sábado, 26 de abril de 2025

ABISAI, UM VALENTE A SERVIÇO DO REI.

 

Abisai era o irmão mais velho de Joabe e Asael, os filhos de Zeruia, irmã de Davi (a Bíblia não nos diz quem é o pai deles.). Joabe era comandante do exército de Davi.

Abisai e Asael eram, é claro, homens de grande coragem, tal como o tio e líder, Davi. O rei Saul perseguia Davi, pois queria matá-lo, e os dois exércitos estavam acampados para passar a noite. Davi e Abisai esgueiraram-se até o local onde ele dormia. Abisai queria matá-lo, e disse a Davi que poderia fazer isso com um só golpe de lança.

No entanto, Davi, na esperança de convencer Saul que não queria fazer nenhum mal ao rei, proibiu Abisai de atentar contra a vida do rei. Para mostrar que estiveram ali, eles roubaram a lança e o jarro com água de Saul (1Sm 26.6-12). Quando descobriu o que acontecera, Saul admitiu que estava errado e convidou Davi a voltar ao palácio. No entanto, por não ignorar a paranóia de Saul e por saber que o rei tentaria matá-lo, Davi fugiu para a terra dos filisteus.

Em uma batalha posterior, o general Abner matou Asael, o irmão mais moço de Abisai e Joabe, gerando uma rivalidade mortal que, por fim, terminaria com o assassinato de Abner. Depois da morte de Saul, Abner desiludiu-se com Is-Bosete, o herdeiro de Saul, por ele passar para o lado de Davi. Abisai e Joabe, no entanto, assassinaram Abner por não tolerarem sua presença (2Sm.3.30).

Abisai era um grande guerreiro. Na batalha com um dos gigantes filisteus, Davi quase foi derrotado, mas Abisai veio em sua ajuda e matou o gigante (2Sm.21.17). Essa foi a razão por ter sido escolhido para comandar o batalhão dos "Trinta", um comando de elite. Em outro incidente, ele, sozinho, matou trezentos filisteus só com uma lança (2Sm.23.18).

Abisai era um sujeito de temperamento esquentado, e é possível observar esse detalhe não só no incidente no acampamento de Saul e no assassinato de Abner, mas também quando a revolta de Absalão forçou Davi a fugir de Jerusalém. Enquanto Davi fugia, foi insultado e apedrejado por Simei, parente de Saul. Abisai queria cortar a cabeça daquele "cão morto", mas Davi não permitiu que fizesse isso (2Sm 16.9).

Quando Davi, vitorioso, retornou para Jerusalém, Simei, junto com mil homens que o apoiavam, encontrou-se com Davi e pediu-lhe perdão. Abisai queria matar todos eles e, mais uma vez, Davi o proibiu de fazê-lo (embora, em seu leito de more, ele aconselhe Salomão a matar Simei, o que Salomão acaba fazendo).

Abisai permaneceu leal a Davi durante todos os momentos, os bons e os maus. Após a vitória de Davi e o seu retorno a Jerusalém, Abisai é citado pela última vez como chefe dos três valentes de Davi e dos trinta e sete guerreiros (2Sm.23.18,39), depois Abisai sai de cena e não há registro de sua morte. 

ABISAI - Resumo Histórico.

Filho de Zeruia, irmã de Davi, Davi era seu tio (1Cr.2.16).

Irmão de Joabe, comandante e chefe do exército de Davi (2Sm.2:18).

Irmão de Asael, o homem mais veloz entre os valentes de Davi (2Sm.2.18).

Davi não o deixou atravessar o rei Saul com a sua lança (1Sm.26:5-9). 

Seguiu junto com Joabe de encontro a Abner o qual havia assassinado seu irmão Asael (2Sm.2:18-24).

Ajudou Joabe no cruel e injusto assassínio de Abner, para se vingar da morte de seu irmão, Asael (2Sm.3:30).

Abisai tentou, por duas vezes, matar Simei, que amaldiçoava o rei, tendo sido as duas vezes, impedido por Davi (2Sm.16.5-10; 19.16-23). 

Como comandante do exército, venceu na batalha contra os amonitas (2Sm.10:10-14).

Matou o gigante Isbi-Benobe, quando Davi cansou na batalha e este intentou ferir Davi (2Sm.21.15-17).

Era chefe e foi o mais ilustre dos três homens valorosos do exército de Davi (1Cr.11.20,21).

Fez uma grande proeza, matando trezentos homens com a sua lança (2Sm.23:18).

Duas Qualidades de Abisai:

1) Valente. Um guerreiro valente em quem Davi confiava.

2) Fiel. Nunca se desviou da sua fidelidade ao seu tio, o rei Davi.

Dois Defeitos de Abisai:

1) Precipitado. Era um homem que agia por impulso, sem controle.

2) Sanguinário. Era um homem que tinha sede em derrama sangue.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

AS ÚLTIMAS PALAVRAS DO APÓSTOLO DOS GENTIOS.

Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. 

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

Procura vir ter comigo depressa.

Porque Demas me desamparou amando o presente século, e foi para Tessalônica;

Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.

Só Lucas está comigo.

Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.

Também enviei Tíquico a Éfeso.

Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.

Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.

Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.

Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.

Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.

E o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém! 

Saúda a Prisca, e a Áquila, e à casa de Onesíforo.

Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto.

Procura vir antes do inverno.

Êubulo, e Pudente, e Lino, e Cláudia, e todos os irmãos te saúdam.

O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito.

A graça seja convosco. Amém! (II Tm.4.6-22).

Estas são as últimas palavras de Paulo registradas nas Escrituras, as quais ele escreveu quando estava preso e aguardava o martírio num cárcere romano. Do ponto de vista do mundo, a vida do apóstolo estava terminando num trágico fracasso.

Durante trinta longos anos de ministério, o apóstolo dos gentios trabalhou exaustivamente por amor a Cristo; pouca coisa ganhara com isso, a não ser muitas perseguições, sofrimentos e inimizades dos seus próprios patrícios. Sua missão e sua pregação aos gentios resultara no estabelecimento de um bom número de igrejas, mas muitas dessas igrejas estavam decaindo em lealdade a ele e à fé apostólica. Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes (1.15). Este é um dos períodos mais triste da vida de Paulo. Ele está encarcerado em Roma, sem nenhuma esperança de livramento. Ele sofre perseguição por causa do evangelho, pelo qual brevemente ele dará sua vida. Além disso, ele está sofrendo um terrível abandono pessoal pelos irmãos da Ásia, que o leva a declarar: "Todos que estão na Ásia se apartaram de mim".

E agora, no cárcere, depois de todos os seus leais amigos o deixarem, menos alguns companheiros, e o médico amado, Lucas; ele aguarda o julgamento final do malvado imperador Nero, o qual manda decapitar sua cabeça. Estas circunstâncias parecem dizer que foi um fracasso a sua missão aos gentios. Contudo, o apóstolo dos gentios, o mensageiro da cruz de Cristo, exibindo as cicatrizes das batalhas, de nada se queixa, antes declara: Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus (At.20.24). Paulo derrama a sua vida como oferta ao Senhor, isto é o que lhe importa.

Passados cerca de 2.000 anos, a influência de Paulo e o legado deixado por ele, excede a de todos os servos de Deus no seu Reino. Os seus escritos são parte essencial das Sagradas Escrituras, e têm levado um número incontável de pessoas à fé em Cristo. 

Paulo entendeu que ministério não era para ele ser visto, não era para ele ser destaque entre os demais apóstolos; mas era um desafio constante, era um combate da fé, era prestar um grande serviço ao Reino de Deus. Hoje muitos estão vendo o ministério como algo lucrativo, como fonte de renda, como status, como destaque, para ser visto e notado, para ser o centro das atenções através de pregações sensacionalistas, que nada tem a ver com a mensagem da cruz de Cristo. Muitos não estão preocupados em ganhar almas para Cristo, e sim em extrair as lãs das ovelhas (bens, dinheiro, etc.) para engordar a sua conta bancária. Todavia, ainda há um remanescente de obreiros fiéis que estão realizando a obra por amor a Cristo. Amém! 

segunda-feira, 21 de abril de 2025

O QUE ESCREVI, ESCREVI.


E, levando Ele às costa a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no centro. E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. E muitos dos judeus leram este título, porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam, pois, os principais sacerdotes dos judeus a Pilatos: Não escrevas, Rei dos judeus, mas que ele disse: Sou Rei dos judeus. Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi (João, 19.17-22).

Após Jesus ter sido julgado pelo sumo sacerdote Caifás, que representava o poder religioso, sendo o Sinédrio o Supremo Concilio judaico que julgava questões religiosas, foi também julgado pelo poder político, representado por Herodes e Pilatos, que o julgou e o sentenciou a morte. Estando Jesus já crucificado Pilatos mandou colocar uma placa que estava escrita por ele em letras garrafais uma frase irônica, que dizia: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. 

POR QUE PILATOS ESCREVEU O QUE ESCREVEU?

Qual teria sido a intenção deste governador ao colocar a tabuinha com a frase: "JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS"?

Era costume escrever numa placa o crime do qual o condenado fora culpado e afixá-la sobre a cabeça ou prendê-la ao redor do pescoço. Pilatos pensou em uma frase que irritasse os sacerdotes, os escribas e fariseus e ordenou a confecção da placa de Jesus nas principais línguas do mundo da época: O hebraico, língua comum dos judeus da Palestina, o latim, língua do poder militar romano, e o grego, língua de comunicação cultural das províncias do império romano e o restante do mundo. 

Ao que parece, Pilatos reconheceu que Jesus era especial. Até sua esposa teve um sonho profético com Ele: "E estando assentado no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas na questão desse justo, porque muito sofri hoje em sonho por causa dele" (Mt. 27.19).

Não dá para dizer que Pilatos tenha exercido a fé salvadora em Cristo. Entretanto, ele demonstrou mais respeito por Jesus do que os sacerdotes. Pilatos teria assim a dignidade de reconhecer que Jesus era de fato um Rei.

João ressalta o caráter simbólico da inscrição na placa. É pela cruz que Jesus se torna o Rei Messiânico, e esse fato deve ser anunciado ao mundo. Os líderes religiosos e os judeus não conseguiram compreender o que estava ocorrendo, e Pilatos transformou-se em "profeta inconsciente", ao reafirmar majestosamente: "O que escrevi, escrevi" (o que disse, está dito para sempre). "JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS".

Concluimos que, Jesus Cristo, não é apenas Rei dos judeus, como escreveu Pilatos, mas Ele é Rei de toda terra e o seu reinado nunca terá fim. Amém! 

sexta-feira, 18 de abril de 2025

O TÚMULO VAZIO.

 

E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscai o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou! (Lc.24.5,6).

Os discípulos de Jesus estavam atemorizados e sem esperança. A morte de Jesus havia sepultado todas as esperanças e expectativas e trazido o medo de tudo o que viria após a sua morte.

Quando as mulheres foram ao sepulcro, levando especiarias aromáticas, e chegando não acharam o corpo do Senhor Jesus, elas ficaram perplexas a esse respeito. O túmulo vazio causou espanto e admiração, a constatação de que Ele havia ressuscitado causou um sentimento de grande alegria nos discípulos de Jesus. Dois dias antes haviam depositado ali um homem totalmente desfigurado e massacrado pela dor e sofrimento anterior à sua morte; no entanto, agora o túmulo está vazio.

O TÚMULO VAZIO.

O túmulo vazio justifica nossa fé.

O túmulo vazio garante nossa salvação.

O túmulo vazio renova nossa esperança.

O túmulo vazio atesta nossa vitória.

O túmulo vazio vislumbra um novo amanhã.

O túmulo vazio confirma a ressurreição de Cristo.

O túmulo vazio comprova a derrota de Satanás.

O túmulo vazio afirma que Ele vive e reina para sempre.

A Ressurreição De Cristo é Confirmada Pelo Túmulo Vazio. 
Se os inimigos de Jesus tivessem furtado o seu corpo, eles o teriam mostrado, para confirmar que Ele não ressuscitara. Se os discípulos tivessem furtado o seu corpo, nunca teriam sacrificado suas vidas e posses em prol daquilo que saberiam ser mentira e engano. O túmulo vazio autentica e revela que Jesus realmente ressuscitou e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus.
Se Jesus não tivesse ressuscitado e aparecido aos seus discípulos, estes nunca teriam coragem de testemunharem acerca dEle, com fé e esperança indizíveis. Amém! 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

ELE É SINGULAR.


Jesus na sua humanidade, como homem ele é incomparável. No decorrer dos tempos e épocas, a história registra vários nomes de homens que se destacaram e deixaram um legado para as futuras gerações. Porém, apesar dos seus feitos, fama, nome e renome, eles jamais serão igualados ou comparados com Jesus Cristo. Jesus Cristo, não é mais um, Ele é único e incomparável.

15 RAZÕES QUE COMPROVAM A SINGULARIDADE DE JESUS:

1) Ele é o único que dividiu a História, a.C. d.C.

2) Ele é o único que já nasceu Rei.

3) Ele é o único que nasceu sem pecado.

4) Ele é o único que viveu sem pecar.

5) Ele é o único que pode nos salvar.

6) Ele é o único que pode nos perdoar.

7) Ele é o único que morreu na cruz pelos nossos pecados.

8) Ele é o único que pode garantir nossa entrada no céu.

9) Ele é o único que tem as chaves da morte e do infeno.

10) Ele é o único que morreu e ressuscitou ao terceiro dia.

11) Ele é o único que venceu a morte.

12) Ele é o único que venceu o inferno.

13) Ele é o único que venceu Satanás.

14) Ele é o único que venceu o mundo e vive e reina para sempre.

15) Ele é o único Juiz que virá julgar todos os povos, tribos, línguas e nações. 

Nunca compare JESUS com ninguém, Ele é incomparável.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

A VERDADEIRA ADORAÇÃO.

 

Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.

Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.

Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.

Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo.4.19-24).

Entre os judeus e os samaritanos havia não apenas um preconceito racial, mas também um preconceito religioso. Os judeus defendiam que o lugar da adoração era em Jerusalém, enquanto os samaritanos afirmavam que o monte Gerizim, dentro de seu território, era o único local correto de adoração a Deus. 

Na meio do diálogo com a mulher samaritana, quando Jesus revelou uma particularidade da vida da mulher, aquela mulher samaritana percebeu que Jesus era mais do que um simples homem, ela disse: "Senhor, vejo que és profeta. Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar". Jesus respondeu: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (19-21,23,24).

A resposta de Jesus lançou uma profunda e radical alteração no entendimento do que é a verdadeira adoração. 

A adoração é algo inerente ao ser humano, desde de Adão até os dias atuais, o homem sempre sentiu a necessidade de adorar; isto porque o homem é um ser tricótomo, composto de corpo, alma e espírito. No decorrer das épocas o homem tem buscado formas de adoração variadas, direcionando a adoração as coisas materiais e a pessoas, transformando-as em objeto de culto, e deixando de adorar o Deus vivo e verdadeiro para adorar a deuses de pau, de pedra, de metal, feito pelas mãos dos homens. O único que digno de toda honra, toda a glória, todo o louvor e toda a adoração é o SENHOR DEUS JEOVÁ. Adorar a Deus significa reverenciar, presta-lhe culto, venerar e ama-lo acima de todas as coisas. Na adoração existem várias maneiras de adorar a Deus; encontramos na bíblia pessoas que adoraram prostradas com o rosto em terra, outras com as mãos levantadas, outras em pé e até mesmo deitadas. Jesus falando para a mulher samaritana, disse: Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. A verdadeira adoração parte do coração, não importa a posição corporal ou local para se adorar a Deus em espírito; não é preciso esperar chegar o domingo para ir ao templo de uma igreja adorar a Deus, adorar a Deus não se resumi a um, dois ou três dias na semana; Deus está disponível todos os dias e em qualquer hora.

Adorar a Deus não é simplesmente ir à igreja, orar, cantar, pregar, gesticular, ofertar, lê a bíblia, prestar atenção na pregação e gritar em voz alta glorificando a Deus. Tudo isto faz parte da adoração, mas adorar a Deus é muito mais que isto. A  verdadeira adoração parte do coração do adorador que tem uma devoção sincera com Deus e está ligado a Ele em espírito e em verdade. Adoração não é só emoção, mas envolve temor, reverência, obediência, santidade e serviço; se torna  impraticável adorar a Deus sem estes requisitos, é possível adorar sem tê-los, porém Deus não recebe o adorador, nem a sua adoração. No livro do profeta Isaías está escrito: Disse o Senhor: Pois que este povo se aproxima de mim, com a boca e com só lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (Isaías, 29.13).

Existem pessoas nas igrejas que praticam um tipo de adoração de aparência exterior, umas para demonstrar uma falsa espiritualidade e outras até para querer agradar e ser simpáticas para o seu líder ou o seu pastor e pregador preferido; quando o seu líder ou pastor estar ensinando ou pregando, ela diz amém, glória Deus, aleluia, grita, gesticula e concorda com tudo que ele diz, mesmo estando errado, isto é pura hipocrisia, falsa santidade e falsa adoração. 

Jesus censurou os escribas e fariseus da sua época chamando-os de hipócritas, porque eles viviam uma falsa pureza de santidade, eram cheios de regras humanas, vivendo só de aparências, mas no seu interior eram impuros, verdadeiros sepulcros caiados. No evangelho de Mateus está escrito: Então, chegando ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição? Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, que morra de morte. Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim, esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe. E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens (Mateus, 15.1-9). Jesus condenou os religiosos da sua época por sua falsa adoração a Deus.

TRÊS CLASSES DE PESSOAS QUE DEUS PROCURA:

1) Os Fiéis (Sl.101.6).

2) Os Intercessores (Ez.22.30).

3) Os Verdadeiros Adoradores (Jo.4.23).

A verdadeira adoração vem de um coração sincero e obediente diante de Deus, que o adora em espírito e em verdade. Amém! 

segunda-feira, 14 de abril de 2025

OS CEGOS DE JERICÓ OU O CEGO DE JERICÓ?


Na narrativa de Mateus, ele cita dois cegos, enquanto os demais evangelhos sinóticos de Marcos e Lucas, citam apenas um (Mc.10.46-52; Lc.18.35-43). Na verdade, eram dois cegos, ocorre que Bartimeu, nome de origem aramaico, que significa, filho de Timeu; é citado apenas por Marcos, devido à sua personalidade ele ganhou proeminência. 

Fato curioso sobre a cidade de Jericó: Havia duas cidades com o nome de Jericó: A Jericó velha (construída pelos cananeus), e a Nova Jericó (construída por Herodes, onde ficava o seu palácio de veraneio). É possível que a cura de Bartimeu (Mc.10.46), tenha ocorreu durante a saída da velha Jericó para a Nova Jericó. Enquanto o evangelista Mateus em sua narrativa, cita dois cegos e Lucas cita um, e em ambas as narrativas os cegos são anônimos, Marcos destaca apenas um pelo nome de Bartimeu, ou seja, uma expressão que significa filho de Timeu. 

Outra problemática para os leitores é que, enquanto Mateus e Marcos relatam que Jesus ia entrando na cidade de Jericó, Lucas diz que Ele ia saindo. 

A explicação mais precisa é que, como existiam duas cidades com o mesmo nome, a Jericó antiga (dos cananeus) e a nova Jericó (construida por Herodes), Mateus e Marcos têm uma visão conjuntas de que Jesus e a multidão estavam entrando na nova Jericó, tendo saido da antiga; enquanto Lucas vê Jesus e a multidão saindo da antiga Jericó e entrando na Nova.

RELATO DE MATEUS.

E, saindo eles de Jericó, seguiu-o grande multidão.

E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamavam, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós.

E a multidão os repreendia, para que se calassem; eles, porém, cada vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós.

E Jesus, parando, chamou-os e disse: Que quereis que vos faça? Disseram-lhe eles: Senhor, que os nossos olhos sejam abertos.

Então, Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram (Mt.20.29-34).

RELATO DE MARCOS.

Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando.

E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus.

E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.

E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho (Mc.10.46-52).

RELATO DE LUCAS.

E aconteu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava. Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! 

E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus (Lc.18.35-43).

Um fato curioso é que em todos os relatos dos evangelistas, os cegos gritam usando a expressão: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Esta expressão "Filho de Davi" é um reconhecimento da realeza de Jesus, em cumprimento a profecia do Rei que viria e reinaria com justiça (Is.32.1,2; 55.3,4).

AS QUATRO VISÕES DO CEGO BARTIMEU:

1) A VISÃO DE SI MESMO (ele reconhece que é cego e mendigo).

2) A VISÃO DO CLAMOR (ele clamou, com persistência).

3) A VISÃO DA REALEZA DE JESUS (Jesus, Filho de Davi).

4) A VISÃO DO PODER DE JESUS (tem misericórdia de mim).

O cego viu o que muitas pessoas não viram; o pior cego é aquele que enxerga, mas não vê.

sábado, 12 de abril de 2025

O ADVOGADO DE JÓ.

Eis que também, agora, está a minha testemunha no céu, e o meu fiador, nas alturas (Jó.16.19). ARC

Neste exato momento, lá no céu, está a minha testemunha, e lá nas alturas está o meu fiador (Jó.16.19). BKJ

Saibam que agora mesmo a minha testemunha está nos céus; nas alturas está o meu advogado (Jó.16.19). NVI 

Jó estava sofrendo desprezo e acusações por parte dos seus "amigos". Mas mesmo em meio as tribulações, ele não perde sua fé e devoção no Deus Todo-Poderoso. 

De repente, Jó se levanta com um brado de esperança que aponta para o Messias (cerca de 2.000 anos antes de Cristo), e declara: Saibam que agora mesmo a minha testemunha está nos céus; nas alturas está o meu advogado (Jó.16.19). A testemunha, aqui, no caso, é uma expressão com origem no termo aramaico: Sãhedh, que significa "advogado, intercessor, defensor, testemunha, fiador", comunicando o sentido de alguém que toma em suas mãos a nossa causa, e garante uma solução satisfatória, plena e duradoura. 

Jó não acreditava mais que viveria tempo suficiente para contemplar a sua vindicação (defesa, vingança) diante dos amigos e daquela situação horrível e inexplicável para ele. Sua única esperança é aquela que ainda guarda no coração acerca de contar com um Advogado no céu. Jó acreditava em um ser celestial, mais sábio e poderoso, que pode compreender o que está ocorrendo, confirmar a sua inocência e defende-lo como verdadeira testemunha e leal advogado intercedento junto a Yahweh em seu favor.

Donald Stamps, o comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal, diz: Jó, pela fé, sobrepôs-se às suas dúvidas a respeito da bondade de Deus, pois declarou que o próprio Deus daria testemunho da sua inocência. Ansiava que Deus intercedesse por ele no tribunal celestial de justiça. O anseio por um mediador perante Deus, em nossa defesa, realizou-se em Jesus Cristo, através de quem Deus "nos reconciliou consigo mesmo" (II Co.5.18); e temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo (I Jo.2.1). Amém! 

quinta-feira, 10 de abril de 2025

A FUMAÇA DA GLÓRIA.

 


E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça (Is.6.4).

Esta fumaça é uma representação simbólica da glória de Deus. A glória do SENHOR, refere-se a uma manifestação visível da sua presença e do seu esplendor. Esta glória se manifestava em várias ocasiões ao longo da história, e está registrada no texto sagrado. Isaías não viu a plenitude da glória de Deus, mas apenas uma projeção limitada da Sua glória. 

A fumaça ou a nuvem de glória foram manifestas em várias ocasiões: (1) No Monte Sinai (Ex.19.14-25). (2) Na Inaugaração do Tabernáculo (Ex.40.34-38). (3) No Santíssimo Lugar sobre o Propiciatório (Lv.16.11-14). (4) Na Inauguração do Templo de Salomão (II Cr.7.1-3). (5) No Templo na visão de Isaías (Is.6.1-4). (6) No Templo do Tabernáculo do Testemunho que João viu no céu (Ap.15.5-8).

Na nuvem que pairou sobre o Tabernáculo estava a “kabod Yavé”, ou seja, a glória do SENHOR. Essa glória que no hebraico é kabod (e no grego neotestamentário é doxa), fazem referência a presença de Deus. Na literatura judaica, no Talmude, esta glória é chamada de Shekinah, que significa habitação de Deus, lugar onde se manifesta o fulgor ou esplendor da Presença e da atuação divina.

Popularmente tem se ouvido tanto pregadores como cantores fazerem referência à glória de Deus em sua expressão máxima como sendo a Shekinah de Deus. É sabido que a palavra Shekinah não existe nos textos originais bíblicos, e também nota-se certo abuso no uso da mesma. Infelizmente qualquer “animação” na igreja que provoque emoções e gritos de glória e aleluia já é tida como a manifestação da Shekinah de Deus.

SHEKINÁH, significa “habitação”. Segundo os eruditos da Bíblia, este vocábulo procede do aramaico Shekēn, que significa “habitar” e refere-se a Habitação de Deus, isto é, sobre a pessoa, sobre a congregação de Israel, ou sobre a Arca da Aliança ou o Tabernáculo. A ideia é que Deus “pousava” ou “pairava” sobre algo, irradiando seu kabōd [glória]. Segundo os rabinos, a SHEKINÁH “pairava” ou “pousava” sobre os judeus que oravam ou citavam o Shēma. 

Na literatura midrashica o termo é usado para substituir o Nome divino. Preocupados com o emprego indevido do Nome Sagrado, os rabinos judeus usavam vez por outra o vocábulo SHEKINÁH para substituí-lo. SHEKINÁH referia-se à Presença ou Radiância de Deus, ou até mesmo ao próprio SENHOR manifestado. De acordo com a compreensão dos exegetas e místicos do judaísmo, a SHEKINÁH era uma teofania muito frequente no relacionamento entre Deus e Israel. Neste sentido, a manifestação divina a Moisés, na teofania visível e audível da sarça ardente, era a aparição da SHEKINÁH, ou a presença da deidade pairando sobre a sarça.

Finalmente, nas páginas do Antigo Testamento, nem no Novo Testamento, não encontramos qualquer menção no original ao termo SHEKINÁH, este era usado pelos rabinos judeus, conforme a concepção talmúdica.

♫No Santo dos Santos, a fumaça me encobre, só Teus olhos me ver... 

A fumaça escondia o sumo sacerdote, até a ponto do nariz desaparecer. 

Se esconda na fumaça da glória, senão a glória de Deus, não aparecerá na sua vida.

Amém! Deus te abençõe!

quarta-feira, 9 de abril de 2025

O QUE SIGNIFICA EXPIAÇÃO E PROPICIAÇÃO?


E Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (I Jo.2.2).

Jesus como nossa "propiciação" significa que Ele tomou sobre si o castigo dos nossos pecados e satisfez o justo juízo de Deus contra o pecado. O perdão agora é oferecido a todos, no mundo inteiro, e é recebido pelos que vêm a Cristo, com arrependimento e fé. (B.E.P.).

“EXPIAÇÃO”. 

O prefixo “ex” significa “fora de” ou “de”, então a expiação tem a ver com remover algo ou tirar algo. Em termos bíblicos, trata-se de remover a culpa por meio do pagamento de uma penalidade ou da oferta de um sacrifício. 

A palavra "expiação" (heb. kippurim, derivado de kaphar, que significa "cobrir") comunica a idéia de cobrir o pecado. Na antiga aliança, os sacifícios para expiação dos pecados do povo, apenas cobria os pecados e aplacava a ira de Deus; mas na nova aliança, com a morte expiatória de Jesus Cristo, o pecado é removido e a graça de Deus nos favorece.

A CERIMÔNIA DO DIA DA EXPIAÇÃO.

Levítico 16 descreve o Dia da Expiação, o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir, tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes; um tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório (16.8). sacrificava o primeiro bode, levava seu sangue, entrava no Lugar Santíssimo, para além do véu, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatória, o qual cobria a arca contendo a lei divina que fora violada pelos israelitas, mas que agora estava coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (16.15,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (16.21,22). 

O Dia da Expiação era uma assembléia solene; um dia em que o povo jejuava e se humilhava diante do SENHOR (16.31).

O Dia da Expiação levava a efeito a expiação por todos os pecados e transgressões não expiados durante o ano anterior (16.16,21). Precisava-se ser repetido cada ano da mesma maneira. (B.E.P.)

“PROPICIAÇÃO”. 

A propiciação tem a ver com apaziguar a ira de Deus. O prefixo “pro” significa “para”, então a propiciação traz uma mudança na atitude de Deus, de modo que Ele deixa de ter inimizade conosco para ser por nós. Através do processo da propiciação, somos reconciliados e passamos a ter comunhão com Deus.

Em conjunto, a EXPIAÇÃO e a PROPICIAÇÃO constituem um ato de reconciliação da humanidade com Deus. Cristo realizou Sua obra expiatória na cruz para remover os pecados da humanidade, realizando também a propiciação por intermédio do seu sangue e nos reconciliou com Deus. Paulo falando sobre o ministério da reconciliação diz: E tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação (II Co.5.18,19). Amém! 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

NEEMIAS UM LÍDER AUTÊNTICO.


E, de noite, me levantei, eu e poucos homens comigo, e não declarei a ninguém o que o meu Deus me pôs no coração para fazer em Jerusalém... (Ne.2.12).

Líderes existem muitos, porém os verdadeiros e autênticos como foi Neemias, são poucos. As ações e atitudes de Neemias diante do seu povo e em favor da sua nação, provam que ele era um líder autêntico, um homem verdadeiro que se importava com o sofrimento do seu povo. 

Neemias foi um homem de fé e coragem, ele enfrentou grandes oposições e teve que vencer os desafios da sua época. Fazer a obra de Deus nunca foi tarefa fácil, todos quantos se despuseram em fazê-la sofreram oposições e perseguições. Fazer a obra de Deus é algo que incomoda o inferno, enquanto você não faz nada em prol do Reino de Deus, nenhuma oposição se levanta contra você. Mas quando começamos a fazer a obra de Deus, geralmente os opositores e os inimigos da obra se levantam. A grande estratégia de Satanás é lançar tropeços para tentar nos intimidar e nos fazer largar mão da obra. Mas, quem ama verdadeiramente a obra de Deus, não se intimida com as ameaças de Satanás. Deus nos chamou para fazermos uma grande obra, e esta obra não pode parar. Os opositores sempre irão se levantar, como se levantaram contra Neemias, isto não é anormal, mas maior é o que está conosco, maior é dono da obra, que nos diz: Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa (II Cr.15.7).

CINCO QUALIDADES DO LÍDER NEEMIAS:

1) UM HOMEM PATRIOTA.

As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza, que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e acerca de Jerusalém. 

E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo. 

E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus (Ne.1.1-4).

Neemias amava o seu povo, a sua nação, a sua pátria; ele queria ver a prosperidade e bem-estar do seu povo. Neemias era copeiro do rei, ele estava em uma posição privilegiada, ele poderia apenas lamentar o sofrimento do seu povo e se omitir de fazer algo. Mas Neemias se importou com sofrimento do seu povo e tomou uma atitude, ele pediu permissão ao rei para ir a Jerusalém a fim de restaurar os muros e reedificar a cidade (2.1-12).

2) UM HOMEM DE ORAÇÃO.

Neemias buscava sempre a direção de Deus através da oração, a sua busca por Deus era constante, ele era um homem que tinha intimidade com Deus.

Por diversas vezes no texto sagrado está registrado, Neemias buscando a Deus em oração.

E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus (1.4).

E o rei me disse: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus e disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique (2.4,5).

Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles (4.9).

Lembra-te de mim para bem, ó meu Deus, e de tudo quanto fiz a este povo (5.19).

Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas que procuram atemorizar-me (6.14).

3) UM HOMEM PERSEVERANTE.

Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito. Então, disseram: Levantamo-nos e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem. O que ouvindo Sambalate, o heronita, e Tobias, o servo amonita, Gesém, o arábio, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei? 

Então, lhes respondi e disse: O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos; mas vós não tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém (2.18-20).

Depois de uma longa viagem, chegando em Jerusalém Neemias não foi bem recebido, mas teve que enfrentar os opositores que tentaram lhe intimidar com palavras agressivas e ameaças. Mas Neemias não se abateu, nem pensou em parar, antes, prosseguiu com o seu propósito e perseverou até concluir abra de restauração. 

4) UM HOMEM PRUDENTE.

Sucedeu mais que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesém, o arábio, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais.

Sambalate e Gesém enviaram a dizer: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.

Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?

E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi (6.1-4).

Neemias era um homem espiritual, sábio, e prudente no agir e nas suas decisões. Os inimigos da obra até que tentaram desviar a sua atenção e lhe tirar do foco, para tentar parar a obra, mas Neemias agiu com prudência e foi bem sucedido.

5) UM HOMEM DE FÉ.

Porém eu enviei a dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas.

Porque todos eles nos procuravam atemorizar, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, esforça as minhas mãos.

E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te.

Porém eu disse: Um homem, como eu, fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei.

E conheci que eis que não era Deus quem o enviara; mas essa profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.

Para isso o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse, para que tivessem alguma causa a fim de me infamarem e assim me vituperarem.

Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.

Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco de elul, em cinquenta e dois dias (6.8-15). 

Neemias era um homem que confiava em Deus, um homem de grande fé, ele tinha plena convicção que sua liderança era aprovada por Deus e ninguém teria a capacidade de o fazer parar.

Neemias nos deixa um legado poderoso de fé,  perseverança, liderança e serviço. Sua história nos inspira a confiar em Deus, a perseverar diante das dificuldades e a trabalhar incansavelmente em prol do Reino de Deus e bem-estar do seu povo. Amém! 

quinta-feira, 3 de abril de 2025

HERESIAS E MODISMOS.



Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl.2.8).

Vivemos numa época de muitas heresias e modismos, época em que prevalecem as filosofias antibíblicas, como o pragmatismo, o relativismo, o antropocentrismo e o utilitarismo mercantilista. A quantidade de pessoas que seguem a um pregador ou a um ensinador é mais importante que o conteúdo de sua mensagem. As igrejas que julgam ser modelo são as que possuem megatemplos ou grandes catedrais, mas na verdade, estas não estão compromissadas com o verdadeiro Evangelho de Cristo. 

A cegueira espiritual e a falta de discernimento tem levado muitos crentes ao erro. Muitos estão sendo alvos de Satanás que opera com suas vãs sutilezas, tentando camufrar a verdade de Deus com suas imitações, heresias e modismos teológicos.

Nesse contexto atual, se um expoente das Escrituras pregar um falso evangelho, isso não importa, desde que ele reúna multidões e dê milhões de visualizações nas mídias sociais. Qualquer pregador ou escritor, nesses tempos pós-modernos, que combata ao erro e ensine a sã doutrina, não é visto com bons olhos. No entanto, o apóstolo Paulo já previa esta rejeição da verdadeira doutrina quando escreveu a Timóteo, dizendo: Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas (II Tm.4.3,4). Isto está se cumprindo em nossos dias, estamos vendo crentes sendo levados por ventos de doutrinas e modismos que distorcem a Palavra de Deus. Muitos já não aceitam trechos da Palavra de Deus que tratam de arrependimento, pecado, renúncia, santidade e separação do mundo de pecados. Escolhem pregadores com dons de oratória, com habilidade de divertir o povo e com uma mensagem satisfatória aos seus ouvidos, que lhes assegure que é possível ser crente e continuar vivendo segundo a carne. Todavia, os remanescentes da verdadeira fé, estão perseverando em seguir a sã doutrina, não aceitando as heresias nem os modismos que vem assolando a igreja e contaminando a muitos cristãos. 

terça-feira, 1 de abril de 2025

PROVOCADORES DE MILAGRES.


A série "Provocadores de Milagres" ensina que a fé e a atitude são características comuns dos provocadores de milagres. A fé é um dos principais elementos dos provocadores de milagres. Jesus demonstrou o seu poder realizando curas milagrosas, muitas vezes na vida das pessoas que exercitaram fé e tomaram uma atitude diante do problema. 
Há muitas curas e milagres que Jesus realizou sem nenhuma ação de fé e atitude por parte dos que receberam os milagres da parte de Deus. Porém, ocorreram fatos com pessoas que foram provocadores de milagres, estes se dirigiram a Jesus com fé e atitudes, que levou Jesus a atendê-las e operar milagres.
A fé e a atitude é importante, pois ambas permite transpôr barreiras e circunstâncias adversas. Por exemplo, o cego Bartimeu teve uma atitude de fé e coragem que levou Jesus a atendê-lo e a realizar o seu milagre.

A SÉRIE "PROVOCADORES DE MILAGRES":

A Mulher Cananéia (Mt.15.21-28).

A Mulher Hemorágica e Jairo o Príncipe da Sinagoga (Lc.8.40-56).

O Centurião de Cafarnaum (Mt.8.5-13).

O Cego de Jericó (Mc.10.46-52; Lc.18.35-43).

O Homem Leproso (Mt.8.1-4).

TRÊS COISAS QUE PODEM PROVOCAR MILAGRES:

1) Circunstâncias Desfavoráveis.

2) Obediência a Palavra do Eterno.

3) Fé no Deus do Impossível.

TRÊS COISAS QUE PODEM IMPEDIR MILAGRES:

1) Temer e Desanimar Diante dos Problemas.

2) Desobedecer a Ordem Divina.

3) Não Crer no Poder de Deus.

Nunca duvide do poder de Deus, mas tenha uma atitude de fé e coragem diante das circunstâncias adversas, provoque o seu milagre diante de Deus e creia que Ele o fará. Amém!