PREGANDO A VERDADE

domingo, 22 de junho de 2025

SINAGOGA - SIGNIFICADO E ORIGEM.


O termo hebraico original para sinagoga é "beit knesset", que significa “casa de reunião”. A palavra “sinagoga” é o paralelo grego para este termo hebraico.

O termo sinagoga quer dizer lugar de reunião ou assembleia. Durante o cativeiro na Babilônia o Templo de Salomão havia sido destruído, longe de sua terra e sem um lugar de adoração, os judeus se reuniam para ouvir e meditar sobre as escrituras sagradas, estes ajuntamentos receberam o nome de sinagogas. O surgimento das sinagogas está diretamente relacionado com os escribas, pois eles eram os responsáveis por transcreverem as escrituras usadas nas reuniões. Os rolos contendo cópias da Lei e dos Profetas ficavam dentro de uma arca chamada de “Arca da Torá”. As passagens que eram lidas geralmente por um ancião ou um mestre da lei eram chamadas de “porções”. Com o passar do tempo regras foram estabelecidas para que se houvesse uma sinagoga, uma delas era que onde houvesse dez homens judeus adultos ali seria constituída uma assembleia. Mais tarde sinagoga passou a dar nome ao local onde às comunidades judaicas se reuniam. Nesses edifícios além de se reunirem para adorar a Deus e estudar as escrituras, também as crianças aprendiam a ler e escrever, além de haver discussões acerca das questões sociais e julgamentos públicos.

Após a volta do exílio, os judeus adotaram o uso das sinagogas que logo se espalharam por toda região da Palestina, um novo templo foi construído e finalizado por volta de 516 a. C. Na religiosidade dos judeus, o templo passou a ser o local de adoração ao “Eterno” através dos serviços, sacrifícios e dos dízimos, enquanto as sinagogas tornaram-se os locais de ensino e oração. Jesus e seus discípulos frequentavam o templo e as sinagogas. Por diversas vezes as escrituras nos mostra Jesus ensinando e discutindo com os mestres da lei nas sinagogas. No templo, Jesus expulsa cambistas e mercadores, além de profetizar sobre sua destruição.

Quando pesquisamos o Novo Testamento em busca de informações sobre a sinagoga, encontramos o seguinte: A principal atividade praticada na sinagoga era a leitura das Escrituras e o ensino delas. Jesus ensinou várias vezes nas sinagogas da Galiléia e Judéia (Mt 4.23; 9.35; 13.54; Mc 1.21, 39; 6.2; Lc 4.15, 44; 6.6; Jo 6.59; 18.20) 

As sinagogas foram local importante do ministério de ensino de Jesus (Mt 4.23; 9.35; 13.54; Mc 1.21, 39; 6.2; Lc 4.15, 44; 6.6; Jo 6.59; 18.20), que, além de ensinar, também curou (Mt 12.9-14; Mc 3.1-6; Lc 6.6-11; 13.10-17) e expulsou demônio de pessoas dentro de sinagogas (Mc 1.23-27; Lc 4.33-38). 

De acordo com as fontes talmúdicas, havia em torno de 480 sinagogas em Jerusalém antes da destruição do templo. Flávio Josefo (Contra Ápio, 2.17) considerava a leitura pública e o aprendizado da Torá o elemento essencial do serviço semanal da sinagoga, prática que ele entendia ter sido ordenada por Moisés. (Fonte destas informações: Bíblia de Estudo Arqueológica).

* Nota: Não há respaldo bíblico, nem fonte extrabíblica que afirme que havia três cadeiras principais na plataforma da sinagoga (lugar onde ficava o Bimá, uma espécie de Púlpito). Alguns pregadores e expositores da Bíblia afirmam que a cadeira do meio estava reservada para o Messias, só ele poderia assentar-se nela. Baseado no texto do Evangelho de Lucas 4.14-21, afirmam que quando Jesus acabou de Ler o rolo do profeta Isaías, Ele assentou-se na cadeira do meio, declarando-se ser Ele o Messias. 

CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA ENTRE A IGREJA E A SINAGOGA.

A palavra igreja vem do grego “ecclesia”, assim como sinagoga também significa reunião ou assembleia. Na Sinagoga os judeus e outros povos, se reuniam nos sábados para ouvirem sobre ensinamentos o livro da Lei e dos profetas. Na Igreja se reunem os seguidores de Jesus, com o propósito de adorar a Deus e ouvir a ministração da Palavra de Deus. No início os discípulos de Jesus se reuniam nas casas, muitas vezes os apóstolos também anunciavam a mensagem do evangelho de Cristo nas sinagogas. 

As reuniões eram chamadas de sinagogas. Em sua carta no capítulo 2 Tiago escreve que não se deve ter a fé em Jesus Cristo fazendo acepção de pessoas, ele diz que nas reuniões um homem que entra com um traje de luxo não pode ser tratado melhor do que uma pessoa pobre. Originalmente foi utilizado o termo sinagoga para se referir as reuniões: “Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos...” (Tg 2:2), outras versões bíblicas utilizam os termos; igreja, assembleia, congregação ou reunião.

Embora o cristianismo tenha se originado de muitas crenças do judaísmo, se tratam de duas religiões diferentes que se convergem em muitas crenças, mas se diferem nos rituais e em algumas interpretações bíblicas. Enquanto no judaísmo reuniões acontecem em sinagogas para adoração, oração e ensino das escrituras, no cristianismo as igrejas devem exercer as mesmas funções. 

Nas sinagogas só havia culto se houvesse no mínimo dez pessoas; na igreja, Jesus falou: Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mt.18.20).

Para o judeu a adoração não está completa, pois, o “Templo” que era o lugar dos sacrifícios precisa ser reconstruído, já para os cristãos o lugar de sacrifício é o monte Calvário, onde Jesus morreu como preço de resgate para que pudéssemos herdar a vida eterna. Devemos nos reunir no nome de Jesus, pois só em Cristo a nossa adoração pode ser perfeita e completa. Amém! 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

O MANIFESTO DE NAZARÉ.

 

Lucas 4.14-30, este texto é chamado "O Manifesto de Nazaré". Foi na Sinagoga de Nazaré onde Jesus se manifesta como o Messias esperado. Jesus foi para Nazaré cerca de um ano depois do início do seu ministério. Foi na sinagoga de Nazaré, que Jesus manifestou a sua identidade de Messias após ler a profecia escrita no rolo do profeta Isaías, onde está escrito sobre o Messias que haveria de vir.

Na época de Jesus, Nazaré era uma pequena vila rural na região da Galileia. Era uma comunidade judaica pouco significativa e isolada, localizada a cerca de 157 km de Jerusalém, no meio das montanhas. As casas eram simples, muitas vezes com uma única sala e anexadas a grutas escavadas na rocha. Acredita-se que a vila tinha cerca de 50 casas e uma população estimada entre 500 e 1000 habitantes. 

Nazaré é mencionada nos evangelhos como o local onde Jesus foi criado e onde passou grande parte de sua vida. Jesus era conhecido como "Jesus de Nazaré" ou "Jesus, o Nazareno", indicando sua origem na vila.

Em Nazaré, muitos não acreditavam em Jesus, os habitantes de Nazaré vinham Jesus como um homem comum, não acreditavam ser Ele o Filho de Deus, o Messias que havia de vir. Sobre a incredulidade dos moradores de Nazaré na pessoa de Jesus, o evangelho segundo Marcos nos informa: E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele. E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando (Mc.6.1-6). 

As sinagogas foram local importante do ministério de ensino de Jesus (Mt 4.23; 9.35; 13.54; Mc 1.21, 39; 6.2; Lc 4.15, 44; 6.6; Jo 6.59; 18.20), que, além de ensinar, também curou (Mt 12.9-14; Mc 3.1-6; Lc 6.6-11; 13.10-17) e expulsou demônio de pessoas dentro de sinagogas (Mc 1.23-27; Lc 4.33-38). 

SETE AÇÕES DE JESUS NA SINAGOGA DE NAZARÉ:

Em Lucas 4.14-30, texto chamado "Manifesto de Nazaré", vemos Jesus agir de acordo com a seguinte ordem:

1) Entra na sinagoga.

2) Levanta-se para ler.

3) Lê o profeta Isaías.

4) Fecha o livro.

5) Devolve ao assistente.

6) Assenta-se.

7) Começa a explicar o texto.

COMO ENTENDER O TEXTO: E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele (Lc.4.20). 

O fato de Jesus se levantar e ler o texto de Isaías, causou impacto na assembleia, a ponto de questionarem: "Quem é este que sendo um filho de carpinteiro ousa ler a Palavra de Deus". Olhavam atentos para Jesus, porque queriam ver o que falaria sobre este texto de Isaías. Jesus assim o fez e deixou todos impressionados.

Resultado deste episódio foi a indignação dos Fariseu e chefes que o tiraram da Sinagoga, indo para a beira de um precipício nas cercanias de Nazaré e queiam jogá-lo abaixo. Jesus passou no meio deles e seguiu o caminho.

A tese citada por muitos pregadores é dizer que Jesus assentou-se na cadeira do meio, a qual estava reservada para o Messias, por isso todos olhavam atentos para Ele. A verdade é que, não existe nenhuma profecia nas Escrituras de que o Messias iria assentar-se na cadeira do meio da Sinagoga. Nem há registros históricos que afirmem que havia três cadeiras na plataforma onde ficava a Bemá (uma especié de Púlpito) na Sinagoga. 

segunda-feira, 9 de junho de 2025

CINCO CARACTERÍSTICAS DA IGREJA QUE CRESCE.


Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas;  e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo (Atos, 9.31).

A igreja do Senhor Jesus Cristo, não estar na terra para ser raquítica, fraca e sem crescimento. A igreja é dinâmica e está em plena atividade; não estar parada, nem inerte, mas ela avança e cresce a cada dia. Porém, para a igreja do Senhor na atualidade crescer sadia, é preciso observar como a igreja modelo do primeiro século cresceu na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo, e multiplicou-se os discípulos do Senhor. O texto de Atos, 9.31 diz: Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas;  e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.

1) PAZ.

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (Jo.14.27).

A igreja cresce, quando a paz de Deus domina os corações dos crentes (Cl.3.15).

A igreja cresce quando há paz e união entre os irmãos (Sl.133).

A igreja cresce quando há paz e comunhão entre os irmãos (At.2.44; 4.32).

2) EDIFICAÇÃO.

Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito (Ef.2.20-22).

A igreja cresce, quando estar edificada em Cristo.

A igreja cresce, quando estar edificada na Palavra.

A igreja cresce, quando estar edificada no Espírito, para ser templo santo do Senhor.

3) MULTIPLICAÇÃO.

E crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia a fé (Atos, 6.7).

A igreja cresce na multiplicação dos crentes, quando prega o evangelho de Cristo (At.5.42).

A igreja cresce na multiplicação dos discípulos, quando pratica a obra missionária (At.13.1-3).

A igreja cresce em números de fíéis, quando há evangelistas realizando cruzadas, cultos ao ar livre, para ganhar as almas para Deus (At.8.5-25).

4) TEMOR DO SENHOR.

Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos (Atos, 2.43).

A igreja que anda no temor do Senhor, tem menos problemas e o seu crescimento é manifesto a todos.

A igreja cresce quando anda em temor (I Pe.1.17).

A igreja cresce quando anda em temor e obedece aos seus pastores (Hb.13.17).

5) CONSOLAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo.14.16).

A igreja cresce, quando prioriza o Espírito Santo como seu Consolador (At.9.31).

A igreja cresce, quando é consolada e guiada pelo Espírito Santo (Jo.16.13).

A igreja cresce, quando é consolada e obedece a voz do Espírito Santo (At.8.29; 13.2; 16.5-8).

sábado, 7 de junho de 2025

DIA DOS NAMORADOS?


12 de Junho, data em que é comemorada o Dia dos Namorados; que bom, que data maravilhosa, que bom lembrar da nossa (o) eterna namorada. Mas, qual a origem do dia dos namorados? Quem foi santo Antônio, conhecido como o santo casamenteiro? É legal um cristão seguir tradições dos homens, quando estas não tem base na Palavra de Deus, nem respaldo bíblico? Muitas vezes, o que é bíblico e tem base na Palavra de Deus é desprezado; mas tudo quanto é tradição contrária a Palavra de Deus é aceita e comemorada. 

QUEM FOI SANTO ANTÔNIO?

Santo Antônio é um dos santos mais populares da Igreja Católica. Mas quando citamos o seu nome, talvez o que venha à mente de muitos, em primeiro lugar, é sua fama de santo casamenteiro. Contudo, Santo Antônio foi um grande taumaturgo e pregador. O Papa Bento XVI, em uma de suas audiências sobre o santo, afirma que Antônio contribuiu significativamente para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana. 

Ele tinha incríveis dotes de inteligência e memória, além de zelo apostólico e fervor místico. Aqui, vamos conhecer um pouco da vida e da devoção popular desde grande santo, que é também doutor da Igreja.

Santo Antônio, cujo nome de nascimento era Fernando Martins de Bulhões, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. Seu nome de batismo, Fernando, era um nome comum entre os reis da época. Seus pais, Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, eram nobres e valorizavam profundamente a educação. Desse modo, asseguraram que o filho recebesse uma formação sólida e abrangente, que mais tarde influenciaria grandemente seus escritos e sermões.

Desde jovem, Fernando demonstrou uma inclinação espiritual e uma inteligência notável. Aos 15 anos, ingressou no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciando sua jornada religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Em seguida, transferiu-se para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou seus estudos teológicos e filosóficos.

Mais tarde, em 1220, inspirado pelo martírio de cinco frades franciscanos no Marrocos, ele decidiu juntar-se à Ordem Franciscana, adotando o nome de Antônio em homenagem a Santo Antônio do Deserto. E, assim, sua vida como franciscano foi marcada por uma dedicação inigualável à pregação e ao ensino.

Conhecido como o “Martelo dos Hereges”, Santo Antônio combateu vigorosamente as heresias dos cátaros e dos albigenses, usando sua oratória e conhecimento para defender a fé católica.

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA OU DE LISBOA?

A dualidade entre “Santo Antônio de Pádua” e “Santo Antônio de Lisboa” reflete a rica história e a vida espiritual deste ilustre santo. Nascido em Lisboa, ele é conhecido tanto por seu local de nascimento quanto pela cidade onde faleceu, Pádua, na Itália.

O título “Santo Antônio de Lisboa” lembra-nos das suas raízes, sua infância e formação inicial na capital portuguesa. Pois foi onde ele recebeu sua educação primorosa e começou a trilhar seu caminho em direção à santidade. Por outro lado, “Santo Antônio de Pádua” evoca sua vida adulta e seu legado na cidade italiana, onde faleceu em 1231. Aliás, foi em Pádua que ele floresceu como um pregador expressivo e um orientador espiritual para muitos. Seu túmulo em Pádua tornou-se um local de peregrinação e devoção, onde os fiéis buscam a sua intercessão.

SANTO ANTÔNIO, MARTELO DOS HEREGES.

Embora seja muito conhecido como santo casamenteiro, Santo Antônio também era chamado de Martelo dos Hereges. Ele recebeu este título devido à sua habilidade extraordinária em combater e converter hereges, desmascarando suas falsas doutrinas com argumentos sólidos e milagres impactantes.

A vida de Santo Antônio era dedicada ao apostolado. Em 1224, ele pregou em Vercelli com tanto fervor que a igreja de São Eusébio estava sempre cheia de fiéis. Sua missão o levou à França, uma região infestada por heresias como a dos Albigenses, que professavam doutrinas errôneas a respeito do bem e do mal e incentivavam práticas destrutivas. Santo Antônio foi eficaz em desmascarar essas crenças e trazer os hereges de volta ao cristianismo.

SANTO ANTÔNIO, DOUTOR DA IGREJA.

Santo Antônio é “Doutor Evangélico” da Igreja, devido à sua profunda dedicação à pregação do Evangelho e ao seu vasto conhecimento das Escrituras. Seus sermões e escritos refletem uma interpretação clara e prática dos ensinamentos bíblicos, voltados para a evangelização e a edificação espiritual dos fiéis.

Seu reconhecimento oficial como Doutor da Igreja aconteceu em 1946 pelo Papa Pio XII. Este título foi concedido em reconhecimento às suas extraordinárias contribuições teológicas e à profundidade de seus ensinamentos.

Os principais escritos de Santo Antônio são seus “Sermões Dominicais” e “Sermões Festivos”. Estas coleções de pregações são altamente valorizadas por sua rica exegese bíblica e profundidade teológica. Nos “Sermões Dominicais”, Santo Antônio interpreta e aplica passagens das Escrituras às celebrações dominicais, oferecendo orientações espirituais e morais. Já os “Sermões Festivos” focam nas grandes festas litúrgicas, demonstrando sua habilidade em conectar a doutrina cristã com a vida prática dos fiéis.

A proclamação de Santo Antônio como Doutor da Igreja em 1946 destacou sua importância duradoura para a teologia cristã e a vida espiritual. O Papa Pio XII reconheceu não apenas sua erudição, mas também seu impacto pastoral e missionário, características que tornaram seus escritos e pregações uma fonte de inspiração por séculos.

O Papa Gregório IX, maravilhado com a sua pregação, referiu-se a ele como a “Arca do Testamento”. Este título surgiu da sua notável habilidade de memorizar e interpretar a Bíblia. Segundo a tradição, Santo Antônio sabia a Bíblia de cor, uma habilidade percebida especialmente nas inúmeras citações bíblicas presentes em seus sermões.

SANTO ANTÔNIO, "SANTO CASAMENTEIRO".

Santo Antônio também é popularmente conhecido como o “Santo Casamenteiro”, especialmente no Brasil e em Portugal. Esta fama surgiu devido aos muitos relatos de pessoas que, após rezarem a Santo Antônio, encontraram um bom casamento. Essa devoção alimenta-se da crença na bondade e no poder de intercessão de Santo Antônio junto a Deus.

No entanto, é importante ressaltar que a prática de fazer simpatias com a imagem do santo na esperança de obter um cônjuge não tem fundamentação na verdadeira fé católica. A Igreja ensina que a devoção aos santos deve ser guiada pela fé, pela oração e pela confiança na vontade divina — e não por práticas supersticiosas ou mágicas. Desse modo, a verdadeira devoção a Santo Antônio envolve confiar em sua intercessão junto a Deus e seguir seu exemplo de vida cristã, especialmente sua caridade para com os necessitados e sua dedicação ao serviço do Evangelho.

Fonte da pesquisa sobre santo Antônio: Minha Biblioteca Católica.
Link: https://bibliotecacatolica.com.br/blog/formacao/santo-antonio/

FESTA DE SANTO ANTONIO EM PORTUGAL.

Em Portugal, se destaca a festa em Lisboa, sua cidade natal. Conceição Lopes descreveu o cenário: A festa de Santo António. De novo a Avenida da Liberdade enche-se e desfila com as marchas dos bairros. A festa cheira a sardinha e a mangericão. Pela noite dentro come-se sardinha, brinda-se ao santo António e aos amigos da casa, com vinho tinto. Saboreia-se a broa de milho, o pão com chouriço e o quente caldo verde e tudo num intervalar de danças, de conversas e outras brincadeiras no arraial do bairro. Fazem-se promessas, acertam-se namoros. O Santo António tem a devoção das noivas, Se o bendito Santo António / este ano me casar / cá voltarei para o ano / pôr flores no seu altar, e celebram-se casamentos na Sé. O manjericão enfeita o trono do Santo existente em cada bairro. Algumas fogueiras ainda se veem, resquícios das velhas festas dos solstícios que celebravam o sol. Cortejos, procissões, quermesses, romarias, bandas de música, teatro, animação de rua, carrossel, gastronomia, barraquinhas do sai sempre, os bairros de Lisboa vestem-se de um imenso colorido a condizer com os comportamentos festivos em honra de Santo António. A iconografia da festa do Santo António ocupa as montras dos comerciantes da cidade e faz aumentar o negócio ao qual o jogo da lotaria de Santo António também rende homenagem e fiéis do jogo. Tudo bate certo, se conjuga e harmoniza até o apadrinhamento do santo que desfila na procissão pela cidade, ou do altar, assiste ao sermão na Igreja, parecendo dar a bênção à respeitabilidade e seriedade da festa que o santo reconhece e as instituições aproveitam".

ORIGEM NO BRASIL.

No Brasil, a origem do Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, é puramente comercial, comemorada em 12 de junho. A ideia foi do publicitário João Dória em 1948, que buscava uma data para impulsionar as vendas no mês de junho, que era tradicionalmente fraco para o comércio. A data foi escolhida por ser véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido como o "santo casamenteiro". 

Em outros países, o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, em homenagem a São Valentim.

A história de São Valentim remonta à Roma Antiga, com várias lendas e histórias sobre ele, associado ao amor romântico. O Dia dos Namorados brasileiro não tem ligação com a história de São Valentim. 

No sincretismo religioso, Santo António é relacionado no candomblé como Exu, o orixá da comunicação. Também é identificado com Ogum, deus da guerra, também capaz de abrir os caminhos.

Fonte da pesquisa: Wikipédia.

terça-feira, 3 de junho de 2025

A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO.


E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (Jo.14.16,17).

A promessa do Espírito Santo é tão importante, que o próprio Jesus faz referência a outro Consolador por cinco vezes no evangelho de João (14.16,17; 14.26; 15.26; 16.7; 16.13,14). Não foi por acaso que, ao se aproximar da sua crucificação, Jesus confortou os seus discípulos garantindo-lhes que, após a sua volta para o Pai, eles não ficariam desamparados, mas receberiam o Espírito Santo como Consolador e Guia. 

No evangelho de João, nos capítulos 14,15 e 16 Jesus repete a expressão "Consolador" por quatro vezes. Lemos: (1) E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador... (14.16). (2) Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome... (14.26). (3) Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar... (15.26). (4) ...se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei (Jo.16.7). 

O CONSOLADOR. 
A palavra grega traduzida como "consolador" é paráklêtos, cujo significado refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar, consolar, está ao lado e interceder por outra pessoa. Assim sendo, o "paráklêtos" assemelha-se a um amigo que desempenha o papel de advogado ou consultor especial, ou ainda como um assistente que auxilia em momentos difícies. 

OUTRO CONSOLADOR.
A expressão "outro consolador" (Jo.14.16) designa o Espírito Santo como uma Pessoa que viria (e já veio), para substituir outra (Jesus). O termo grego "állos" significa "outro", indicando a singularidade do Espírito Santo em relação às outras duas Pessoas da trindade, mas também a sua igualdade com elas. Ou seja, o Consolador, o Paráklêtos divino é alguém da mesma essência do Pai e do Filho.
* Quando Jesus se refere a outro, em grego "állos", Ele está dizendo: Outro da mesma espécie e tipo, isto quer dizer que o outro Consolador é igual a Ele em tudo, mas viverá dentro dos crentes para orientá-los, ajudá-los, consolá-los, encorajá-los e defendê-los para sempre.

NÃO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS.
Já próximo a deixar seus discípulos, Jesus diz: Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós (Jo.14.18). A expressão final, "voltarei para vós" significa dizer que Ele voltaria na Pessoa do Consolador, o Espírito Santo. Não foi por acaso que nosso Senhor chamava seus discípulos de "filhinhos" (Jo.13.33). Nesta relação íntima e pessoal entre Jesus e seus discípulos, nosso Senhor garantiu que eles nunca ficariam órfãos, mas seriam amparados, assistidos e consolados pelo Espírito Santo.

DEZ PROMESSAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO FEITAS POR JESUS.

1) E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder (Lc.24.49).

2) Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado (Jo.7.38,39).

3) E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (Jo.14.16,17).

4) Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito (Jo.14.26).

5) Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim (Jo.15.26). 

6) Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei (Jo.16.7).

7) Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar (Jo.16.13,14).

8) E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias (At.1.4,5).

9) Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (At.1.6-8).

10) E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas (Mc.16.17; At.2.1-4).

TRÊS NOMES DADOS AO ESPÍRITO, POR JESUS.

1) Consolador.

2) Espírito da verdade.

3) Espírito Santo.

AÇÕES E FUNÇÕES DO ESPÍRITO SANTO.

1) Consolar (14.16).

2) Ensinar (14.26).

3) Testificar de Jesus (15.26).

4) Convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8-11).

5) Guiar na verdade (16.13).

6) Glorificar a Jesus (16.14).

7) Encher os crentes de poder para testemunhar de Jesus (At.1.8). 

Louvado seja Deus por ter nos enviado o Consolador, o Espírito Santo, que veio para ficar conosco para sempre. Aleluia! 

domingo, 1 de junho de 2025

CURIOSIDADES SOBRE OS DOZE APÓSTOLOS DE JESUS.


“Apóstolo” significa “enviado”. É alguém responsável por levar a mensagem do evangelho de Cristo a todos os povos. A palavra “Apóstolo” é similar do grego apostolos e deriva do verbo apostellein que significa “enviar”, “remeter”, ou num sentido mais específico, enviar com propósito de cumprir uma missão. No cristianismo, eles se tornaram os líderes da igreja primitiva, ensinando o que aprenderam de Jesus Cristo, criando o ambiente necessário para pregar o evangelho a todas as nações.

1) PEDRO.

Você sabia que o nome de Pedro era Simão, e que foi Jesus quem disse que o seu nome seria Cefas (aramaico) que é o mesmo que Pedro (grego) que significam pedra? (Jo.1.42).

Você sabia que Pedro era irmão de André? (Jo.1.40; Mt.10.2).

Pedro (ou Simão Pedro) era filho de Jonas, era um pescador que vivia em Betsaida e Cafarnaum. Pedro é o primeiro dos nomes dos 12 Apóstolos de Jesus. Talvez, Pedro seja um dos nomes dos 12 apóstolos mais conhecidos da Bíblia.

Pedro foi o primeiro pregador, quando pregou seu eficaz sermão no dia de Pentecostes, ganhando quase três mil almas para Cristo (Atos, 2.14-41).

Ele fez trabalho evangelístico e missionário entre os judeus, indo até a Babilônia. Foi autor das duas epístolas do Novo Testamento que levam seu nome. A tradição diz que foi crucificado, de cabeça para baixo, em Roma.

Pedro pediu que ele pudesse ser crucificado de cabeça para baixo, pois ele não era digno de morrer como seu Senhor tinha morrido. Seu símbolo apostólico é uma cruz de cabeça para baixo com chaves cruzadas.

2) TIAGO.

Você sabia que Tiago e João eram irmãos, os quais eram filhos de Zebedeu (Mc.3.17).

Você sabia que Tiago e João foram intitulados por Jesus de Boanerges, que significa filhos do trovão? (Mc.3.17).

Tiago era filho de Zebedeu e Salomé, irmão de João.

Seu ofício era de pescador, ele vivia em Betsaida, Cafarnaum e Jerusalém.

Ele era um homem de coragem e perdão, um homem sem ciúmes. Era um homem de extraordinária fé. Ele foi o primeiro dos doze a se tornar um mártir.

Ele pregou em Jerusalém e na Judéia e foi decapitado por Herodes, ad 44 (Atos 12.1,2).

3) JOÃO.

Você sabia que João é chamado de "o discípulo a quem Jesus amava" pelo fato de ter mais intimidade com Jesus (Jo.13.23; 19.26; 20.2; 21.7). 

Você sabia que João e Tiago pediram autorização a Jesus para fazer descer fogo do céu e consumir os samaritanos? (Lc.9.51-56).

João Boanerges, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago.

Ele era conhecido como o discípulo amado. Um pescador que vivia em Betsaida, Cafarnaum e Jerusalém. Ele escreveu o Evangelho de João, I João, II João, III João e Apocalipse.

4) ANDRÉ.

Você sabia que André era irmão de Pedro e que foi ele quem levou Pedro até Jesus? (Jo.1.40-42).

Você sabia que foi André quem encontrou um rapaz no meio da multidão que tinha cinco pães e dois peixinhos (Jo.6.8,9).

Você sabia que quando alguns gregos queriam ver a Jesus consultaram a Filipe, e este dirigiu-se a André porque ele tinha origem grego? (Jo.12.20-23).

André era o irmão de Pedro, e um filho de Jonas. Ele viveu em Betsaida e Cafarnaum, e foi um pescador antes de Jesus o convidar para ser seu apóstolo. Originalmente, ele era um discípulo de João Batista (Marcos 1:16-18). André trouxe seu irmão, Pedro, a Jesus (João 1:40).

André Significa “másculo”, “viril” ou “masculino”.

5) FILIPE.

Você sabia que Filipe foi procurado por alguns gregos, quando estes queriam ver a Jesus? (Jo.12.20,21).

Você sabia que Jesus fez uma pergunta a Filipe sobre onde comprariam pão, para alimentar a multidão? (Jo.6.5-7).

Você sabia que Filipe foi quem perguntou a Jesus: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta? (Jo.14.8).

Filipe significa: "Amigo dos cavalos".

6) BARTOLOMEU.

Você sabia que Bartolomeu também é chamado de Natanael, que aparece unicamente no evangelho escrito por João? (Jo.1.44-50).

Natanael perguntou a Filipe a respeito do Messias: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? 

Jesus elogiou Natanael, quando disse: "Ai está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade".

Nenhuma narração bíblica trata dele especialmente, e seu nome consta apenas nas listas dos doze. No entanto, segundo a tradição, ele é o Natanael que o evangelho escrito por João faz referência (Jo.1,44-50). Natanael significa "Deus deu"; Bartolomeu tem origem no aramaico, Bar Talmay, que significa filho de Talmay.

O nome de Bartolomeu aparece em todas as listas dos discípulos (Mateus 10:3; Marcos 3:18; Lucas 6:14; Atos 1:13). Este não era um primeiro nome, no entanto, era o seu segundo nome. Seu primeiro nome provavelmente era Natanael.

7) TOMÉ.

Você sabia que Tomé também é chamado de Dídimo, e isto está registrado unicamente no evangelho de João? (Jo.11.16; 14.5; 20.24-29; 21.1,2).

Tomé (aramaico), Dídimo (grego), significam gêmeo.

O nome Tomé, tornou-se sinônimo de incredulidade pelo fato de ele só acreditar se ver e tocar no Senhor ressurreto.

Tomé faz sua maior confissão de fé, quando diz: Senhor meu e meu Deus! (Jo.20.28). As dúvidas de Tomé foram transformadas em fé. Com este fato, a fé de Tomé se tornou grande, intensa e convincente.

Jesus disse a Tomé: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram! (Jo.20.29).

Por causa da incredulidade de Tomé, os crentes atuais que não viram o Senhor, são mais bem-aventurados do que os que viram.

8) MATEUS.

Mateus, ou Levi, era filho de Alfeu (Mc.2.14), era natural de Cafarnaum. 

Sua profissão era funcionário publico, era publicano ou cobrador de impostos. Ele escreveu o evangelho que leva o seu nome.

Em Mateus 9.9, Marcos 2.14 e Lucas 5.27 ele é mencionado por nome de Levi.

Mateus significa "um dom de Deus".

Mateus era diferente dos outros apóstolos, que eram na sua maioria pescadores. Ele poderia usar uma caneta, e por sua caneta ele se tornou o primeiro homem a apresentar ao mundo, na língua hebraica, um relato da vida de Jesus. É claramente impossível estimar a dívida que o cristianismo deve a este que foi um desprezado coletor de impostos.

9) TIAGO.

Este Tiago é conhecido como menor ou mais jovem, filho de Alfeu (At.1.13), viveu na Galileia. Ele era irmão de Levi (Mc.2.14).

Não devemos confundir este Tiago com Tiago irmão de João, este foi morto a espada por ordem do rei Herodes (At.12.1,2). Nem confundir com Tiago, meio-irmão do Senhor e dirigente da igreja em Jerusalém, este é reconhecido como escritor da epístola que tem o seu nome (Tg.1.1).

10) SIMÃO.

Simão, o Zelote, vivia na Galileia.

O Novo Testamento não nos dá praticamente nada sobre ele pessoalmente.

Não há registros nos evangelhos sobre nenhuma ação nem fala de Simão, ele fica praticamente invisível.

Simão era membro do grupo partidário dos Zelotes. 

Os zelotes eram fanáticos nacionalistas judeus que tinham heroico desprezo pelo sofrimento envolvido e a luta pelo que eles consideravam como a pureza de sua fé. Os zelotes estavam loucos de ódio pelos romanos.

Foi este ódio por Roma que destruiu a cidade de Jerusalém. Josefo diz que os zelotes eram pessoas imprudentes, zelosas em boas práticas e extravagantes e imprudentes no pior tipo de ações.

Simão abandonou todo o seu ódio pela fé que mostrou ao seu Mestre e o amor que estava disposto a compartilhar com o resto dos discípulos, especialmente com Mateus, o cobrador de impostos Romano.

11) JUDAS TADEU.

Judas, Tadeu ou Lebeu (Mt.10.3).

Judas, filho de Tiago (Lc.6.16) 

* ou irmão de Tiago.

Judas aparece no evangelho de João fazendo um pergunta a Jesus: Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo? (Jo.14.22).

A última citação do seu nome aparece na lista dos apóstolos em Atos 1.13. No final do versículo diz: e Judas, filho de Tiago. 
* O mais correto seria: e Judas, irmão de Tiago. Isto aparece em outras versões.

12) JUDAS ISCARIOTES.

Judas Iscariotes, era filho de Simão que viveu em Kerioth de Judá.

Seu nome aparece nas três listas dos 12 apóstolos (Mt.10:4; Mc.3:19; Lc.6:19). Judas veio de Judá, região da Judeia, perto de Jericó. Ele foi o único que não era galileu, os demais apóstolos eram todos galileus.

O significado hebraico do nome "Judas" é "louvor" ou "abençoado" (Yehudah, que significa "louvado" ou "abençoado"). Este nome tem suas origens no Antigo Testamento e, através do tempo, foi utilizado em várias culturas. O nome "Judas" é a forma grega (Ioudas) do nome hebraico "Judá". 

O nome "Judas" tem um significado positivo em hebraico, indicando louvor e benção. No entanto, devido à ação de Judas Iscariotes, o nome ficou também associado à traição, o que levou a uma interpretação negativa do nome. 

A última menção ao nome de Judas e os detalhes da sua morte por enforcamento está resgistrado no livro de Atos 1.15-20. 

terça-feira, 27 de maio de 2025

JESUS: O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.


Jesus no seu grande discurso, dando as últimas instruções para os seus discípulos, diz: Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que,  onde eu estiver, estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho,  e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo.14.1-6).

Observe a expressão de Jesus, quando Ele disse: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Jesus não disse, eu sou um caminho, uma verdade e uma vida. Porque Ele não é simplesmente mais uma opção de escolha, mas é o único caminho que nos leva a Deus, é a única verdade que liberta, e a única fonte de vida que nos livra da morte eterna.

1) JESUS, O Caminho.

Ele não é um caminho, ou seja, mais um caminho como opção de escolha para a vida eterna. Mas, Jesus é o único Caminho que conduz o homem a Deus Pai. 

A expressão usada por Jesus é: "Ninguém vem ao Pai senão por mim".

O sábio Salomão disse: "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte (Pv.14.12; 16.25).

Jesus não uma vereda, Jesus não é mais um caminho; Jesus é O Caminho.

Jesus é o Caminho para a salvação, e fora dEle o resto são atalhos que levam a perdição.

2) JESUS, A Verdade.

Há muitas "verdades" no mundo, porém Jesus é a única Verdade absoluta que liberta o homem e o leva ao Pai.

JESUS É A VERDADE QUE LIBERTA.

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres (Jo.8.32,36).

JESUS É A VERDADE QUE SANTIFICA.

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (Jo.17.17).

JESUS É A VERDADE QUE CONDUZ O HOMEM A DEUS PAI.

Eu sou o caminho,  e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo.14.6).

3) JESUS, A Vida.

Jesus não é vida. Há uma frase que diz: "Cristo é vida". Isto significa dizer: Tudo que tem vida é Cristo, ou seja, Cristo representa a vida. Esta expressão, "Cristo é vida" não está correta; o correto é dizer como está escrito: Jesus não disse eu sou vida, Ele disse: Eu sou a vida. Ou seja, Ele é a fonte de onde emana a própria vida.

Jesus disse: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá (Jo.11.25).

SETE DECLARAÇÕES DE JESUS COMO "EU SOU":

1) Eu sou o pão da vida (Jo.6.35).

2) Eu sou a luz do mundo (Jo.8.12).

3) Eu sou a porta (Jo.10.9).

4) Eu sou o bom Pastor (Jo.10.11).

5) Eu sou a ressurreição e a vida (Jo.11.25).

6) Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida (Jo.14.6).

7) Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai e o lavrador (Jo.15.1).

Finalmente, louvado seja o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo por tudo que Ele é pode fazer por nós.