PREGANDO A VERDADE: 2025

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

CINCO COISAS QUE JÓ NÃO CONHECIA.

A Bíblia revela que Jó era um homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal. A Bíblia também diz, que Jó era um homem de posses, rico e prospero. Todavia, a vida de Jó teve uma reviravolta quando Satanás se apresenta diante do Todo-Poderoso e questiona a fidelidade de Jó diante de Deus, dizendo que Jó só era fiel por causa das suas riquezas. A essa altura, o livro de Jó apresenta o conflito entre Deus e o seu opositor e grande adversário, Satanás. No capítulo 1, Satanás perde no primeiro embate e sai nocauteado. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma (1.22). No capítulo 2, Satanás aparece novamente e pede revanche. Ele questiona mais uma vez a fidelidade de Jó diante de Deus, e perde mais uma vez. Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios (2.7-10). Todavia, Jó não conhecia de fato e de verdade muitas coisas com as quais ele convivia.

1) JÓ NÃO CONHECIA A ORIGEM DO SEU SOFRIMENTO.

Jó não conhecia a origem de seus sofrimentos (a conversa no reino celestial), que Deus havia permitido Satanás lhe tirar toda sua riqueza, e matar todos os seus filhos e ainda lhe enfermar com chagas. Jó não sabia que suas provações eram motivadas por uma conversa entre Deus e Satanás no Reino Celeste.

2) JÓ NÃO CONHECIA TOTALMENTE  A SUA MULHER.

A mulher de Jó, cujo nome não é revelado, era uma mulher apegada as coisas materias e de pouca devoção a Deus. Quando Jó estava em plena prosperidade e desfrutando das suas riquezas com sua família, a sua mulher lhe dava toda atenção, carinho e apoio. Mas, bastou chegar o dia mal, o tempo da provação de Jó, e sua mulher revelou-se outra pessoa, totalmente diferente a que Jó antes conhecera. No seu desespero e impaciência, ela chegou ao ponto de dizer para Jó: "Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre! (Jó.2.9). É, ainda hoje isto acontece, muita gente se revela outra pessoa nas adversidades e provações. 

3) JÓ NÃO CONHECIA QUEM ERAM OS SEUS AMIGOS.

Jó era um homem popular, querido por todos na sociedade da sua época. Jó tinha muitos "amigos" no tempo da sua grande prosperidade e riquezas. Mas, quando veio o tempo das perdas, do luto, do desprezo, da doença... sobraram apenas três "amigos", estes vieram para consolar a Jó e lamentar a sua situação de dor e angústia. Mas mesmo estes três dos seus amigos que vieram solidarizar-se com ele e confortá-lo, eles julgaram a Jó, lhe acusando de ter cometido algum pecado grave, e por isso Jó estava sendo castigado por Deus. O ponto de vista dos amigos de Jó expressa uma teologia popular que ensina uma doutrina triunfalista, esta diz que o crente deve viver na riqueza e sem problemas de enfermidades, caso contrário ele está debaixo de maldição. Os amigos de Jó não eram quem Jó pensava ser; Jó não os conhecia na íntegra. Porque os verdadeiros amigos nós só os conhecemos nas horas difíceis, nos dias maus, no tempo da adversidade. 

4) JÓ NÃO CONHECIA OS PLANOS DE DEUS.

Jó não conhecia a grandeza dos planos de Deus. Jó não compreendia a vastidão dos pensamentos e dos planos de Deus. Seus próprios pensamentos e conclusões sobre Deus eram limitados e insuficientes para entender os propósitos de Deus em sua vida. Quando Jó chegou a entender o trabalhar de Deus, ele disse: Falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia (Jó.42.3b). Em seguida conclui: Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedidos (Jó.42.2).

5) JÓ NÃO CONHECIA INTIMAMENTE A DEUS. 

Jó conhecia a Deus por tradição patriarcal e por informação dos seus antepassados. Mas não o conhecia intimamente por revelação. A percepção de Jó sobre Deus era defeituosa. Ele acusou Deus de injustiça, mas, após a revelação Divina, ele percebeu a enormidade da Majestade Divina, que o fez reconhecer sua própria pequenez diante do Todo-Poderoso.

Jó conhecia Deus por ouvir falar, ou seja, através de tradições e conhecimento superficial. O livro termina com Jó afirmando: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem" (Jó. 42.5), indicando um profundo conhecimento e experiência pessoal de Deus que antes lhe faltava. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

A SEMENTE É MAIOR QUE O SEMEADOR.


"A semente é maior que o semeador" refere-se à Mensagem Divina, ou a Palavra de Deus, que é muito mais poderosa e importante do que as pessoas que a anunciam, ou o semeador. A semente (a Palavra de Deus ) tem o poder de transformar, fazer crescer e dar frutos em abundância, transcendendo o pregador que a semeia, que por si só pode ser limitado e falho. 

Não importa quão falho e imperfeito seja o semeador; o mais importante é que a Palavra de Deus seja lançada e recebida em boa terra, para que possa crescer e produzir o seu fruto, mesmo que o semeador seja imperfeito. 

Portanto, a mensagem de Deus tem um poder intrínseco e uma capacidade de transformação poderosa, que são maiores do que a capacidade ou santidade do mensageiro humano. 

Os escribas e fariseus eram os doutores e mestres da Lei, eles eram capazes de citar boa parte da Torá e interpretar de forma convincente para os seus ouvintes. Convencidos de que possuiam a correta interpretação da vontade de Deus, afirmavam que a tradição dos anciãos, a lei oral vinha de Moisés e desde o monte Sinai. Fariseus e escribas eram, portanto, os sucessores autorizados da tradição de Moisés como mestres da Lei. 

Os escribas e fariseus como mestres da Lei, eram bons ensinadores, mas foram censurados por Jesus pelo fato de que eles apenas ensinavam ao povo, mas não praticavam o que ensinavam. Sobre eles Jesus disse: Os escribas e fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Fazei e obedecei, portanto, a tudo quanto eles vos disserem. Contudo, não façais o que eles fazem, portanto não praticam o que ensinam (Mt.23.2,3). Esta observação feita por Jesus, também vale na atualidade para muitos líderes, pastores, ensinadores e pregadores. Todavia, é sempre bom lembrar que: "A semente é maior que o semeador" Amém! 

sábado, 27 de setembro de 2025

AS QUATRO PROIBIÇÕES DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM.


Atos capítulo 15 apresenta o primeiro Concílio da igreja em Jerusalém, para resolver a primeira controvérsia de grande relevância na igreja cristã, e caso não tivesse sido resolvida urgentemente, aumentaria a medida que o cristianismo avançasse além das fronteiras da antiga Palestina. Os primeiros cristãos eram judeus e várias práticas das quais estavam habituados foram conservadas. Muitos mantinham até mesmo o preconceito contra outras nações; para eles a entrada dos gentios na igreja, sem adotar os costumes judaicos e todas as orientações divinas presentes na Torah (lei de Moisés), sobretudo as cerimoniais, causaria transtornos e instabilidade ao cristianismo. Então, alguns passaram a exigir que os cristãos gentios aplicassem o estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com a salvação (Atos 15:1-6), preservariam a integridade da igreja.

A igreja de Antioquia temendo que o assunto da circuncisão resultasse em divisão entre seus membros, enviou à Jerusalém, Paulo e Barnabé a fim de resolverem a questão perante os apóstolos e anciãos (Atos 15:1-2). E, na presença destes, relataram o sucesso do ministério entre os gentios e os atritos doutrinários ocasionados pelos judaizantes (Atos 15:4-6).

A reivindicação dos judaizantes de impor todas as normas prescritas na lei de Moisés, condenava diretamente o trabalho que Paulo e Barnabé faziam em favor dos gentios (Atos 13:44-52). Eles proclamavam a salvação por meio da fé em Cristo sem as exigências defendidas pelos fariseus convertidos ao cristianismo (Atos 15:5). Esta controvérsia gerou o debate sobre o vínculo dos cristãos com a lei mosaica. Este era o principal problema a ser resolvido no concílio de Jerusalém.

Após Paulo e Barnabé falarem sobre os gentios serem alcansados pela graça de Deus por todas as cidades por onde pregaram o Evangelho de Cristo, e Pedro também relatado a sua revelação e experiência entre os gentios convertidos ao Evangelho da graça; Tiago, irmão do Senhor, líder da igreja em Jerusalém, fez uma sábia exposição e concluiu seu discurso dizendo: Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá (At.15.28,29).

1) COMIDAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS.

Os cristãos gentios deveriam evitar comer alimentos que tinham sido oferecidos a ídolos, algo que na cultura pagã era muito comum.
O consumo de carne sacrificada aos ídolos, ainda era praticado pelos gentios convertidos ao cristianismo, eles viviam entre pessoas que faziam frequentes sacrifícios e ofertas aos deuses pagãos, e os sacerdotes desses cultos comercializavam as ofertas.

2) SANGUE.

A proibição de comer sangue é uma das leis mais antigas, vinda da Aliança de Noé (Gn.9.4) e seguida pela Lei Mosaica (Lv.17.10-12) e também da própria criação, que enfatizava a santidade do sangue.

3) CARNE SUFOCADA.

Esta proibição era para evitar o consumo de carne de animais que não foram abatidos de forma ritualística, onde o sangue não foi drenado corretamente. Um animal estrangulado não pode ser sangrado de forma satisfatória, consequentemente, sua carne será imprópria para o consumo.

4) FORNICAÇÃO. 

A fornicação ou imoralidade sexual, é todo tipo de pratica sexual ilícita. A fornicação se distingue do adultério pelo estado civil das pessoas envolvidas. A fornicação ocorre quando os parceiros não são casados, enquanto o adultério acontece quando pelo menos um deles é casado e se relaciona sexualmente com outra pessoa. Essa proibição é entendida como um chamado à pureza sexual, para que a igreja refletisse o caráter santo de Cristo. 

Estas proibições que primeiramente foram ordenadas pelo Espírito Santo e em seguida pelos apóstolos e presbíteros (pastores), continuam em plena validade para todos os crentes de todas as épocas passadas e agora na presente.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

O ANJO DO ZIMBRO.

 

Elias fugindo das ameças de Jezabel, foi para o deserto de Berseba e, sentindo-se desanimado e pedindo a morte, deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro. Foi ali que um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. Elias levantou-se e comeu pão assado nas brasas e bebeu água fresca, que lhe foram providenciados perto da sua cabeça. Elias tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Elias levantou-se e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Uma síntese do que está escrito em I Rs.19.1-8.

O Anjo do Zimbro aparece em duas ocasiões na história sagrada: Primeira no episódio da escrava Agar com seu filho Ismael, quando despedida por Abraão saiu sem destino caminhando pelo deserto de Berseba (Gn.21.1-20). Segunda aparição do Anjo é quando Elias fugindo das ameaças da malvada rainha Jezabel, faz uma longa caminhada pelo deserto de Berseba, cerca de 1.250 anos depois de Agar e seu filho Ismael. Elias cansado e sem ânimo deita-se em baixo de um Zimbro (I Rs.19.1-8).

INFORMAÇÕES SOBRE O ZIMBRO:

O zimbro (Juniperus) é um arbusto ou pequena árvore conífera, perene e de crescimento lento, da família das Cupressaceae, com grande distribuição no Hemisfério Norte. É robusto, tolerante à seca e ao frio, e prefere solos secos e arenosos. Seus frutos, bagas azul-escuras, são usados como condimento na culinária e na produção de bebidas alcoólicas, como o gin, mas também têm usos medicinais tradicionais, embora o seu consumo deva ser moderado e sob orientação profissional devido a potenciais toxicidades. 

Uma Providência No Deserto.

Agar colocou o rapaz debaixo do zimbro e ficou a uma distância de um tiro de flecha, desesperada esperando o pior acontecer (o moço estava morrendo por falta de água). Mas, de repente, o Anjo do SENHOR brada em voz alta e diz: Ouvi o choro do rapaz! Abre uma fonte de águas e lhe faz promessas.

Elias, estava desfalecido, desanimado e sem esperança. Fugindo de Jezabel, deitou-se e dormiu debaixo do zimbro. Passado cerca de 1.250 anos do episódio de Agar e Ismael, a cena se repete. O Anjo desce com providência trazendo pão e água para alimentar Elias, que ao comer e beber, recobra ânimo e caminha 40 dias e 40 noites até chegar a Horebe, o monte de Deus.

TRÊS LIÇÕES DO ZIMBRO.

1) Resiliência.

O zimbro cresce e sobrevive em condições adversas, o que pode simbolizar a capacidade do crente prosperar e vencer em meio às dificuldades, resistindo firme na fé que se fortalece em tempos de provação. 

2) Refúgio.

O zimbro ofereceu abrigo físico e proteção para Ismael (Gn.21.15) e Elias; mas também serviu como um lugar onde Deus interveio através do Anjo para oferecer sustento e encorajamento a Elias, que estava em desespero; e suprimento, vida e esperança para Agar e seu filho Ismael.

3) Provisão Divina.

O zimbro, apesar de ser um arbusto simples, serviu como abrigo e provisão para Ismael, o filho da escrava Agar que estava prestes a morrer, quando o Anjo apareceu e proveu água em abundancia. A madeira do zimbro também é um excelente combustível para o fogo, e o anjo usou uma brasa para assar o pão de Elias, demonstrando a provisão de Deus através dos meios disponíveis. 

Finalmente, a história nos ensina sobre a dependência dos crentes em Deus para força, sustento e renovação; não apenas em momentos de vitória, mas também em tempos de fragilidade, cansaço e desesperança.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PAULO - O FAZEDOR DE TENDAS.


Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Claúdio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), se juntou com eles, e, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas (Atos, 18.1-3).

Em Corinto, Paulo conheceu Áquila e Priscila, um casal que também era fazedor de tendas, e se juntou a eles em seu trabalho. Essa parceria foi fundamental para o ministério de Paulo nas cidades, pois também lhe abria portas para ele pregar o Evangelho.

Paulo, o apóstolo, era de fato um fazedor de tendas, uma profissão que ele aprendeu em sua cidade natal, Tarso. Essa habilidade manual era uma prática comum na sociedade judaica da época, onde era esperado que os rabinos e estudiosos da lei tivessem também uma profissão para se sustentarem.

Paulo usava seu ofício para sustentar a si mesmo e a seus companheiros de viagem, evitando ser um peso financeiro para as igrejas nascentes. Ele acreditava que, ao trabalhar com as próprias mãos, demonstrava a pureza de suas intenções e a sinceridade de sua pregação, que não era motivada por ganhos financeiros.

Ao se manter financeiramente independente, Paulo ganhava credibilidade e confiança entre as comunidades que evangelizava. Ele podia pregar o evangelho de Cristo sem a suspeita de que estava interessado apenas em dinheiro, estabelecendo-se como um modelo de dedicação e trabalho honesto.

Paulo explica que, embora tivesse o direito de ser sustentado, escolheu não usar esse direito para evitar qualquer obstáculo ao evangelho (I Co.9.1-15).

Vocês se lembram, irmãos, do nosso trabalho e cansaço. Trabalhamos noite e dia para não sermos um peso para nenhum de vocês, enquanto lhes pregávamos o evangelho de Deus (I Ts.2.9).

Nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós (II Ts.3.8).

De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste. Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram (At.20.33,34).

O ofício pastoral é, sem dúvida, uma vocação honrosa. Um pastor dentro da comunidade de fé, ele é visto como um ministro da Palavra e cuidador das almas, algo que exige zelo, oração, estudo e total dedicação. Entretanto, fora desse círculo, a percepção é bem diferente. Muitos enxergam os pastores como aproveitadores e mercenários. Esse estigma, ainda que injusto em muitos casos, não pode ser ignorado.

As Escrituras, porém, são claras: “Digno é o trabalhador do seu salário” (1Tm. 5.18). O Senhor mesmo ordenou “que os que anunciam o evangelho, vivam do evangelho” (1Co. 9.14). O ministério integral é legítimo, necessário e traz vantagens incontáveis à Igreja. Ainda assim, não se trata de uma obrigatoriedade em toda e qualquer circunstância. A Bíblia também mostra um outro caminho, menos confortável, mas igualmente honroso: O exemplo de Paulo, o fazedor de tendas.

O apóstolo dos gentios, por vezes, preferiu trabalhar com suas próprias mãos para não ser pesado às igrejas e para não dar ocasião aos maledicentes (At. 20.33-35; 1Ts 2.9; 2Ts 3.8). Ele sabia que tinha o direito de ser sustentado, mas escolheu abrir mão dele, de modo a adornar o evangelho com sua conduta. Não apenas isso, ao escrever às igrejas, Paulo nos conclama a ser seus imitadores, como ele mesmo era de Cristo (1Co 11.1).

Seguir esse exemplo apostólico pode se tornar, em nossos dias, um poderoso testemunho diante do mundo. Num contexto em que a figura do pastor é muitas vezes associada à cobiça e ao abuso financeiro, levantar homens que pregam a Palavra com fidelidade enquanto se sustentam pelo trabalho secular seria um forte testemunho, desmentido às acusações de mercenarismo, por parte dos opositores do Evangelho de Cristo.

É claro que não se trata de desvalorizar o ministério integral. Este é um dom de Deus para sua Igreja e deve ser preservado. Mas talvez a realidade contemporânea exija que muitos ministros sigam a via de Paulo, tornando-se fazedores de tendas. Homens que mostram, pelo exemplo, que não pregam por interesse material, mas por amor a Cristo e às almas.

O termo "fazedor de tendas" ganhou um significado espiritual e inspirou a criação de um modelo missionário moderno. Atualmente, o termo descreve cristãos que se mantêm financeiramente por meio de uma profissão secular e, ao mesmo tempo, dedicam-se à obra missionária em seu tempo livre ou no local de trabalho. Essa abordagem permite que o evangelho seja levado a lugares onde missionários tradicionais de tempo integral podem não ter acesso. 

Em dias de tantas suspeitas contra o evangelho, precisamos de pastores dispostos a unir a vocação ministerial ao trabalho diário, de modo que o nome de Deus seja glorificado e os de fora vejam que o rebanho de Cristo não está à venda, nem igreja é meio de vida. Precisamos de mais fazedores de tendas.

domingo, 14 de setembro de 2025

ESTÁS DISPOSTO A CAMINHAR DUAS MILHAS?


Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas (Mateus, 5.41). 

Uma milha é uma unidade de comprimento do sistema imperial de medidas, equivalente a 1.609 metros ou pouco mais que um quilômetro e meio.

O Império Romano tinha a lei de Angaria, que permitia a soldados romanos obrigar cidadãos a carregar seus equipamentos por uma milha. 

Na época de Jesus, um soldado romano podia obrigar qualquer pessoa a carregar seus pertences por uma milha, isso era uma humilhação para os judeus. Jesus ensina a surpreender o opressor, não com raiva, mas com bondade, duplicando a distância solicitada. 

A segunda milha é feita por amor e não por imposição, demonstrando um caráter que não apenas cumpre as exigências, mas as excede, sendo um testemunho positivo do evangelho. 

Andar mais uma milha, significa ir além, dar o "extra", fazer o que muitos não fazem, mesmo quando a outra pessoa não o merece. 

Esta metáfora de Jesus também tem a ver com o costume judaico de se pedir a companhia de alguém numa viagem pelas perigosas estradas da época. Quando alguém se negava, e acontecia um crime, essa pessoa era responsabilizada e punida pela comunidade local, por não ter atendido ao pedido do viajante.

Os romanos forçava aqueles a quem eles escolhia. O verbo grego traduzido aqui por "forçar" advém de uma antiga palavra persa que significa "recrutar à força". Curiosamente, é a mesma palavra que aparece no capítulo 27.32 de Mateus, quando os soldados romanos "recrutaram à força" Simão, para ajudar Jesus a carregar sua cruz. 

Os fariseus haviam imposto uma lei: "Devemos acompanhar somente a outro fariseu, (pessoa do mesmo nível) não devemos caminhar com os incrédulos". Jesus, entretanto, vai além, e ensina que seus discípulos, ao serem solicitados por qualquer viajante a andar uma milha (1.609 metros), devem graciosamente estar prontos para caminhar em sua companhia por mais uma milha; ou seja, por mais de três quilômetros. Assim Jesus está nos ensinando que devemos exceder em amor, graça e misericórdia ao que pede a Lei.

Aqui eu aprendo que, a pratica do verdadeiro cristianismo é fazer o que ninguém faz, é ir além das obras dos religiosos. Jesus disse: Pois se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Pois eu lhes digo que se a vossa justiça não for superior a dos fariseus e escribas, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus (Mt.5.46,47,20). A justiça dos escribas e fariseus era exclusivamente exterior. Eles observavam muitas regras, oravam, cantavam, jejuavam, liam as Escrituras e frequentavam os cultos nas sinagogas. No entanto, substituiam as atitudes interiores corretas pelas aparências externas. Jesus declara aqui que a justiça que Deus requer do crente vá além das aparências, além da religiosidade, além do legalismo e formalismo religioso. Amém! 

sábado, 13 de setembro de 2025

Sete Manifestações Do Espírito Santo No Livro De Atos.

 

O livro de Atos dos apóstolos é o livro onde lemos sobre os atos e ações do Espírito Santo. O protagonista do livro de atos não são os apóstolos, os apóstolos Pedro e Paulo são apenas os coadjuvantes, o protagonista é o Espírito Santo. Do capítulo 1 ao 28 do livro de atos, o Espírito Santo está em ação, Ele se manifesta com ações multiformes e poderosa na vida da igreja do Senhor. Das muitas manifestações do Espírito Santo registradas por Lucas, quero destacar apenas sete.

1) NA FESTA DE PENTECOSTES.

Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (Atos 2.1-4).

2) ENCHENDO OS CRENTES PARA PREGAREM A PALAVRA.

E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31).

E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.21).

3) AGINDO NA OBRA EVANGELÍSTICA.

E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro (At.8.29).

E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia.

E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu (At.16.6,7).

4) DESCENDO SOBRE OS GENTIOS.

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviram a Palavra. 

E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus (At.10.44-46).

5) CONVOCANDO HOMENS PARA OBRA MISSIONÁRIA.

Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram (At.13.1-3).

6) ORIENTANDO OS LÍDERES E CONSTITUINDO PASTORES PARA IGREJA.

Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias... (At.15.28).

Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (Atos, 20.28).

7) ENCHENDO DOZE HOMENS NA CIDADE DE ÉFESO.

E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,

disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.

Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.

Estes eram, ao todo, uns doze varões (Atos, 19.1-7).

Esse evento ocorre cerca de 25 anos depois do primeiro Pentecoste, e o mesmo Espírito se manifestou poderosamente mais uma vez sobre as vidas de 12 homens na cidade de Éfeso.

Quando o Espírito Santo veio sobre eles, todos começaram a falar noutras línguas e a profetizar. Lucas nunca apresenta o derramamento do Espírito Santo como algo que se possa perceber somente pela fé. Pelo contrário, mostra que é uma experiência identificável e que pode ser comprovada visivelmente. Falar em novas línguas era e continua sendo a comprovação externa e visível de que o Espírito Santo vem sobre os seguidores de Jesus. Amém! 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

"Caiu o Espírito".


E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra (Atos, 10.44).

"Caiu o Espírito". Esta é uma expressão literal usada para descrever o advento do Espírito que desceu sobre os gentios enquanto Pedro pregava a Palavra. Esta expressão "caiu o Espírito Santo" aparece duas vezes no livro de Atos, (10.44; 11.15) cujo sentido está na velocidade e amplitude do fenômeno, que num instante tomou por completo a todos os gentios que estavam presentes na reunião na casa de Cornélio, o centurião romano. Esse fato ficou conhecido como o Pentecostes dos gentios, confirmando assim a inclusão daqueles novos crentes na igreja do Senhor, sem a necessidade de passar pelos ritos de conversão ao judaismo. 

Os primeiros cristãos judeus tinham dificuldade em entender e aceitar que os gentios convertidos a Jesus tivessem os mesmos direitos e participação nas bênçãos da redenção. Todavia, os gentios haviam recebido o mesmo dom que os crentes judeus receberam (At.11.17). Os crentes gentios foram agraciados com a mesma visitação poderosa do Espírito Santo e falaram em línguas, exatamente como aconteceu com seus irmãos judeus no Dia de Pentecostes (At.2.). O texto diz: Aqueles crentes judeus que vieram com Pedro ficaram admirados de que o Dom do Espírito Santo estivesse sendo derramado também sobre os gentios. Porque os ouviram falar em línguas e magnificar a Deus (At.10.45,46). Essa é uma evidência inquestionável de que o Reino de Deus estava pronto a receber judeus e gentios, formando um só corpo, que é a igreja de Cristo. Portanto, o Batismo com Espírito Santo, com evidência em falar em novas línguas, é o selo de Deus para todos os crentes que permanecerem fiéis até a morte. Amém! 

TRÊS EXPRESSÕES SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO NO LIVRO DE ATOS:

1) Caiu o Espírito Santo sobre todos... (10.44). ARC

2) O Espírito Santo desceu sobre eles... (11.15). NVI

3) Veio sobre eles o Espírito Santo... (19.6). ARC

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

GIDEÃO - O Menor Transformado No Maior.



Mais uma vez, o povo de Deus desviou-se para religião sincretista dos cananeus. Daí, durante sete anos Deus permitiu que os midianitas, ajudado pelos amalequitas e outros povos do Oriente, invadissem e oprimissem a nação de Israel (6.3). Os israelitas foram obrigados a se esconder em cavernas e a ocultar sua produção agrícola, por causa dos ataques dos inimigos (vv.2-5); quando a situação tornou-se insuportável, eles clamaram a Deus (v.6).

Israel clamou a Deus só em último recurso, e só o fez por causa da opressão em que se encontrava. O problema principal dos israelitas era a idolatria, a busca por deuses estranhos revelava a sua falta de fé, amor e gratidão ao Senhor Deus que os resgatou da escravidão do Egito. Buscavam a Deus só nos apertos, quando reconheciam que precisava dEle. Há crentes na atualidade que são iguais aos israelitas nos dias de Gideão, só buscam ao Senhor em tempos de crises e de apertos. A pergunta é: Estamos seguindo ao Senhor, porque realmente o amamos e o adoramos por aquilo que Ele é e por aquilo que Ele tem feito? Ou o servimos primeiramente por aquilo que esperamos receber dEle? Se nossa fé em Deus e a nossa dedicação a Ele são verdadeiras, nós o seguiremos mesmo que isso resulte em aflições e tribulações. 

Gideão, um homem humilde e inseguro que se tornou um herói e libertador de Israel. A narrativa bíblica destaca que Deus escolhe pessoas que não se consideram capazes para realizar grandes feitos, transformando suas fraquezas em força e coragem através da fé e obediência. Gideão se sentia insignificante, vindo da tribo mais pobre e sendo o menor de sua família. Mas Deus escolhe as coisas que não são, para confundir as que são; Deus escolhe as coisas fracas e desprezíveis, para confundir as forte e aplauzíveis. 

A história de Gideão demonstra que o poder de Deus atua nos mais fracos, e que a fé e a perseverança podem levar à superação de qualquer obstáculo.

JUÍZES 6, O CAPÍTULO DAS DUAS COISAS.

DOIS CLAMORES DO POVO: (v.1-7)

1) O povo clama por causa do sofrimento.

2) O povo clama por libertação.

DOIS MENSAGEIROS SÃO ENVIADOS A GIDEÃO: (v.8-11)

1) Um profeta.

2) O Anjo do SENHOR.

DOIS QUESTIONAMENTOS DE GIDEÃO: (v.13)

1) Por que tudo isto nos sobreveio?

2) E que é feito de todas as maravilhas que nossos pais contaram? 

DUAS MENSAGENS DE ÂNIMO PARA GIDEÃO: (v.12,14)

1) O SENHOR é contigo, varão valoroso!

2) Vai nesta tua força e livrarás a Israel...

DOIS STATUS FRACOS DO PERFIL DE GIDEÃO: (v.15)

1) A família mais pobre da tribo de Manasés.

2) O menor (menos importante) da família.

DOIS ALTARES: (v.25,26)

1) O altar de Baal.

2) O altar do SENHOR.

DUAS FASES DE GIDEÃO: (v.14,34)

1) Gideão na sua força natural.

2) Gideão no poder do Espírito do SENHOR.

DUAS PROVAS DE GIDEÃO PARA CONFIRMAR A PALAVRA DE DEUS: (v.36-40)

1) Velo de Lã molhado (com orvalho) e terra seca.

2) Terra molhada (com orvalho) e velo de Lã seco. 

Gideão é um exemplo de como uma pessoa que se sentia menor e incapaz pode ser transformada e usada por Deus para fazer grandes coisas. Amém! 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

A GERAÇÃO DE GADE.


"Geração de Gade" refere-se tanto à Tribo de Gade, uma das 12 tribos de Israel fundada por Gade, filho de Jacó, quanto ao conceito de uma "geração gadita", inspirada nas qualidades de guerreiros valentes e leais atribuídas a essa tribo. A tribo era conhecida pela sua ferocidade e habilidade na guerra, mas também pela sua fidelidade a Deus, especialmente a sua união com as tribos de Rúben e Manassés para lutar em favor de todo o povo de Israel. As tribos de Gade, Rúbem e Manassés eram as três tribos de guerra que lutavam pela nação de Israel: E passaram os filhos de Rúbem, e os filhos de Gade, e a meia tribo de Manassés, armados, na frente dos filhos de Israel, como Moisés lhes tinha dito; uns quarenta mil homens de guerra armados passaram diante do SENHOR para batalha, às campinas de Jericó (Js.4.12,13).

Gade foi o sétimo filho de Jacó e o primeiro de sua serva Zilpa (Gn.30.9-11).

Gade significa fortuna. Léia disse: "Vem uma fortuna" e chamou o seu nome Gade (Gn.30.11). 

Gade gerou sete filhos e estes foram sete príncipes que governavam sobre sete Clãs (Gn.46.16; Nm.26.15-18). 

A tribo de Gade estabeleceu-se a leste do rio Jordão, na região fértil de Gileade (Js.13.24,25).

As bênçãos pronunciadas sobre Gade: 

Pelo seu pai Jacó: 

Gade será atacado por um bando de ladrões; mas na verdade, ele é que perseguirá os calcanhares de seus salteadores! (Gn.49.19).

Por Moisés: 

Em relação a Gade, declarou: "Bem-aventurado aquele que coopera na ampliação dos domínios de Gade! Porquanto fica à espreita como uma leoa e quando ataca despedaça um braço e também a cabeça de sua presa. Escolheu para si a melhor parte, a porção do líder lhe foi reservada. Tornou-se o chefe do povo e executou a justiça do SENHOR e os seus decretos sobre Israel" (Dt.33.20,21).

A tribo de Gade desempenhou um papel militar significativo, lutando em favor de Israel e apoiando o rei Davi. Os gaditas eram homens valentes, com grande habilidade em guerra, descritos como tendo rostos de leão e pés ligeiros como corças (I Cr.12.8).

Os gaditas tornaram-se administradores de todos os negócios do rei Davi e da Casa do Senhor (I Cr.26.32).

Sobre a tribo de Gade o escritor do livro das Crônicas escreveu: Da tribo de Gade, alguns ofereceram seu apoio a Davi e aliaram-se a ele em sua fortaleza no deserto, eram guerreiros corajosos e treinados nas artes militares, que sabiam manejar com destreza o escudo e a lança; o rostos deles eram fortes e decididos como o de um leão, e eles eram tão ágeis como as mais rápidas corças galopando sobre os montes (I Cr.12.8). BKJ

As tribos de Rúbem, os rubenitas, assim como as tribos de Gade, os gaditas, e a meia tribo de Manassés possuiam juntas quarenta e quatro mil setecentos e sessenta guerreiros experientes nas batalhas. Eles eram hábeis com escudo e a espada, bem como certeiros no manejo de seus arcos e armas de guerra (I Cr.5.18). BKJ

CINCO CARACTERÍSTICAS DOS GADITAS:

1) Guerreiros Valentes.

2) Treinados Nas Artes Militares.

3) Habilidosos No Manuseio De Escudos, Espadas e Lanças.

4) Rostos Fortes e Decididos Como o De Um Leão.

5) Pés Ligeiros, Rápidos Como As Corsas.

"Geração Gadita" é um termo usado para descrever um grupo de pessoas com qualidades e características semelhantes às da tribo de Gade. É uma geração de crentes que demonstram coragem, ousadia, fé, lealdade e uma mentalidade de guerreiros, lutando não contra o mundo físico, mas contra o mundo espiritual, contra o pecado e todas as forças do mal. 

Os que fazem parte da "Geração Gadita" tem um compromisso com a Verdade, tem a ousadia e a força do Espírito Santo para enfrentar dificuldades e perseverar no seu chamado, sem desistir ou se acovardar diante dos desafios deste mundo tenebroso. Amém! 

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

BUSCANDO AS COISAS QUE SÃO DE CIMA.


Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra (Cl.3.1,2). ARC

Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas (Cl.3.1,2). NVI

Portanto, visto que fostes ressuscitados com Cristo, buscai o conhecimento do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Pensai nos objetivos do alto, e não nas coisas terrenas (Cl.3.1,2). BKJ

A igreja em Colossos ainda alimentava uma preocupação errônea e exagerada em relação à guarda religiosa do sábado e cerimonial dos ritos tradicionais judaicos do passado. Além disso, os cristãos de Colossos eram muito vulneráveis às crenças místicas e superstições de todos os tipos. Essa falta de confiança absoluta no senhorio de Cristo criou um ambiente fértil para o surgimento de várias heresias entre os crente da igreja em Colossos.

Paulo trata do problema dessa fé dúbia e volúvel dos colossenses, afirmando-lhes o incomparável caráter de Jesus Cristo, o Messias e Filho de Deus. O apóstolo também mostra a obra de Cristo em relação à redenção e reconciliação do homem caído com Deus. Ele ainda afirma que Cristo é o Cabeça da igreja e que Ele tem a preeminência, sendo a perfeita imagem do Deus invisível, por meio do qual tudo fora criado.

Paulo ensina e deixa claro que Cristo é totalmente suficiente e satisfatório; em absoluto contraste, as heresias, as filosofias e crenças inverídicas que se difundia na comunidade cristão dos Colossos. Sendo assim, o tema central da carta aos colossenses é a plena suficiência de Jesus Cristo, em oposição às limitações e incapacidades de qualquer filosofia ou crença produzida pelos seres humanos.

Paulo assegura que o cristão verdadeiro é completo (Perfeito) em Cristo, e não deficiente e incompleto, como alegavam os gnósticos. 

Em suma, Paulo estava preocupado com o comportamento dos cristãos que ainda estavam presos nas tradições humanas. Havia pessoas que se diziam mestres, estes estavam ensinando uma falsa religiosidade, uma falsa humildade e impondo regras para manipular as pessoas. Ensinavam uma rígida disciplina para com o corpo, mas sem valor algum para refrear as paixões da carne. 

Os crentes da igreja de Colossos estavam invertendo os valores, eles buscavam as coisas terrenas e se apegavam a elas, deixando de buscar e pensar nas coisas do alto. 

Paulo conclama os cristãos de Colossos, que já ressuscitaram com Cristo, a buscarem e pensarem nas coisas que são de cima (do céu) e se desapegarem das coisas que são da terra. Que este também seja o propósito dos cristãos na atualidade. Se a nossa busca é terrena é porque o nosso coração está inclinado para as coisas da terra. Mas, se a nossa busca é pelas coisas do alto, é porque nosso coração está totalmente entregue ao Reino de Deus e sua justiça. Amém! 

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

QUANTOS DESCENDENTES DE JACÓ ENTRARAM NO EGITO, 70 OU 75?


Todas as almas que vieram com Jacó ao Egito, que descenderam dele, fora as mulheres dos filhos de Jacó, todas foram sessenta e seis almas. E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, foram setenta (Gn.46.26,27).

Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito (Ex.1.5).

Com setenta almas teus pais desceram ao Egito; e, agora, o SENHOR, teu Deus, te pôs como as estrelas dos céus em multidão (Dt.10.22).

E José mandou chamar a Jacó, seu pai, e a toda sua parentela, que era de setenta e cinco almas (At.7.14).

Segundo os biblistas Estêvão usou de grande precisão em seu sermão expositivo com seu relato histórico-teológico da nação de Israel. Estêvão diz que toda a parentela de Jacó era de 75 almas. Embora a própria Bíblia hebraica use o número arredondado de 70 (Gn.46.27; Êx.1.5; Dt.10.22), a tradução do Antigo Testamento para o grego (conhecida como Septuaginta) inclui os netos e bisnetos de José, totalizando 75 almas, citadas por Estêvão. 

Em Gênesis 46, temos uma soma dos descendentes de Jacó da seguinte forma: No versículo 15, são 33 almas. No versículo 18, são 16 almas. No versículo 22, são 14 almas. No versículo 25, são 7 almas. Na soma total o resultado é 70 almas. No final do versículo 27, está dito: Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, foram setenta. Esta contagem inclui José e seus dois filhos, estes são citados no versículo 20. 

No versículo 26 diz: Todos os que foram para o Egito com Jacó, todos os seus descendentes, sem contar as mulheres de seus filhos... Ou seja, as mulheres dos filhos de Jacó em número de 12 não entraram na contagem.

POR QUE A DIFERENÇA?

A diferença entre 70 e 75 não é um erro, mas sim uma interpretação diferente de genealogias. 

O discurso de Estêvão em Atos 7.14 menciona 75 pessoas.

Esse número é baseado na Septuaginta (a tradução grega da Torá), que inclui mais cinco descendentes (netos e bisnetos) de José.

Enquanto a Septuaginta incluía os descendentes de José nascidos no Egito para chegar a 75, o texto hebraico não os contabiliza para manter a lista dos 70 que desceram de Jacó na terra de Canaã. 

domingo, 31 de agosto de 2025

QUANTOS ANOS ISRAEL HABITOU NO EGITO, 400 OU 430 ANOS?


O Antigo Testamento contém uma história delineada numa larga estrutura cronológica. Gênesis começa com a narração dos primórdios da humanidade. Seu autor não demonstrou nenhum interesse em citar acontecimentos seculares, mas apresenta as linhas genealógicas e uma informação cuidadosa sobre nascimentos e mortes. Cada personagem, de Adão a José, é rigorosamente relacionado com seu pai a fim de assegurar a sequência exata do tempo.

Há uma variedade de divergências de datas no sistema bíblico cronológico. Essa variedade origina-se de diversas questões exegéticas. A maior delas é Êxodo 12.40, que assinala o período da permanência de Israel no Egito de 430 anos. O Pentateuco Samaritano e a Bíblia Grega dos Setenta (Septuaginta) também afirmam que os filhos de Israel estiveram no Egito por um período de 430 anos. O período de José a Moisés é também descrito em Êxodo 12.41 com exatidão, quando diz: "Exatamente no dia em que se completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do SENHOR abandonaram o Egito". 

Há uma aparente contradição quando os textos de Gênesis 15.13,16 e Atos 7.6 afirmam que a nação de Israel seria peregrina em terra alheia, e a sujeitariam à escravidão e a maltratariam por quatrocentos anos. Enquanto os textos de Êxodo 12.40,41 e Gálatas 3.17 afirmam que este período de tempo foi de quatrocentos e trinta anos. Para entendermos esta aparente contradição precisamos ler Êxodo 1.1-12, mais precisamente o versículo 8 que diz: Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José... O livro de Êxodo é a continuação da história, iniciada em Gênesis, de como Deus lidou com os filhos de Israel. O espaço de tempo entre a morte de José (Gn.50.26) e o início da perseguição de Israel pelos egípcios (Ex.1.11) foi de, aproximadamente, 30 anos. Segundo o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, o Faraó "que não conhecera a José" é provavelmente Tutmose I, enquanto o Faraó da época de José seria Amenotepe II. Israel viveu 30 anos de crescimento e prosperidade no Egito, na época do Faraó que conhecia José. Com o novo Faraó, Israel foi perseguido, oprimido e escravisado por 400 anos. Portanto, o tempo total dos israelitas no Egito foi de 430 anos (Ex.12.40). 

domingo, 24 de agosto de 2025

EFRAIM - "Um Bolo Que Não Foi Virado"


Efraim com os povos se mistura; Efraim é um bolo que não foi virado (Oséias, 7.8). 

A expressão "Efraim, um bolo que não foi virado" é uma metáfora encontrada no livro de Oséias para descrever a situação de Efraim (que representa o reino do norte de Israel) como um bolo que foi assado apenas de um lado, ficando cru do outro. Isso significa que Israel estava se misturando com outras nações e culturas, estava com o coração dividido e não estava passando por uma transformação completa, permanecendo imperfeito e vulnerável ao pecado.

Os israelitas haviam entrado em estreita comunhão com os incrédulos, e adotado muitos de seus costumes. Como resultado, passaram a ser tão inúteis quanto um bolo assado de um lado, e cru do outro. A metáfora do bolo "não virado" ilustra como Israel estava se envolvendo com práticas e crenças estrangeiras, sem realmente se converter e abandonar seus próprios erros. Esta metáfora, também pode ser aplicada para os crentes atuais que estão servindo a Deus, mas com coração dividido; ou seja, não renunciaram totalmente os maus costumes mundanos. 

O bolo cru e não virado é frágil e facilmente se deteriora. Da mesma forma, a mistura de Efraim com outras nações o tornou vulnerável à influência negativa e à perda de sua identidade. Assim também acontece com os cristãos que vivem um evangelho de conveniência, adotando para si um estilo de vida contrario ao que a Palavra de Deus recomenda.

 A metáfora do bolo que não foi virado também aponta para a falta de uma verdadeira transformação espiritual no povo de Israel. O profeta Oséias estava repreendendo o povo de Israel por sua infidelidade e idolatria, alertando-os sobre as consequências de suas escolhas. 

Aqui nós aprendemos que é preferível vivermos separados do mundo; pois, os que insistem em manter comunhão com o mundo, correm o risco de adotar os seus costumes e atitudes, voltando ao pecado e distanciando-se da comunhão com Deus. 

Na época atual, ainda há crentes como Efraim, "um bolo que não foi virado"? 

sábado, 23 de agosto de 2025

CARDÁPIO DE HOJE É BÍBLIA.

 

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua Palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração... (Jr.15.16).

Um sinal evidente de que somos filhos de Deus é um amor intenso à Palavra de Deus. Jeremias era diferente do povo, ele amava a Palavra de Deus, esta era alegria e deleite para o seu coração. Comer Bíblia, significa alimentar-se com a Palavra de Deus através de uma boa leitura e sendo um bom ouvinte da exposição da Palavra. 

Em um mundo escravo dos entretenimentos, aproveitar o tempo alimentando-se com a Palavra se constitui uma sábia decisão daqueles que assim o fazem. Ler bons livros se faz necessário, porém, o carro chefe do nosso cardápio de leitura deve ser o livro dos livros, a Bíblia (a Palavra de Deus). 

Por inclível que pareça, mesmo com a revolução da imprensa em 1450 e todos os avanços científicos e tecnológicos da presente era, estamos vendo uma geração de pessoas que não têm interesse na leitura de bons livros, principalmente quando se trata de ler a Bíblia. Estamos vivendo uma época de crentes espiritualmente raquiticos por não se alimentarem da boa Palavra de Deus. Há pessoas que preferem gastar seu tempo alimentando-se com a desgraça alheia, vivem alimentado-se de fofocas e comentários maliciosos da vida dos outros. Mas a Bíblia ainda é o melhor cardápio para uma boa refeição que alimenta a nossa alma e o nosso espírito por completo. Jesus disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt.4.4). Pedro exortando a igreja, disse: Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele vades crescendo, se é que já provaste que o Senhor é benigno (I Pe.2.1-3). Um sinal seguro do nosso crescimento e saúde espiritual é um forte desejo de nos alimentarmos com a Palavra de Deus. Devemos estar alerta quanto à perda de fome e sede pela Palavra de Deus. Se isto vier a acontecer, é porque as nossas prioridades são outras, e não mais a Palavra de Deus.

A PALAVRA DE DEUS É:

1) Alimento (Jr.15.16)

2) Pão (Mt.4.4; Jo.6.35).

3) Leite (I Pe.2.2).

4) Espelho (Tg.1.21-25). 

5) Escudo (Pv.30.5).

6) Espada (Ef.6.17).

7) Lâmpada (Sl.119.105).

8) Fogo (Jr.23.29).

9) Martelo (Jr.23.29).

10) Mel (Sl.119.103).

♫ A Palavra de Deus é, doce mais que o mel, o que a toma pela fé há de ser fiel, porque Deus nos concedeu o Emanuel, Rocha viva de onde mana leite e mel. Amém! 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

MINISTROS REMADORES.


"Ministros Remadores" refere-se à analogia bíblica para cristãos que são servos humildes e obedientes, trabalhando em conjunto como os remadores de um navio para levar a igreja adiante sob a direção de Cristo, o Capitão. O termo grego original, huperetes (usado em passagens como Lucas 1.2), descreve um "remador de porão" ou "de baixa categoria", que é um trabalhador manual que serve sob as ordens de um líder, e não um líder ou capitão por si só. O Evangelho de Lucas utiliza essa expressão para os "servos da Palavra", como um contraste com a ideia de um título ou um papel de destaque. 

Examinando a expressão "Ministros da Palavra" em três versões:

Tendo, pois, muito empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da Palavra (Lc.1.1,2). ARC

Tendo em vista que muitos já se empenharam em elaborar uma narrativa histórica sobre os eventos que se cumpriram entre nós, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares dos fatos e servos dedicados à Palavra (Lc.1.1,2). BKJA

Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós, conforme nos foram transmitidos por aqueles que desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra (Lc.1.1,2). NVI

A palavra grega huperetes (remador de baixa categoria) foi usada para descrever os "ministros da palavra" para enfatizar a humildade e o serviço, em contraste com uma posição de liderança ou destaque. Em navios antigos, os remadores eram frequentemente escravos ou condenados, cujas vidas dependiam do trabalho árduo e da obediência ao capitão. Sendo assim, os ministros da Palavra devem se dedicarem a Palavra e se esforçarem para transmiti-la com fidelidade.

MINISTRO.

No Grego popular ou Koinê (comum), o termo ministro, também era chamado de huperétes que caracterizava “o escravo das Galés” greco-romanas que remava no piso inferior do navio. No primeiro ficavam os oficiais, no segundo compartimento, os comuns, no terceiro, os escravos que remavam e não apareciam. O termo “ministros” é a tradução do grego huperétes e significa literalmente “remador da fileira de baixo”.  O trabalho era muito pesado e Paulo mostra que o obreiro chamado por Deus é um assistente e servidor dEle, ou seja, o ministro é um cooperador de Deus (I Co. 3.9).  

CINCO CARACTERÍSTICAS DO "MINISTRO REMADOR":

1) HUMILDADE E SUBMISSÃO.

O "ministro remador" não busca o protagonismo, mas sim a obediência à Palavra e submissão ao seu Capitão (Cristo). 

2) TRABALHO EM CONJUNTO.

É essencial a sincronia e a colaboração para que a igreja avance; assim como os remadores precisam remar juntos para chegarem ao destino almejado, assim também os ministros remadores do Reino de Deus devem trabalhar em conjunto, com o propósito de chegarem ao porto seguro da salvação, que é Cristo. 

3) SERVIÇO ANÔNIMO.

Os remadores do navio não apareciam (eram anônimos), ficavam esquecidos no porão, mas o serviço executado por eles era de grande importância. Assim também, o serviço dos remadores do Reino é feito sem busca por glória ou reconhecimento pessoal, focando apenas na missão de levar a Palavra de Deus. 

4) FORÇA E PERSEVERANÇA. 

Os ministros remadores devem sempre estar fortalecido na graça de Deus, perseverando na fé com total dedicação a Palavra de Deus. Os membros da igreja em geral, também devem estar fortalecidos pelo Espírito Santo para continuarem a remar, não desistindo da missão. 

5) DEDICAÇÃO À PALAVRA DE DEUS.

Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra (Atos, 6.4).
A função do ministro é servir à Palavra, não a si mesmo, dedicando-se também a oração para prestar um bom serviço a igreja, como fiel despenseiro dos mistérios de Deus (I Co.4.1,2).

Finalmente, os ministros não estão no pódio para aplausos dos homens, mas na arena do trabalho ministerial. Ministro é um remador da fileira de baixo que não anda a procura das luzes dos holofotes.

Ministro remador não anda na roda dos famosos, ele trabalha não para ser reconhecido e sim para glorificar o Capitão da embarcação – Jesus Cristo.

Ministro remador da fileira de baixo não corre atrás de prestigios e nem de poder adquirido através da ingenuidade alheia. Infelizmente encontramos obreiros que preferem preservar uma suposta “fama” do que preservar uma vida de santidade e total dedicação a Palavra de Deus.

Os famosos querem sempre está na mídia, querem os holofotes, querem o centro das atenções.  O holofote deve ser um refletor de glória do Senhor Jesus Cristo! Ele sim é o centro das atenções! 

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Despenseiros Dos Mistérios De Deus.


Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel (I Co.4.1,2).

Falando sobre os ministros de Deus, Paulo diz que todas as pessoas devem os considerar servos de Cristo e despenseiros ou encarregados dos mistérios de Deus. Mais do que nunca, estamos precisando dos verdadeiros ministros da Palavra. Há uma grande escasseis de homens de Deus comprometidos de fato e de verdade com a Palavra, como fiel ministro (servo) de Cristo.

DESPENSEIROS.

Despenseiros no grego é Oikonomos, o mesmo que "encarregados", da idéia de administradores dos bens de Deus, ou seja, da sua Palavra e mistérios. O trabalho do despenseiro é arduo, é comparado a alguém que se desdobra em sacrifício. 

MISTÉRIOS.

Mistérios, são as verdadeiras doutrinas da Bíblia, fala da defesa da sã doutrina e como os despenseiros têm a difícil tarefa de ensinar, proclamar, sustentar e defender as verdades mais íntimas de Deus que é Sua sã doutrina. Doutrina é um conjunto de idéias fundamentais contidas nas Escrituras a serem transmitidas e ensinadas.

A GRANDE RESPONSABILIDADE DO DESPENSEIRO.

O despenseiro é responsável por ir até a despensa e da de comer aos famintos. Despenseiro é aquele que fica com a chave da despensa, o encarregado da despensa. Requer-se dele fidelidade, fiel a data de validade dos alimentos. Há falsos pregadores e ensinadores da Palavra, trazendo comida podre para igreja, comida com prazo de validade vencida; comida requentada, pão dormido, sermão pronto via Google. Mas o despenseiro fiel, tem a grande responsabilidade de trazer o Pão quente de Deus (a Palavra viva) para alimentar o povo com alimento sólido e saudável.

O DESPENSEIRO FIEL.

O despenseiro fiel, “maneja bem a Palavra da Verdade” (2 Tm. 2.15). Manejar bem a Palavra da Verdade é “fazer um corte reto”. Manejar bem envolve ter habilidade na exposição bíblica e boa interpretação textual. Hoje a maior crise dos púlpitos é justamente a falta de uma boa exposição da Palavra que sirva de alimento para igreja. As pregações resumem-se a gritos, emoções, falta de reflexão e falta de conteúdo bíblico. Os pentecostais infelizmente não cultivam o hábito da pregação temática, textual e expositiva, que toma o máximo de cuidado com o texto bíblico antes da pregação. Muitos pregadores estão mais preocupados em mandar o povo gritar, gesticular e falar algo para outro irmão, do que pregar fielmente o texto sagrado. Mas o despenseiro fiel prega e ensina a Palavra de forma ordeira, na intenção da mensagem de Deus atingir o coração do povo e alimentar a alma faminta dos ouvintes da Palavra. 

Finalmente, seja um despenseiro fiel dando comida nutritiva ao povo de Deus. A igreja que se alimenta apenas de fast foods (comida rápida) não terá boa saúde. Ensine o povo a amar e refletir a Palavra de Deus. Uma mensagem é composta de três elementos: (1) Ler o texto. (2) Explicar o texto. (3) Aplicar o texto. Sejamos fiéis despenseiros da Palavra e Deus nos confirmará com os seus sinais. Amém! 

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

O PERDÃO É NECESSÁRIO.

 

Em um mundo de pessoas ingratas, orgulhosas, céticas, frias... perdoar ainda é necessário.

Apesar de todas as verdades bíblicas sobre o perdão é comum encontrarmos pessoas que ainda assim decidem não perdoar. 

Muitos acham muito difícil cumprir as exigências Deus em relação ao perdão. O grande problema é que muitos pensam que perdoar é uma atitude de fraqueza, por isso preferem não liberar o perdão. Quando na verdade perdoar é para os fortes, perdoar é uma atitude nobre que revelar em nós a identidade de filho de Deus.

Sobre o perdão, Jesus ensinou: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” (Mt.6.14,15). 

Sim, Deus não perdoa pessoas que não perdoam. Mas o que isso traz de implicações para nossa vida? Pecados não perdoados em nossa vida nos separam de Deus e prejudicam a nossa comunicação com Ele, trazendo uma grande brecha para atuação do mal em nossa vida. Está escrito: "Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá" (Sl.66.18). “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Is.59.2). A falta de perdão poderá desencadear uma série de problemas.

Esse é um dos motivos de termos tantas pessoas com doenças emocionais e até físicas, por causa da falta de perdão e distanciamento de Deus. A falta de perdão causa uma ferida espiritual muito grande na vida da pessoa, que tende a piorar com o tempo.

Não perdoar, nos coloca numa situação terrível diante de Deus. Perdoar é o melhor caminho a seguir, ainda que seja um caminho difícil. Perdoar é saudável para nosso corpo, mente e espírito. Não perdoar traz doenças físicas, emocionais e espirituais. Perdoar nos mantém mais próximos de Deus e em paz com nosso semelhante. Portanto, a escolha é sua, é minha, é individual. Reflita sobre isso.

A música " A Força Do Perdão" do cantor e compositor Sergio Lopes nos leva a refletir sobre o perdão:

♫Perdoar é muito mais que estender a mão

E dizer: Eu te perdoo meu irmão.

Usar a voz é fácil, apertar a mão também

O difícil é revelar o coração.

♫Mas se o coração perdoar, é fácil perceber

Pois o coração é cúmplice do olhar.

Perdão que sai do coração é joia rara de encontrar.

E está na sinceridade de um olhar.

♫Se eu te machuquei, reconheço que errei.

Eu agora percebi quanto mal eu te causei.

Como vou falar de amor, se eu não souber amar?

Eu preciso de você para me ensinar.

♫Eu me arrependi e revelei meu coração.

Agora é sua vez de me ensinar uma lição.

Preciso de você pra conhecer a dor.

Ou conhecer a força do perdão.

♫Se eu te machuquei, reconheço que errei.

Só agora percebi quanto mal eu te causei.

Como vou falar de amor, se eu não souber amar?

Eu preciso de você para me ensinar.

♫Eu me arrependi e revelei meu coração.

Agora é sua vez de me ensinar uma lição.

Preciso de você pra conhecer a dor.

Ou conhecer a força do perdão.

sábado, 16 de agosto de 2025

A CRUZ - UMA MENSAGEM DE PODER.


E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus; não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.

E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus (I Co.2.1-5).

A mensagem de Paulo como pregador não dependia da sua capacidade intelectual e retórica, como ocorria com os grandes oradores e filósofos gregos. O conteúdo da pregação de Paulo não foi segundo a sabedoria humana, mas no poder do Espírito. Paulo afirma para os crentes em Corinto: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus". Paulo não queria que a fé dos cristãos se apoiasse na sabedoria dos homens, por isso ele diz: "E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus; não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado". O Cristo crucificado, a mensagem da cruz é suficiente para perdoar e salvar o mais vil pecador.

UMA MENSAGEM EM DEMONSTRAÇÃO DO PODER DO ESPÍRITO.

Como demonstração do poder do Espírito Santo, a pregação de Paulo causava os seguintes efeitos: (1) Ação do Espírito Santo, que convence o pecador da justiça e do juízo. (2) Poder de transformar vidas mediante a mensagem da cruz. (3) Poder de levar os crentes a viver em santidade. (4) Poder manifesto por sinais e maravilhas. 

Todos os pregadores e mestres do Evangelho de Jesus devem dar especial atenção ao conteúdo da mensagem da cruz. A oratória, a eloquência e as técnicas de pregação são secundárias, o foco principal da pregação deve ser Cristo, e uma mensagem pregada em demonstração de poder do Espírito. 

"Cristo Crucificado" é uma síntese da pregação de Paulo e deve ser pregada por todos os pregadores em todo o mundo e a todos os povos. Paulo não está negligenciando o estudo sistemático e dedicado das Escrituras, nem a busca do aperfeiçoamento na arte de pregar, mas que a mensagem seja pregada sob a unção e poder do Espírito Santo. O que acontece, infelizmente, é que à medida que os pregadores se desenvolvem no conhecimento teológico, tende a esfriar e menos observa demonstrações de piedade e dependência do Espírito em suas vidas. 

Paulo concentrava sua atenção na verdade central do Evangelho (a cruz de Cristo). Ele tinha plena consciência das suas limitações humanas, da sua insuficiência pessoal e dos seus temores e tremores interiores. Daí ele não dependia de si mesmo, mas sua mensagem era pregada sob o poder do Espírito. Como resultado houve uma maior demonstração da obra e do poder do Espírito. Que todos nós, pregadores do Evangelho, possamos repetir juntamente com Paulo: "Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos (I Co.1.23). Amém! 

♫ Sim, eu amo a mensagem da cruz até morrer eu a vou proclamar... 

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

DÍVIDA TOTALMENTE PAGA!

Imagine que você tenha uma dívida altíssima, digamos que ela seja impagável. Nem trabalhando a vida inteira, economizando muito, imagine que nem assim você consiga pagá-la. Mas, sem você esperar, aparece uma pessoa que paga essa dívida para você. Seu nome que estava sujo, fica limpo e o crédito que você não tinha agora passa a ter.

Pois é, o texto de Colossenses 2:14,15 nos faz pensar justamente sobre esse tipo de situação. E a grande questão é que tínhamos uma dívida com Deus e que nunca conseguiríamos pagá-la. Nossa dívida era impagável. Não tínhamos nada para oferecer e nem para fazer para saldar isso. Foi o próprio Deus quem providenciou o pagamento da nossa dívida para com Ele. O Seu único Filho pagou a nossa dívida com a sua morte na cruz.

Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo (fez deles um espetáculo público), triunfando sobre eles na cruz” (Cl.2.14,15). 

ARA - Almeida Revisada Atualizada   

“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.  E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl.2.14,15).

ARC - Almeida Revisada Corrigida  

"Apagando a escrita de ordenanças que era contra nós, a qual nos era contrária, e tirou-a do meio de nós, cravando-a na sua cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs abertamente, triunfando sobre eles em si mesmo (Cl.2.14,15).

BKJ - Bíblia King James

"E cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz (Cl.2.14,15).

NVI - Nova Versão Internacional

Nas versões citadas aparece estas expressões:

Tendo cancelado o escrito de dívida (Termo comercial).

Havendo riscado a cédula (Termo Jurídico).

Fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz (Termo militar).

1) DÍVIDA CANCELADA.

Tendo cancelado o escrito de dívida (Termo comercial).

O texto diz que Cristo “cancelou a escrita de dívida”. Essa expressão se refere a um documento de natureza comercial, um tipo de nota promissória, que resumia a dívida que alguém tinha obrigação de pagar. A ideia óbvia presente em Colossenses 2.14, é de Deus como credor do homem que, diante dele, se apresenta sempre como devedor inadimplente.

Escrito de Dívida, não é uma lista de pecados que Deus tem contra nós. Escrito de dívida consta de ordenanças da Lei moral.  O problema não é a lei, não são os dez mandamentos. A Lei é santa, justa e boa, por que reflete o caráter desse Deus Santo, Justo e Bom. Detalhe: a Lei não foi dada para a nossa salvação, a lei foi dada para fazer esse efeito de mostrar que nós somos pecadores, endividados diante de Deus, inadimplentes, incapazes de pagar a nossa dívida. Os religiosos ensinavam para os colossenses que deveriam guardar a lei para serem salvos.

A dívida do homem para com Deus “consistia em ordenanças”. Evidentemente, Paulo faz alusão aqui à Lei Mosaica com seus rigorosos preceitos morais e cerimoniais. É claro que um montante tão alto não podia ser pago pelo ser humano (At 15.10). Daí a afirmação de Paulo de que essa escrita de dívida “nos era contrária”.

No início do v. 14 é dito que essa dívida foi cancelada, apagada e eliminada. Em seguida, Paulo diz que o título de dívida foi removido. “O que são as ordenanças? Aqui a expressão grega é dogmasin e significa “opinião, ” “decreto”, “estatuto. ” A Bíblia de Jerusalém traduz o texto da seguinte forma: “apagou, em detrimento das ordens legais, o título de dívida que existia contra nós; e o suprimiu, pregando-o na cruz”

2) DÍVIDA PAGA.

Havendo riscado a cédula (Termo Jurídico).

"... havendo riscado o escrito de dívida, que era contra nós nas suas ordenanças, que de alguma maneira nos era contrário, e o tirou do meio de nós, cravando-o na cruz..."Cl 2:14

"TETELESTAI" é uma expressão grega que é traduzida como: "está consumado", "totalmente pago". 

No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram registrados em um papiro conhecido como "cédula de dívida" ou "escrito de dívida". Ao cumprir a pena e chegando a ocasião de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado, riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes estavam apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! O indivíduo não devia mais nada à justiça. Estava livre da condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade.

O apóstolo Paulo se apropria desta figura jurídica para nos transmitir a profundidade do alcance da obra redentora de Cristo, contra nós também havia uma “cédula de dívida”, a saber, uma série de transgressões cometidas ao longo da vida. Esta cédula constituía-se em um poderoso instrumento de acusação. Ela nos silenciava, nos humilhava, pois não havia como contradizê-la, não há como negá-la. Nela se registrava todos os nossos pecados. Entretanto, o apóstolo Paulo declara que Cristo “riscou o escrito de dívida, tirando-o do meio de nós, cravando-o na cruz”. Ou seja, Jesus Cristo com sua morte vicária (substitutiva), pagou a dívida que tínhamos para com Deus. Vale a pena lembrar que na cruz do Calvário, segundo o Evangelho de João (19:30), Cristo declarou “Está consumado! ” Tetelestai!

3) DESFILE DE VITÓRIA.

Fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz (Termo militar).

Era costume dos generais após serem vitoriosos na guerra, expor o exército derrotado levando-os prisioneiros no seu desfile de vitória.

Colossenses 2.15. “Despojando os principados e as potestade”

Despojar é o mesmo que privar da posse, tirar à força.

Quando uma nação vencia uma guerra, seus soldados traziam os despojos da nação que fora vencida. Jesus venceu uma grande batalha, travada na cruz, e, então, Ele tendo sido vencedor, despojou o Diabo com todas as suas potestades. Dessa forma o Diabo foi despojado do poder que tinha. Ele tinha em mãos um instrumento de condenação – A lei.

As palavras usadas pelo Apóstolo evocam o costume militar romano que consistia de conceder a um general vitorioso a glória de desfilar na capital do Império, conduzindo em correntes seus prisioneiros de batalha. A humilhação dos inimigos é o aspecto específico do costume romano que Paulo tem em vista aqui. É como se a cruz fosse o carro de batalha sobre o qual, Cristo desfilou triunfantemente à frente dos poderes demoníacos expostos ao vexame. Cristo não removeu Satanás do mundo, mas o desarmou até o ponto de remover a arma da condenação de sua mão.

FINALMENTE.

O triunfo decisivo de Cristo em Colossenses 2.14,15 deve-se ao fato de que “o escrito de dívida", que era contra nós foi pregado na cruz. O diabo havia feito desse escrito de dívida sua principal acusação contra nós. Ele é impotente para fazer a única coisa que mais deseja: condenar-nos, ele não pode fazê-lo. Cristo levou sobre si nossa condenação.

Qual a arma que o diabo usava para exigir a nossa condenação? A Lei. “Olha aí teus servos quebrando os dez mandamentos…o Senhor vai deixar isso assim? Tu não és Santo? Ele é o acusador dos irmãos. Diante de Deus ele pede a sua condenação todos os dias. “Olha ali aquele por quem seu filho foi crucificado, veja o que ele está fazendo” a força da acusação estava na lei. A anulação da acusação da lei representou tirar de satanás a sua arma principal. Por isto que Paulo fala em Colossenses 2.15: "E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo". Cristo triunfou sobre Satanás quando desarmou o inimigo e despojou-o de suas armas. O crente, estando em Cristo, participa desse triunfo. Sendo assim, podemos declarar: O diabo está desarmado! Aleluia! 

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

O PREGADOR ORGULHOSO.


Certa vez, um dos alunos da escola de pregadores de Charles Spurgeon subiu ao púlpito para pregar um sermão com uma forte expressão e postura de confiança orgulhosa.

Infelizmente, as coisas não correram como ele esperava, tornando aquele momento uma experiência extremamente difícil para o jovem pregador. 

Ele desceu do púlpito angustiado, com o coração quase partido, e foi direto até Spurgeon. As palavras do seu professor foram as seguintes: “Se você tivesse subido ao púlpito do mesmo modo como desceu, então você teria descido dele do mesmo modo como subiu”.

Richard Baxter disse que o orgulho desvirtua a pregação e destrói o pregador: “Quando o orgulho escreve o sermão, ele segue conosco até o púlpito, dá o tom da pregação, tonifica nossa elocução, nos afasta daquilo que possa ser útil às pessoas. 

Ele nos coloca em busca dos vãos aplausos de nossos ouvintes. Faz os homens procurarem apenas seu próprio bem e sua própria glória”.

O orgulho é um pecado terrível. Ele se alimenta de quase tudo ao nosso redor: uma boa medida de capacidade e sabedoria, um único elogio, uma temporada de extraordinária prosperidade, um chamado para servir a Deus numa posição de prestígio – até mesmo a honra de sofrer pela verdade.

Por essa razão, Richard Mayo escreveu: “É difícil matar de fome este pecado, quando ele pode sobreviver de quase qualquer tipo de alimento”. 

✒️ Autor desconhecido.

CINCO CARACTERÍSTICAS DO PREGADOR ORGULHOSO:

1) EXIBICIONISMO.

O pregador que se preocupa em mostrar sua inteligência, seus conhecimentos e habilidades de oratória, em vez de concentrar-se na mensagem da Cruz. 

2) ARROGÂNCIA.

Ele trata os outros com desprezo, se acha acima da média e superior aos demais, especialmente aqueles que não compartilham de suas ideias, visão e nível de conhecimento. 

3) FALTA DE HUMILDADE.

O pregador orgulhoso é o oposto do pregador humilde. O pregador orgulhoso costuma utilizar por repetidas vezes a expressão: "Eu". Ele tem dificuldade em reconhecer seus próprios erros e limitações, e não estar aberto a receber críticas ou sugestões. 

4) MENSAGEM EGOCENTRICA.

Ele não tem mensagem cristocentrica, o foco principal da sua pregação não é Cristo.

A mensagem é egocentrica quando se tornar centrada no pregador, em vez de ser centrada em Cristo e em sua Palavra. Ele fala mais de suas experiências pessoal do que da Palavra de Deus.

5) DESVALORIZA A BÍBLIA.

Este tipo de pregador usa o texto da Bíblia apenas para apoiar suas ideias e seus achismos teológicos. Em suas pregações, cita mais fontes extrabíblicas do que a própria Bíblia.

Há casos extremos, em que o pregador negligencia a importância da Bíblia, usando-a apenas como um trampolim para sua própria promoção. 

O orgulho pode levar o pregador a interpretar a Bíblia de forma tendenciosa, buscando validar suas próprias ideias e convicções.

COMO VENCER O ORGULHO?

1) Vencemos o orgulho quando cultivamos todos os dias um espírito de servo. O ato de servir é inerente a humildade. (Mc.10.45).

2) Vencemos o orgulho quando subjugamos nosso ego debaixo da graça de Deus (Tg.4.6).

3) Vencemos o orgulho quando ponderamos o que o sábio Salomão escreveu: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv. 16.18).

COMO EVITAR SER UM PREGADOR ORGULHOSO?

SENDO HUMILDE

O pregador deve ser humilde e reconhecer sua dependência de Deus e buscar a orientação do Espírito Santo em sua pregação e ministério.

PREGAR A CRISTO.

A mensagem de Cristo deve ser o centro da pregação, o pregador deve se esforçar para transmitir com clareza e precisãoa mensagem da cruz.

TER COMO OBJETIVO EDIFICAR A IGREJA

O pregador deve buscar o bem-estar espiritual da congregação, ajudando-a a crescer na fé, na graça e conhecimento de Deus.

ESTAR ABERTO A APRENDER.

O pregador deve estar disposto a aprender com os outros e a reconhecer seus próprios erros, buscando constantemente o aperfeiçoamento. 

FINALMENTE: Todo pregador orgulhoso está fadado ao fracasso; mas todo pregador humilde e submisso ao Espírito Santo, será bem-sucedido. Amém! 

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

QUEM É DEUS?


Porque, quem é Deus senão o SENHOR? E quem é rochedo senão o nosso Deus? (Sl.18.31).

A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis? (Is.40.18).

A quem pois me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? Diz o Santo (Is.40.25).

A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes? (Is.46.5).

Deus é um Ser Supremo incomparável, independente e inexplicável; não existe uma definição precisa para a Divindade. As Escrituras nos fornece várias informações antropomorficas sobre Deus, isto para facilitar a nossa compreenção, todavia o Eterno é indefinido, incomparável e inexplicável em toda sua plenitude, poder e glória. 

NAS RELIGIÕES, HÁ VÁRIAS CONCEPÇÕES SOBRE DEUS:

Cristianismo:

Deus é o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo, um ser único em três pessoas. Ele é o criador do universo e a fonte de amor e salvação. 

Islamismo:

Allah é o único Deus, onipotente e onisciente, criador e mantenedor do universo. A ênfase é na unicidade de Deus (Tawhid). 

Judaísmo:

Deus é o único, eterno e transcendente criador, que estabeleceu uma relação especial com o povo judeu. 

Hinduísmo:

O conceito de Deus pode variar, mas frequentemente envolve a crença em um único Brahman que se manifesta em diversas formas e nomes. 

Outras crenças:

Diversas outras tradições religiosas e sistemas filosóficos oferecem suas próprias perspectivas sobre a natureza e o papel de Deus ou forças divinas. 

Em Geral, Deus é:

Criador: Aquele que deu origem ao universo e a toda a vida.

Onipotente: Que tem todo o poder.

Onisciente: Que sabe tudo.

Onipresente: Que está presente em todos os lugares.

Eterno: Que não tem começo nem fim.

Misericordioso: Que demonstra compaixão e perdão.

Justo: Aquele que julga com equidade.

Amor: Que ama incondicionalmente e cuida de todas as suas criaturas. 

TRÊS INFORMAÇÕES SOBRE DEUS:

1) Deus é Amor (I Jo.4.8,16).

2) Deus é Luz (I Jo.1.5).

3) Deus é Espírito (Jo.4.24).

Sobre Deus, o apóstolo Paulo declara: "Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade"(II Co.3.17).

"Aquele que tem, Ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém (I Tm.6.16).

Finalmente, Deus é a Fonte de onde emana a vida. É impossível entender e definir quem é Deus em toda sua plenitude. Amém!

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O SAPATO DE DEUS.


Deus disse na sua santidade: Eu me regozijarei, repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote.

Meu é Gileade e meu é Manasés; Efraim é a força da minha cabeça; Judá é o meu legislador.

Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia jubilarei.

Quem me conduzirá à cidade forte? Quem me guiará até Edom? Não serás tu, ó Deus, que nos tinha rejeitado? Tu, ó Deus, que não saíste com os nossos exércitos?

Dá-nos auxílio na angústia, porque vão é o socorro do homem.

Em Deus faremos proezas; porque ele é que pisará os nossos inimigos (Salmos, 60.6-12).

É lógico que Deus não tem pés para usar sapatos, todavia a Bíblia utiliza uma linguagem antropomórfica para nós entendermos em parte sobre Deus e suas ações. A frase "Sobre Edom lançarei o meu sapato" é uma expressão idiomática que aparece no Salmo 60.8 e Salmo 108.9 da Bíblia, esta expressão poética utilizada por Davi, significa uma declaração de vitória e domínio sobre o povo de Edom. Esta expressão é uma metáfora que remete à prática antiga de jogar o sapato sobre um território conquistado, como um ato de posse e desprezo. 

Atirar o sapato sobre alguém ou algo era um ato simbólico de desprezo e conquista na antiguidade, indicando que a pessoa ou lugar estava sob o controle do autor da ação, segundo a Bíblia. No contexto bíblico, Edom é frequentemente associado a um povo inimigo de Israel, e a declaração do salmista expressa a confiança na vitória divina sobre seus adversários. 

É interessante notar que esta expressão, "Sobre Edom lançarei o meu sapato" se repete por duas vezes no livro dos salmos: (60.8; 108.9). A frase faz parte de um cântico de vitória, onde o salmista Davi declara o domínio sobre várias nações, incluindo Moabe, Edom e Filístia.

Portanto, a expressão "sobre Edom lançarei o meu sapato" não deve ser interpretada literalmente como um ato de agressão física, mas sim como uma declaração poética de vitória e domínio sobre o povo de Edom, segundo a Bíblia. 

No final do seu cântico, o salmista pede o socorro de Deus: Dá-nos auxílio na angústia, porque vão é o socorro do homem. Em seguida declara: Em Deus faremos proezas; porque ele é que pisará os nossos inimigos (11,12).

Em dias de angústias, dias sombrios e incertos, quando as coisas tende a dá erradas e nos falta esperança, Deus vem ao nosso socorro e peleja as nossas guerras, derrotando os nossos inimigos e lançando o seu domínio sobre eles. Confiando no Senhor, podemos declarar juntamente com o salmista: "Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará os nossos inimigos". Só assim podemos erguer a bandeira da vitória e falar em alto e bom som: DIAS MELHORES VIRÃO! Amém! 

sábado, 2 de agosto de 2025

A BÍBLIA DIZ OU A BÍBLIA VAI DIZER?

 

Não são poucos os pregadores e pregadoras que citam em suas pregações a expressão: "A Bíblia vai dizer." Esta frase tornou-se um modismo entre os pregadores, e soa aos ouvidos de muitos como uma linguagem refinada e até intelectual. No entanto, para outros soa aos ouvidos como uma frase agressiva, fora do contexto teológico e sem fundamento gramatical. 

Em uma breve pesquisa sobre qual é de fato a expressão correta, temos a seguinte explicação: A forma correta de se referir ao que está escrito na Bíblia é: "A Bíblia diz". A expressão "a Bíblia vai dizer" é gramaticalmente incorreta, pois sugere que o conteúdo ainda não está definido ou será revelado no futuro, o que não é o caso de um texto já escrito. 

EXPLICAÇÃO:

"A Bíblia diz":

Esta expressão indica que a informação está presente no Livro Sagrado, já foi escrita e pode ser encontrada lá.

"A Bíblia vai dizer":

Esta expressão indica que a informação é futura. Esta expressão é mais apropriada quando se refere a uma profecia ou mensagem que ainda será revelada ou acontecerá no futuro, ou seja, quando o conteúdo ainda não está disponível para leitura. 

Portanto, ao se referir ao que está escrito na Bíblia, o correto é utilizar "a Bíblia diz", pois a mensagem já foi escrita e está disponível para consulta. 

Jesus na condição de Mestre, ao se referir as Escrituras usava a expressão: "Está escrito". 

Paulo, considerado o mestre da igreja, abaixo de Jesus Cristo, também usa a expressão: "Está escrito".

Portanto, procure se informar sobre as frases de efeitos e jargões citados pelos "pseudos pregadores renomados", para não cair nos mesmos erros e contradições. Não seja como papagaio que repete tudo o que ouve de alguém, mas busque informações de fontes fidedignas.

Apenas uma reflexão, sem conflito.