, em Marcos 14, em Lucas 25, em João 12.

Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Mas quando Jesus se tornou o homem de Nazaré, o Galileu, Ele era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Ele era Deus manifesto em carne. Mesmo sendo homem, Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas.

Um homem chamado Jesus, que sendo Deus se fez homem para nos salvar e nos reconciliar com Deus.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A TENTAÇÃO DE JOSÉ.


... E José era formoso de aparência e formoso à vista.

E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo.

Porém ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem.

Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?

E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, sucedeu, num certo dia, que veio à casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali.

E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.

E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua veste em sua mão e fugira para fora, chamou os homens de sua casa e falou-lhes, dizendo: Vede, trouxe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós; entrou até mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz.

E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora.

E ela pôs a sua veste perto de si, até que o seu senhor veio à sua casa. Então, falou-lhe conforme as mesmas palavras... 

E Potifar, o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.

O SENHOR, porém, estava com José... (Gênesis, 39.6-21).

José, mais conhecido como José do Egito, é o mais perfeito tipo de Cristo na Bíblia. A sua vida foi muito atribulada, Ele foi vítima de inveja, de tentação, de calúnia e de injustiça; sendo levado à prisão injustamente. Mas Deus estava com José, e a sua fidelidade a Deus, o levou a ser exaltado como governador da terra do Egito. 

José era um jovem bonito, tinha entre 18 a 20 anos quando foi tentado pela mulher de Potifar, estava com a testoterona a todo-vapor e o libido a flor da pele, mas ele não cedeu porque temeu a Deus e respeitou o seu senhor.

José estava distante da casa dos seus pais, não tinha pastor para lhe orientar, não havia igreja para frequentar e fortelecer a sua fé, não tinha a Torá para ele ler e alimentar a sua alma, mas mesmo não tendo tudo isso a seu favor, ele não pecou, porque ele tinha consigo o temor de Deus. Diferente de muitos crentes, que tem todo suporte espiritual, mas mesmo assim cede a tentação e peca, porque não tem o temor de Deus.

Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.

Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.

Mas cada um é tentado, quando atraído e seduzido pela sua própria concupiscência.

Depois, havendo a concupiscência concebido, dá luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg.1.12-15).

OS SEIS ESTÁGIOS DA TENTAÇÃO.

1) ATRAÇÃO.

O pecado não é algo desprezível, o pecado é atrativo porque ele enche a vista daquele que olha e o vê como um belo e saboroso prato de comida. O pecado se apresenta como um cardápio variado para satisfazer todos os gostos do miserável pecador. Satanás, o agente da tentação, age como garçom numa festa de comes e bebes, ele apenas oferece, não obriga ninguém a pecar, mas cai na tentação quem atende os desejos da carne e se entrega ao pecado.

2) SEDUÇÃO.

A sedução é o ato de seduzir ou ser seduzido, a sedução é como uma isca que é lançada de forma sorateira para atrair a sua presa. O processo da sedução pode ser longo ou de imediato, dependendo de cada situação. No caso da mulher de Potifar, ela insistia falando a cada dia com José e ele a resistia, até que ela partiu para lhe atacar. Não alimentar a sedução e fugir dela, é o melhor caminho para não cair na tentação.

3) DESEJO.

O desejo é normal, é salutar quando direcionado para o bem, para o que não é imoral. Porém, no que diz respeito ao erro, ao pecado, devemos buscar o equilíbrio e ter domínio próprio sobre nossos desejos e ações que poderá nos levar a ruína. 

O mundo é como uma vitrine cheia de ilusões para atrair e despertar o desejo de ter, de querer e de possuir tudo aquilo satisfaz o nosso ego e satisfação carnal. Fugir do pecado é a melhor fuga para não cair em tentação. Paulo diz a Timóteo: Foge, também, dos desejos da mocidade... (II Tm.2.22). Paulo também orienta os irmãos da igreja em Corinto a fugi da imoralidade sexual (I Co.6.18). Neste particular, temos uma grande diferença entre Sansão e José, enquando Sansão desejou e se deixou levar pela sedução de Dalila, José foi prudente e fugiu da sedução e dos ataques da mulher de Potifar. 

4) CONCEBIDO (projetado, que está no âmbito do pensamento, fruto da imaginação).

A tentação, também vem através dos nossos pensamentos. O pecado pode ser premeditado e em seguida praticado, porque é projetado no pensamento e torna-se fruto da imaginação quando o ato é consumado. A tentação é algo normal ela vem para todos, cada pessoa é tentada naquilo que lhe atrai, no que diz respeito a sua fraqueza. O próprio Jesus foi tentado, a Bíblia diz, que em tudo Ele foi tentado, mas não pecou (Hb.4.15). A tentação bate a nossa porta todos os dias, é só resistir e não abrir a porta para o pecado. Há uma poesia do hino 75 da harpa cristã, que diz: Tentado, não cedas, ceder é pecar; melhor e mais nobre será triunfar. Coragem, ó crente, domina o teu mal; Deus pode livrar-te de queda fatal. ♫

Há um ditado que diz: "O passáro (mal pensamento), pode até pousar sobre a nossa cabeça, mas não podemos deixar que este faça ninho". 

Geralmente os males são frutos dos pensamentos, que procedem do coração do homem. Jesus disse: Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt.15.19).

5) DÁ À LUZ O PECADO (gera, faz nascer).

Dá à luz o pecado, é ceder a tentação, é permitir gerar e fazer nascer aquilo que já estava sendo processado, vindo dia após dia sendo alimentado pela pessoa que cede a tentação.

6) CONSUMAÇÃO (pratica do pecado, derrotado ou vencido pela tentação).

Após ceder a tentação e consumar o pecado, e ainda continuar praticando o pecado, este vai gerar a morte, não física, mas espiritual. 

Lembrando que, as tentações abrangem todas as áreas da nossa vida.

Há uma frase que diz: "José governou o Egito, mas o Egito não governou José". 

Espiritualmente, o Egito simboliza o mundo e sua escravidão aos seus prazeres pecaminosos. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

As Duas Naturezas De Cristo.


E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (I Tm.3.16).

Este texto do apóstolo Paulo expressa uma das maiores verdades do cristianismo, bem como também um dos maiores paradoxos das Sagradas Escrituras: Deus se fez carne! Esse evento é tão sublime, que o próprio apóstolo se refere a ele como “grande mistério’’. Estamos diante de um texto que retrata o milagre da Encarnação: O Verbo, sendo Deus, se fez carne e habitou entre nós (Jo. 1.1,14).

Os evangelhos mostram Jesus como um homem que experimentou as limitações humanas, como fome, sede, cansaço, tristeza, dores, agonia... e também mostram manifestações e ações divina durante o seu ministério de três anos e meio. 

Jesus Cristo tem duas naturezas, a divina e a humana, não confundidas, mas unidas na única Pessoa do Filho de Deus. Jesus ao se fazer homem, para a nossa salvação, não deixou a sua natureza divina, mas abriu mão de algumas prerrogativas, para salvar a humanidade.

As naturezas de Jesus, a humana e a divina, são inseparáveis e coexistem na mesma pessoa.

Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.

As duas naturezas são distintas, mas não se misturam.

Jesus é um, mesmo tendo duas naturezas, pois ambas são dele.

As duas naturezas se completam e não se anulam.

Jesus é 100% homem e 100% Deus, não 50% de cada.

A união das duas naturezas de Jesus é chamada de união hipostática. 

HIPOSTÁTICA. Esta palavra tem origem no grego hypostasis, que significa "substância". 

Na teologia, hipostático significa relativo à união da natureza humana e divina na pessoa de Cristo. Essa união é chamada de união hipostática. 

A NATUREZA HUMANA DE JESUS.

Nos Evangelhos Jesus é descrito pelo título de “Filho do Homem’’, que deixa clara a sua plena humanidade. A Expressão "Filho do Homem" em Hebraico é "Bem Adam" que significa simplesmente “alguém que tem a natureza humana’’. Em minha análise e contagem exaustiva nos evangelhos, encontrei a expressão "Filho do Homem" 81 vezes; sendo em Mateus 30, em Marcos 14, em Lucas 25, em João 12.

Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Mas quando Jesus se tornou o homem de Nazaré, o Galileu, Ele era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Ele era Deus manifesto em carne. Mesmo sendo homem, Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas”.

A NATUREZA DIVINA DE JESUS.

Várias vezes vemos Jesus se referindo a si mesmo como o “EU SOU’’. Essa expressão foi a mesma usada no A.T. quando Deus se apresenta a Moisés pelo nome "EU SOU" (Ex.3.14). Tempos depois, em Jo. 8.58, Jesus usa essa expressão, e os judeus ficaram escandalizados ao ponto de tentar o apedrejar, pois na visão deles nenhum homem poderia blasfemar dizendo que era Deus! Ou seja, os fariseus entenderam o que Jesus queria dizer. Afirmando a Divindade de Cristo, Paulo nos diz em Colossenses 1.19 que “nele reside toda a Plenitude’’ e em 2.9 que “nele habita corporalmente Toda a Plenitude da Divindade’’.

Uma das expressões mais marcantes e que demonstra a Divindade de Jesus é o título “Filho de Deus’’. Essa expressão é usada mais de 50 vezes no Novo Testamento. Em João 10.30-36, Jesus deixa os judeus extremamente irritados, pois Ele diz que é Filho de Deus, e os judeus, como conheciam o contexto da expressão, sabiam que Jesus estava dizendo que também era Deus, pois somente Deus poderia ter a natureza de Deus!

Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Ele era Deus manifesto em carne. Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas.

Como homem, Ele teve sede.

Como Deus, Ele disse: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba (Jo.7.37).

Como homem, Ele teve fome.

Como Deus, Ele disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede (Jo.6.35).

Como homem, Ele sentiu cansaço.

Como Deus, Ele disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mt.11.28).

Como homem, Ele sentiu dores, chorou, angustiou-se, sofreu, foi humilhado e morreu a morte mais cruel, morte de cruz. Mas como Deus, Ele ressuscitou ao terceiro dia e vive para todo sempre. Amém! 

sábado, 8 de fevereiro de 2025

JESUS - O FILHO É DEUS.


Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu Reino. Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros (Hb.1.8,9).

O sacro escritor aos hebreus, destaca aqui a deidade de Cristo fazendo referência ao Salmo 45.6,7. Donald Stamps, o comentarista da Bíblia de Estudo Pentecosta, diz: Estes dois versículos têm em Jesus Cristo o seu pleno cumprimento. O autor de Hebreus aplica estes versículos à exaltação, preeminência, autoridade e caráter de Cristo. O domínio de Cristo será "para todo o sempre" (Ap.1.6). O Rei Messiânico é chamado Deus no versículo 6 e é diferenciado de "teu Deus" (isto é, o Pai) no versículo 7. Esta distinção harmoniza-se com o ensino do NT de que tanto Filho quanto o Pai são Deus em plenitude.

Sobre a divindade do Filho, o apóstolo João afirma dizendo: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo.1.14). 

O propósito de João ao escrever o Evangelho foi para provar a divindade de Jesus, e apresentar Jesus como "o Filho de Deus". Do prólogo do Evangelho ao epílogo, ou seja, do começo ao fim, do capítulo 1 ao 21 Jesus é apresentado e declarado Filho de Deus. Jesus não é um deus, como é apresentado na tradução novo mundo, a bíblia utilizada pela herética organização das "testemunhas de Jeová". Jesus não é simplesmente mais profeta como ensina o Alcorão. Jesus não é um grande Mediúm como ensina o espiritismo Kardecista. Jesus é o Filho de Deus e é Divino em toda a sua plenitude. Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl.2.9). Amém! 

JESUS É FILHO DE DEUS E É DIVINO POR CINCO RAZÕES:

1) Jesus é Filho de Deus por Essência.
2) Jesus é Filho de Deus por Geração.
3) Jesus é Filho de Deus por Criação.
4) Jesus é Filho de Deus por Singuralidade.
5) Jesus é Filho de Deus por Igualdade.

Jesus como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e natureza do Pai (Jo.16.28; 10.30). 

Jesus Cristo é o único Filho de Deus em essência, isto quer dizer, participa plenamente da natureza divina. Enquanto nós somos filhos de Deus por adoção através de Jesus Cristo (Jo.1.11-13; Rm.8.15; Gl.3.26).

Negar a divindade de Cristo como Filho de Deus, é negar a salvação e anular a fé.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

LARGUE A PEDRA.


E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.

E os escribas e fariseus trouxeramlhe uma mulher apanhada em adultério.

E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.

E, como insistissem, perguntando-lhes, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 

Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficaram só Jesus e a mulher, que estava no meio.

E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 

E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais (Jo.8.2-11).

Mais uma vez, os escribas e fariseus tentam pegar Jesus em contradição contra a Lei de Moisés, lhe trazendo uma mulher adúltera, para que esta fosse condenada e apedrejada pela multidão. Eles achavam que as únicas opções que Jesus tinha eram dizer: "Deixem-na em paz" ou: "Apedrejem-na". A primeira significaria que ele não levava o pecado da mulher a sério, e a segunda (embora prescrita na lei, Lv.20.10; Dt.22.22) levaria o povo a duvidar de que Jesus não vivia de acordo com sua mensagem de amor e de misericórdia. 

A reação de Jesus foi escrever no chão. Não sabemos o que ele escreveu; talves os pecados dos acusadores da mulher ou textos das Escrituras que falavam de misericórdia e perdão. 

Jesus lhes diz: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra contra ela". Ao dizer isso, Jesus transferiu o foco de si mesmo e da mulher para seus acusadores. Jesus não negou a validade de Lei nem condenou a mulher à morte. Os acusadores deixaram o local um por um, a começar pelos mais velhos.

A atitude de Jesus para com a mulher adúltera revela a sua misericórdia, dando-lhe a oportunidade de arrependimento, quando lhe disse: "Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais". Ele era o único que podia dá a sentença final, mas não a condenou como uma pessoa indigna de perdão. 

Em um mundo de pessoas cheias de maldades, que só apontam os erros dos outros e nunca ver os seus próprios erros, é fácil acusar; difícil para muitos é usar de misericórdia. Em outras palavras, Jesus está dizendo: Larguem as pedras e usem de misericórdia. O próprio Jesus disse: Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt.5.7). Jesus não veio ao mundo para condenar, mas para salvar (Jo.3.17), e dentre os que precisavam ser salvos estava aquela mulher, a quem Jesus perdoou e lhe deu a oportunidade de iniciar uma nova vida. Amém! 

domingo, 2 de fevereiro de 2025

NÃO DESÇAS AO EGITO!


E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra (Gn.12.10).

Abrão estava na terra para a qual Deus o havia enviado, mas havia fome na terra de Canaã. Apesar de haver fome em Canaã, havia abundância de alimentos no Egito, de modo que Abrão se mudou temporariamente para lá até passar a escassez em Canaã. 

Na antiguidade, o Egito era um país próspero, havia abundância de águas do rio Nilo, que era poupado das piores fomes. Ao contrário do Egito, a região de Canaã tinha um clima árido de um deserto, especialmente ao redor e ao extremo do Neguebe, e, portanto, não é de surpreender que tenha havido falta de alimentos naquela região.

Abrão desceu ao Egito sem aprovação de Deus e não foi bem sucedido no Egito. No Egito aconteceu cinco episódios negativos na vida de Abrão: (1) No Egito Abrão mentiu, falando meia verdade (Gn.12.11-15; 20.12). (2) No Egito Abrão não edificou altares para adorar a Deus. (3) No Egito Deus não falou com Abrão. (4) No Egito Deus feriu a Faraó e a sua casa por ele ter possuido a Sarai, mulher de Abrão (Gn.12.17-19). (5) No Egito Abrão foi abençoado por Faraó por causa da sua mulher, e não por Deus (Gn.12.14-16). As riquezas de Abrão adquiridas no Egito, posteriormente lhe trouxe perturbação e causou divisão entre ele e seu sobrinho Ló (Gn.13.1-7).

E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser; peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei... (Gn.26.1-3).

Passados cem anos da descida de Abraão ao Egito, pelo mesmo motivo da grande escassez de alimentos em Canaã, Isaque segue pelo caminho de Gerar com a intenção de descer ao Egito, mas o SENHOR, fala com ele e diz: "Não desças ao Egito". Ao que parece, Isaque pretendia descer ao Egito, como seu pai havia feito. No entanto, o SENHOR disse explicitamente a Isaque: "Não desças ao Egito". Deus lhe manda ficar em Gerar na região de Canaã e lhe promete a sua presença e a sua bênção. Deus não permitiu Isaque descer ao Egito para evitar que ele passasse pelas mesmas dificuldades enfrentadas por seu pai. 

Enquanto Canaã fica em cima numa região montanhosa, o Egito fica em baixo em uma região plana de pouco relevo. Espiritualmente, é melhor ficar em cima no lugar da bênção do que descer para o Egito, lugar de escravidão e maldição. Então, em vez de ir para o Egito, Isaque ficou em Gerar, terra da bênção.

Aqui nós aprendemos que, nunca devemos sair do lugar da bênção, mesmo havendo de enfrentar situações adversas e contrárias a nossa vontade. Aqui eu também aprendo que o melhor lugar para estar é debaixo da perfeita vontade de Deus. No Egito pode ter abundâncias de alimentos, mas não tem aprovação de Deus nem a sua presença. O Egito é temporário, e as nossas experiências serão negativas; mas estando em Gerar, teremos a presença de Deus e a sua bênção para sempre. 

É melhor ficar em Gerar na dependencia de Deus, do que descer para o Egito em busca de prosperidade fora da vontade de Deus.

O Egito simboliza o mundo e sua escravidão e prazeres carnais, portanto, Deus continua a nos alertar, dizendo: Não desças ao Egito! Amém! 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

ATRAÍDOS PELA CRUZ.


E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim (Jo.12.32).

A proposta de Jesus, e para que todos sejam atraídos a Ele, porém nem todos serão atraídos, pois muitos não aceitarão a mensagem da cruz.

A graça de Deus não é exclusiva, isto é, ela não beneficia algumas pessoas, mas é para todos. No entanto, alguns, por causa do seu amor ao pecado, anulam a graça de Deus com suas próprias decisões e ações. A Cruz não é atrativa para aqueles que se julgam autossuficientes, porque a cruz não exalta nosso ego, mas o abate.

No mundo espiritual, há uma guerra intensa pelas almas. Jesus nos chamou para sermos pescadores de almas, ganhar almas para Deus se constitui um grande desafio diante desse mundo tenebroso. A nossa maior arma na conquista de almas é o amor. A Cruz de Cristo é atrativa porque nela está o Amor de Cristo revelado para perdoar e salvar o mais vil pecador. Deus fez um grande convite a humanidade através do profeta Isaías há 700 anos a.C. dizendo: Vinde então, e raciocinemos juntos, diz o SENHOR: Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmezim, se tornarão como a branca lã (Is.1.18). A Cruz é o instrumento de justiça pela qual o pecador é justificado diante de Deus Pai, mediante o Justo, Jesus Cristo. Somos atraídos pela Cruz porque em tudo ela nos satisfaz.

SOMOS ATRAÍDOS PELA CRUZ, POR INÚMERAS RAZÕES:

1) Na Cruz somos perdoados.

2) Na Cruz somos reconciliados com Deus.

3) Na Cruz somos libertos da escravidão do pecado.

4) Na Cruz somos resgatados por preço de sangue.

5) Na Cruz somos salvos da condenação eterna.

6) Na Cruz somos sarados em nosso corpo, alma e espírito.

7) Na Cruz somos feitos filho de Deus pelos méritos de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

8) Na Cruz somos... 

Finalmente, a Cruz de Cristo é um grande atrativo para aqueles que buscam o socorro de Deus e querem ser alcançados pela graça de Cristo. A Cruz não é atrativa para aqueles que se julgam autossuficientes, porque a cruz não exalta nosso ego, mas o abate.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

20 AFIRMAÇÕES BÍBLICAS SOBRE A DIVINDADE DE JESUS.


A maior heresia já ensinada por falsos mestres é negar a divindade de Cristo. João começa seu Evangelho denominando Jesus de "o Verbo" (gr. Logos). João lidava com certas heresias que estavam entrando na igreja, por isso seu livro é de natureza altamente apologética. João, no prólogo do seu livro destacou a divindade de Jesus para combater as ideias daqueles que queriam fazer de Jesus mais um deus como os demais do Panteão grego. João escreve seu evangelho acerca de Jesus com o propósito de provar a divindade de Cristo, desde o capítulo 1 ao 21 o apóstolo amado do Senhor, enfatiza a verdade de que Jesus é Deus.

1) No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo.1.1).

2) Disse o SENHOR ao meu Senhor... (Sl.110.1; Mt.22.41-46).

3) ... e será o seu nome Emanuel (que é Deus conosco) (Is.7.14; Mt.1.23).

4) ... e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is.9.6).

5) E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq.5.2).

6) Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou (Jo.8.58).

7) Eu e o Pai somos um (Jo.10.30).

8) Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! (Jo.20.28).

9) Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém (Rm.9.5).

10) Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (II Co.4.4).

11) O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas... (Cl.1.15,16).

12) Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl.2.9).

13) E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (I Jo.5.20).

14) Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (At.20.28).

15) Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo (Tt.2.13).

16) O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas (Hb.1.3).

17) Ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém! (Judas, 25).

18) Eu sou o Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro (Ap.22.13).

19) Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã (Ap.22.16).

20) Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá (Jo.11.25).

Negar a divindade de Jesus Cristo, é negar a salvação e anular a fé.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

DEZ RAZÕES PELAS QUAIS NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO DE CRISTO.


Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.

Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá de fé (Rm.1.16,17).

Mesmo havendo falsos evangelhos, falsos cristãos, falsos profetas, falsos mestres, falsos pastores e pregadores; eu vou continuar acreditando no Evangelho verdadeiro de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Evangelho que para os judeus é um escândalo, que para os gregos é loucura, que para os filósofos é mais um estilo de vida, que para os escarnecedores é uma fábula, que para os intelectuais é uma utopia, que para a humanidade sem Deus é uma vergonha, mas para os cristãos verdadeiros é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.

1) Porque Ele é o poder de Deus para salvação.

2) Porque Nele se descobre a Justiça de Deus.

3) Porque Ele nos leva a viver pela fé.

4) Porque Ele produz vida.

5) Porque Ele transforma o mais vil pecador.

6) Porque Ele Manifesta a Glória de Deus.

7) Porque Ele nos conduz a cruz de Cristo.

8) Porque Ele nos proporciona o Perdão.

9) Porque Ele nos promove a verdadeira Paz.

10) Porque Ele nos traz Esperança. 

Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (I Co.1.18).  

♫ Sim, eu amo a mensagem da cruz até morrer eu a vou proclamar; ♪ levarei eu também, minha cruz até por uma coroa trocar. Aleluia!

sábado, 18 de janeiro de 2025

ICABODE - Sem Glória.


O homem lhe disse: "Acabei de chegar da linha de batalha; fugi de lá hoje mesmo". Eli perguntou: "O que aconteceu, meu filho? "

O mensageiro respondeu: "Israel fugiu dos filisteus, e houve uma grande matança entre os soldados. Também os seus dois filhos, Hofni e Finéias, estão mortos, e a arca de Deus foi tomada".

Quando ele mencionou a arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado do portão, quebrou o pescoço, e morreu, pois era velho e pesado. Ele liderou Israel durante quarenta anos.

Sua nora, a mulher de Finéias, estava grávida e perto de dar à luz. Quando ouviu a notícia de que a arca de Deus havia sido tomada e que seu sogro e seu marido estavam mortos, entrou em trabalho de parto e deu à luz, mas não resistiu às dores do parto.

Enquanto morria, as mulheres que a ajudavam disseram: "Não se desespere; você teve um menino". Mas ela não respondeu nem deu atenção.

Ela deu ao menino o nome de Icabode, e disse: "A glória se foi de Israel". Porque a arca foi tomada e por causa da morte do sogro e do marido. E ainda acrescentou: "A glória se foi de Israel, pois a arca de Deus foi tomada" (I Sm.4.16-22).

A glória de Deus estava representada na Arca da Aliança, esta glória era a presença de Deus manifesta a nação de Israel a favor do seu povo. Perder a glória de Deus, para Israel era sinônimo de fracasso e derrota. Assim também, nós os crentes do Novo Concerto devemos nos preocuparmos em buscar ao SENHOR, vivendo em obediência a sua Palavra para não perdermos a sua presença.

ICABODE ou ICAVOD é uma expressão oriunda da junção de duas palavras no hebraico: “CAVOD” que significa Glória; “I” um advérbio que na língua hebraica significa: “não”, “sem”, “ausente.” Assim podemos afimar, o menino que nasceu, se chamava literalmente “Sem-Glória” “Inglório”. Esta expressão "ICABODE" foi aplicada a nação de Israel, que perdeu a Arca da Aliança que representava a glória de Deus.

POR TRÊS RAZÕES ISRAEL PERDEU A GLÓRIA DE DEUS:

1) DESOBEDIENCIA AO SENHOR.

A nação não estava submissa ao SENHOR, não buscou direção do profeta Samuel, mas preferiu seguir a sua própria direção. Levaram a Arca para o campo de batalha (como se fosse um amuleto) quando o seu lugar era no Santuário (vs.3-6). Levaram a Arca do SENHOR ao acampamento de guerra, mas a presença do SENHOR não estava com eles. De nada adianta querer a presença de Deus estando em desobediencia a sua Palavra.

2) NÃO CONSULTARAM AO SENHOR PARA IR A GUERRA.

Além de estarem em desobediencia ao SENHOR, os líderes da nação não consultaram ao SENHOR através do profeta Samuel. Eles entraram numa guerra sem nenhuma proteção nem autorização de Deus, e por isso tiveram consequências desastrosas. O massacre foi enorme e horrível: No primeiro combate Israel foi derrotado pelos filisteus, que mataram cerca de quatro mil israelitas no campo de batalha. No segundo combate Israel perdeu trinta mil soldados, totalizando 34 mil soldados, resultando na total derrota para os filisteus, que também se apossaram da Arca de Deus.

3) CONFIARAM EM SUA PRÓPRIA FORÇA.

Israel confiou na sua força bélica, no seu exército de homens adestrados na guerra, achando que era superior aos filisteus preferiu não buscar a força do SENHOR. A soberba dos líderes da nação de Israel levou a nação a derrota. Eles tinham a Arca de Deus, mas não tinham a presença de Deus no meio deles para pelejar suas guerras e lhes dá vitória. Quando o rei Asa deixou de confiar no SENHOR, ele foi repreendido pelo profeta e o seu fim foi trágico (II Cr.16.7-14). Aqui nós aprendemos que devemos sempre confiar no SENHOR, porque quem confia em Deus não ficará decepcionado e nem derrotado. Está escrito: Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre (Sl.125.1). Amém! 

Infelizmente, isto é fato em nossos dias, muitos preferem confiar em sua própria força, em sua sabedoria e habilidades, em vez de confiar plenamente no SENHOR. Estamos vivendo uma época de "ICABODE", muitas igrejas perderam a presença de Deus, em muitas igrejas não há manifestação da glória de Deus. Muitos cantores, pregadores e até pastores estão trazendo fogo estranho para o altar, eles não têm a glória de Deus, perderam a presença de Deus e estão vivendo de aparência. Estamos vendo igrejas vazias de Deus e cheias de egos humanos, onde só há movimento, manipulação e emoção entre o povo. É necessário humilhação e arrependimento sincero para que a glória de Deus volte a se manifestar no meio da sua igreja. Se continuar sem a glória de Deus, é só barulho e confusão entre o povo. Voltemos com urgência ao altar da oração! 
Perca tudo, menos a Presença de Deus.