PREGANDO A VERDADE

domingo, 21 de dezembro de 2025

O PREÇO DO DISCIPULADO.

Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mime não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo.

Pois qual de vós, querendo edificar uma torre,não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?

Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.

Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?

De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu (Lc.14:25-33).

Jesus ensina que aquele que deseja segui-lo e ser seu discípulo, deve resolver primeiro se está disposto a pagar o preço da renúncia. O preço do discipulado verdadeiro é abrir mão de todos os relacionamentos que impeça de seguir a Cristo. Isto não significa que devemos abandonar tudo quanto temos, mas que tudo quanto temos deve ser colocado a serviço de Cristo e sob seu senhorio. 

E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me (Mc.8.34).

Jesus considera o mundo e a sociedade em que vivemos como "geração adúltera e pecadora". Todos os que procuram popularidade e boa aceitação nesta geração má, ao invéns de seguirem a Cristo, serão por Ele rejeitados na sua vinda (Mt.7.23; 25.41-46; Lc.9.26). 

A cruz de Cristo é símbolo de sofrimento e renúncia pessoal. Quando uma pessoa decide seguir a Cristo, deve negar-se a si mesmo e abraçar lutas, oposições e sofrimentos. 

Aceitar a Jesus como Senhor e Salvador requer não somente crer na veracidade do Evangelho, mas também assumir o compromisso de segui-lo com abnegação. Isto requer renúncia, deixar de viver para os seus próprios desejos egoístas. 

O preço do discipulado verdadeiro é abrir mão de todos os nossos prazeres mundanos e nos submetermos ao senhorio de Cristo.

A todos que perseverarem em seguir a Cristo fielmente, serão por Ele recompensado com a coroa da vida. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap.2.10).

É melhor ser rejeitado pelo mundo e ser aceito por Cristo, do que ser honrado e aplaudido pelo mundo e rejeitado por Deus.

O célebre pregador Charles H. Spurgeon, pergunta:

“Você espera ser honrado em um mundo que teu Senhor foi crucificado?”

Com essa pergunta, Spurgeon confronta uma expectativa equivocada que muitas vezes se instala no coração do cristão: a ideia de que fidelidade a Cristo deveria resultar, naturalmente, em honra, reconhecimento e aceitação por parte do mundo.

A pergunta é intencionalmente desconcertante. O argumento é simples e profundamente bíblico: o mundo que rejeitou e crucificou o Filho de Deus não mudou em sua essência. Se Cristo, sendo perfeitamente justo, santo e cheio de graça, foi desprezado, caluniado e morto, não há base bíblica para esperar que seus seguidores sejam tratados com honra por permanecerem fiéis a Ele.

O próprio Jesus preparou seus discípulos para essa realidade:

Se o mundo os odeia, lembrem-se de que me odiou primeiro.

O mundo os amaria como um de seus próprios se vocês pertencessem a ele, mas vocês já não fazem parte do mundo. Eu os escolhi para que saíssem do mundo, e por isso o mundo os odeia. (Jo.15.18,19, NVT)

Aqui, Cristo estabelece um princípio fundamental do discipulado: a relação do mundo com o discípulo é determinada pela relação do mundo com o Mestre. A rejeição ao cristão não acontece principalmente por falhas pessoais, mas porque a vida fiel a Cristo expõe o pecado, confronta valores e proclama uma verdade que o mundo não quer ouvir.

Jesus continua dizendo:

Vocês se lembram do que eu lhes disse: O servo não é maior que o senhor. Visto que me perseguiram, também perseguirão vocês. Se tivessem obedecido ao meu ensino, obedeceriam ao de vocês. (Jo.15:20, NVT)

Spurgeon, portanto, não está promovendo um espírito de vitimismo, nem ensinando que o cristão deve buscar sofrimento ou desprezo. A Bíblia nos chama a manter um bom testemunho diante de todos (1 Pedro 2:12). Contudo, um bom testemunho não garante aceitação, especialmente quando o evangelho é anunciado com fidelidade.

O apóstolo Paulo confirma essa realidade ao afirmar:

De fato, todos que desejam viver de modo piedoso em Cristo Jesus serão perseguidos. (II Tm.3:12, NVT)

Viver piedosamente significa viver sob o senhorio de Cristo, com valores, palavras e atitudes moldados pelo evangelho. Em um mundo que ama as trevas, essa vida inevitavelmente provoca resistência.

Ainda assim, a Escritura ensina que essa oposição não é sinal de derrota, mas de participação na obra de Cristo:

Pois vocês receberam não apenas o privilégio de confiar em Cristo, mas também o privilégio de sofrer por ele. (Fp.1:29, NVT)

A pergunta de Spurgeon, portanto, redefine onde o cristão deposita sua esperança de honra. Se buscamos a aprovação do mundo, acabaremos comprometendo a verdade. Mas se buscamos agradar a Deus, estaremos preparados para suportar a rejeição, sabendo que a verdadeira honra não vem dos homens, mas do Senhor.

Como Paulo declarou:

Se meu objetivo ainda fosse agradar às pessoas, eu não seria servo de Cristo. (Gl.1:10, NVT)

O cristão vive entre a cruz e a glória. Agora, participa dos sofrimentos de Cristo; no futuro, participará da sua exaltação em glória.

Assim, Spurgeon nos lembra que esperar honra de um mundo que crucificou Cristo é esquecer quem é o nosso Senhor e qual é o caminho do verdadeiro discipulado.

E, visto que somos seus filhos, somos seus herdeiros. De fato, somos herdeiros junto com Cristo da glória de Deus. Mas, se quisermos participar da sua glória, também devemos participar de seu sofrimento. (Rm.8:17, NVT)

Concluimos que: Seguir a Cristo fielmente requer renúncia e levar a cruz até o fim. Porque a cruz precede a coroa, o sofrimento precede a glória e as lutas precede a vitória.

Em resumo, o preço do discipulado não é um valor monetário, mas um chamado à entrega total e incondicional em seguir a Jesus Cristo.

sábado, 20 de dezembro de 2025

O HOMEM DE DEUS E O PROFETA VELHO.


A história do "profeta velho e o homem de Deus" está em 1 Reis capítulo 13, onde um jovem profeta de Judá recebe uma ordem de Deus para ir a Betel, confrontar o rei idólatra Jeroboão, e depois voltar sem comer, sem beber nem pegar outro caminho. No entanto, um profeta velho de Betel induz o profeta novo ao erro, dizendo que um anjo o mandou chamá-lo de volta para comer, levando o jovem à desobediência, resultando em sua morte por um leão e um sepultamento fora do túmulo de sua família.  Este episódio destaca a importância da fidelidade à Palavra de Deus e os perigos dos falsos profetas que falam mentiras na intenção de levar os homens e mulheres de Deus à desobediência da Palavra.

O homem de Deus venceu a primeira tentação quando o rei Jeroboão o convidou a ir a sua casa alimentar-se e em seguida a receber um presente (13.7-10). Mas outra tentação estava por vir, dessa vez de um homem que parecia ser piedoso, pois é chamado de profeta velho (13.11). O profeta velho estava determinado a fazer o jovem profeta voltar e comer com ele em Betel. Montou num jumento e foi ao encontro do jovem. Encontrou-o descansando à sombra de uma árvore e tentou persuadi-lo a voltar e fazer uma refeição em sua casa. A princípio, o jovem se recusou a voltar a Betel e mencionou as instruções que havia recebido (13.14-17). O homem de Deus estava irredutível, mas o profeta velho insistiu, contou-lhe uma mentira em linguagem religiosa, dizendo: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou pela palavra do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo à tua casa, para que coma pão e beba água (13.18). O homem de Deus acreditou e voltou e comeu pão em sua casa, e bebeu água (13.9). O jovem profeta não discerniu a tentação disfarsada de uma falsa espiritualidade, colocou de lado a Palavra de Deus que havia recebido e começou a seguir outras instruções. Esse episódio traz à memória a advertência de Paulo aos cristãos da Galácia: Ainda que nós mesmo ou um anjo vindo do céu vos pregue outro evangelho além do que vos tenho pregado, seja anátema (Gl.1.8,9). O apóstolo João também adverte: Amados, não deis credito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm surgido no mundo (I Jo.4.1). A malícia de Satanás é observar que estamos atentos àquilo que é claramente pecaminoso, ele muda de estratégia e nos tenta em questões menos óbvias. Havia, de fato, a possibilidade de o velho ser mensageiro de Deus, mas o jovem profeta deveria ter refletido sobre a questão. Ao reconhecer que as palavras do velho contradiziam as instruções anteriores recebidas diretamente de Deus, ele deveria ter tomado a decisão de seguir aquilo que lhe havia sido dito pela fonte original. 

Durante a refeição, o velho profeta recebeu, repentinamente, uma mensagem de julgamento e condenação da desobediência do profeta novo (13.20-220. Ser sepultado fora do sepulcro de seus pais significa morrer longe de casa, fato considerado um grande infortúnio. 

O profeta velho ficou profundamente angustiado com o resultado de sua mentira frívola. Levou o corpo do homem de Deus para casa, pranteou-o como a um irmão e sepultou-o em seu próprio túmulo. Chegou a declarar que, quando morresse, devia ser sepultado junto ao rapaz (13.29-31). 

CONCLUSÃO:

Nesta história, podemos aprender que, a Palavra de Deus não deve ser invalidada por uma outra revelação que é contraria ao que Deus falou. Que a desobediência a revelação original de Deus nos trará grande tragédia.

Aprendemos que: 

Nem toda voz que usa o nome de Deus vem de Deus. 

Nem toda autoridade é digna de confiança. 

Nem todo aquele que se diz profeta merece a nossa credibilidade.

Nenhuma experiência espiritual está acima da Palavra de Deus. 

O profeta novo morreu por desobedecer a voz do SENHOR. E o profeta velho que mentiu continuou vivo. Por que ? Porque Deus julga a desobediência a sua Palavra primeiro, e a mentira depois. 

Guardar a Palavra e permanecer no centro da vontade de Deus é a melhor escolha que o homem de Deus deve fazer. Amém! 

sábado, 13 de dezembro de 2025

DEUS MUDA A HISTÓRIA EM ZICLAGUE.


Davi lhe perguntou: "A quem você pertence e de onde vem? Ele respondeu: "Sou um jovem egípcio, servo de um amalequita. Meu senhor me abandonou quando fiquei doente há três dias (I Sm.30.13).

Este episódio relata o ataque dos amalequitas sobre a cidade de Ziclague, e a grande angústia e tristeza de Davi com seu exército de 600 homens. Após três dias de caminhada, Davi chega em Ziclague e fica sabendo que a cidade foi queimada pelos amalequitas e as famílias e esposas levadas em cativeiro. Esse episódio dá a impressão que Davi e seus guerreiros deixaram de apreciar a graça de Deus e buscar orientação divina, de modo que o SENHOR pode ter permitido tal ataque para chamar a atenção de Davi sobre isso. 

Davi e seus homens chegaram em Ziclague após três dias de viagem, eles foram surpreendidos com a notícia dos acontecimentos, havia cheiro de fumaça e destruição por todas as partes. Quando viram a cidade totalmente destruída pelos amalequitas, ficaram desesperados e começaram a procurar pelos corpos, mas não acharam nenhum. Então eles começaram a chorar incontrolavelmente ao perceber a realidade da situação. 

Davi chamou o sacerdote Abiatar para ajudá-lo a discernir a vontade de Deus. Davi foi instruido pelo SENHOR a perseguir os amalequitas (30.7,8). Davi não sabia exatamente para onde teriam ido os amalequitas, mas foi surpreendido quando encontrou um escravo egípcio abadonado por seu senhor, prestes a morrer de fome, pois estava doente há três dias (30.1-13). Quando Davi encontrou o egípcio lhe perguntou: De quem és tu e de onde és? E disse  o moço egípcio: Sou servo de um homem amalequita, e meu senhor me deixou, porque adoeci há três dias (30.13). Davi poderia tê-lo matado ou deixado que morresse de fome, porém demonstrou compaixão e deu-lhe comida e água de que tanto precisava (30.12). Foi exatamente, este jovem egípcio o homem enviado por Deus para ajudar a Davi e seus homens a encontrar os amalequitas (30.15,16). Isto nos leva a refletir que não devemos desprezar as coisas pequenas e as pessoas aparentemente sem importância. Deus sempre trabalha na contramão da lógica e tem planos e pensamentos maiores que os nossos. 

Seguindo a direção dada pelo jovem egípcio, Davi e seus homens invadem o acampamento dos amalequitas e os pega de surpresa. Os amalequitas estavam tão entusiasmados comemorando a vitória, que relaxaram a guarda do acampamento. Davi e seus homens entraram em combate contra os amalequitas, desde o amanhecer até à tarde do dia seguinte (30.17). Davi e seus homens venceram a batalha e libertaram todos os prisioneiros que haviam levados, inclusive as duas mulheres de Davi e todas as famílias e seus bens que haviam sido tomados (30.18-20). Deus sempre nos surpreende, e nos restitui muito mais que imaginamos. Davi declara de forma poética: "Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará os nossos inimigos (Sl.62.12). 

EM SUMA:

Enquanto Davi e seus homens estavam fora, em uma campanha militar com os filisteus, os amalequitas atacaram Ziclague, sua base, incendiando-a e levando todos (mulheres, crianças, idosos) cativos.

Ao retornar, Davi e seus homens choraram até não poderem mais.

O povo, amargurado, queria apedrejar Davi, culpando-o.

Davi ficou profundamente angustiado, mas se fortaleceu no Senhor, seu Deus. 

Davi pediu ao sacerdote Abiatar que trouxesse o éfode (colete sacerdotal) para consultar a Deus.

Deus o instruiu a perseguir os invasores, garantindo que ele os alcançaria e recuperaria tudo.

Davi, com 400 homens (200 estavam exaustos e ficaram), perseguiu os amalequitas, recuperando todos os cativos, bens e despojos.

Ziclague representa um ponto de virada, o fundo do poço antes da vitória e do cumprimento das promessas de Deus.

Mostra a importância de fortalecer-se no Senhor em meio à dor e à acusação.

É um exemplo de como Deus restaura completamente o que foi perdido quando buscamos Nele, transformando a nossa desolação em restauração total.

Portanto, não desista quando tudo parece perdido, nada está perdido; Deus tem uma nova direção para nos levantar e nos restituir tudo quanto o inimigo nos roubou. Amém! 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

CINCO COISAS QUE O REI SENAQUERIBE NÃO SABIA SOBRE DEUS.

O grande levante do rei Senaqueribe contra a nação de Judá ocorreu em 701 a.C. Senaqueribe rei da Assíria, reagiu à rebelião do rei de Judá, por deixar de pagar os tributos que lhe era imposto. Devido a esta rebelião, Senaqueribe invade as cidades fortes de Judá e ameaça tomar toda a nação. Os historiadores indicam que ele tomou quarenta e seis cidades muradas de Judá. O rei Ezequias, não vendo qualquer solução, submeteu-se a Senaqueribe, tirando todo o ouro e prata da Casa do SENHOR e todo seu tesouro da casa real e os deu ao rei da Assíria.

As passagens que narram essa história estão escritas no texto sagrado de II Reis capítulos 18 e 19; e II Crônicas 32.1-23 e Isaías capítulos 36 e 37.

Ezequias foi um rei fiel a Deus. Ele começou a reinar sobre o reino de Judá com 25 anos, e reinou durante 29 anos. A Bíblia diz que, ao contrário de seu pai Acaz, Ezequias fazia o que era reto e "se apegou ao Senhor". O rei Ezequias teve o cuidado de obedecer ao Senhor e confiar Nele de todo coração, por isso Deus estava com Ele.

Depois de 4 anos do seu reinado, o rei do império da Assíria sitiou algumas cidades de Judá, tentando conquistá-las. Uma das estratégias era cercar as povoações com seus exércitos, e impor o medo por meio de ameaças, para que os governantes cedessem às suas imposições. Com o seu grande poder e exército, a Assíria dominava diversas nações, exilando-as e impondo grandes taxas - vassalagem.

Durante o reinado de Ezequias, rei de Judá, Senaqueribe, o rei da Assíria, ameaçou destruir Jerusalém. Esse inimigo poderoso afrontou um rei que era fiel a Deus. Na sua arrogância e ameaças, Senaqueribe não considerou que o Deus todo-poderoso interveria a favor dos Seus. Essa história de ameaças do inimigo, nos mostra a fidelidade e bondade de Deus em proteger seu povo atendendo às orações de Ezequias num tempo de crise.

O imperador assiro já havia invadido e deportado israelitas do Reino do Norte para a Assíria, com a permissão de Deus - porque os israelitas e os seus reis abandonaram ao Senhor e adoravam a deuses pagãos (2 Reis 17:7-18). Mas Senaqueribe não conhecia ao Deus de Israel, nem o respeitava. Ele insultou ao Senhor, a Ezequias e ao povo de Judá. Em palavras, cartas e até com gritos eles afrontavam ao Deus vivo e verdadeiro do reino de Judá.

Senaqueribe e os seus comandantes eram orgulhosos e imponentes. Eles desconheciam que o Deus de Judá, eles pensavam que era mais um deus como os das nações que eles haviam vencidos. Mas o Deus de Judá é o Criador de todo universo, detentor de todo o poder, sobre os reinos da terra e céu. Senaqueribe não sabia sobre o Deus com quem ele estavam insultando e dasafiando com desprezo.

Depois de ouvir as afrontas do rei Senaqueribe, Ezequias entrou na Casa do SENHOR, se humilhou, e mandou chamar o profeta Isaías. Eles oraram ao SENHOR, apresentaram as cartas enviadas pelo rei da Assíria e clamaram pela ajuda de Deus.

Agora, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das mãos dele, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, ó Senhor, és Deus (2 Reis 19:19).

O SENHOR ouviu as suas orações. Ele prometeu que iria livrar Ezequias e o povo de Judá das mãos de Senaqueribe e assim o fez.

Naquela mesma noite o Anjo do SENHOR destruiu 185 mil soldados do exército da Assíria. O rei Senaqueribe se retirou, voltando para a sua terra com os sobreviventes. E, enquanto ele estava na casa do seu deus, foi assassinado pelos seus próprios filhos, à espada.

Deus é Terrível, com Ele não se brinca, Ele não aceita afronta e não se deixa escarnecer.

CINCO COISAS QUE O REI SENAQUERIBE NÃO SABIA SOBRE DEUS:

1) DEUS é Deus dos deuses.

2) DEUS é Rei dos reis.

3) DEUS é Grande em Glória.

4) DEUS é Vivo, Ele ver e ouve tudo.

5) DEUS é Especialista em vencer as guerras do seu povo.

Infelizmente, esta história se repete ao longo dos séculos, no livro poético de Jó está escrito: Ele é sábio de coração, poderoso em forças; quem se endureceu contra Ele e teve paz? (Jó.9.4).

Jó está lamentando sua situação e reconhecendo a grandeza e o poder de Deus, afirmando que ninguém pode se opor a Ele e ter sucesso.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

ESPÍRITO - O Âmago Da Vida Humana.


A revelação bíblica afirma que o homem é um ser tricotomo, ou seja, é composto por espírito, alma e corpo (I Ts.5.23). O espírito é a cerne ou o âmago da vida humana, sendo a parte mais íntima, a essência, o centro mais importante do ser. O espírito é a parte imaterial através da qual estabelecemos nossa comunhão com Deus. A vida que o espírito recebe de Deus é por Ele transmitida à alma. Esta, por sua vez, a expressa por meio do corpo. Portanto, o espírito é o âmago, a parte mais profunda e íntima do ser humano, entranhado com a alma e inseparável dela.  

O SOPRO DIVINO.

Feito do pó da terra, o corpo humano estava inerte até receber o sopro divino nas narinas, ato pelo qual Deus deu ao homem o espírito e a alma, e o tornou alma vivente (Gn.2.7). A matéria recebeu vida espiritual consciente, constituída de espírito e alma, tornando o ser humano capaz de ter comunhão com o Criador. O profeta Isaías diz: Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te... (Is.26.9). A alma deseja, mas é o espírito que faz contato íntimo com Deus. 

RAÍZES DO PECADO: ESPÍRITO, ALMA E CORPO.

Em I Tessalonicenses 5.23, Paulo trata do processo de santificação que deve atingir o ser humano por inteiro. A ordem por ele apresentada, espírito, alma e corpo, não é citada de maneira aleatória. O ato de criação se deu do material para o imaterial (Gn.2.7), mas a Redenção do homem se dá do espiritual para o físico (I Pe.1.23; Rm.8.23). É no imaterial, que a Bíblia geralmente chama de "coração", que o pecado fica enraizado (Mt.15.19). Por isso,  a verdadeira santificação acontece de dentro para fora (Ez.36.26,27; Rm.8.10-13; Gl.5.22). A falta dessa compreensão leva ao legalismo farisaico, além de representar uma grave distorção da Doutrina da Graça. 

Pecados no espírito.

Orgulho, soberba, vangloria, arrogância, idolatria, feitiçarias, heresias... 

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv.16.18).

... purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus (II Co.7.1). 

Pecados na alma.

Maus pensamento, olhos maus, sentimentos maliciosos, coração cheio de ódio, alma rancorosa, cheia de amargura por não suportar a felicidade do seu próximo.

Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo (I Pe.2.1,2).

Pecados no corpo.

Prostituição, impureza, lascívia, iras, pelejas, vícios, glutonarias... (Gl.5.19-21).

Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo (I Co.6.18).

... purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus (II Co.7.1). 

DEZ REFERÊNCIAS BÍBLICAS RELACIONADAS AO ESPÍRITO HUMANO.

1) espírito reto.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto (Sl.51.10).

2) espírito voluntário.

Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário (Sl.51.12).

3) espírito quebrantado.

Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus (Sl.51.17).

4) espírito abatido.

O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate (Pv.15.13).

5) espírito humilde.

Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos (Pv.16.19).

6) espírito entendido.

Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-poderoso os faz entendidos (Jó.32.8).

7) espírito constrangido.

Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange (Jó.32.18).

8) espírito angustiado.

a ordenar acerca dos tristes de Sião que lhes dê ornamento por cinzas, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado... (Is.61.3).

9) espírito alegre.

Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (Lc.1.46,47).

10) espírito fervoroso.

Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor (Rm.12.11).

A NOSSA ALMA TEM SEDE DE DEUS, MAS É O NOSSO ESPÍRITO QUEM O ADORA.

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? (Sl.42.2).

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo.4.23,24).

SERVINDO A DEUS NO ESPÍRITO.

Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós, pedindo sempre em minhas orações... (Rm.1.9,10).

Paulo está dizendo que seu serviço a Deus é íntimo e verdadeiro, algo que Deus, em seu espírito, testemunha.

Esse serviço está focado em anunciar as boas-novas de Jesus Cristo e orar pelos irmãos para que sejam fortalecidos na fé.

A fé é central nesse serviço, e isto envolve anunciar o evangelho e trabalhar para o crescimento espiritual dos outros. 

O serviço vem do espírito e é testemunhado pelo Espírito de Deus que habita no crente.

O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito (II Tm.4.22). Amém! 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

ANDANDO NA PLENITUDE DO ESPÍRITO.


Andar na plenitude do Espírito implica em viver uma vida totalmente guiada, capacitada e preenchida pelo Espírito Santo, o que resulta em uma profunda mudança de caráter e um testemunho poderoso de Deus. Isso envolve uma rendição diária, buscando a orientação divina e a manifestação da vida de Deus, manifestada através da direção do Espírito em uma vida de oração, santificação, domínio próprio e do amor. 
A plenitude do Espírito não é um evento único, mas um processo contínuo de santificação e crescimento, onde o Espírito capacita a viver de forma a agradar a Deus em todas as áreas da nossa vida. 

QUATRO ATITUDES PARA VIVER NA PLENITUDE DO ESPÍRITO:

1) Ser Guiado Pelo Espírito.

Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei (Ef.5.16-18). NVI

Jesus disse: Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade... (Jo.16.13).

2) Ser Cheio do Espírito.

Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito (Ef.5.18). 

Este é um convite para ser completamente cheio do Espírito, este é um termo imperativo para se "deixar encher" pelo Espírito Santo. Este enchimento deve ser diário e contínuo.

3) Depender do Espírito.

Nosso grande desafio é abandonar a autossuficiência e confiar plenamente na orientação do Espírito Santo, mesmo que isso signifique renúncias e novas direções na vida. 

4) Obedecer a voz do Espírito.

E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro (At.8.29).

E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidod pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. E, tendo passado por Mísia, desceram a Trôade (At.16.6-8).

O grande problema da maioria dos crentes é se conformar em viver uma vida espiritual medíocre e sem crescimento. Quando estamos fora de sintonia com o Espírito Santo, estamos agindo pela nossa própria direção e vontade. Andar no Espírito e não satisfazer os desejos da carne, se constitui um grande desafio para os crentes que buscam viver na plenitude do Espírito. Quando a carne domina e subjulga o espírito é porque estamos vivendo na dimensão da alma. Mas, quando o nosso espírito está submisso ao Espírito Santo, os desejos da carne ficam dominados pelo Espírito. Quando estamos sob o domínio do Espírito, a nossa vontade, desejo e direção tem origem no Espírito. Viver no Espírito não terefa fácil, mas não é impossível. 

domingo, 30 de novembro de 2025

A ESPERANÇA DA GLÓRIA.


... aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória (Cl.1.27).

Paulo falando sobre a igreja, diz: "O mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos" (Cl.1.26). Este mistério foi revelado em Cristo, o qual é a cabeça da igreja, havendo Ele reunido em um só corpo todos os povos, formando assim a sua igreja. Cristo habitando em nós é a nossa garantia da glória futura e da vida eterna. Somente a presença dEle em nós e a nossa contínua comunhão com Ele podem dissipar qualquer dúvida quanto a irmos para o céu. Quem tem a Cristo como Senhor e Salvador, tem a "Esperança da Glória" e também a vida eterna.

A igreja tem uma esperança eterna focada na pessoa de Jesus Cristo. Pedro nos afirma esta verdade, quando escreve: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (I Pe.1.3). A nossa esperança não é uma utopia ou um conto de fada, mas é real e verdadeira. Pedro também nos assegura dizendo: Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade (II Pe.1.16). 

O foco da nossa atenção não deve ser desviado para as coisas terrenas e efêmeras desta vida, mas deve ser mantida e alimentada na "Esperança da Glória", na pessoa de Jesus Cristo. Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo, diz: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa (I Tm.1.1).

A esperança da igreja não está na política dos homens, não está nos governos da terra, não está ancorada na tecnologia, nem na ciência em toda a sua amplitude, mas está posta em Deus. 

Nossa esperança está confiada e firmada na pessoa de Jesus Cristo, que é, Cristo em nós, esperança da glória! Amém!