PREGANDO A VERDADE

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

O ANJO DO ZIMBRO.

 

Elias fugindo das ameças de Jezabel, foi para o deserto de Berseba e, sentindo-se desanimado e pedindo a morte, deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro. Foi ali que um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. Elias levantou-se e comeu pão assado nas brasas e bebeu água fresca, que lhe foram providenciados perto da sua cabeça. Elias tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Elias levantou-se e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Uma síntese do que está escrito em I Rs.19.1-8.

O Anjo do Zimbro aparece em duas ocasiões na história sagrada: Primeira no episódio da escrava Agar com seu filho Ismael, quando despedida por Abraão saiu sem destino caminhando pelo deserto de Berseba (Gn.21.1-20). Segunda aparição do Anjo é quando Elias fugindo das ameaças da malvada rainha Jezabel, faz uma longa caminhada pelo deserto de Berseba, cerca de 1.250 anos depois de Agar e seu filho Ismael. Elias cansado e sem ânimo deita-se em baixo de um Zimbro (I Rs.19.1-8).

INFORMAÇÕES SOBRE O ZIMBRO:

O zimbro (Juniperus) é um arbusto ou pequena árvore conífera, perene e de crescimento lento, da família das Cupressaceae, com grande distribuição no Hemisfério Norte. É robusto, tolerante à seca e ao frio, e prefere solos secos e arenosos. Seus frutos, bagas azul-escuras, são usados como condimento na culinária e na produção de bebidas alcoólicas, como o gin, mas também têm usos medicinais tradicionais, embora o seu consumo deva ser moderado e sob orientação profissional devido a potenciais toxicidades. 

Uma Providência No Deserto.

Agar colocou o rapaz debaixo do zimbro e ficou a uma distância de um tiro de flecha, desesperada esperando o pior acontecer (o moço estava morrendo por falta de água). Mas, de repente, o Anjo do SENHOR brada em voz alta e diz: Ouvi o choro do rapaz! Abre uma fonte de águas e lhe faz promessas.

Elias, estava desfalecido, desanimado e sem esperança. Fugindo de Jezabel, deitou-se e dormiu debaixo do zimbro. Passado cerca de 1.250 anos do episódio de Agar e Ismael, a cena se repete. O Anjo desce com providência trazendo pão e água para alimentar Elias, que ao comer e beber, recobra ânimo e caminha 40 dias e 40 noites até chegar a Horebe, o monte de Deus.

TRÊS LIÇÕES DO ZIMBRO.

1) Resiliência.

O zimbro cresce e sobrevive em condições adversas, o que pode simbolizar a capacidade do crente prosperar e vencer em meio às dificuldades, resistindo firme na fé que se fortalece em tempos de provação. 

2) Refúgio.

O zimbro ofereceu abrigo físico e proteção para Ismael (Gn.21.15) e Elias; mas também serviu como um lugar onde Deus interveio através do Anjo para oferecer sustento e encorajamento a Elias, que estava em desespero; e suprimento, vida e esperança para Agar e seu filho Ismael.

3) Provisão Divina.

O zimbro, apesar de ser um arbusto simples, serviu como abrigo e provisão para Ismael, o filho da escrava Agar que estava prestes a morrer, quando o Anjo apareceu e proveu água em abundancia. A madeira do zimbro também é um excelente combustível para o fogo, e o anjo usou uma brasa para assar o pão de Elias, demonstrando a provisão de Deus através dos meios disponíveis. 

Finalmente, a história nos ensina sobre a dependência dos crentes em Deus para força, sustento e renovação; não apenas em momentos de vitória, mas também em tempos de fragilidade, cansaço e desesperança.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PAULO - O FAZEDOR DE TENDAS.


Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Claúdio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), se juntou com eles, e, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas (Atos, 18.1-3).

Em Corinto, Paulo conheceu Áquila e Priscila, um casal que também era fazedor de tendas, e se juntou a eles em seu trabalho. Essa parceria foi fundamental para o ministério de Paulo nas cidades, pois também lhe abria portas para ele pregar o Evangelho.

Paulo, o apóstolo, era de fato um fazedor de tendas, uma profissão que ele aprendeu em sua cidade natal, Tarso. Essa habilidade manual era uma prática comum na sociedade judaica da época, onde era esperado que os rabinos e estudiosos da lei tivessem também uma profissão para se sustentarem.

Paulo usava seu ofício para sustentar a si mesmo e a seus companheiros de viagem, evitando ser um peso financeiro para as igrejas nascentes. Ele acreditava que, ao trabalhar com as próprias mãos, demonstrava a pureza de suas intenções e a sinceridade de sua pregação, que não era motivada por ganhos financeiros.

Ao se manter financeiramente independente, Paulo ganhava credibilidade e confiança entre as comunidades que evangelizava. Ele podia pregar o evangelho de Cristo sem a suspeita de que estava interessado apenas em dinheiro, estabelecendo-se como um modelo de dedicação e trabalho honesto.

Paulo explica que, embora tivesse o direito de ser sustentado, escolheu não usar esse direito para evitar qualquer obstáculo ao evangelho (I Co.9.1-15).

Vocês se lembram, irmãos, do nosso trabalho e cansaço. Trabalhamos noite e dia para não sermos um peso para nenhum de vocês, enquanto lhes pregávamos o evangelho de Deus (I Ts.2.9).

Nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós (II Ts.3.8).

De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste. Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram (At.20.33,34).

O ofício pastoral é, sem dúvida, uma vocação honrosa. Um pastor dentro da comunidade de fé, ele é visto como um ministro da Palavra e cuidador das almas, algo que exige zelo, oração, estudo e total dedicação. Entretanto, fora desse círculo, a percepção é bem diferente. Muitos enxergam os pastores como aproveitadores e mercenários. Esse estigma, ainda que injusto em muitos casos, não pode ser ignorado.

As Escrituras, porém, são claras: “Digno é o trabalhador do seu salário” (1Tm. 5.18). O Senhor mesmo ordenou “que os que anunciam o evangelho, vivam do evangelho” (1Co. 9.14). O ministério integral é legítimo, necessário e traz vantagens incontáveis à Igreja. Ainda assim, não se trata de uma obrigatoriedade em toda e qualquer circunstância. A Bíblia também mostra um outro caminho, menos confortável, mas igualmente honroso: O exemplo de Paulo, o fazedor de tendas.

O apóstolo dos gentios, por vezes, preferiu trabalhar com suas próprias mãos para não ser pesado às igrejas e para não dar ocasião aos maledicentes (At. 20.33-35; 1Ts 2.9; 2Ts 3.8). Ele sabia que tinha o direito de ser sustentado, mas escolheu abrir mão dele, de modo a adornar o evangelho com sua conduta. Não apenas isso, ao escrever às igrejas, Paulo nos conclama a ser seus imitadores, como ele mesmo era de Cristo (1Co 11.1).

Seguir esse exemplo apostólico pode se tornar, em nossos dias, um poderoso testemunho diante do mundo. Num contexto em que a figura do pastor é muitas vezes associada à cobiça e ao abuso financeiro, levantar homens que pregam a Palavra com fidelidade enquanto se sustentam pelo trabalho secular seria um forte testemunho, desmentido às acusações de mercenarismo, por parte dos opositores do Evangelho de Cristo.

É claro que não se trata de desvalorizar o ministério integral. Este é um dom de Deus para sua Igreja e deve ser preservado. Mas talvez a realidade contemporânea exija que muitos ministros sigam a via de Paulo, tornando-se fazedores de tendas. Homens que mostram, pelo exemplo, que não pregam por interesse material, mas por amor a Cristo e às almas.

O termo "fazedor de tendas" ganhou um significado espiritual e inspirou a criação de um modelo missionário moderno. Atualmente, o termo descreve cristãos que se mantêm financeiramente por meio de uma profissão secular e, ao mesmo tempo, dedicam-se à obra missionária em seu tempo livre ou no local de trabalho. Essa abordagem permite que o evangelho seja levado a lugares onde missionários tradicionais de tempo integral podem não ter acesso. 

Em dias de tantas suspeitas contra o evangelho, precisamos de pastores dispostos a unir a vocação ministerial ao trabalho diário, de modo que o nome de Deus seja glorificado e os de fora vejam que o rebanho de Cristo não está à venda, nem igreja é meio de vida. Precisamos de mais fazedores de tendas.

domingo, 14 de setembro de 2025

ESTÁS DISPOSTO A CAMINHAR DUAS MILHAS?


Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas (Mateus, 5.41). 

Uma milha é uma unidade de comprimento do sistema imperial de medidas, equivalente a 1.609 metros ou pouco mais que um quilômetro e meio.

O Império Romano tinha a lei de Angaria, que permitia a soldados romanos obrigar cidadãos a carregar seus equipamentos por uma milha. 

Na época de Jesus, um soldado romano podia obrigar qualquer pessoa a carregar seus pertences por uma milha, isso era uma humilhação para os judeus. Jesus ensina a surpreender o opressor, não com raiva, mas com bondade, duplicando a distância solicitada. 

A segunda milha é feita por amor e não por imposição, demonstrando um caráter que não apenas cumpre as exigências, mas as excede, sendo um testemunho positivo do evangelho. 

Andar mais uma milha, significa ir além, dar o "extra", fazer o que muitos não fazem, mesmo quando a outra pessoa não o merece. 

Esta metáfora de Jesus também tem a ver com o costume judaico de se pedir a companhia de alguém numa viagem pelas perigosas estradas da época. Quando alguém se negava, e acontecia um crime, essa pessoa era responsabilizada e punida pela comunidade local, por não ter atendido ao pedido do viajante.

Os romanos forçava aqueles a quem eles escolhia. O verbo grego traduzido aqui por "forçar" advém de uma antiga palavra persa que significa "recrutar à força". Curiosamente, é a mesma palavra que aparece no capítulo 27.32 de Mateus, quando os soldados romanos "recrutaram à força" Simão, para ajudar Jesus a carregar sua cruz. 

Os fariseus haviam imposto uma lei: "Devemos acompanhar somente a outro fariseu, (pessoa do mesmo nível) não devemos caminhar com os incrédulos". Jesus, entretanto, vai além, e ensina que seus discípulos, ao serem solicitados por qualquer viajante a andar uma milha (1.609 metros), devem graciosamente estar prontos para caminhar em sua companhia por mais uma milha; ou seja, por mais de três quilômetros. Assim Jesus está nos ensinando que devemos exceder em amor, graça e misericórdia ao que pede a Lei.

Aqui eu aprendo que, a pratica do verdadeiro cristianismo é fazer o que ninguém faz, é ir além das obras dos religiosos. Jesus disse: Pois se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Pois eu lhes digo que se a vossa justiça não for superior a dos fariseus e escribas, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus (Mt.5.46,47,20). A justiça dos escribas e fariseus era exclusivamente exterior. Eles observavam muitas regras, oravam, cantavam, jejuavam, liam as Escrituras e frequentavam os cultos nas sinagogas. No entanto, substituiam as atitudes interiores corretas pelas aparências externas. Jesus declara aqui que a justiça que Deus requer do crente vá além das aparências, além da religiosidade, além do legalismo e formalismo religioso. Amém! 

sábado, 13 de setembro de 2025

Sete Manifestações Do Espírito Santo No Livro De Atos.

 

O livro de Atos dos apóstolos é o livro onde lemos sobre os atos e ações do Espírito Santo. O protagonista do livro de atos não são os apóstolos, os apóstolos Pedro e Paulo são apenas os coadjuvantes, o protagonista é o Espírito Santo. Do capítulo 1 ao 28 do livro de atos, o Espírito Santo está em ação, Ele se manifesta com ações multiformes e poderosa na vida da igreja do Senhor. Das muitas manifestações do Espírito Santo registradas por Lucas, quero destacar apenas sete.

1) NA FESTA DE PENTECOSTES.

Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (Atos 2.1-4).

2) ENCHENDO OS CRENTES PARA PREGAREM A PALAVRA.

E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31).

E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.21).

3) AGINDO NA OBRA EVANGELÍSTICA.

E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro (At.8.29).

E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia.

E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu (At.16.6,7).

4) DESCENDO SOBRE OS GENTIOS.

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviram a Palavra. 

E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus (At.10.44-46).

5) CONVOCANDO HOMENS PARA OBRA MISSIONÁRIA.

Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram (At.13.1-3).

6) ORIENTANDO OS LÍDERES E CONSTITUINDO PASTORES PARA IGREJA.

Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias... (At.15.28).

Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (Atos, 20.28).

7) ENCHENDO DOZE HOMENS NA CIDADE DE ÉFESO.

E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,

disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.

Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.

Estes eram, ao todo, uns doze varões (Atos, 19.1-7).

Esse evento ocorre cerca de 25 anos depois do primeiro Pentecoste, e o mesmo Espírito se manifestou poderosamente mais uma vez sobre as vidas de 12 homens na cidade de Éfeso.

Quando o Espírito Santo veio sobre eles, todos começaram a falar noutras línguas e a profetizar. Lucas nunca apresenta o derramamento do Espírito Santo como algo que se possa perceber somente pela fé. Pelo contrário, mostra que é uma experiência identificável e que pode ser comprovada visivelmente. Falar em novas línguas era e continua sendo a comprovação externa e visível de que o Espírito Santo vem sobre os seguidores de Jesus. Amém! 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

"Caiu o Espírito".


E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra (Atos, 10.44).

"Caiu o Espírito". Esta é uma expressão literal usada para descrever o advento do Espírito que desceu sobre os gentios enquanto Pedro pregava a Palavra. Esta expressão "caiu o Espírito Santo" aparece duas vezes no livro de Atos, (10.44; 11.15) cujo sentido está na velocidade e amplitude do fenômeno, que num instante tomou por completo a todos os gentios que estavam presentes na reunião na casa de Cornélio, o centurião romano. Esse fato ficou conhecido como o Pentecostes dos gentios, confirmando assim a inclusão daqueles novos crentes na igreja do Senhor, sem a necessidade de passar pelos ritos de conversão ao judaismo. 

Os primeiros cristãos judeus tinham dificuldade em entender e aceitar que os gentios convertidos a Jesus tivessem os mesmos direitos e participação nas bênçãos da redenção. Todavia, os gentios haviam recebido o mesmo dom que os crentes judeus receberam (At.11.17). Os crentes gentios foram agraciados com a mesma visitação poderosa do Espírito Santo e falaram em línguas, exatamente como aconteceu com seus irmãos judeus no Dia de Pentecostes (At.2.). O texto diz: Aqueles crentes judeus que vieram com Pedro ficaram admirados de que o Dom do Espírito Santo estivesse sendo derramado também sobre os gentios. Porque os ouviram falar em línguas e magnificar a Deus (At.10.45,46). Essa é uma evidência inquestionável de que o Reino de Deus estava pronto a receber judeus e gentios, formando um só corpo, que é a igreja de Cristo. Portanto, o Batismo com Espírito Santo, com evidência em falar em novas línguas, é o selo de Deus para todos os crentes que permanecerem fiéis até a morte. Amém! 

TRÊS EXPRESSÕES SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO NO LIVRO DE ATOS:

1) Caiu o Espírito Santo sobre todos... (10.44). ARC

2) O Espírito Santo desceu sobre eles... (11.15). NVI

3) Veio sobre eles o Espírito Santo... (19.6). ARC

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

GIDEÃO - O Menor Transformado No Maior.



Mais uma vez, o povo de Deus desviou-se para religião sincretista dos cananeus. Daí, durante sete anos Deus permitiu que os midianitas, ajudado pelos amalequitas e outros povos do Oriente, invadissem e oprimissem a nação de Israel (6.3). Os israelitas foram obrigados a se esconder em cavernas e a ocultar sua produção agrícola, por causa dos ataques dos inimigos (vv.2-5); quando a situação tornou-se insuportável, eles clamaram a Deus (v.6).

Israel clamou a Deus só em último recurso, e só o fez por causa da opressão em que se encontrava. O problema principal dos israelitas era a idolatria, a busca por deuses estranhos revelava a sua falta de fé, amor e gratidão ao Senhor Deus que os resgatou da escravidão do Egito. Buscavam a Deus só nos apertos, quando reconheciam que precisava dEle. Há crentes na atualidade que são iguais aos israelitas nos dias de Gideão, só buscam ao Senhor em tempos de crises e de apertos. A pergunta é: Estamos seguindo ao Senhor, porque realmente o amamos e o adoramos por aquilo que Ele é e por aquilo que Ele tem feito? Ou o servimos primeiramente por aquilo que esperamos receber dEle? Se nossa fé em Deus e a nossa dedicação a Ele são verdadeiras, nós o seguiremos mesmo que isso resulte em aflições e tribulações. 

Gideão, um homem humilde e inseguro que se tornou um herói e libertador de Israel. A narrativa bíblica destaca que Deus escolhe pessoas que não se consideram capazes para realizar grandes feitos, transformando suas fraquezas em força e coragem através da fé e obediência. Gideão se sentia insignificante, vindo da tribo mais pobre e sendo o menor de sua família. Mas Deus escolhe as coisas que não são, para confundir as que são; Deus escolhe as coisas fracas e desprezíveis, para confundir as forte e aplauzíveis. 

A história de Gideão demonstra que o poder de Deus atua nos mais fracos, e que a fé e a perseverança podem levar à superação de qualquer obstáculo.

JUÍZES 6, O CAPÍTULO DAS DUAS COISAS.

DOIS CLAMORES DO POVO: (v.1-7)

1) O povo clama por causa do sofrimento.

2) O povo clama por libertação.

DOIS MENSAGEIROS SÃO ENVIADOS A GIDEÃO: (v.8-11)

1) Um profeta.

2) O Anjo do SENHOR.

DOIS QUESTIONAMENTOS DE GIDEÃO: (v.13)

1) Por que tudo isto nos sobreveio?

2) E que é feito de todas as maravilhas que nossos pais contaram? 

DUAS MENSAGENS DE ÂNIMO PARA GIDEÃO: (v.12,14)

1) O SENHOR é contigo, varão valoroso!

2) Vai nesta tua força e livrarás a Israel...

DOIS STATUS FRACOS DO PERFIL DE GIDEÃO: (v.15)

1) A família mais pobre da tribo de Manasés.

2) O menor (menos importante) da família.

DOIS ALTARES: (v.25,26)

1) O altar de Baal.

2) O altar do SENHOR.

DUAS FASES DE GIDEÃO: (v.14,34)

1) Gideão na sua força natural.

2) Gideão no poder do Espírito do SENHOR.

DUAS PROVAS DE GIDEÃO PARA CONFIRMAR A PALAVRA DE DEUS: (v.36-40)

1) Velo de Lã molhado (com orvalho) e terra seca.

2) Terra molhada (com orvalho) e velo de Lã seco. 

Gideão é um exemplo de como uma pessoa que se sentia menor e incapaz pode ser transformada e usada por Deus para fazer grandes coisas. Amém! 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

A GERAÇÃO DE GADE.


"Geração de Gade" refere-se tanto à Tribo de Gade, uma das 12 tribos de Israel fundada por Gade, filho de Jacó, quanto ao conceito de uma "geração gadita", inspirada nas qualidades de guerreiros valentes e leais atribuídas a essa tribo. A tribo era conhecida pela sua ferocidade e habilidade na guerra, mas também pela sua fidelidade a Deus, especialmente a sua união com as tribos de Rúben e Manassés para lutar em favor de todo o povo de Israel. As tribos de Gade, Rúbem e Manassés eram as três tribos de guerra que lutavam pela nação de Israel: E passaram os filhos de Rúbem, e os filhos de Gade, e a meia tribo de Manassés, armados, na frente dos filhos de Israel, como Moisés lhes tinha dito; uns quarenta mil homens de guerra armados passaram diante do SENHOR para batalha, às campinas de Jericó (Js.4.12,13).

Gade foi o sétimo filho de Jacó e o primeiro de sua serva Zilpa (Gn.30.9-11).

Gade significa fortuna. Léia disse: "Vem uma fortuna" e chamou o seu nome Gade (Gn.30.11). 

Gade gerou sete filhos e estes foram sete príncipes que governavam sobre sete Clãs (Gn.46.16; Nm.26.15-18). 

A tribo de Gade estabeleceu-se a leste do rio Jordão, na região fértil de Gileade (Js.13.24,25).

As bênçãos pronunciadas sobre Gade: 

Pelo seu pai Jacó: 

Gade será atacado por um bando de ladrões; mas na verdade, ele é que perseguirá os calcanhares de seus salteadores! (Gn.49.19).

Por Moisés: 

Em relação a Gade, declarou: "Bem-aventurado aquele que coopera na ampliação dos domínios de Gade! Porquanto fica à espreita como uma leoa e quando ataca despedaça um braço e também a cabeça de sua presa. Escolheu para si a melhor parte, a porção do líder lhe foi reservada. Tornou-se o chefe do povo e executou a justiça do SENHOR e os seus decretos sobre Israel" (Dt.33.20,21).

A tribo de Gade desempenhou um papel militar significativo, lutando em favor de Israel e apoiando o rei Davi. Os gaditas eram homens valentes, com grande habilidade em guerra, descritos como tendo rostos de leão e pés ligeiros como corças (I Cr.12.8).

Os gaditas tornaram-se administradores de todos os negócios do rei Davi e da Casa do Senhor (I Cr.26.32).

Sobre a tribo de Gade o escritor do livro das Crônicas escreveu: Da tribo de Gade, alguns ofereceram seu apoio a Davi e aliaram-se a ele em sua fortaleza no deserto, eram guerreiros corajosos e treinados nas artes militares, que sabiam manejar com destreza o escudo e a lança; o rostos deles eram fortes e decididos como o de um leão, e eles eram tão ágeis como as mais rápidas corças galopando sobre os montes (I Cr.12.8). BKJ

As tribos de Rúbem, os rubenitas, assim como as tribos de Gade, os gaditas, e a meia tribo de Manassés possuiam juntas quarenta e quatro mil setecentos e sessenta guerreiros experientes nas batalhas. Eles eram hábeis com escudo e a espada, bem como certeiros no manejo de seus arcos e armas de guerra (I Cr.5.18). BKJ

CINCO CARACTERÍSTICAS DOS GADITAS:

1) Guerreiros Valentes.

2) Treinados Nas Artes Militares.

3) Habilidosos No Manuseio De Escudos, Espadas e Lanças.

4) Rostos Fortes e Decididos Como o De Um Leão.

5) Pés Ligeiros, Rápidos Como As Corsas.

"Geração Gadita" é um termo usado para descrever um grupo de pessoas com qualidades e características semelhantes às da tribo de Gade. É uma geração de crentes que demonstram coragem, ousadia, fé, lealdade e uma mentalidade de guerreiros, lutando não contra o mundo físico, mas contra o mundo espiritual, contra o pecado e todas as forças do mal. 

Os que fazem parte da "Geração Gadita" tem um compromisso com a Verdade, tem a ousadia e a força do Espírito Santo para enfrentar dificuldades e perseverar no seu chamado, sem desistir ou se acovardar diante dos desafios deste mundo tenebroso. Amém!