12 de Junho, data em que é comemorada o Dia dos Namorados; que bom, que data maravilhosa, que bom lembrar da nossa (o) eterna namorada. Mas, qual a origem do dia dos namorados? Quem foi santo Antônio, conhecido como o santo casamenteiro? É legal um cristão seguir tradições dos homens, quando estas não tem base na Palavra de Deus, nem respaldo bíblico? Muitas vezes, o que é bíblico e tem base na Palavra de Deus é desprezado; mas tudo quanto é tradição contrária a Palavra de Deus é aceita e comemorada.
QUEM FOI SANTO ANTÔNIO?
Santo Antônio é um dos santos mais populares da Igreja Católica. Mas quando citamos o seu nome, talvez o que venha à mente de muitos, em primeiro lugar, é sua fama de santo casamenteiro. Contudo, Santo Antônio foi um grande taumaturgo e pregador. O Papa Bento XVI, em uma de suas audiências sobre o santo, afirma que Antônio contribuiu significativamente para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana.
Ele tinha incríveis dotes de inteligência e memória, além de zelo apostólico e fervor místico. Aqui, vamos conhecer um pouco da vida e da devoção popular desde grande santo, que é também doutor da Igreja.
Santo Antônio, cujo nome de nascimento era Fernando Martins de Bulhões, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. Seu nome de batismo, Fernando, era um nome comum entre os reis da época. Seus pais, Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, eram nobres e valorizavam profundamente a educação. Desse modo, asseguraram que o filho recebesse uma formação sólida e abrangente, que mais tarde influenciaria grandemente seus escritos e sermões.
Desde jovem, Fernando demonstrou uma inclinação espiritual e uma inteligência notável. Aos 15 anos, ingressou no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciando sua jornada religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Em seguida, transferiu-se para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou seus estudos teológicos e filosóficos.
Mais tarde, em 1220, inspirado pelo martírio de cinco frades franciscanos no Marrocos, ele decidiu juntar-se à Ordem Franciscana, adotando o nome de Antônio em homenagem a Santo Antônio do Deserto. E, assim, sua vida como franciscano foi marcada por uma dedicação inigualável à pregação e ao ensino.
Conhecido como o “Martelo dos Hereges”, Santo Antônio combateu vigorosamente as heresias dos cátaros e dos albigenses, usando sua oratória e conhecimento para defender a fé católica.
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA OU DE LISBOA?
A dualidade entre “Santo Antônio de Pádua” e “Santo Antônio de Lisboa” reflete a rica história e a vida espiritual deste ilustre santo. Nascido em Lisboa, ele é conhecido tanto por seu local de nascimento quanto pela cidade onde faleceu, Pádua, na Itália.
O título “Santo Antônio de Lisboa” lembra-nos das suas raízes, sua infância e formação inicial na capital portuguesa. Pois foi onde ele recebeu sua educação primorosa e começou a trilhar seu caminho em direção à santidade. Por outro lado, “Santo Antônio de Pádua” evoca sua vida adulta e seu legado na cidade italiana, onde faleceu em 1231. Aliás, foi em Pádua que ele floresceu como um pregador expressivo e um orientador espiritual para muitos. Seu túmulo em Pádua tornou-se um local de peregrinação e devoção, onde os fiéis buscam a sua intercessão.
SANTO ANTÔNIO, MARTELO DOS HEREGES.
Embora seja muito conhecido como santo casamenteiro, Santo Antônio também era chamado de Martelo dos Hereges. Ele recebeu este título devido à sua habilidade extraordinária em combater e converter hereges, desmascarando suas falsas doutrinas com argumentos sólidos e milagres impactantes.
A vida de Santo Antônio era dedicada ao apostolado. Em 1224, ele pregou em Vercelli com tanto fervor que a igreja de São Eusébio estava sempre cheia de fiéis. Sua missão o levou à França, uma região infestada por heresias como a dos Albigenses, que professavam doutrinas errôneas a respeito do bem e do mal e incentivavam práticas destrutivas. Santo Antônio foi eficaz em desmascarar essas crenças e trazer os hereges de volta ao cristianismo.
Em Portugal, se destaca a festa em Lisboa, sua cidade natal. Conceição Lopes descreveu o cenário: A festa de Santo António. De novo a Avenida da Liberdade enche-se e desfila com as marchas dos bairros. A festa cheira a sardinha e a mangericão. Pela noite dentro come-se sardinha, brinda-se ao santo António e aos amigos da casa, com vinho tinto. Saboreia-se a broa de milho, o pão com chouriço e o quente caldo verde e tudo num intervalar de danças, de conversas e outras brincadeiras no arraial do bairro. Fazem-se promessas, acertam-se namoros. O Santo António tem a devoção das noivas, Se o bendito Santo António / este ano me casar / cá voltarei para o ano / pôr flores no seu altar, e celebram-se casamentos na Sé. O manjericão enfeita o trono do Santo existente em cada bairro. Algumas fogueiras ainda se veem, resquícios das velhas festas dos solstícios que celebravam o sol. Cortejos, procissões, quermesses, romarias, bandas de música, teatro, animação de rua, carrossel, gastronomia, barraquinhas do sai sempre, os bairros de Lisboa vestem-se de um imenso colorido a condizer com os comportamentos festivos em honra de Santo António. A iconografia da festa do Santo António ocupa as montras dos comerciantes da cidade e faz aumentar o negócio ao qual o jogo da lotaria de Santo António também rende homenagem e fiéis do jogo. Tudo bate certo, se conjuga e harmoniza até o apadrinhamento do santo que desfila na procissão pela cidade, ou do altar, assiste ao sermão na Igreja, parecendo dar a bênção à respeitabilidade e seriedade da festa que o santo reconhece e as instituições aproveitam".
ORIGEM NO BRASIL.
No Brasil, a origem do Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, é puramente comercial, comemorada em 12 de junho. A ideia foi do publicitário João Dória em 1948, que buscava uma data para impulsionar as vendas no mês de junho, que era tradicionalmente fraco para o comércio. A data foi escolhida por ser véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido como o "santo casamenteiro".
Em outros países, o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, em homenagem a São Valentim.
A história de São Valentim remonta à Roma Antiga, com várias lendas e histórias sobre ele, associado ao amor romântico. O Dia dos Namorados brasileiro não tem ligação com a história de São Valentim.
No sincretismo religioso, Santo António é relacionado no candomblé como Exu, o orixá da comunicação. Também é identificado com Ogum, deus da guerra, também capaz de abrir os caminhos.
Fonte da pesquisa: Wikipédia.
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