PREGANDO A VERDADE: DIA DOS NAMORADOS?

sábado, 7 de junho de 2025

DIA DOS NAMORADOS?


12 de Junho, data em que é comemorada o Dia dos Namorados; que bom, que data maravilhosa, que bom lembrar da nossa (o) eterna namorada. Mas, qual a origem do dia dos namorados? Quem foi santo Antônio, conhecido como o santo casamenteiro? É legal um cristão seguir tradições dos homens, quando estas não tem base na Palavra de Deus, nem respaldo bíblico? Muitas vezes, o que é bíblico e tem base na Palavra de Deus é desprezado; mas tudo quanto é tradição contrária a Palavra de Deus é aceita e comemorada. 

QUEM FOI SANTO ANTÔNIO?

Santo Antônio é um dos santos mais populares da Igreja Católica. Mas quando citamos o seu nome, talvez o que venha à mente de muitos, em primeiro lugar, é sua fama de santo casamenteiro. Contudo, Santo Antônio foi um grande taumaturgo e pregador. O Papa Bento XVI, em uma de suas audiências sobre o santo, afirma que Antônio contribuiu significativamente para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana. 

Ele tinha incríveis dotes de inteligência e memória, além de zelo apostólico e fervor místico. Aqui, vamos conhecer um pouco da vida e da devoção popular desde grande santo, que é também doutor da Igreja.

Santo Antônio, cujo nome de nascimento era Fernando Martins de Bulhões, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. Seu nome de batismo, Fernando, era um nome comum entre os reis da época. Seus pais, Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, eram nobres e valorizavam profundamente a educação. Desse modo, asseguraram que o filho recebesse uma formação sólida e abrangente, que mais tarde influenciaria grandemente seus escritos e sermões.

Desde jovem, Fernando demonstrou uma inclinação espiritual e uma inteligência notável. Aos 15 anos, ingressou no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciando sua jornada religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Em seguida, transferiu-se para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou seus estudos teológicos e filosóficos.

Mais tarde, em 1220, inspirado pelo martírio de cinco frades franciscanos no Marrocos, ele decidiu juntar-se à Ordem Franciscana, adotando o nome de Antônio em homenagem a Santo Antônio do Deserto. E, assim, sua vida como franciscano foi marcada por uma dedicação inigualável à pregação e ao ensino.

Conhecido como o “Martelo dos Hereges”, Santo Antônio combateu vigorosamente as heresias dos cátaros e dos albigenses, usando sua oratória e conhecimento para defender a fé católica.

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA OU DE LISBOA?

A dualidade entre “Santo Antônio de Pádua” e “Santo Antônio de Lisboa” reflete a rica história e a vida espiritual deste ilustre santo. Nascido em Lisboa, ele é conhecido tanto por seu local de nascimento quanto pela cidade onde faleceu, Pádua, na Itália.

O título “Santo Antônio de Lisboa” lembra-nos das suas raízes, sua infância e formação inicial na capital portuguesa. Pois foi onde ele recebeu sua educação primorosa e começou a trilhar seu caminho em direção à santidade. Por outro lado, “Santo Antônio de Pádua” evoca sua vida adulta e seu legado na cidade italiana, onde faleceu em 1231. Aliás, foi em Pádua que ele floresceu como um pregador expressivo e um orientador espiritual para muitos. Seu túmulo em Pádua tornou-se um local de peregrinação e devoção, onde os fiéis buscam a sua intercessão.

SANTO ANTÔNIO, MARTELO DOS HEREGES.

Embora seja muito conhecido como santo casamenteiro, Santo Antônio também era chamado de Martelo dos Hereges. Ele recebeu este título devido à sua habilidade extraordinária em combater e converter hereges, desmascarando suas falsas doutrinas com argumentos sólidos e milagres impactantes.

A vida de Santo Antônio era dedicada ao apostolado. Em 1224, ele pregou em Vercelli com tanto fervor que a igreja de São Eusébio estava sempre cheia de fiéis. Sua missão o levou à França, uma região infestada por heresias como a dos Albigenses, que professavam doutrinas errôneas a respeito do bem e do mal e incentivavam práticas destrutivas. Santo Antônio foi eficaz em desmascarar essas crenças e trazer os hereges de volta ao cristianismo.

SANTO ANTÔNIO, DOUTOR DA IGREJA.

Santo Antônio é “Doutor Evangélico” da Igreja, devido à sua profunda dedicação à pregação do Evangelho e ao seu vasto conhecimento das Escrituras. Seus sermões e escritos refletem uma interpretação clara e prática dos ensinamentos bíblicos, voltados para a evangelização e a edificação espiritual dos fiéis.

Seu reconhecimento oficial como Doutor da Igreja aconteceu em 1946 pelo Papa Pio XII. Este título foi concedido em reconhecimento às suas extraordinárias contribuições teológicas e à profundidade de seus ensinamentos.

Os principais escritos de Santo Antônio são seus “Sermões Dominicais” e “Sermões Festivos”. Estas coleções de pregações são altamente valorizadas por sua rica exegese bíblica e profundidade teológica. Nos “Sermões Dominicais”, Santo Antônio interpreta e aplica passagens das Escrituras às celebrações dominicais, oferecendo orientações espirituais e morais. Já os “Sermões Festivos” focam nas grandes festas litúrgicas, demonstrando sua habilidade em conectar a doutrina cristã com a vida prática dos fiéis.

A proclamação de Santo Antônio como Doutor da Igreja em 1946 destacou sua importância duradoura para a teologia cristã e a vida espiritual. O Papa Pio XII reconheceu não apenas sua erudição, mas também seu impacto pastoral e missionário, características que tornaram seus escritos e pregações uma fonte de inspiração por séculos.

O Papa Gregório IX, maravilhado com a sua pregação, referiu-se a ele como a “Arca do Testamento”. Este título surgiu da sua notável habilidade de memorizar e interpretar a Bíblia. Segundo a tradição, Santo Antônio sabia a Bíblia de cor, uma habilidade percebida especialmente nas inúmeras citações bíblicas presentes em seus sermões.

SANTO ANTÔNIO, "SANTO CASAMENTEIRO".

Santo Antônio também é popularmente conhecido como o “Santo Casamenteiro”, especialmente no Brasil e em Portugal. Esta fama surgiu devido aos muitos relatos de pessoas que, após rezarem a Santo Antônio, encontraram um bom casamento. Essa devoção alimenta-se da crença na bondade e no poder de intercessão de Santo Antônio junto a Deus.

No entanto, é importante ressaltar que a prática de fazer simpatias com a imagem do santo na esperança de obter um cônjuge não tem fundamentação na verdadeira fé católica. A Igreja ensina que a devoção aos santos deve ser guiada pela fé, pela oração e pela confiança na vontade divina — e não por práticas supersticiosas ou mágicas. Desse modo, a verdadeira devoção a Santo Antônio envolve confiar em sua intercessão junto a Deus e seguir seu exemplo de vida cristã, especialmente sua caridade para com os necessitados e sua dedicação ao serviço do Evangelho.

Fonte da pesquisa sobre santo Antônio: Minha Biblioteca Católica.
Link: https://bibliotecacatolica.com.br/blog/formacao/santo-antonio/

FESTA DE SANTO ANTONIO EM PORTUGAL.

Em Portugal, se destaca a festa em Lisboa, sua cidade natal. Conceição Lopes descreveu o cenário: A festa de Santo António. De novo a Avenida da Liberdade enche-se e desfila com as marchas dos bairros. A festa cheira a sardinha e a mangericão. Pela noite dentro come-se sardinha, brinda-se ao santo António e aos amigos da casa, com vinho tinto. Saboreia-se a broa de milho, o pão com chouriço e o quente caldo verde e tudo num intervalar de danças, de conversas e outras brincadeiras no arraial do bairro. Fazem-se promessas, acertam-se namoros. O Santo António tem a devoção das noivas, Se o bendito Santo António / este ano me casar / cá voltarei para o ano / pôr flores no seu altar, e celebram-se casamentos na Sé. O manjericão enfeita o trono do Santo existente em cada bairro. Algumas fogueiras ainda se veem, resquícios das velhas festas dos solstícios que celebravam o sol. Cortejos, procissões, quermesses, romarias, bandas de música, teatro, animação de rua, carrossel, gastronomia, barraquinhas do sai sempre, os bairros de Lisboa vestem-se de um imenso colorido a condizer com os comportamentos festivos em honra de Santo António. A iconografia da festa do Santo António ocupa as montras dos comerciantes da cidade e faz aumentar o negócio ao qual o jogo da lotaria de Santo António também rende homenagem e fiéis do jogo. Tudo bate certo, se conjuga e harmoniza até o apadrinhamento do santo que desfila na procissão pela cidade, ou do altar, assiste ao sermão na Igreja, parecendo dar a bênção à respeitabilidade e seriedade da festa que o santo reconhece e as instituições aproveitam".

ORIGEM NO BRASIL.

No Brasil, a origem do Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, é puramente comercial, comemorada em 12 de junho. A ideia foi do publicitário João Dória em 1948, que buscava uma data para impulsionar as vendas no mês de junho, que era tradicionalmente fraco para o comércio. A data foi escolhida por ser véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido como o "santo casamenteiro". 

Em outros países, o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, em homenagem a São Valentim.

A história de São Valentim remonta à Roma Antiga, com várias lendas e histórias sobre ele, associado ao amor romântico. O Dia dos Namorados brasileiro não tem ligação com a história de São Valentim. 

No sincretismo religioso, Santo António é relacionado no candomblé como Exu, o orixá da comunicação. Também é identificado com Ogum, deus da guerra, também capaz de abrir os caminhos.

Fonte da pesquisa: Wikipédia.

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