PREGANDO A VERDADE

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

A GERAÇÃO DE GADE.


"Geração de Gade" refere-se tanto à Tribo de Gade, uma das 12 tribos de Israel fundada por Gade, filho de Jacó, quanto ao conceito de uma "geração gadita", inspirada nas qualidades de guerreiros valentes e leais atribuídas a essa tribo. A tribo era conhecida pela sua ferocidade e habilidade na guerra, mas também pela sua fidelidade a Deus, especialmente a sua união com as tribos de Rúben e Manassés para lutar em favor de todo o povo de Israel. As tribos de Gade, Rúbem e Manassés eram as três tribos de guerra que lutavam pela nação de Israel: E passaram os filhos de Rúbem, e os filhos de Gade, e a meia tribo de Manassés, armados, na frente dos filhos de Israel, como Moisés lhes tinha dito; uns quarenta mil homens de guerra armados passaram diante do SENHOR para batalha, às campinas de Jericó (Js.4.12,13).

Gade foi o sétimo filho de Jacó e o primeiro de sua serva Zilpa (Gn.30.9-11).

Gade significa fortuna. Léia disse: "Vem uma fortuna" e chamou o seu nome Gade (Gn.30.11). 

Gade gerou sete filhos e estes foram sete príncipes que governavam sobre sete Clãs (Gn.46.16; Nm.26.15-18). 

A tribo de Gade estabeleceu-se a leste do rio Jordão, na região fértil de Gileade (Js.13.24,25).

As bênçãos pronunciadas sobre Gade: 

Pelo seu pai Jacó: 

Gade será atacado por um bando de ladrões; mas na verdade, ele é que perseguirá os calcanhares de seus salteadores! (Gn.49.19).

Por Moisés: 

Em relação a Gade, declarou: "Bem-aventurado aquele que coopera na ampliação dos domínios de Gade! Porquanto fica à espreita como uma leoa e quando ataca despedaça um braço e também a cabeça de sua presa. Escolheu para si a melhor parte, a porção do líder lhe foi reservada. Tornou-se o chefe do povo e executou a justiça do SENHOR e os seus decretos sobre Israel" (Dt.33.20,21).

A tribo de Gade desempenhou um papel militar significativo, lutando em favor de Israel e apoiando o rei Davi. Os gaditas eram homens valentes, com grande habilidade em guerra, descritos como tendo rostos de leão e pés ligeiros como corças (I Cr.12.8).

Os gaditas tornaram-se administradores de todos os negócios do rei Davi e da Casa do Senhor (I Cr.26.32).

Sobre a tribo de Gade o escritor do livro das Crônicas escreveu: Da tribo de Gade, alguns ofereceram seu apoio a Davi e aliaram-se a ele em sua fortaleza no deserto, eram guerreiros corajosos e treinados nas artes militares, que sabiam manejar com destreza o escudo e a lança; o rostos deles eram fortes e decididos como o de um leão, e eles eram tão ágeis como as mais rápidas corças galopando sobre os montes (I Cr.12.8). BKJ

As tribos de Rúbem, os rubenitas, assim como as tribos de Gade, os gaditas, e a meia tribo de Manassés possuiam juntas quarenta e quatro mil setecentos e sessenta guerreiros experientes nas batalhas. Eles eram hábeis com escudo e a espada, bem como certeiros no manejo de seus arcos e armas de guerra (I Cr.5.18). BKJ

CINCO CARACTERÍSTICAS DOS GADITAS:

1) Guerreiros Valentes.

2) Treinados Nas Artes Militares.

3) Habilidosos No Manuseio De Escudos, Espadas e Lanças.

4) Rostos Fortes e Decididos Como o De Um Leão.

5) Pés Ligeiros, Rápidos Como As Corsas.

"Geração Gadita" é um termo usado para descrever um grupo de pessoas com qualidades e características semelhantes às da tribo de Gade. É uma geração de crentes que demonstram coragem, ousadia, fé, lealdade e uma mentalidade de guerreiros, lutando não contra o mundo físico, mas contra o mundo espiritual, contra o pecado e todas as forças do mal. 

Os que fazem parte da "Geração Gadita" tem um compromisso com a Verdade, tem a ousadia e a força do Espírito Santo para enfrentar dificuldades e perseverar no seu chamado, sem desistir ou se acovardar diante dos desafios deste mundo tenebroso. Amém! 

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

BUSCANDO AS COISAS QUE SÃO DE CIMA.


Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra (Cl.3.1,2). ARC

Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas (Cl.3.1,2). NVI

Portanto, visto que fostes ressuscitados com Cristo, buscai o conhecimento do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Pensai nos objetivos do alto, e não nas coisas terrenas (Cl.3.1,2). BKJ

A igreja em Colossos ainda alimentava uma preocupação errônea e exagerada em relação à guarda religiosa do sábado e cerimonial dos ritos tradicionais judaicos do passado. Além disso, os cristãos de Colossos eram muito vulneráveis às crenças místicas e superstições de todos os tipos. Essa falta de confiança absoluta no senhorio de Cristo criou um ambiente fértil para o surgimento de várias heresias entre os crente da igreja em Colossos.

Paulo trata do problema dessa fé dúbia e volúvel dos colossenses, afirmando-lhes o incomparável caráter de Jesus Cristo, o Messias e Filho de Deus. O apóstolo também mostra a obra de Cristo em relação à redenção e reconciliação do homem caído com Deus. Ele ainda afirma que Cristo é o Cabeça da igreja e que Ele tem a preeminência, sendo a perfeita imagem do Deus invisível, por meio do qual tudo fora criado.

Paulo ensina e deixa claro que Cristo é totalmente suficiente e satisfatório; em absoluto contraste, as heresias, as filosofias e crenças inverídicas que se difundia na comunidade cristão dos Colossos. Sendo assim, o tema central da carta aos colossenses é a plena suficiência de Jesus Cristo, em oposição às limitações e incapacidades de qualquer filosofia ou crença produzida pelos seres humanos.

Paulo assegura que o cristão verdadeiro é completo (Perfeito) em Cristo, e não deficiente e incompleto, como alegavam os gnósticos. 

Em suma, Paulo estava preocupado com o comportamento dos cristãos que ainda estavam presos nas tradições humanas. Havia pessoas que se diziam mestres, estes estavam ensinando uma falsa religiosidade, uma falsa humildade e impondo regras para manipular as pessoas. Ensinavam uma rígida disciplina para com o corpo, mas sem valor algum para refrear as paixões da carne. 

Os crentes da igreja de Colossos estavam invertendo os valores, eles buscavam as coisas terrenas e se apegavam a elas, deixando de buscar e pensar nas coisas do alto. 

Paulo conclama os cristãos de Colossos, que já ressuscitaram com Cristo, a buscarem e pensarem nas coisas que são de cima (do céu) e se desapegarem das coisas que são da terra. Que este também seja o propósito dos cristãos na atualidade. Se a nossa busca é terrena é porque o nosso coração está inclinado para as coisas da terra. Mas, se a nossa busca é pelas coisas do alto, é porque nosso coração está totalmente entregue ao Reino de Deus e sua justiça. Amém! 

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

QUANTOS DESCENDENTES DE JACÓ ENTRARAM NO EGITO, 70 OU 75?


Todas as almas que vieram com Jacó ao Egito, que descenderam dele, fora as mulheres dos filhos de Jacó, todas foram sessenta e seis almas. E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, foram setenta (Gn.46.26,27).

Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito (Ex.1.5).

Com setenta almas teus pais desceram ao Egito; e, agora, o SENHOR, teu Deus, te pôs como as estrelas dos céus em multidão (Dt.10.22).

E José mandou chamar a Jacó, seu pai, e a toda sua parentela, que era de setenta e cinco almas (At.7.14).

Segundo os biblistas Estêvão usou de grande precisão em seu sermão expositivo com seu relato histórico-teológico da nação de Israel. Estêvão diz que toda a parentela de Jacó era de 75 almas. Embora a própria Bíblia hebraica use o número arredondado de 70 (Gn.46.27; Êx.1.5; Dt.10.22), a tradução do Antigo Testamento para o grego (conhecida como Septuaginta) inclui os netos e bisnetos de José, totalizando 75 almas, citadas por Estêvão. 

Em Gênesis 46, temos uma soma dos descendentes de Jacó da seguinte forma: No versículo 15, são 33 almas. No versículo 18, são 16 almas. No versículo 22, são 14 almas. No versículo 25, são 7 almas. Na soma total o resultado é 70 almas. No final do versículo 27, está dito: Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, foram setenta. Esta contagem inclui José e seus dois filhos, estes são citados no versículo 20. 

No versículo 26 diz: Todos os que foram para o Egito com Jacó, todos os seus descendentes, sem contar as mulheres de seus filhos... Ou seja, as mulheres dos filhos de Jacó em número de 12 não entraram na contagem.

POR QUE A DIFERENÇA?

A diferença entre 70 e 75 não é um erro, mas sim uma interpretação diferente de genealogias. 

O discurso de Estêvão em Atos 7.14 menciona 75 pessoas.

Esse número é baseado na Septuaginta (a tradução grega da Torá), que inclui mais cinco descendentes (netos e bisnetos) de José.

Enquanto a Septuaginta incluía os descendentes de José nascidos no Egito para chegar a 75, o texto hebraico não os contabiliza para manter a lista dos 70 que desceram de Jacó na terra de Canaã. 

domingo, 31 de agosto de 2025

QUANTOS ANOS ISRAEL HABITOU NO EGITO, 400 OU 430 ANOS?


O Antigo Testamento contém uma história delineada numa larga estrutura cronológica. Gênesis começa com a narração dos primórdios da humanidade. Seu autor não demonstrou nenhum interesse em citar acontecimentos seculares, mas apresenta as linhas genealógicas e uma informação cuidadosa sobre nascimentos e mortes. Cada personagem, de Adão a José, é rigorosamente relacionado com seu pai a fim de assegurar a sequência exata do tempo.

Há uma variedade de divergências de datas no sistema bíblico cronológico. Essa variedade origina-se de diversas questões exegéticas. A maior delas é Êxodo 12.40, que assinala o período da permanência de Israel no Egito de 430 anos. O Pentateuco Samaritano e a Bíblia Grega dos Setenta (Septuaginta) também afirmam que os filhos de Israel estiveram no Egito por um período de 430 anos. O período de José a Moisés é também descrito em Êxodo 12.41 com exatidão, quando diz: "Exatamente no dia em que se completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do SENHOR abandonaram o Egito". 

Há uma aparente contradição quando os textos de Gênesis 15.13,16 e Atos 7.6 afirmam que a nação de Israel seria peregrina em terra alheia, e a sujeitariam à escravidão e a maltratariam por quatrocentos anos. Enquanto os textos de Êxodo 12.40,41 e Gálatas 3.17 afirmam que este período de tempo foi de quatrocentos e trinta anos. Para entendermos esta aparente contradição precisamos ler Êxodo 1.1-12, mais precisamente o versículo 8 que diz: Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José... O livro de Êxodo é a continuação da história, iniciada em Gênesis, de como Deus lidou com os filhos de Israel. O espaço de tempo entre a morte de José (Gn.50.26) e o início da perseguição de Israel pelos egípcios (Ex.1.11) foi de, aproximadamente, 30 anos. Segundo o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, o Faraó "que não conhecera a José" é provavelmente Tutmose I, enquanto o Faraó da época de José seria Amenotepe II. Israel viveu 30 anos de crescimento e prosperidade no Egito, na época do Faraó que conhecia José. Com o novo Faraó, Israel foi perseguido, oprimido e escravisado por 400 anos. Portanto, o tempo total dos israelitas no Egito foi de 430 anos (Ex.12.40). 

domingo, 24 de agosto de 2025

EFRAIM - "Um Bolo Que Não Foi Virado"


Efraim com os povos se mistura; Efraim é um bolo que não foi virado (Oséias, 7.8). 

A expressão "Efraim, um bolo que não foi virado" é uma metáfora encontrada no livro de Oséias para descrever a situação de Efraim (que representa o reino do norte de Israel) como um bolo que foi assado apenas de um lado, ficando cru do outro. Isso significa que Israel estava se misturando com outras nações e culturas, estava com o coração dividido e não estava passando por uma transformação completa, permanecendo imperfeito e vulnerável ao pecado.

Os israelitas haviam entrado em estreita comunhão com os incrédulos, e adotado muitos de seus costumes. Como resultado, passaram a ser tão inúteis quanto um bolo assado de um lado, e cru do outro. A metáfora do bolo "não virado" ilustra como Israel estava se envolvendo com práticas e crenças estrangeiras, sem realmente se converter e abandonar seus próprios erros. Esta metáfora, também pode ser aplicada para os crentes atuais que estão servindo a Deus, mas com coração dividido; ou seja, não renunciaram totalmente os maus costumes mundanos. 

O bolo cru e não virado é frágil e facilmente se deteriora. Da mesma forma, a mistura de Efraim com outras nações o tornou vulnerável à influência negativa e à perda de sua identidade. Assim também acontece com os cristãos que vivem um evangelho de conveniência, adotando para si um estilo de vida contrario ao que a Palavra de Deus recomenda.

 A metáfora do bolo que não foi virado também aponta para a falta de uma verdadeira transformação espiritual no povo de Israel. O profeta Oséias estava repreendendo o povo de Israel por sua infidelidade e idolatria, alertando-os sobre as consequências de suas escolhas. 

Aqui nós aprendemos que é preferível vivermos separados do mundo; pois, os que insistem em manter comunhão com o mundo, correm o risco de adotar os seus costumes e atitudes, voltando ao pecado e distanciando-se da comunhão com Deus. 

Na época atual, ainda há crentes como Efraim, "um bolo que não foi virado"? 

sábado, 23 de agosto de 2025

CARDÁPIO DE HOJE É BÍBLIA.

 

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua Palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração... (Jr.15.16).

Um sinal evidente de que somos filhos de Deus é um amor intenso à Palavra de Deus. Jeremias era diferente do povo, ele amava a Palavra de Deus, esta era alegria e deleite para o seu coração. Comer Bíblia, significa alimentar-se com a Palavra de Deus através de uma boa leitura e sendo um bom ouvinte da exposição da Palavra. 

Em um mundo escravo dos entretenimentos, aproveitar o tempo alimentando-se com a Palavra se constitui uma sábia decisão daqueles que assim o fazem. Ler bons livros se faz necessário, porém, o carro chefe do nosso cardápio de leitura deve ser o livro dos livros, a Bíblia (a Palavra de Deus). 

Por inclível que pareça, mesmo com a revolução da imprensa em 1450 e todos os avanços científicos e tecnológicos da presente era, estamos vendo uma geração de pessoas que não têm interesse na leitura de bons livros, principalmente quando se trata de ler a Bíblia. Estamos vivendo uma época de crentes espiritualmente raquiticos por não se alimentarem da boa Palavra de Deus. Há pessoas que preferem gastar seu tempo alimentando-se com a desgraça alheia, vivem alimentado-se de fofocas e comentários maliciosos da vida dos outros. Mas a Bíblia ainda é o melhor cardápio para uma boa refeição que alimenta a nossa alma e o nosso espírito por completo. Jesus disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt.4.4). Pedro exortando a igreja, disse: Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele vades crescendo, se é que já provaste que o Senhor é benigno (I Pe.2.1-3). Um sinal seguro do nosso crescimento e saúde espiritual é um forte desejo de nos alimentarmos com a Palavra de Deus. Devemos estar alerta quanto à perda de fome e sede pela Palavra de Deus. Se isto vier a acontecer, é porque as nossas prioridades são outras, e não mais a Palavra de Deus.

A PALAVRA DE DEUS É:

1) Alimento (Jr.15.16)

2) Pão (Mt.4.4; Jo.6.35).

3) Leite (I Pe.2.2).

4) Espelho (Tg.1.21-25). 

5) Escudo (Pv.30.5).

6) Espada (Ef.6.17).

7) Lâmpada (Sl.119.105).

8) Fogo (Jr.23.29).

9) Martelo (Jr.23.29).

10) Mel (Sl.119.103).

♫ A Palavra de Deus é, doce mais que o mel, o que a toma pela fé há de ser fiel, porque Deus nos concedeu o Emanuel, Rocha viva de onde mana leite e mel. Amém! 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

MINISTROS REMADORES.


"Ministros Remadores" refere-se à analogia bíblica para cristãos que são servos humildes e obedientes, trabalhando em conjunto como os remadores de um navio para levar a igreja adiante sob a direção de Cristo, o Capitão. O termo grego original, huperetes (usado em passagens como Lucas 1.2), descreve um "remador de porão" ou "de baixa categoria", que é um trabalhador manual que serve sob as ordens de um líder, e não um líder ou capitão por si só. O Evangelho de Lucas utiliza essa expressão para os "servos da Palavra", como um contraste com a ideia de um título ou um papel de destaque. 

Examinando a expressão "Ministros da Palavra" em três versões:

Tendo, pois, muito empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da Palavra (Lc.1.1,2). ARC

Tendo em vista que muitos já se empenharam em elaborar uma narrativa histórica sobre os eventos que se cumpriram entre nós, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares dos fatos e servos dedicados à Palavra (Lc.1.1,2). BKJA

Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós, conforme nos foram transmitidos por aqueles que desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra (Lc.1.1,2). NVI

A palavra grega huperetes (remador de baixa categoria) foi usada para descrever os "ministros da palavra" para enfatizar a humildade e o serviço, em contraste com uma posição de liderança ou destaque. Em navios antigos, os remadores eram frequentemente escravos ou condenados, cujas vidas dependiam do trabalho árduo e da obediência ao capitão. Sendo assim, os ministros da Palavra devem se dedicarem a Palavra e se esforçarem para transmiti-la com fidelidade.

MINISTRO.

No Grego popular ou Koinê (comum), o termo ministro, também era chamado de huperétes que caracterizava “o escravo das Galés” greco-romanas que remava no piso inferior do navio. No primeiro ficavam os oficiais, no segundo compartimento, os comuns, no terceiro, os escravos que remavam e não apareciam. O termo “ministros” é a tradução do grego huperétes e significa literalmente “remador da fileira de baixo”.  O trabalho era muito pesado e Paulo mostra que o obreiro chamado por Deus é um assistente e servidor dEle, ou seja, o ministro é um cooperador de Deus (I Co. 3.9).  

CINCO CARACTERÍSTICAS DO "MINISTRO REMADOR":

1) HUMILDADE E SUBMISSÃO.

O "ministro remador" não busca o protagonismo, mas sim a obediência à Palavra e submissão ao seu Capitão (Cristo). 

2) TRABALHO EM CONJUNTO.

É essencial a sincronia e a colaboração para que a igreja avance; assim como os remadores precisam remar juntos para chegarem ao destino almejado, assim também os ministros remadores do Reino de Deus devem trabalhar em conjunto, com o propósito de chegarem ao porto seguro da salvação, que é Cristo. 

3) SERVIÇO ANÔNIMO.

Os remadores do navio não apareciam (eram anônimos), ficavam esquecidos no porão, mas o serviço executado por eles era de grande importância. Assim também, o serviço dos remadores do Reino é feito sem busca por glória ou reconhecimento pessoal, focando apenas na missão de levar a Palavra de Deus. 

4) FORÇA E PERSEVERANÇA. 

Os ministros remadores devem sempre estar fortalecido na graça de Deus, perseverando na fé com total dedicação a Palavra de Deus. Os membros da igreja em geral, também devem estar fortalecidos pelo Espírito Santo para continuarem a remar, não desistindo da missão. 

5) DEDICAÇÃO À PALAVRA DE DEUS.

Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra (Atos, 6.4).
A função do ministro é servir à Palavra, não a si mesmo, dedicando-se também a oração para prestar um bom serviço a igreja, como fiel despenseiro dos mistérios de Deus (I Co.4.1,2).

Finalmente, os ministros não estão no pódio para aplausos dos homens, mas na arena do trabalho ministerial. Ministro é um remador da fileira de baixo que não anda a procura das luzes dos holofotes.

Ministro remador não anda na roda dos famosos, ele trabalha não para ser reconhecido e sim para glorificar o Capitão da embarcação – Jesus Cristo.

Ministro remador da fileira de baixo não corre atrás de prestigios e nem de poder adquirido através da ingenuidade alheia. Infelizmente encontramos obreiros que preferem preservar uma suposta “fama” do que preservar uma vida de santidade e total dedicação a Palavra de Deus.

Os famosos querem sempre está na mídia, querem os holofotes, querem o centro das atenções.  O holofote deve ser um refletor de glória do Senhor Jesus Cristo! Ele sim é o centro das atenções!