PREGANDO A VERDADE: 27 de set. de 2025

sábado, 27 de setembro de 2025

AS QUATRO PROIBIÇÕES DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM.


Atos capítulo 15 apresenta o primeiro Concílio da igreja em Jerusalém, para resolver a primeira controvérsia de grande relevância na igreja cristã, e caso não tivesse sido resolvida urgentemente, aumentaria a medida que o cristianismo avançasse além das fronteiras da antiga Palestina. Os primeiros cristãos eram judeus e várias práticas das quais estavam habituados foram conservadas. Muitos mantinham até mesmo o preconceito contra outras nações; para eles a entrada dos gentios na igreja, sem adotar os costumes judaicos e todas as orientações divinas presentes na Torah (lei de Moisés), sobretudo as cerimoniais, causaria transtornos e instabilidade ao cristianismo. Então, alguns passaram a exigir que os cristãos gentios aplicassem o estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com a salvação (Atos 15:1-6), preservariam a integridade da igreja.

A igreja de Antioquia temendo que o assunto da circuncisão resultasse em divisão entre seus membros, enviou à Jerusalém, Paulo e Barnabé a fim de resolverem a questão perante os apóstolos e anciãos (Atos 15:1-2). E, na presença destes, relataram o sucesso do ministério entre os gentios e os atritos doutrinários ocasionados pelos judaizantes (Atos 15:4-6).

A reivindicação dos judaizantes de impor todas as normas prescritas na lei de Moisés, condenava diretamente o trabalho que Paulo e Barnabé faziam em favor dos gentios (Atos 13:44-52). Eles proclamavam a salvação por meio da fé em Cristo sem as exigências defendidas pelos fariseus convertidos ao cristianismo (Atos 15:5). Esta controvérsia gerou o debate sobre o vínculo dos cristãos com a lei mosaica. Este era o principal problema a ser resolvido no concílio de Jerusalém.

Após Paulo e Barnabé falarem sobre os gentios serem alcansados pela graça de Deus por todas as cidades por onde pregaram o Evangelho de Cristo, e Pedro também relatado a sua revelação e experiência entre os gentios convertidos ao Evangelho da graça; Tiago, irmão do Senhor, líder da igreja em Jerusalém, fez uma sábia exposição e concluiu seu discurso dizendo: Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá (At.15.28,29).

1) COMIDAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS.

Os cristãos gentios deveriam evitar comer alimentos que tinham sido oferecidos a ídolos, algo que na cultura pagã era muito comum.
O consumo de carne sacrificada aos ídolos, ainda era praticado pelos gentios convertidos ao cristianismo, eles viviam entre pessoas que faziam frequentes sacrifícios e ofertas aos deuses pagãos, e os sacerdotes desses cultos comercializavam as ofertas.

2) SANGUE.

A proibição de comer sangue é uma das leis mais antigas, vinda da Aliança de Noé (Gn.9.4) e seguida pela Lei Mosaica (Lv.17.10-12) e também da própria criação, que enfatizava a santidade do sangue.

3) CARNE SUFOCADA.

Esta proibição era para evitar o consumo de carne de animais que não foram abatidos de forma ritualística, onde o sangue não foi drenado corretamente. Um animal estrangulado não pode ser sangrado de forma satisfatória, consequentemente, sua carne será imprópria para o consumo.

4) FORNICAÇÃO. 

A fornicação ou imoralidade sexual, é todo tipo de pratica sexual ilícita. A fornicação se distingue do adultério pelo estado civil das pessoas envolvidas. A fornicação ocorre quando os parceiros não são casados, enquanto o adultério acontece quando pelo menos um deles é casado e se relaciona sexualmente com outra pessoa. Essa proibição é entendida como um chamado à pureza sexual, para que a igreja refletisse o caráter santo de Cristo. 

Estas proibições que primeiramente foram ordenadas pelo Espírito Santo e em seguida pelos apóstolos e presbíteros (pastores), continuam em plena validade para todos os crentes de todas as épocas passadas e agora na presente.