sábado, 21 de julho de 2018

A FALSA RELIGIOSIDADE E A PRATICA DO AMOR.

Certa vez, um advogado da Lei levantou-se com o propósito de submeter Jesus à prova e lhe indagou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?” Ao que Jesus lhe propôs: “O que está escrito na Lei? Como tu a interpretas?” E ele replicou: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e com toda a tua capacidade intelectual’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”. Então, Jesus lhe afirmou: “Respondeste corretamente; faze isto e viverás”. Ele, no entanto, insistindo em justificar-se, questionou a Jesus: “Mas, quem é o meu próximo?” 
Diante do que Jesus lhe responde assim: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó, quando veio a cair nas mãos de alguns assaltantes, os quais, depois de lhe roubarem tudo e o espancarem, fugiram, abandonando-o quase morto. Coincidentemente, descia um sacerdote pela mesma estrada. Assim que viu o homem, passou pelo outro lado. Do mesmo modo agiu um levita; quando chegou ao lugar, observando aquele homem, passou de largo. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, assim que o viu, teve misericórdia dele. Então, aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Em seguida, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe recomendou: ‘Cuida deste homem, e, se alguma despesa tiverdes a mais, eu reembolsarei a ti quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Declarou-lhe o advogado da Lei: “O que teve misericórdia para com ele!” Ao que Jesus lhe exortou: “Vai e procede tu de maneira semelhante” (Lucas, 10.25-37).

Nesta parábola vamos encontrar quatro personagens com atitudes diferentes. Esta parábola retrata a falsa religiosidade por parte daqueles que priorizam a religião através do conhecimento teológico, litúrgico e dogmático. Jesus deixou claro nesta parábola para o doutor da lei, que o seu conhecimento da torá (lei de Moisés), e a religiosidade do sacerdote e do levita de nada adiantaria sem a verdadeira pratica do amor. 
Na atualidade não é diferente, semelhante ao doutor da lei que interrogou Jesus, temos muitos teólogos que ostentam os seus conhecimentos e se acham acima da média. Religiosos semelhantes ao sacerdote e levita da parábola, temos muitos. Muitos estão vivendo uma falsa religião, buscando seus próprios interesses e em busca de posição eclesiástica e status social; deixando de viver a verdadeira religião na pratica do amor. 

Um Teólogo Querendo Justifica-se.

O advogado da lei ou doutor da lei, era um homem de grande conhecimento da torá (lei de Deus). Ele fez duas perguntas a Jesus: A primeira com a intenção de submeter Jesus à prova, e a segunda para querer justifica-se. O texto diz: Certa vez, um advogado da Lei levantou-se com o propósito de submeter Jesus à prova e lhe indagou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?” Ao que Jesus lhe propôs: “O que está escrito na Lei? Como tu a interpretas?” E ele replicou: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e com toda a tua capacidade intelectual’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”. Então, Jesus lhe afirmou: “Respondeste corretamente; faze isto e viverás”. Ele, no entanto, insistindo em justificar-se, questionou a Jesus: “Mas, quem é o meu próximo?” 
Porém, ele se esqueceu que ninguém consegue pegar Jesus em contradição, porque Ele é a verdade e nele não há engano. Nem tão pouco justifica-se diante dele, pois Ele é quem nos justifica, porque Ele é Deus. O doutor da lei, era um teólogo frio, e a sua fé era teórica. Hoje não é diferente, muitos tem uma boa cultura bíblica, mas a sua religião é teórica e não tem nada de Deus. 

Dois Religiosos Sem Amor.

Jesus cita na parábola dois personagens religiosos: Um sacerdote e um levita.
O sacerdote era um ministro do culto, responsável por conduzir o povo a adoração e pela ministração da palavra. 
O levita exercia um ministério diaconal, ele era encarregado de cuidar das coisas sagradas na organização da Casa de Deus. Havia também uma classe de levitas que eram responsáveis pela música, na celebração do culto. 
Eles tiveram atitudes semelhantes ao ver um homem ferido a beira do caminho, precisando de socorro. O texto diz: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó, quando veio a cair nas mãos de alguns assaltantes, os quais, depois de lhe roubarem tudo e o espancarem, fugiram, abandonando-o quase morto. Coincidentemente, descia um sacerdote pela mesma estrada. Assim que viu o homem, passou pelo outro lado. Do mesmo modo agiu um levita; quando chegou ao lugar, observando aquele homem, passou de largo. 
Nesta parábola Jesus nos ensina que a nossa religião é vã, quando não usamos de misericórdia e praticamos o amor. 

Um Samaritano Misericordioso.

Os samaritanos eram considerados pelos judeus uma raça mista, e por motivos históricos eram rival dos judeus, além de serem julgados como falsos praticantes do culto na adoração a JEOVÁ.
Mas, foi exatamente um samaritano que socorreu o homem ferido, que estava quase morto a beira do caminho. Este homem da parábola que foi assaltado e espancado, provavelmente era judeu. Mas o amor vai além das rivalidades, quem usa de misericórdia, não olha raça, cor, classe social, nem religião. O amor está acima de tudo. O texto diz: Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, assim que o viu, teve misericórdia dele. Então, aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Em seguida, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe recomendou: ‘Cuida deste homem, e, se alguma despesa tiverdes a mais, eu reembolsarei a ti quando voltar’. 
Diante deste fato, Jesus perguntou ao doutor da lei: Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Declarou-lhe o advogado da Lei: “O que teve misericórdia para com ele!” Ao que Jesus lhe exortou: “Vai e procede tu de maneira semelhante”.
Pela lógica, quem deveria socorre o homem ferido com uma atitude nobre, seriam os religiosos (o sacerdote e o levita) e não o samaritano, que era rival dos judeus. Mas a religião não resolve, não adianta ser religioso, ter cargo relevante na Casa de Deus, e não praticar a verdadeira religião, que é o amor. 
Jesus nos ensina nesta parábola que o nosso próximo é todo aquele que precisa da nossa ajuda, independente de raça, cor, religião ou qualquer preconceito. 
Que possamos viver a verdadeira religião, através da pratica do amor. Amém!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

5 Bênçãos Na Oração Intercessora De Jesus.

No capítulo 17 do evangelho de João, Jesus aparece como nosso grande intercessor. Na sua oração sacerdotal ele rogo ao Pai pelos seus discípulos, incluindo nós hoje. 
Jesus como homem, viveu uma vida de oração. A oração era uma parte integrante do seu ministério, e muito importante na sua vida de comunhão com o Pai. 
Na sua última noite com os discípulos, Jesus orou pedindo ao Pai proteção para seus discípulos. Nos vinte e seis versículos deste capítulo 17 do evangelho de João, iremos encontrar cinco pedidos de Jesus ao Pai, exclusivos para os seus discípulos, para sua igreja.

PROTEÇÃO.

Não oro para que os tires do mundo, mas que os livre do mal (João, 17.15).
Ser cristão não significa viver alienado do mundo, sem saber de tudo que acontece no mundo, nem estar livre de todo perigo e tentação. Mas a oração de Jesus oferece proteção contra o verdadeiro perigo: O diabo. Quem ama Jesus sabe que o diabo não o pode destruir. Está escrito: Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não é escravo do pecado; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca (I João, 5.18).

SANTIFICAÇÃO.

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (João, 17.17).
Viver para Jesus é viver em santidade. 
E só a palavra de Deus tem poder de nos santificar.

UNIÃO.

Eu lhes tenho transferido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos: Eu neles e Tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim (João, 17.22,23). 
Ninguém é uma ilha. O desejo de Deus é que vivamos em união com nossos irmãos e com Cristo. A união é essencial em nossa caminhada cristã e precisamos uns dos outros. Somente através da glória de Jesus conseguimos nos unir.

GLÓRIA.

Pai, Eu desejo que os que me deste estejam comigo onde Eu estou e contemplem a minha glória, a glória que me outorgaste porque me amaste antes da criação do mundo (João, 17.24).
A grande bênção que Jesus nos oferece é sua presença. Podemos conhecer sua glória e encontrar a paz de sua presença em todo tempo.

AMOR.

Eu lhes dei a conhecer o teu Nome e ainda continuarei a revelá-lo, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e Eu neles esteja (João, 17.26).
Pelo amor de Deus a igreja vai permanecer unida. Jesus deseja estar sempre conosco e nos dar seu amor.

sábado, 23 de junho de 2018

O CRISTÃO E AS REDES SOCIAIS.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém,todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma (I Coríntios, 6.12).

Com o grande avanço tecnológico, ocorreram várias mudanças na sociedade. Com o advento da rede mundial de computadores, conhecida como Internet, o mundo passou a se conectar de forma globalizada. Com o surgimento das redes sociais, tudo o que acontece é divulgado, comentado e compartilhado instantaneamente. As informações são imediatas, são transmitidas com rapidez surpreendente; porém em contrapartida, estamos vendo as pessoas perderem o calor humano e se relacionarem mais de forma virtual do que pessoal.
As estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio das redes sociais. Diante desses fatos, os cristãos como igreja de Cristo, precisa investir no uso das novas tecnologias e buscar métodos de evangelização por meio das redes sociais.

O QUE É REDE SOCIAL?

Redes sociais são sites de relacionamentos cuja finalidade é conectar pessoas do mundo inteiro; integrando e interagindo com fotos, vídeos, trocas de informações, além da comunicação direta e indireta, estabelecendo vínculos de amizade.
Rede social é um fenômeno mundial, que surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários encontrar amigos do passado e ampliação do circulo social.

O uso das redes sociais.

É quase impossível imaginar, na atualidade uma pessoa que não esteja conectada ao Whatsapp, Facebook, Twitter ou Instagram. Nunca o acesso as redes sociais foi tão amplo. Entretanto, quando o assunto é redes sociais, muitos questionam e perguntam: O cristão pode utilizar as redes sociais? A resposta é sim. Devemos fazer bom uso das redes sociais. Todavia, mais do que nunca, devemos usar com cautela e discernimento este mundo virtual, avaliando todas as coisas à luz da bíblia, sob a ótica de Deus. O apóstolo Paulo diz: Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus (I Coríntios, 10.31).
Como tudo na Internet, bem como nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam não apenas benefícios, mas também podem trazer danos para seus usuários. O problema não é a rede social, mas o mal uso. Lamentavelmente, não são poucos os que cristãos que dizem professar o nome de Cristo, mas não honram a Deus com o seu perfil nas redes sociais. Muitos utilizam como fonte de ostentação, como uma vitrine para se exibirem, usam o messenger para más conversações, além de se envolverem em discussões intermináveis que nenhuma edificação traz. Quando a palavra de Deus nos recomenda que devemos evitar tais discussões (Tito, 3.9).

A falsa felicidade, e as distorções nas redes sociais.

Muitas pessoas se apresentam nas redes sociais de forma dissimulada, com uma falsa felicidade, totalmente fora da realidade da sua vida pessoal. Nas redes sociais, em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidades. As redes sociais estimulam a pratica narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. Essas pessoas tendem a buscar uma felicidade fútil, em meios as fotos montadas e a sorrisos falsos. Muitas vezes é uma vida de "faz de conta". Apresentam o que não é verdadeiro. Todavia, a palavra de Deus não compactua com tal pratica (Filipenses, 4.8).

Isolamento, solidão e falta de amor nas redes sociais.

No ano de 1990 pesquisadores chamaram atenção para o mal social, denominado de "paradoxo da internet". Trata-se da contradição de alguém ter vários "amigos" virtuais e, ao mesmo tempo, viver na solidão, pela ausência de contato humano. Estudos recentes demonstram que, quanto maior a frequência no uso da internet, aumenta o sentimento de solidão e problemas acentuados pelas redes sociais. Cada vez mais o ser humano está sendo integrado à tecnologia, e sendo tratado como se fosse uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedades e isolamentos.
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Ele chama esse fenômeno social de "modernidade líquida". Onde tudo muda rapidamente. Nada é feito para durar, para ser sólido. Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar e excluir pessoas. Bem como, com outro clique pode aceitar, comentar e curtir outras pessoas. Essa situação representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que, por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis.
Muitos usam as redes sociais para desabafarem, trocarem farpas e denegrirem a imagem dos outros por meio de postagens e comentários maldosos. 
O respeito e o amor entre as pessoas está esfriando cada vez mais. Muitos preferem amar as coisas e descartar as pessoas.

Imoralidade nas redes sociais.

A indecorosa pratica do "nudes" (imagens ou fotos de pessoas nuas) na internet vem se tornando algo comum entre as pessoas que acham isso normal. A possibilidade de manter a identidade real oculta é um dos fatores que impulsionam o uso equivocado da internet para essa pratica imoral. Algumas pessoas sentem-se à vontade para extravasarem seus impulsos sexuais ilícitos sem medo de repercussão. A fantasia e o anonimato estimulam as pessoas a praticarem o nudes. Uma pessoa que pratica o nudes, demonstra ter uma conduta deplorável.
Segundo pesquisas divulgadas por sites especializados, mais de 50% das mulheres com acesso as redes sociais já enviaram, ao menos, uma foto de nudes, e mais de 42% dos homens também já realizaram tal pratica.
A postagem de nudes acontece no âmbito privado, mas,  em vários casos, quem recebe as imagens, salva as fotos e as compartilha nas redes sociais, tornando-as de domínio público. Tal atitude pode ser responsabilizada criminalmente; no entanto, nenhuma condenação poderá reparar o dano moral causado. Muitos que tiveram suas fotos divulgadas passaram e passam por diversos infortúnios, tais como bullying, automartírio, abalos psicológicos e alguns chegam ao extremo de cometer o suicídio. O cristão verdadeiro não deve praticar nudes em hipótese alguma, visto que isso é uma pratica imoral e uma conduta antiética, que a palavra de Deus reprova. 

Os escravos das redes sociais e Internet em geral.

Reconhecemos a importância, a contribuição e os benefícios proporcionados pela Internet e as redes sociais. No entanto, não podemos fechar os olhos diante de seus efeitos colaterais, como por exemplo, a dependência virtual. Estudos psicológicos detectaram oitos sinais de uso patológico da Internet: (1). Incapacidade de controlar o uso da Internet. (2) Necessidade de se conectar de forma compulsiva. (3) Acessar a rede para fugir dos problemas ou para melhorar o estado de ânimo. (4) Pensar na Internet quando se está off-line (5) Sentir irritação ao tentar acessar e não conseguir. (6) Descuidar do trabalho, dos estudos ou até mesmo dos relacionamentos pessoais por causa da rede. (7) Sofre por causa da abstinência. (8) Passar muitas horas on-line, ligado na Internet, permanecendo na rede muito mais do que o tempo previsto. Uma pessoa que apresenta estes sintomas, pode ser considerada um escravo das redes sociais e da Internet em geral. O não tratamento desses sintomas resulta em total dependência e isolamento social.
Infelizmente, estamos vendo muitos cristãos se tornando escravos de redes sociais, perdendo seu precioso tempo passando horas a fio na Internet. Muitos perderam o prazer de orar, de ler a bíblia, de frequentar a escola bíblica dominical e até mesmo de cultuar com frequência. Não podemos perder essa guerra para tecnologia, devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, como o Mestre nos ensinou (Mateus, 6.33).

Conclusão: 
Concluímos que, o uso da Internet é algo que se faz necessário, todavia devemos utilizar este poderoso instrumento de forma equilibrada, prudente e sabiamente.
O cristão como servo de Deus, passa a ser observado nas redes sociais. Se quisermos testemunhar de Cristo e anunciar o seu Evangelho, precisamos vigiar a nossa conduta. Portanto, é inadmissível que aqueles que usam as redes sociais para provocar constrangimentos, estimular o preconceito e a discriminação, enviar ou receber "nudes", curtir e compartilhar imagens, vídeos e mensagens com conteúdo lascivo ou duvidoso, possa ter autoridade moral ou espiritual para evangelizar.
Precisamos ser a mesma pessoa, tanto virtualmente como pessoalmente. Que seja tudo para glória de Deus.

domingo, 17 de junho de 2018

GRAVETOS, VÍBORA E FOGO.

Estando a salvos em terra, soubemos que a ilha se chamava Malta. Os habitantes da ilha demonstraram impressionante bondade para conosco. Prepararam uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia bastante frio. Enquanto Paulo ajuntava um feixe de gravetos e os lançava ao fogo, uma víbora, espantada com o calor, agarrou-se à sua mão. Assim que os habitantes da ilha viram aquela cobra presa na mão de Paulo, comentaram uns com os outros: “Com toda certeza esse homem é um assassino, pois, tendo sido salvo do mar revolto, a Justiça não lhe permitiu continuar vivendo!” Contudo, Paulo sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal algum. Eles, porém, acreditavam que Paulo começasse a inchar ou que caísse morto de um momento para outro, mas, havendo esperado por muito tempo e observado que nada de anormal lhe acontecia, mudaram de opinião e passaram a exclamar que ele era um deus (Atos, 28.1-6).

Os bárbaros foram solidários com os sobreviventes do naufrágio. Por causa do frio eles foram se aquecer diante da fogueira e Paulo juntou alguns gravetos secos para lançar no fogo já existente. Então, para fugir do “calor”, a víbora se revelou de onde estava camuflada. A experiência do naufrágio havia sido extremamente traumática e descansar era tudo o que aqueles homens precisavam e antes de prosseguir a viagem. Estava escuro e frio e o apóstolo resolveu acrescentar lenha na fogueira. A vida de Paulo passa por uma série de eventos que parece não terminar. Agora, em Malta, uma víbora se agarra em sua mão e ele ainda é julgado como assassino. Mas ele não se deixou abater nem pela víbora, nem pela opinião alheia. Todos esperavam que Paulo morresse, mas ele de modo simples sacudiu a víbora na fogueira e agiu como se nada houvesse acontecido. De repente, viram que Paulo já não era mais uma maldição e passaram a compará-lo com um “deus”. 

GRAVETOS.

O clima frio fez com que Paulo se preocupa-se em ajuntar gravetos para alimentar o fogo, para que este não se apagasse. 
Observemos que a fogueira já estava acesa e Paulo conduzia gravetos secos para adicioná-los ao fogo e este aumentar.
Traçando aqui um paralelo da vida espiritual, entendemos que, a frieza espiritual não deve permanecer na vida da igreja, é preciso manter o fogo do Espírito acesso e alimentá-lo com os gravetos da oração, da consagração e da leitura e prática da palavra de Deus. 
Deus está a procura de homens e mulheres que estejam dispostos a juntar gravetos para alimentar o fogo do Espírito e extinguir a frieza espiritual do meio do povo de Deus. Enquanto houver gravetos para queimar, o fogo não vai se apagar; ele permanecerá acesso e não vai virar cinzas. Está escrito: Sem lenha, o fogo se apagará (Pv.26.20). É preciso manter o fogo acesso. O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará (Lv.6.13). Faça a sua parte, junte os seus gravetos e o fogo de Deus permanecerá acesso na sua vida. 

VÍBORA.

A víbora entre os gravetos secos é um símbolo da ação de Satanás, numa tentativa de se esconder e atacar de surpresa os servos de Deus. Quando essa víbora é levada ao fogo da presença de Deus, o calor do Espírito Santo gera o incômodo, fazendo com que o inimigo se manifeste e parta em retirada. A unção que estava sobre a vida de Paulo era mais forte que o veneno da serpente e assim também acontece com todo aquele que está cheio do poder do Espírito Santo. 
O fato da víbora abocanhar a mão de Paulo nos ensina como Satanás tenta nos frear, inutilizando nossas ferramentas de trabalho, que neste caso, era as mãos de Paulo. A mordida não aconteceu somente pelo fato da víbora fugir do fogo, foi um golpe de retaliação, um último golpe antes da derrota. Assim como Paulo, que não se importando com a víbora, de pronto a lançou no fogo, que é o seu lugar, deve ser a nossa atitude. Há pessoas agindo como víbora, sendo usadas como instrumento de Satanás, destilando seu veneno para nos prejudicar. Mas para estas víboras tem o fogo e o poder do Espírito para as consumir. Com víboras não se brinca, nem se perde tempo em dialogar, se lança no fogo. Lugar de víboras é no fogo. 

FOGO.

O fogo é símbolo do Espírito Santo, que deve ser alimentado pelos gravetos da oração, da santificação, da leitura, do ensino e pratica da palavra de Deus. A fogueira do avivamento precisa se manter acessa, caso contrário a frieza e a antipatia espiritual irão prevalecer.
Quem gosta de fogo faz como Paulo, se preocupa em juntar gravetos para aumentar o fogo e não deixa-lo apagar. Não importa se as víboras irão lhe morder, quem tem o poder de Deus não teme as mordidas das víboras. Para as víboras (os inimigos da obra), tem o fogo de Deus. 
Os que não gostam de fogo, irão lhe criticar e julgar, como fizeram com Paulo. Mas não devemos dá ouvidos as criticas. Não podemos ser parados pelo que pensam ou acham de nós. Muitos não entendem como Deus está agindo conosco e traçam um perfil de acordo com o que veem. Para uns somos malditos, para outros somos deuses, mas o que importa, na verdade, é o que somos para Deus e o que Ele é para nós. 

CONCLUSÃO:
A experiência nos ensina que as grandes provações são sinais de grandes maravilhas por parte do nosso Deus. Após a batalha com a víbora, Paulo se torna a esperança daqueles nativos e, como gratidão pela benção alcançada, eles tanto honraram quanto supriram as necessidades do apóstolo (Atos, 28.9, 10).
O Espírito impulsionou Paulo até Malta e o que para muitos era uma grande provação, para Deus era uma oportunidade de atuar com seu Servo. Paulo jamais chegaria lá se não fosse a força dos ventos contrários (Atos, 27.4). Não estava em seus planos estar em Malta; seu alvo era Roma (Atos, 23.11). Aquela víbora não mordeu outra pessoa a não ser Paulo, foi  por causa desse incidente que se desencadeou um avivamento e a glorificação do nome de Jesus. 

sábado, 16 de junho de 2018

SAIA DA JANELA.

No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até à meia noite. 
Havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos. E, estando um certo jovem, por nome Êutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto. Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está. E, subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até à alvorada; e, assim, partiu. E levantaram vivo o jovem, e ficaram não pouco consolados (Atos, 20.7-12).

O escritor Lucas, companheiro de Paulo em suas viagens, nos relata um fato inusitado ocorrido no ministério missionário de Paulo. Paulo reuni os discípulos num grande salão (cenáculo) para partir o pão (a Ceia do Senhor), e aproveita o momento para instrui-los, discursando durante toda a madrugada. No cenáculo havia muitas luzes (tochas queimando óleo). A fumaça das tochas, contribuiu para o profundo sono do jovem Êutico, que consequentemente, caiu da janela, do terceiro andar e foi dado como morto. Porém, Paulo tranquilizou a todos, e descendo e inclinando-se sobre o jovem, o ressuscitou pelo poder de Deus.

LIÇÕES EXTRAÍDAS DE ÊUTICO NA JANELA.

Êutico, cujo nome significa afortunado, procurou o pior lugar no cenáculo para se acomodar e ouvir o discurso de Paulo. Janela é um lugar inseguro e causa desatenção e indecisão. 
O jovem Êutico estava desatento, certamente olhando lá fora e dentro, mente dividida. Há pessoas na igreja assim, o corpo na igreja, mas a mente lá fora. Quem fica na janela está dividido, não fica totalmente dentro, nem fora. Torna-se um crente morno. O grande problema é que tem muitos crentes que insistem em continuar nesta janela.
Êutico foi vencido pelo sono e caiu da janela.
Assim como Êutico, tem cristãos desapercebidos, dormindo o sono espiritual, deixando de adorar e receber o ensinamento da palavra de Deus. Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá (Ef.5.14).
Êutico caiu, mas a graça o levantou. Nunca devemos desprezar, nem julgar quem caiu. Deus é poderoso para levantar o caindo. O apóstolo desce, inclina-se sobre ele e o abraça. Descer, inclinar-se e abaixar-se, são ações da graça de Deus. Graça é favor imerecido, no olhar humano, Êutico não merecia, ele atrapalhou a mensagem e interferiu no andamento do culto. Mas a graça de Deus é assim, sempre socorre e vai ao encontro de quem não é digno, ela levanta o caído e ressuscita aquele que estava morto. Sim, isto é a graça de Deus. Valorize, viva e aprenda, o que essa Maravilhosa Graça tem para lhe ensinar.

TRÊS COISAS IMPORTANTES QUE ÊUTICO PERDEU.

I. Êutico perdeu a oportunidade de ouvir o apóstolo Paulo pela última vez.

2. Êutico perdeu de aprender com o grande apóstolo dos gentios.

3. Êutico perdeu um culto ímpar na sua vida.

CONCLUSÃO:
Quando estamos no lugar errado e fora da vontade de Deus, ficamos vulneráveis ao insucesso e prejuízos. Êutico não é um bom exemplo a ser seguido, mas aprendemos que a graça de Deus é capaz de nos socorrer quando falhamos. Simples assim. 

*Êutico é o retrato de uma igreja decadente, sonolenta, desatenta e sem vida. Mas a geração da igreja de Paulo, está descendo para fazer milagre. Amém!

quarta-feira, 13 de junho de 2018

A DRACMA PERDIDA.

Ou ainda, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne suas amigas e vizinhas e proclama: ‘Alegrai-vos comigo, porque agora achei minha dracma perdida’. Eu vos asseguro que, de igual modo, há grande júbilo na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lucas, 15.8-10).

A bíblia dá importância as coisas perdidas, Deus não despreza o perdido, antes o valoriza e busca encontrá-lo. Jesus declarou que a sua missão era buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas, 19.10). No capítulo 15 do evangelho de Lucas, Jesus fala em parábolas acerca de três coisas que foram perdidas e achadas: A ovelha, a dracma e o filho que deixou a casa do pai.

O VALOR DA DRACMA.

Uma dracma era uma moeda de prata grega, que tinha o valor de um dia de trabalho braçal. Para algumas pessoas essa moeda não teria muito valor, mas para a mulher da parábola, era de muito valor. Na parábola a mulher tinha dez dracmas, e acidentalmente ela veio a perder uma, e logo se preocupou em procurá-la. Se aquela mulher não desse importância a uma única dracma perdida, ela jamais iria perder tempo em se esforçar para acha-la. Talvez, para alguns aquela moeda não teria tanto valor. Mas o valor da moeda depende do dono da moeda. 

DEUS DÁ VALOR AS COISAS PERDIDAS.

O homem ficou na condição de perdido pelo fato de ter desobedecido e se rebelado contra Deus. Quando Adão e Eva desobedeceram, pecaram e ficaram na condição de perdidos. Mas, Deus não despreza o homem por causa do seu pecado. Muito pelo contrário, Ele se importa e vem ao seu encontro afim de perdoa-lo e restaurá-lo. 
Esta parábola da dracma perdida, reflete o amor de Deus em se preocupar em vir em busca do perdido. 
Há pessoas que pensam e dizem: Que valor eu tenho para Deus se preocupar comigo? 
Talvez você pode se sentir como essa moeda; pequeno, de pouco valor e perdido. Você pode até questionar: Por que é que o Rei de todo o Universo se preocuparia comigo?
Mas Deus lhe valoriza e lhe ama, Ele provou isso enviando seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz para lhe salvar. A mulher deu seu tempo por sua moeda; Deus deu muito mais por você! Ele deu seu próprio filho para lhe salvar. 

VOCÊ TEM VALOR PARA DEUS.
Seu valor não depende de como você se vê. Seu valor depende de como Deus lhe vê. Para Deus você tem um valor incalculável, porque ele lhe ama.
Quando uma pessoa se arrepende de seus pecados, Deus faz uma festa no Céu com os anjos. A moeda foi encontrada e está segura. Todo o trabalho valeu a pena, porque o pequeno tesouro de Deus já não está perdido. Você é esse tesouro. Volte-se para Deus e Ele lhe mostrará quanto você tem valor para ele. Amém!
Esta postagem é uma adaptação extraída do site bibliaon articulada por Geraldo Barbosa. site: www.bibliaon.com/a_dracma_perdida_voce_tem_valor_para_deus/

terça-feira, 12 de junho de 2018

CUIDADO, NÃO DEIXE A AMARGURA LHE DOMINAR.

Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem (Hebreus, 12.15).

O escritor aos hebreus alerta os irmãos sobre o cuidado da possível exclusão da graça de Deus, bem como a ser vigilante, para não permitir que alguma raiz de amargura brote a ponto de trazer perturbação e por ela muitos venham a se contaminar. A amargura é uma das piores pragas que podem atingir uma comunidade cristã. Uma pessoa amargurada geralmente é revoltada com tudo e contra todos, ela não consegue ver virtude nas pessoas, mas só defeitos e falhas. A graça de Deus nos favorece viver uma vida de plena paz e santo gozo. Todavia, quando um cristão passa a não valorizar o favor de Deus, ele começa a se privar da graça de Deus, a ponto de ele mesmo se excluir desta graça. Quando a graça de Deus não mais atua na vida do crente, ele passa a não suportar certas situações, a ponto de não liberar perdão. Quando um cristão não libera perdão, ele está permitindo que uma raiz de amargura brote no seu coração. Uma vez que, a raiz de amargura brotou no coração, essa pessoa passa a viver uma vida perturbada e cheia de amarguras. Um cristão amargurado, muitas vezes, ele tem sentimentos de ódio, de rancor e ressentimentos do passado. Quando uma pessoa guarda mágoas e acumula um sentimento de ódio dentro de si, ela já está contaminada com a raiz de amargura e passa a viver uma vida perturbada. A raiz de amargura na vida de uma pessoa é algo muito sério, porque além de prejudicar a sua própria vida, pode também atingir a muitos e contamina-los.

CINCO ATITUDES PARA EXCLUIR A RAIZ DE AMARGURA.

Deixar as práticas pecaminosas da antiga natureza.

Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele, vades crescendo (I Pedro, 2.1,2).

Liberar perdão.

Se perdoardes alguma coisa a alguém, também eu perdoo; e aquilo que perdoei, se é que havia alguma falta a ser perdoada, perdoei na presença de Cristo, por amor de vós, a fim de que Satanás não tivesse qualquer vantagem sobre nós; pois não ignoramos as suas artimanhas (II Coríntios, 2.10,11).

Se fortalecer na graça de Deus.

Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus (II Timóteo, 2.1).
.... Porque bom é que o coração se fortifique com graça ...  (Hebreus, 13.9).

Amar a palavra de Deus e meditar nela todos os dias.

A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (Salmos, 119.140).
Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! (Salmos, 119.97).

Buscar crescer na graça e no conhecimento.

Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo 
(II Pedro, 3.18).

Conclusão:
Viva feliz, deixe a graça de Deus encher o seu coração, não permita que a amargura se instale em seu coração e torne você uma pessoa rancorosa. Não perca tempo com os críticos, nem dê ouvidos aos seus opositores. Quem guarda rancor só tem a perder. Há uma frase que diz: "Guardar rancor é como segurar um carvão em brasa para jogá-lo em outra pessoa; você é o único que se queima. Pense nisso.