segunda-feira, 22 de março de 2021

JESUS - Atraindo Pecadores e Odiado Pelos Religiosos.



E chegaram-se a Ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e como com eles. E Ele lhes propôs esta parábola, dizendo ... (Lc.15.1-3).

O texto de Lucas 15 1-32, faz parte de um conjunto de três partes similares da mesma parábola:  A Ovelha.  A Dracma. O Pródigo. É aplicada como explicação de Jesus aos Escribas e Fariseus, quanto ao fato e motivo pelo qual, Jesus não se associava a eles. Apesar, que, do ponto de vista religioso, os Escribas e Fariseus tinham muitas semelhança com Jesus, viam Jesus como revolucionário, mas o via muito parecido com eles, e, eram. Tinham a mensagem muito semelhante, eles criam em todos os livro do Antigo Testamento, não apenas na Torá, liam e acreditavam também nos proféticos e nos poéticos, acreditavam na ressurreição dos mortos e no juízo vindouro. Eles acreditavam na possibilidade, que de alguma forma, Jesus fosse como eles, um mestre entre os judeus. Com uma grande diferença, Jesus obedecia e cumpriu a Lei, eles apenas copiavam a Lei, liam e aplicava para o povo.

O capítulo 15 do evangelho de Lucas é conhecido como o capítulo das coisas perdidas. Neste capítulo Jesus fala sobre a ovelha perdida, a dracma perdida e o filho que deixou a casa do pai e também foi perdido. O bom destes três episódio, é que todos que foram perdidos foram também achados e restaurados. A ovelha perdida foi achada. A dracma perdida foi encontrada e o filho voltou a casa do seu pai. Nos primeiros versículos deste capítulo, vamos encontrar quatro classes de pessoas que se aproximaram de Jesus: (1) Publicanos (2) Pecadores (3) Fariseus (4) Escribas.

Quem eram os publicanos?

Eram funcionários públicos que trabalhavam para Roma como cobradores de impostos. Eram odiados pelos judeus, tidos como traidores e ladrões. 

Quem eram os pecadores?

Eram os não religiosos que viviam na pratica do pecado e distantes da Lei de Deus, amantes dos prazeres mundanos. 

Quem eram os fariseus?

Eram os religiosos "moralistas" que se julgavam "justos" diante de Deus, eram leitores das Escrituras e  mestres da Lei.

Quem eram os escribas? 

Eram os doutores da Lei, muitos eram copistas da Lei, eram considerados os grandes teólogos da época.

DOIS TIPOS DE COMPORTAMENTOS DIANTE DE JESUS (Lc.15.1,2): 

1- Os publicanos e pecadores vieram a Jesus para o ouvir. Eles foram receptivos e sensíveis para ouvir a Palavra.

2- Os escribas e fariseus vieram a Jesus com intenção de critica-lo, falando mau, murmurando entre si.

- Os publicanos e pecadores representam o filho mais novo que rebelou-se contra o pai e saiu de casa para viver no pecado em total "liberdade".

- Os escribas e fariseus representam o filho mais velho que ficou em casa, cheio de justiça própria, auto justificação, barganhas e falsa obediência para com o pai. 

VERDADES A SEREM APRENDIDAS NA PARÁBOLA: 

1- Devemos dá valor as coisas perdidas, sentir a sua falta e ir em busca até acha-la.

2- O que foi perdido tem o mesmo valor daquilo que está em nossa posse. 

3- Tudo que é encontrado, achado, resgatado, trazido de volta, é motivo para festejar.

4- O filho mais velho que ficou na casa do pai, estava tão perdido quanto o mais novo que se rebelou.

5- Que nossa própria justiça não é aprovada diante de Deus, pois, muitas vezes buscamos nossos próprios interesses. 

6- Que Deus quer a nossa obediência voluntária, sem barganhas nem auto justificação diante Dele.

CONCLUSÃO:

Os ensinamentos de Jesus atraíam incessantemente os não religiosos e escandalizavam os religiosos que criam na Bíblia. Em nossos dias, porém, não é essa a reação despertada pela maioria das igrejas. As classes de pessoas discriminadas que Jesus atraía não são as mesmas que são rejeitadas pelas igrejas atuais? Temos a tendência de atrair pessoas conservadoras, ortodoxas, religiosas e moralistas. Os licenciosos, os liberais, os dilacerados, os marginalizados e inimigos da verdade evitam a igreja. Por quê? Há uma só explicação para essa fenômeno: Se as nossas ações e pregações não exercem sobre as pessoas o mesmo efeito que Jesus exercia, então a mensagem que estamos proclamando não é a mesma que Ele proclamava. A exemplo da parábola do filho pródigo, se nossas igrejas não forem hospitais ou casa de misericórdia, e sim tribunais de condenação, provavelmente os pecadores não serão atraídos. Não é isto que gostaríamos de admitir. Mas é o que Satanás está gostando.

Obs.: O texto desta conclusão foi extraído com algumas modificações e acréscimos do livro, O Deus Pródigo. Escrito por Timothy Keller. pg.24. 

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