PREGANDO A VERDADE

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

A SEMENTE É MAIOR QUE O SEMEADOR.


"A semente é maior que o semeador" refere-se à Mensagem Divina, ou a Palavra de Deus, que é muito mais poderosa e importante do que as pessoas que a anunciam, ou o semeador. A semente (a Palavra de Deus ) tem o poder de transformar, fazer crescer e dar frutos em abundância, transcendendo o pregador que a semeia, que por si só pode ser limitado e falho. 

Não importa quão falho e imperfeito seja o semeador; o mais importante é que a Palavra de Deus seja lançada e recebida em boa terra, para que possa crescer e produzir o seu fruto, mesmo que o semeador seja imperfeito. 

Portanto, a mensagem de Deus tem um poder intrínseco e uma capacidade de transformação poderosa, que são maiores do que a capacidade ou santidade do mensageiro humano. 

Os escribas e fariseus eram os doutores e mestres da Lei, eles eram capazes de citar boa parte da Torá e interpretar de forma convincente para os seus ouvintes. Convencidos de que possuiam a correta interpretação da vontade de Deus, afirmavam que a tradição dos anciãos, a lei oral vinha de Moisés e desde o monte Sinai. Fariseus e escribas eram, portanto, os sucessores autorizados da tradição de Moisés como mestres da Lei. 

Os escribas e fariseus como mestres da Lei, eram bons ensinadores, mas foram censurados por Jesus pelo fato de que eles apenas ensinavam ao povo, mas não praticavam o que ensinavam. Sobre eles Jesus disse: Os escribas e fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Fazei e obedecei, portanto, a tudo quanto eles vos disserem. Contudo, não façais o que eles fazem, portanto não praticam o que ensinam (Mt.23.2,3). Esta observação feita por Jesus, também vale na atualidade para muitos líderes, pastores, ensinadores e pregadores. Todavia, é sempre bom lembrar que: "A semente é maior que o semeador" Amém! 

sábado, 27 de setembro de 2025

AS QUATRO PROIBIÇÕES DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM.


Atos capítulo 15 apresenta o primeiro Concílio da igreja em Jerusalém, para resolver a primeira controvérsia de grande relevância na igreja cristã, e caso não tivesse sido resolvida urgentemente, aumentaria a medida que o cristianismo avançasse além das fronteiras da antiga Palestina. Os primeiros cristãos eram judeus e várias práticas das quais estavam habituados foram conservadas. Muitos mantinham até mesmo o preconceito contra outras nações; para eles a entrada dos gentios na igreja, sem adotar os costumes judaicos e todas as orientações divinas presentes na Torah (lei de Moisés), sobretudo as cerimoniais, causaria transtornos e instabilidade ao cristianismo. Então, alguns passaram a exigir que os cristãos gentios aplicassem o estilo de vida e as leis específicas do judaísmo, como por exemplo, a lei da circuncisão. Eles acreditavam que tais atitudes, além de estarem relacionadas com a salvação (Atos 15:1-6), preservariam a integridade da igreja.

A igreja de Antioquia temendo que o assunto da circuncisão resultasse em divisão entre seus membros, enviou à Jerusalém, Paulo e Barnabé a fim de resolverem a questão perante os apóstolos e anciãos (Atos 15:1-2). E, na presença destes, relataram o sucesso do ministério entre os gentios e os atritos doutrinários ocasionados pelos judaizantes (Atos 15:4-6).

A reivindicação dos judaizantes de impor todas as normas prescritas na lei de Moisés, condenava diretamente o trabalho que Paulo e Barnabé faziam em favor dos gentios (Atos 13:44-52). Eles proclamavam a salvação por meio da fé em Cristo sem as exigências defendidas pelos fariseus convertidos ao cristianismo (Atos 15:5). Esta controvérsia gerou o debate sobre o vínculo dos cristãos com a lei mosaica. Este era o principal problema a ser resolvido no concílio de Jerusalém.

Após Paulo e Barnabé falarem sobre os gentios serem alcansados pela graça de Deus por todas as cidades por onde pregaram o Evangelho de Cristo, e Pedro também relatado a sua revelação e experiência entre os gentios convertidos ao Evangelho da graça; Tiago, irmão do Senhor, líder da igreja em Jerusalém, fez uma sábia exposição e concluiu seu discurso dizendo: Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá (At.15.28,29).

1) COMIDAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS.

Os cristãos gentios deveriam evitar comer alimentos que tinham sido oferecidos a ídolos, algo que na cultura pagã era muito comum.
O consumo de carne sacrificada aos ídolos, ainda era praticado pelos gentios convertidos ao cristianismo, eles viviam entre pessoas que faziam frequentes sacrifícios e ofertas aos deuses pagãos, e os sacerdotes desses cultos comercializavam as ofertas.

2) SANGUE.

A proibição de comer sangue é uma das leis mais antigas, vinda da Aliança de Noé (Gn.9.4) e seguida pela Lei Mosaica (Lv.17.10-12) e também da própria criação, que enfatizava a santidade do sangue.

3) CARNE SUFOCADA.

Esta proibição era para evitar o consumo de carne de animais que não foram abatidos de forma ritualística, onde o sangue não foi drenado corretamente. Um animal estrangulado não pode ser sangrado de forma satisfatória, consequentemente, sua carne será imprópria para o consumo.

4) FORNICAÇÃO. 

A fornicação ou imoralidade sexual, é todo tipo de pratica sexual ilícita. A fornicação se distingue do adultério pelo estado civil das pessoas envolvidas. A fornicação ocorre quando os parceiros não são casados, enquanto o adultério acontece quando pelo menos um deles é casado e se relaciona sexualmente com outra pessoa. Essa proibição é entendida como um chamado à pureza sexual, para que a igreja refletisse o caráter santo de Cristo. 

Estas proibições que primeiramente foram ordenadas pelo Espírito Santo e em seguida pelos apóstolos e presbíteros (pastores), continuam em plena validade para todos os crentes de todas as épocas passadas e agora na presente.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

O ANJO DO ZIMBRO.

 

Elias fugindo das ameças de Jezabel, foi para o deserto de Berseba e, sentindo-se desanimado e pedindo a morte, deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro. Foi ali que um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. Elias levantou-se e comeu pão assado nas brasas e bebeu água fresca, que lhe foram providenciados perto da sua cabeça. Elias tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Elias levantou-se e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Uma síntese do que está escrito em I Rs.19.1-8.

O Anjo do Zimbro aparece em duas ocasiões na história sagrada: Primeira no episódio da escrava Agar com seu filho Ismael, quando despedida por Abraão saiu sem destino caminhando pelo deserto de Berseba (Gn.21.1-20). Segunda aparição do Anjo é quando Elias fugindo das ameaças da malvada rainha Jezabel, faz uma longa caminhada pelo deserto de Berseba, cerca de 1.250 anos depois de Agar e seu filho Ismael. Elias cansado e sem ânimo deita-se em baixo de um Zimbro (I Rs.19.1-8).

INFORMAÇÕES SOBRE O ZIMBRO:

O zimbro (Juniperus) é um arbusto ou pequena árvore conífera, perene e de crescimento lento, da família das Cupressaceae, com grande distribuição no Hemisfério Norte. É robusto, tolerante à seca e ao frio, e prefere solos secos e arenosos. Seus frutos, bagas azul-escuras, são usados como condimento na culinária e na produção de bebidas alcoólicas, como o gin, mas também têm usos medicinais tradicionais, embora o seu consumo deva ser moderado e sob orientação profissional devido a potenciais toxicidades. 

Uma Providência No Deserto.

Agar colocou o rapaz debaixo do zimbro e ficou a uma distância de um tiro de flecha, desesperada esperando o pior acontecer (o moço estava morrendo por falta de água). Mas, de repente, o Anjo do SENHOR brada em voz alta e diz: Ouvi o choro do rapaz! Abre uma fonte de águas e lhe faz promessas.

Elias, estava desfalecido, desanimado e sem esperança. Fugindo de Jezabel, deitou-se e dormiu debaixo do zimbro. Passado cerca de 1.250 anos do episódio de Agar e Ismael, a cena se repete. O Anjo desce com providência trazendo pão e água para alimentar Elias, que ao comer e beber, recobra ânimo e caminha 40 dias e 40 noites até chegar a Horebe, o monte de Deus.

TRÊS LIÇÕES DO ZIMBRO.

1) Resiliência.

O zimbro cresce e sobrevive em condições adversas, o que pode simbolizar a capacidade do crente prosperar e vencer em meio às dificuldades, resistindo firme na fé que se fortalece em tempos de provação. 

2) Refúgio.

O zimbro ofereceu abrigo físico e proteção para Ismael (Gn.21.15) e Elias; mas também serviu como um lugar onde Deus interveio através do Anjo para oferecer sustento e encorajamento a Elias, que estava em desespero; e suprimento, vida e esperança para Agar e seu filho Ismael.

3) Provisão Divina.

O zimbro, apesar de ser um arbusto simples, serviu como abrigo e provisão para Ismael, o filho da escrava Agar que estava prestes a morrer, quando o Anjo apareceu e proveu água em abundancia. A madeira do zimbro também é um excelente combustível para o fogo, e o anjo usou uma brasa para assar o pão de Elias, demonstrando a provisão de Deus através dos meios disponíveis. 

Finalmente, a história nos ensina sobre a dependência dos crentes em Deus para força, sustento e renovação; não apenas em momentos de vitória, mas também em tempos de fragilidade, cansaço e desesperança.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PAULO - O FAZEDOR DE TENDAS.


Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Claúdio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), se juntou com eles, e, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas (Atos, 18.1-3).

Em Corinto, Paulo conheceu Áquila e Priscila, um casal que também era fazedor de tendas, e se juntou a eles em seu trabalho. Essa parceria foi fundamental para o ministério de Paulo nas cidades, pois também lhe abria portas para ele pregar o Evangelho.

Paulo, o apóstolo, era de fato um fazedor de tendas, uma profissão que ele aprendeu em sua cidade natal, Tarso. Essa habilidade manual era uma prática comum na sociedade judaica da época, onde era esperado que os rabinos e estudiosos da lei tivessem também uma profissão para se sustentarem.

Paulo usava seu ofício para sustentar a si mesmo e a seus companheiros de viagem, evitando ser um peso financeiro para as igrejas nascentes. Ele acreditava que, ao trabalhar com as próprias mãos, demonstrava a pureza de suas intenções e a sinceridade de sua pregação, que não era motivada por ganhos financeiros.

Ao se manter financeiramente independente, Paulo ganhava credibilidade e confiança entre as comunidades que evangelizava. Ele podia pregar o evangelho de Cristo sem a suspeita de que estava interessado apenas em dinheiro, estabelecendo-se como um modelo de dedicação e trabalho honesto.

Paulo explica que, embora tivesse o direito de ser sustentado, escolheu não usar esse direito para evitar qualquer obstáculo ao evangelho (I Co.9.1-15).

Vocês se lembram, irmãos, do nosso trabalho e cansaço. Trabalhamos noite e dia para não sermos um peso para nenhum de vocês, enquanto lhes pregávamos o evangelho de Deus (I Ts.2.9).

Nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós (II Ts.3.8).

De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste. Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram (At.20.33,34).

O ofício pastoral é, sem dúvida, uma vocação honrosa. Um pastor dentro da comunidade de fé, ele é visto como um ministro da Palavra e cuidador das almas, algo que exige zelo, oração, estudo e total dedicação. Entretanto, fora desse círculo, a percepção é bem diferente. Muitos enxergam os pastores como aproveitadores e mercenários. Esse estigma, ainda que injusto em muitos casos, não pode ser ignorado.

As Escrituras, porém, são claras: “Digno é o trabalhador do seu salário” (1Tm. 5.18). O Senhor mesmo ordenou “que os que anunciam o evangelho, vivam do evangelho” (1Co. 9.14). O ministério integral é legítimo, necessário e traz vantagens incontáveis à Igreja. Ainda assim, não se trata de uma obrigatoriedade em toda e qualquer circunstância. A Bíblia também mostra um outro caminho, menos confortável, mas igualmente honroso: O exemplo de Paulo, o fazedor de tendas.

O apóstolo dos gentios, por vezes, preferiu trabalhar com suas próprias mãos para não ser pesado às igrejas e para não dar ocasião aos maledicentes (At. 20.33-35; 1Ts 2.9; 2Ts 3.8). Ele sabia que tinha o direito de ser sustentado, mas escolheu abrir mão dele, de modo a adornar o evangelho com sua conduta. Não apenas isso, ao escrever às igrejas, Paulo nos conclama a ser seus imitadores, como ele mesmo era de Cristo (1Co 11.1).

Seguir esse exemplo apostólico pode se tornar, em nossos dias, um poderoso testemunho diante do mundo. Num contexto em que a figura do pastor é muitas vezes associada à cobiça e ao abuso financeiro, levantar homens que pregam a Palavra com fidelidade enquanto se sustentam pelo trabalho secular seria um forte testemunho, desmentido às acusações de mercenarismo, por parte dos opositores do Evangelho de Cristo.

É claro que não se trata de desvalorizar o ministério integral. Este é um dom de Deus para sua Igreja e deve ser preservado. Mas talvez a realidade contemporânea exija que muitos ministros sigam a via de Paulo, tornando-se fazedores de tendas. Homens que mostram, pelo exemplo, que não pregam por interesse material, mas por amor a Cristo e às almas.

O termo "fazedor de tendas" ganhou um significado espiritual e inspirou a criação de um modelo missionário moderno. Atualmente, o termo descreve cristãos que se mantêm financeiramente por meio de uma profissão secular e, ao mesmo tempo, dedicam-se à obra missionária em seu tempo livre ou no local de trabalho. Essa abordagem permite que o evangelho seja levado a lugares onde missionários tradicionais de tempo integral podem não ter acesso. 

Em dias de tantas suspeitas contra o evangelho, precisamos de pastores dispostos a unir a vocação ministerial ao trabalho diário, de modo que o nome de Deus seja glorificado e os de fora vejam que o rebanho de Cristo não está à venda, nem igreja é meio de vida. Precisamos de mais fazedores de tendas.

domingo, 14 de setembro de 2025

ESTÁS DISPOSTO A CAMINHAR DUAS MILHAS?


Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas (Mateus, 5.41). 

Uma milha é uma unidade de comprimento do sistema imperial de medidas, equivalente a 1.609 metros ou pouco mais que um quilômetro e meio.

O Império Romano tinha a lei de Angaria, que permitia a soldados romanos obrigar cidadãos a carregar seus equipamentos por uma milha. 

Na época de Jesus, um soldado romano podia obrigar qualquer pessoa a carregar seus pertences por uma milha, isso era uma humilhação para os judeus. Jesus ensina a surpreender o opressor, não com raiva, mas com bondade, duplicando a distância solicitada. 

A segunda milha é feita por amor e não por imposição, demonstrando um caráter que não apenas cumpre as exigências, mas as excede, sendo um testemunho positivo do evangelho. 

Andar mais uma milha, significa ir além, dar o "extra", fazer o que muitos não fazem, mesmo quando a outra pessoa não o merece. 

Esta metáfora de Jesus também tem a ver com o costume judaico de se pedir a companhia de alguém numa viagem pelas perigosas estradas da época. Quando alguém se negava, e acontecia um crime, essa pessoa era responsabilizada e punida pela comunidade local, por não ter atendido ao pedido do viajante.

Os romanos forçava aqueles a quem eles escolhia. O verbo grego traduzido aqui por "forçar" advém de uma antiga palavra persa que significa "recrutar à força". Curiosamente, é a mesma palavra que aparece no capítulo 27.32 de Mateus, quando os soldados romanos "recrutaram à força" Simão, para ajudar Jesus a carregar sua cruz. 

Os fariseus haviam imposto uma lei: "Devemos acompanhar somente a outro fariseu, (pessoa do mesmo nível) não devemos caminhar com os incrédulos". Jesus, entretanto, vai além, e ensina que seus discípulos, ao serem solicitados por qualquer viajante a andar uma milha (1.609 metros), devem graciosamente estar prontos para caminhar em sua companhia por mais uma milha; ou seja, por mais de três quilômetros. Assim Jesus está nos ensinando que devemos exceder em amor, graça e misericórdia ao que pede a Lei.

Aqui eu aprendo que, a pratica do verdadeiro cristianismo é fazer o que ninguém faz, é ir além das obras dos religiosos. Jesus disse: Pois se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Pois eu lhes digo que se a vossa justiça não for superior a dos fariseus e escribas, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus (Mt.5.46,47,20). A justiça dos escribas e fariseus era exclusivamente exterior. Eles observavam muitas regras, oravam, cantavam, jejuavam, liam as Escrituras e frequentavam os cultos nas sinagogas. No entanto, substituiam as atitudes interiores corretas pelas aparências externas. Jesus declara aqui que a justiça que Deus requer do crente vá além das aparências, além da religiosidade, além do legalismo e formalismo religioso. Amém! 

sábado, 13 de setembro de 2025

Sete Manifestações Do Espírito Santo No Livro De Atos.

 

O livro de Atos dos apóstolos é o livro onde lemos sobre os atos e ações do Espírito Santo. O protagonista do livro de atos não são os apóstolos, os apóstolos Pedro e Paulo são apenas os coadjuvantes, o protagonista é o Espírito Santo. Do capítulo 1 ao 28 do livro de atos, o Espírito Santo está em ação, Ele se manifesta com ações multiformes e poderosa na vida da igreja do Senhor. Das muitas manifestações do Espírito Santo registradas por Lucas, quero destacar apenas sete.

1) NA FESTA DE PENTECOSTES.

Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (Atos 2.1-4).

2) ENCHENDO OS CRENTES PARA PREGAREM A PALAVRA.

E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31).

E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.21).

3) AGINDO NA OBRA EVANGELÍSTICA.

E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro (At.8.29).

E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia.

E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu (At.16.6,7).

4) DESCENDO SOBRE OS GENTIOS.

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviram a Palavra. 

E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus (At.10.44-46).

5) CONVOCANDO HOMENS PARA OBRA MISSIONÁRIA.

Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram (At.13.1-3).

6) ORIENTANDO OS LÍDERES E CONSTITUINDO PASTORES PARA IGREJA.

Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias... (At.15.28).

Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (Atos, 20.28).

7) ENCHENDO DOZE HOMENS NA CIDADE DE ÉFESO.

E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,

disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.

Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.

Estes eram, ao todo, uns doze varões (Atos, 19.1-7).

Esse evento ocorre cerca de 25 anos depois do primeiro Pentecoste, e o mesmo Espírito se manifestou poderosamente mais uma vez sobre as vidas de 12 homens na cidade de Éfeso.

Quando o Espírito Santo veio sobre eles, todos começaram a falar noutras línguas e a profetizar. Lucas nunca apresenta o derramamento do Espírito Santo como algo que se possa perceber somente pela fé. Pelo contrário, mostra que é uma experiência identificável e que pode ser comprovada visivelmente. Falar em novas línguas era e continua sendo a comprovação externa e visível de que o Espírito Santo vem sobre os seguidores de Jesus. Amém! 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

"Caiu o Espírito".


E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra (Atos, 10.44).

"Caiu o Espírito". Esta é uma expressão literal usada para descrever o advento do Espírito que desceu sobre os gentios enquanto Pedro pregava a Palavra. Esta expressão "caiu o Espírito Santo" aparece duas vezes no livro de Atos, (10.44; 11.15) cujo sentido está na velocidade e amplitude do fenômeno, que num instante tomou por completo a todos os gentios que estavam presentes na reunião na casa de Cornélio, o centurião romano. Esse fato ficou conhecido como o Pentecostes dos gentios, confirmando assim a inclusão daqueles novos crentes na igreja do Senhor, sem a necessidade de passar pelos ritos de conversão ao judaismo. 

Os primeiros cristãos judeus tinham dificuldade em entender e aceitar que os gentios convertidos a Jesus tivessem os mesmos direitos e participação nas bênçãos da redenção. Todavia, os gentios haviam recebido o mesmo dom que os crentes judeus receberam (At.11.17). Os crentes gentios foram agraciados com a mesma visitação poderosa do Espírito Santo e falaram em línguas, exatamente como aconteceu com seus irmãos judeus no Dia de Pentecostes (At.2.). O texto diz: Aqueles crentes judeus que vieram com Pedro ficaram admirados de que o Dom do Espírito Santo estivesse sendo derramado também sobre os gentios. Porque os ouviram falar em línguas e magnificar a Deus (At.10.45,46). Essa é uma evidência inquestionável de que o Reino de Deus estava pronto a receber judeus e gentios, formando um só corpo, que é a igreja de Cristo. Portanto, o Batismo com Espírito Santo, com evidência em falar em novas línguas, é o selo de Deus para todos os crentes que permanecerem fiéis até a morte. Amém! 

TRÊS EXPRESSÕES SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO NO LIVRO DE ATOS:

1) Caiu o Espírito Santo sobre todos... (10.44). ARC

2) O Espírito Santo desceu sobre eles... (11.15). NVI

3) Veio sobre eles o Espírito Santo... (19.6). ARC